domingo, 7 de maio de 2023

MAIS UM ATENTADO TERRORISTA CONTRA CIVIS RUSSOS, POR AGENTES DOS SERVIÇOS UCRANIANOS

Um atentado à bomba matou o motorista e feriu gravemente o romancista russo Prilepin, quando estes se deslocavam de automóvel, a cerca de 80 km da cidade russa de Bor.


 https://www.zerohedge.com/geopolitical/prominent-russian-novelist-wounded-car-bomb-assassination-attempt

O grupo «Atesh», composto de originários da Ucrânia e de tártaros da Crimeia, reivindicou o ataque. Este atentado terrorista a civis em solo russo é o terceiro, com certeza efetuado graças e com o apoio de elementos dos serviços secretos ucranianos.

Em Abril de 2022, o blogger Vladlen Tatarsky foi assassinado num evento em S. Petersburgo, onde era orador principal. Daria Dugina, filha do filósofo Alexandre Dugin, foi assassinada em Agosto de 2022, num atentado bombista ao seu carro. Não há dúvida que a bomba se destinava a matar o seu pai. O Pai e a filha trocaram - no último momento - de carros, quando regressavam dum festival literário próximo de Moscovo.

Todos estes atentados terroristas têm a marca dos serviços secretos de Kiev. Ora, estes não executarão operações sem o aval dos seus «donos» da OTAN e do Pentágono. 
Responsáveis militares ocidentais estão embebidos permanentemente na estrutura do comando militar e de espionagem do regime ucraniano. 
Recentemente, o comando operacional da OTAN na Ucrânia terá sido atingido por um míssil russo muito potente, que deve ter perfurado o solo até às salas subterrâneas do estado-maior, perto de Lviv. Vários militares estrangeiros de alta patente foram atingidos (não sabemos quantos feridos e mortos). Porém, este acontecimento não foi noticiado, houve um verdadeiro blackout informativo, porque isso implicava subir a parada e retaliar. Talvez queiram manter «oculta» a participação de militares da OTAN e dos EUA, em altos postos de comando das forças armadas ucranianas. 
Dado o estado de grande perigosidade de um confronto aberto entre a OTAN e a Rússia, parece-me que a forma de retaliação escolhida, tem sido de ativar células terroristas ucranianas presentes no solo russo, para levar a cabo atentados à bomba ou com «drones». Embora aceite que os objetivos militares e civis numa guerra são, às vezes, difíceis de separar, podendo discutir-se da legitimidade (política e ética) do recente ataque com dois drones ao edifício do Senado russo no Kremlin, onde supostamente Putin pernoitava (mas enganaram-se), já os atentados contra civis, intelectuais famosos (e defensores declarados da posição russa, nesta guerra), parecem-me totalmente inaceitáveis; são crimes de guerra passíveis de serem julgados quando os executores e responsáveis forem capturados. Os poderes ocidentais coniventes, ficam silenciosos perante estes atentados terroristas: Para eles, só são «terroristas» as ações empreendidas pelos seus inimigos. 

sábado, 6 de maio de 2023

Clare Daly diz ao Parlamento Europeu quem são os promotores do terrorismo

Uma corajosa deputada no Parlamento Europeu denuncia a UE e seus governos


 

PRIMEIRO-MINISTRO DA AUSTRÁLIA, «FRUSTRADO» PELA SITUAÇÃO DE ASSANGE

 https://www.zerohedge.com/political/australia-pm-says-enough-enough-no-point-us-pursuing-assange


Albanese diz-se frustrado, mas não faz o óbvio: que seria exigir que o cidadão australiano Assange seja libertado pelo Reino Unido e que os EUA deixem de perseguir o jornalista fundador de WikiLeaks. Argumenta que está frustrado e que «basta é basta», mas não «pode fazer mais nada» senão exprimir a sua frustração!  Isto demonstra como o primeiro-ministro da Austrália está subjugado ou submisso ao poder imperial americano. Com efeito, a Austrália tem colaborado com os EUA na construção de uma ameaça muito séria contra a China. Mas, essa colaboração monstruosa para desencadear uma guerra contra o maior parceiro comercial da Austrália (a China) poderia ficar fragilizada. Por isso,  o primeiro-ministro australiano nunca se atreveria a exigir o fim da perseguição judicial contra Assange. 

É evidente, pela peça citada acima,  que Albanese não está a argumentar de forma coerente, pois ele não menciona sequer que Assange se limitou a fazer aquilo que a própria constituição dos EUA garante: a liberdade de informar. Muitos «whistleblowers» (dadores de alarme) fizeram exatamente isso, ou seja, publicaram informação confidencial que causava «problemas» à Administração dos EUA. Inclusive Obama não acionou um processo contra o fundador de WikiLeaks, devido ao facto de - em coerência com esse ato - ter de processar também a imprensa mainstream dos EUA e de países aliados, que publicara extensas peças, revelando os conteúdos de WikiLeaks. 

Seja qual for o desfecho deste caso, a pessoa com mais mérito é Assange, pois revelou crimes de guerra das tropas de ocupação da OTAN no Iraque (não esquecer a conivência internacional num dos maiores massacres da história e o maior do século XXI). O autor dos crimes, o governo dos EUA e seus aliados, absolve-se a si próprio: Não houve a abertura de um processo-crime aos responsáveis hierárquicos dos horrendos crimes (mortes deliberadas de civis desarmados, tortura de prisioneiros, etc.) cometidos. Afeganistão, Líbia, Síria, Iémen, são outros países do Médio-Oriente e Norte de África, onde a potência da «rules based international order» mostrou em que consistia: Os EUA exercerem a sua hegemonia, à margem de qualquer princípio ético e as mais elementares regras de Direitos Humanos. A monstruosidade disto tem sido ocultada a uma parte do público, porque a media tem tido o papel nojento de atacar o divulgador desses crimes, da forma mais baixa, enquanto não diz nada sobre a natureza e gravidade dos crimes dos EUA e das potências coniventes(*).

Os próprios atos do aparelho da «justiça» americana, no caso Assange, expõem os imperialistas: Eles não estão interessados, senão em guardar o poder, mesmo que mostrem a todo o mundo que o seu conceito da «justiça» ou de «Direitos Humanos» é um cínico e vazio chorrilho de palavras. São palavras para ocultar os crimes pelos quais têm morrido e sofrido incontáveis inocentes (muitos milhões) em várias partes do mundo. 

 Assange, tal como outras pessoas que têm denunciado as derivas autoritárias dos governos, são os verdadeiros heróis, são aqueles que eu estimo: Estão ao lado das vítimas, com perigo para sua própria vida e liberdade. Altruisticamente, disseram a verdade. 

Os Albanese deste mundo não me impressionam, apenas querem garantir que os seus eleitores sejam mais uma vez enganados e que votem por eles na ilusão de que eles são «pessoas de bem», mas «impotentes» para fazer algo!


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(*) As invasões do Afeganistão e do Iraque contaram com uma coligação incluindo países aliados da OTAN e outros.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

O DOLAR DESTRONADO PELO YUAN E O RUBLO

 




NOBODY KNOWS YOU WHEN YOU DOWN AND OUT (OTIS REDDING)

Este blues foi primeiro cantado por Bessie Smith e, depois, por muitos dos grandes da música popular negra nos EUA (Sam Cooke, Otis Redding, etc) .

Dedico esta canção aos colegas de há 60 anos: Rapazes e raparigas, dançávamos ao som destas músicas, às vezes sem compreender o sentido profundo das letras.  Mas, afinal, elas faziam parte do espírito da época. 

Eu não esqueci nunca. E vocês?




NOBODY KNOWS YOU WHEN YOU DOWN AND OUT (OTIS REDDING)

Once I lived the life of a millionaire

People spending my money Lord, and I just didn't care, now lord Takin' my friend out, tryin' to have a good time They drank that strong bootleg liquor And that good old champagne and wine Well, lord, just as soon as my money got so low I couldn't find my friends, lord And I just didn't have no place to go now, no no But if I ever And if I ever get my hands on them green dollars again, yeah I'm gonna hold on 'til that big eagle grin, lord now I'm trying to tell y'all that nobody wants you People, nobody wants you, no When you're down and out, now-now lord Because in your pocket, no, there is not one penny And all of them so-called friends I'm trying to tell, y'all that you haven't got any but, yeah And just as soon as you get back on your feet again People, I'm tryin' to tell you that here they come Tellin' you all, they're your long lost friend Oh, but I'm tryin' to tell everybody, lord, without a doubt That nobody wants you Nobody wants you, no, no Nobody wants you, no Nobody needs you Nobody wants you when you're down and out, lord And nobody says a good thing about you And nobody can tell you when to turn and when to go But, but when you get back on your feet again Then everybody come tell you that here they come Try to tell you all, they're your long lost friend

quarta-feira, 3 de maio de 2023

OS APRENDIZES DE FEITICEIRO por ALEXANDRA HENRION CAUDE

(com uma resenha do livro de Alexandra Henrion-Caude)



«Os aprendizes de feiticeiro: Tudo o que vos escondem sobre o ARN mensageiro»


Esta cientista, com um sólido currículo científico na área dos ARN, esteve sempre cética quanto à estratégia de vacinação massiva e indiscriminada, usando vacinas sem o devido cuidado de garantir sua inocuidade para os humanos. 
Eu tenho acompanhado as entrevistas que ela tem dado sobre o COVID e a questão das vacinas. Contrariamente aos seus detratores, ela não fala sem provas sobre o assunto. 
Tenho uma opinião muito positiva quer sobre sua qualidade científica, quer sobre sua integridade como pessoa.

Abaixo, uma resenha do livro «Les Apprentis Sorciers», pela Sra. Paule Hubert-MONNINI:



PS: Já acabei de ler o livro «Aprendizes de Feiticeiro». Por enquanto, só se encontra em francês. Espero que em breve seja traduzido para outros idiomas. Quanto mais o livro for divulgado, melhor. A cientista explica de maneira maravilhosa os aspetos científicos mais subtis dos diversos ARNs (de que é especialista) mas colocando a linguagem a um nível tão simples que as pessoas mesmo sem qualquer iniciação em biologia molecular podem compreender perfeitamente. Ela é uma grande cientista, ótima comunicadora e corajosa cidadã. 
Por outro lado, fico muito apreensivo quanto ao futuro, pois a conjugação de mudanças no genoma das pessoas com a chamada «Inteligência Artificial», que permite um controlo eficaz do comportamento dos indivíduos, coloca a humanidade à beira de uma distopia, da qual não será fácil ela libertar-se, uma vez que aí esteja completamente enredada.


terça-feira, 2 de maio de 2023

FRANCISCO GOYA «DOIS DE MAIO DE 1808»

 


INSURREIÇÃO EM MADRID CONTRA EXÉRCITO DE NAPOLEÃO

Goya realizou esta tela apenas em 1814 e não estava presente aquando dos acontecimentos de Madrid, de 2 e 3 de Maio de 1808. 
No entanto, a energia e veracidade da cena dão a impressão que o artista a presenciou. 
Goya (1746-1828) era um liberal. Não aceitava o poder absoluto, fosse ele dos Bourbon ou de Napoleão. As suas séries de gravuras «Os desastres da Guerra» mostram a brutalidade e crueldade de parte a parte, das tropas de ocupação e dos insurretos.
Os mamelucos formavam um pequeno contingente (uma ou duas companhias) da Guarda Imperial a cavalo, que Bonaparte tinha trazido para França quando deixou o Egipto. Eram sírios de religião cristã copta, pessoalmente ligados ao Imperador. 
Os insurretos deviam temê-los e detestá-los ainda mais que aos outros corpos do exército que ocupava Madrid.
O espaço é quase fechado, apenas se vê uma nesga de céu, o que corresponde às ruas estreitas do centro de Madrid. Porém, esta sensação de espaço fechado dá uma intensidade particular à cena. Note-se que os corpos dos humanos e cavalos ocupam praticamente a totalidade da tela.
Percebe-se a violência do combate de rua, com os guardas a cavalo, por um lado, armados com sabres e montando potentes cavalos e os populares, por outro. Estes, estavam apenas armados com uma espingarda ou facas, ou até de mãos nuas, para travar e derrubar os mamelucos.
 
Mameluco da Guarda Imperial 
em combate singular com dragão russo. 
A cor laranja avermelhada («garance») das calças do mameluco central que está a ser derrubado, corresponde à do uniforme em uso. No entanto, tem o efeito de focalizar a nossa atenção neste personagem. 
Por contraste, é em tons sombrios a roupa do popular erguendo o punhal que irá golpear o mameluco. É como se a mancha vermelha no quadro estivesse a anunciar o rio de sangue  jorrando dos guardas derrubados.
Emana deste quadro uma energia de tragédia: Tanto nos que assaltam a escolta, como nos guardas montados encurralados. Ambos estão a lutar pelas suas vidas, com desespero. 
Este quadro é um exemplo precoce de romantismo pictórico. Provavelmente, inspirou pintores mais tardios, como Eugène Delacroix (1798 - 1863) e outros, que compuseram quadros de batalhas com guerreiros orientais.

NB: Esta obra «reside» no museu do Prado. De momento, está a visitar-nos no Centro cultural de Cascais, com outros quadros e gravuras de Francisco Goya.