segunda-feira, 16 de setembro de 2019

CRAIG MURRAY: «Assange, o preso político mais importante do mundo»

                        
Foi nestes termos «Assange, o preso político mais importante do mundo», que Craig Murrey descreveu a situação de Julian Assange. Presentemente, a situação do preso político Assange é a seguinte:

- Está a chegar o termo da prisão de Assange por ter violado a liberdade condicional a que estava sujeito (recordemos o contexto em que cometeu este «crime»: era ameaçado muito seriamente pelo aparelho repressivo-judicial americano, pela CIA e, inclusive, por políticos e pessoas da media dos EUA) 
- A comissão da ONU dos direitos humanos já tinha condenado a atitude do Reino Unido de manter sob prisão alguém que não oferecia perigosidade, nem tinha ainda sido julgado. Segundo o grupo de trabalho da ONU sobre detenções ante-julgamento: 
«Na lei internacional, a detenção pré-julgamento deve ser imposta apenas em casos limitados. A detenção durante as investigações deve mesmo ser mais limitada, em especial, na ausência de qualquer acusação. As investigações suecas foram encerradas há mais de 18 meses, agora e a única base que resta para a contínua privação da liberdade do Sr. Assange é o não respeito pelas condições de liberdade condicional, a qual é uma infracção menor que não pode justificar post facto a detenção durante mais de seis anos de confinamento a que esteja sujeito  desde que procurou asilo na embaixada do Equador. O Sr. Assange deveria ser capaz e exercer o seu direito de liberdade de movimentos sem restrições, de acordo com as convenções das Nações Unidas, que foram ratificadas pelo Reino Unido.

Vanessa Baraitser, a juíza que sentenciou agora que, apesar de Assange ter terminado a sua sentença de prisão de seis meses por ter desrespeitado as condições de liberdade condicional, achou que se justifica (supostamente) a continuação da sua manutenção como preso pela suposta intenção de fugir antes de estar decidido o processo de extradição para os EUA. No entanto, colocam-se problemas graves de saúde de Julian Assange e, sobretudo, o único motivo para a sua prisão e eventual extradição é ele ter exercido os seus direitos de liberdade de informar. 

- A ameaça que pesa sobre ele é, portanto, exclusivamente política. Nos EUA está sendo organizado um processo secreto (os advogados de Assange nos EUA não têm autorização para ver as peças do processo), baseado numa suposta «traição», que consistiu em revelar ao mundo (como o fizeram, aliás, o Guardian, o New York Times, etc) os crimes de guerra de militares dos EUA, no Afeganistão e no Iraque. 
Note-se, que Assange tornou públicos documentos fornecidos por outrem (Chelsea Manning), não sendo o seu caso diferente do dos diversos editores de jornais que - pelo mundo fora - têm dado a conhecer documentos secretos, obtidos ilegalmente, mas que são considerados por eles da maior importância, para conhecimento do público.

- O processo de extradição para os EUA é absurdo  e em completa violação das convenções da ONU, assinadas pelo Reino Unido. Se a justiça deste país não fosse uma farsa, a única coisa que deveria ter feito - neste caso - era libertar Julian Assange e deixá-lo ir para qualquer parte do mundo que ele desejasse.

-O caso Assange, por mais isolado que pareça, é muito importante para inúmeros outros casos - passados, presentes ou futuros - na medida em que outros governos possam usar o argumento do que tem feito, relativamente a este caso, a justiça do Reino Unido (um país signatário das convenções sobre os direitos humanos). 
Igualmente grave, é o efeito inibidor sobre os editores de media, e sobre os lançadores de alerta potenciais: eles podem recear perseguições impiedosas e ilegais, caso façam uso da sua liberdade fundamental, de dar informações que sejam muito importantes e que o público deveria conhecer, mas que são ocultadas pelos governos....


  

domingo, 15 de setembro de 2019

PEPE ESCOBAR: «Somos todos reféns do 11/09»

"Para o desespero dos neocons estadunidenses, toda a fúria e som combinada do 11/09 e a Guerra Global ao Terror/Operação de Contingenciamento Ultramar, em menos de 2 décadas, acaba em metástases representadas não somente por um rival mas também na parceria estratégica Rússia-China. Esse é o 'inimigo' real – não a Al-Qaeda, uma mera invenção do imaginário da CIA, reabilitada e higienizada na forma de 'rebeldes moderados' na Síria", escreve o correspondente Pepe Escobar

sábado, 14 de setembro de 2019

HARLEY SCHLANGER: GLOBALISTAS E BANQUEIROS QUEREM DOMÍNIO HEGEMÓNICO


Enquanto, em Biarritz (França), o G7 mostrava a sua impotência, em Jackson Hole, nos EUA, banqueiros centrais desenhavam um plano para tomada de controlo, não só da emissão da massa monetária, mas também a utilização desta... controlo total.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

MARIA CREUZA, TOQUINHO E VINICIUS DE MORAES // ELIS REGINA E TOM JOBIM

Duas gravações, um mesmo ímpeto do coração, uma mesma voz poética - embora de poetas diferentes - a do Brasil. 
As vozes perfeitas de Maria Creuza, de Toquinho, Vinícius, Elis Regina e Tom Jobim.
As suas interpretações impõem-se ainda hoje, ao ponto de eu não conseguir encontrar nada melhor para homenagear a música do meu Brasil!



                                                              A FELICIDADE



                                                         ÁGUAS DE MARÇO

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

AMAZÓNIA: INVESTIGADORES BRASILEIROS ENCONTRAM CIVILIZAÇÃO PRÉ-COLOMBIANA

 NOTA DE MANUEL BANET: Estes achados não são inéditos, pois Graham Hancock descreve dados semelhantes, baseados em descobertas arqueológicas similares. Ele escreveu o livro «America Before» (ainda não traduzido para português?) em 2017. 
A arqueologia da América e não apenas do Brasil está em plena «revolução», muitas descobertas antigas são reinterpretadas à luz dos novos conceitos que estão emergindo na antropologia, paleontologia, geologia, arqueologia...

                   Amazônia (arquivo)

Retirado de:

Uma expedição arqueológica à comunidade Bom Jesus da Ponta da Castanha, na Floresta Nacional de Tefé (Flona), no Amazonas, encontrou indícios de que o local pode ter sido densamente habitado no passado.
Alguns dos elementos descobertos indicam que a ocupação da Floresta Amazónica antes da chegada dos colonos portugueses, em 1.500, pode ter sido muito maior do que se imagina.
As crónicas do missionário espanhol Gaspar de Carvajal, que fez uma viagem pelo rio Amazonas no século XVI, descrevem uma área cheia de povos indígenas antes da chegada dos europeus na região.
Essas e outras crónicas da época, que relatam a intensa presença humana na região, foram consideradas exageradas e fantasiosas. Porém, trabalhos recentes de pesquisadores brasileiros confirmam esses dados.

Arqueologia da Amazónia
"Não podemos dizer que é um sítio arqueológico só. O que a gente está vendo é um complexo arqueológico de vários sítios, que podem ter histórias diferentes, mas que estão interligadas", disse Rafael Lopes, pesquisador associado do Grupo de Pesquisa em Arqueologia e Gestão do Património Cultural da Amazónia do Instituto Mamirauá.
​No local foi descoberta uma grande quantidade de vestígios arqueológicos de diferentes períodos de ao menos cinco ocupações humanas diferentes no local. Dentre essas descobertas há cerâmicas da tradição Pocó, que podem ter até 3 mil anos.
Como tradição, os antigos habitantes desses lugares usavam tintas castanha, vermelha, preta e branca para decorar os pratos. Louça semelhante foi encontrada nas descrições das crónicas do sacerdote espanhol.
Perto do complexo arqueológico foi encontrada uma floresta de castanheiros que, embora se estenda por quilómetros ao longo do rio, não ultrapassa os 500 metros de largura. Este padrão não natural de dispersão de árvores é uma indicação de actividades agrícolas durante centenas de anos.
Outra evidência é a presença de terra preta – um solo extremamente fértil associado a uma ocupação humana de longa data do mesmo local.
Cientistas têm colectado material orgânico para datação por radio-carbono, o que permitirá uma melhor compreensão das datas associadas às diferentes ocupações e sua relação com o meio envolvente.
"O mais impressionante do sítio foi a diversidade do contexto arqueológico que ele mostrou. Ficamos um mês aqui trabalhando e conhecemos 1% dele", ressalta Lopes.
Para o arqueólogo do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Eduardo Neves, o sítio tem grande potencial para o estudo de diferentes ocupações que ocorreram nessa região da Amazónia.
"Não só pela parte da arqueologia, mas essa perspectiva de integração entre a arqueologia e a história da paisagem. Temos questões muito relevantes aqui para a arqueologia de toda a Amazónia", explica.
A Floresta Nacional de Tefé (Flona) é uma unidade de conservação federal sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)..

[Sobre os fogos na Amazónia: https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2019/08/amazonia-paraiso-cobicado.html ]

terça-feira, 10 de setembro de 2019

A 18 anos do 11 de Setembro «provas sólidas não conseguem prevalecer sobre a mentira oficial transparente»

                          
                            [pessoas em fuga em 9/11 perante a nuvem tóxica da explosão]
por Dr. Paul Craig Roberts. Publicado em «Global Research», a 09-09-2019
Traduzido por Manuel Banet para o Observatório da Guerra e Militarismo
Eu agradeço aos leitores que me digam, caso tenham tomado conhecimento através de qualquer meio do comunicação, do relatório dos profissionais credenciados sobre a investigação de quatro anos acerca da queda do Edifício 7. A equipa de engenheiros civis internacional concluiu que a versão oficial sobre a destruição do Edifício 7 é inteiramente falsa. Eu relatei os seus resultados aqui.
Eu suspeito que o relatório dos peritos esteja já no «Buraco da Memória». Quer «Popular Mechanics», ou «Wikipedia» ou ainda a «CNN», não podem etiquetar uma equipa de peritos prestigiados como «teóricos da conspiração». Daí que a media prostituta e outros artistas do encobrimento dos ataques de falsa bandeira do 11 de Setembro, irão simplesmente fazer como se este relatório não existisse. A grande maioria das pessoas no Mundo, jamais irá saber da existência deste relatório. Duvido que os reais causadores do 11 de Setembro se incomodem a contratar uma equipa para «refutar» o referido relatório, pois isso iria trazer o mesmo para os noticiários, o último lugar onde os reais causadores desejam que ele esteja.
O relatório da Comissão oficial do 11 de Setembro não era uma investigação e ignorou toda a evidência forense. A simulação pelo NIST (a equipa oficial de inquérito) do colapso do Edifício 7 foi distorcida para dar o desejado resultado. As únicas investigações verdadeiras foram realizadas, extra-oficialmente, por cientistas, engenheiros e arquitectos.  Eles encontraram evidências claras de que foi usada nano-termite (NB: um explosivo) na destruição das torres gémeas. Mais de 100 socorristas testemunharam que sentiram grande número de explosões no interior das torres, incluindo a explosão massiva na sub-cave, antes da altura em que os aviões atingiram a torre. Numerosos pilotos civis e militares disseram que as manobras dos voos de ataque ao WTC (World Trade Center) e ao Pentágono estavam para além das suas próprias capacidades e, quase de certeza, para além das capacidades dos alegados assaltantes dos aviões. Os destroços dos aviões estão estranhamente ausentes dos sítios de impacto. E ...mais e mais se poderia dizer. Que o Edifício 7 tenha sofrido uma demolição controlada, já não é possível negar. 
Com base nas provas conhecidas, as pessoas com conhecimentos técnicos e científicos concluíram que o 11 de Setembro foi um trabalho de sabotagem organizado pelo Vice-presidente Dick Cheney, pelos seus colegas neo-conservadores e por Israel, com o objectivo de reconstruir o Médio Oriente no interesse de Israel e enriquecendo, neste processo, o complexo militar/securitário dos EUA.
A maioria das pessoas não sabe que Robert Mueller, enquanto director do FBI,  desempenhou o papel de proteger a história oficial do 11 de Setembro das evidências contraditórias.  Paul Sperry relata no New York Post  as muitas acções que Mueller levou a cabo, como director do FBI, para esconder factos ao Congresso e ao público. 
Patrick Pasin, um autor francês, fornece evidências adicionais do abuso que Mueller fez, da sua posição no cargo, para proteger uma mentira oficial. Uma tradução em inglês do livro de Pasin, The FBI Accomplice of 9/11, («O Cúmplice do FBI do 9/11) foi publicada pela editora Talma Studios em Dublin, Irlanda.  
O livro de Pasin consiste na sua organização da evidência conhecida, que foi suprimida em ordem a perpetuar a história do 11 de Setembro, um convincente relato sobre como o ataque de falsa bandeira foi protegido para não ser desmascarado. Ele detalha os planos "segundo os quais o FBI tentou - a qualquer preço - provar as teses do governo sobre a narrativa da conspiração do 11 de Setembro". Tenha-se em mente que precisamente foi Mueller, o escolhido pelo Estado Profundo para cair em cima do presidente Trump. Negócio sujo é o negócio de Mueller.
Pasin recolhe as provas e tece as mesmas numa história coerente. Está tudo lá. As jogadas de bolsa revelando conhecimento prévio aos assaltos dos aviões de linha, a impossibilidade de chamadas por celulares a partir de aviões em 2001, as cartas com antrax enviadas aos senadores Tom Daschle e Patrick Leahy, que foram facilitar a adopção do «Patriot Act»*, a tentativa de culpar cientistas militares americanos quando se concluiu que a produção de antrax só podia vir dum laboratório militar americano, a total inverosimilhança de um passaporte ser encontrado intacto no meio dos escombros das torres gémeas, onde os fogos - alegadamente - terão causado temperaturas tão altas, ao ponto de fundir o aço.
É extraordinário que alguém possa acreditar uma palavra disto. Tente imaginar um calor suficiente para fundir aço, mas que não conseguiu queimar um passaporte!
O livro de Pasin é fácil de se ler. Ele apenas expõe para que se veja, revela falsificação atrás de falsificação, mentira atrás de mentira. A teoria obviamente falsa foi fornecida ao Mundo e os peritos que a desmascaram como falsa, são designados como «teóricos da conspiração», por pessoas demasiado desinformadas e estúpidas para lerem os seus livros.
Isto é a América do século XXI, e - aparentemente- o resto da população mundial não é mais brilhante.
Brevemente será o 18 º aniversário do 11 de Setembro. O que é que aprendemos nestes 18 anos? - Aprendemos que milhares de peritos, com provas sólidas, não conseguem prevalecer sobre a mentira oficial transparente

Dr. Paul Craig Roberts
Paul Craig Roberts Institute for Political Economy

(*) Nota da tradução: «Patriot Act» é a lei que restringe significativamente muitas garantias e liberdades, passada na sequência do 11 de Setembro, quase sem oposição pelo Congresso dos EUA.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O ROCK AND ROLL DOS PIONEIROS - CHUCK BERRY, CARL PERKINS & LITTLE RICHARD

Vejam e oiçam as versões originais de vários grandes temas do rock-and-roll dos anos 50


Em 69, John Lennon a aquecer a audiência com «Blue Suede Shoes»



Os Creedence Clearwater Revival,  interpretam este clássico
«Good Golly Miss Molly»


 


Os Stones ao vivo  e em estúdio interpretam muitos dos temas de Chuck Berry


   
                                         
              Gene Vincent foi o criador, mas a versão de Elvis e Jerry Lee Lewis é mais conhecida 

Ver também: 


(muitos conhecem a versão dos Beatles)

«Dust My Broom» de Robert Johnson  adaptado por Canned Heat



Os grupos e solistas da onda pop e rock dos anos 60 são tributários - num grau ou noutro - destes pioneiros, o que aliás reconhecem através da adoção dalguns dos maiores sucessos desta primeira geração do rock. 
Na minha geração,  que viveu em pleno o fenómeno pop-rock na segunda metade dos anos 60 e anos 70, muitas destas peças foram ouvidas e conhecidas pelas versões dos Rolling Stones, dos Beatles, de Elvis Presley, etc... antes da audição das versões originais, pelos criadores. 
Por vezes, as versões originais têm maior ímpeto e frescura, outras vezes, os músicos da onda rock seguinte conseguiram apropriar-se (no bom sentido) e dar versões que permanecem na memória musical de muitos de nós.