terça-feira, 22 de janeiro de 2019

QUE SURPRESA! TODOS OS PARTIDOS SÃO CLIENTELARES...

Na sequência de mais um escândalo, desta vez envolvendo a autarquia de Loures dirigida por comunistas, e um genro do secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa, verifica-se de novo aquilo que já era evidente (pelo menos) desde que se «consolidou» a democracia parlamentar neste país, por volta de finais dos anos 70: O poder dum partido está na proporção directa da percepção que o público tenha de que possa influenciar nos assuntos de Estado e nos negócios. 
Aderem muitos, na medida em que tal ou tal partido possa ser influência decisiva para arrancar um contrato ao nível autárquico, uma autorização para edificar em zona protegida, etc, etc... Sobretudo, através dos partidos muitos esperam obter emprego na máquina do Estado, algo que também foi notório durante a primeira República e ditadura. No fundo, nunca deixou de ser um forte «motivador» para as pessoas se inscreverem em partidos (durante a ditadura, a inscrição na Legião Portuguesa ou na União Nacional, era condição para aceder a muitos cargos de funcionários, mesmo os mais ínfimos, sem quaisquer funções decisórias).
O que me espanta é a aparente inocência (digo bem, aparente) dos escrevinhadores dos media, que se «escandalizam» com tais práticas, das quais eles próprios são participantes ou, no mínimo, testemunhas quotidianamente. 
Dirão que a democracia não é perfeita, mas que é o regime que permite um máximo de participação popular nos assuntos do Estado. Permitam-me discordar. 
A democracia, tal como é entendida no presente e nos nossos países europeus, é antes um processo para arredar os cidadãos da coisa pública. Quando cidadãos desencantados se erguem e clamam por mudanças, como acontece agora em França, com a revolta dos coletes amarelos, os partidos daqui calam-se, assobiam para o lado, enquanto a media é rápida a difundir imagens de comportamentos menos correctos, omitindo a imensa maioria de situações em que os coletes amarelos se comportam com a maior responsabilidade. 
Sobretudo, os media deste país não se atrevem a explicar ao povo português quais são as verdadeiras razões da revolta!

RAZÃO Nº1: Existe um défice profundo de democracia e de respeito pela cidadania: Os países da Europa foram metidos num colete de forças chamado tratado de Lisboa, que é afinal uma constituição anti-democrática, que nem sequer tem a coragem de dizer o seu nome. A razão de se mascarar assim, sob forma de tratado, aquilo de que, de facto, é uma constituição, tem tudo a ver com a rejeição em 2005 do tratado constitucional pelo povo francês e holandês, em referendos democráticos, que foram ignorados e espezinhados pelos respectivos dirigentes.

RAZÃO Nº2: Há uma perda de capacidade económica por parte de um número crescente de famílias trabalhadoras. Em face da perda progressiva da competitividade da economia, a reacção dos poderes dos diversos países, quaisquer que sejam as colorações políticas, foi de aumentar o endividamento dos Estados. Por este motivo, está-se numa situação de crise de dívida permanente, apenas disfarçada pela artimanha do BCE de comprar a dívida (quase toda) dos países do Euro do sul europeu. Mas este mecanismo está a partir de agora, oficialmente fechado.
Para fazer face a um aumento dos juros da dívida, perante um decréscimo de actividade industrial e uma fuga de capital para paraísos fiscais (que eles não querem verdadeiramente estancar pois são beneficiários) o único recurso que resta aos Estados é subir impostos. Como os impostos directos são proporcionais ao rendimento das pessoas, eles vão sobretudo abater-se sobre os impostos indirectos, as taxas sobre o gasóleo, o IVA, etc... 

A MANIPULAÇÃO: Aquilo que se quer fazer passar por retorno a visão de extrema direita, reaccionária, classificando os que contestam de forma pejorativa como soberanistas ou ainda populistas, nada mais é do que a reacção dos povos, fartos de serem espoliados por uma elite, seja ela de «esquerda» ou de «direita», que se arroga os comandos do Estado para favorecer - de todas as maneiras - a sua própria ascensão e manutenção ao estatuto de aristocracia. Nos tempos presentes, esta aristocracia é apenas a do dinheiro, sendo essa a medida de todas as coisas, no espírito e na letra do capitalismo financeiro e especulativo.

PROPOSTAS POLITICAS E ECONÓMICAS

As propostas dos coletes amarelos de reforma constitucional, permitindo um referendo de iniciativa cidadã, nada têm de democracia directa «radical», pois se baseiam nas formas muito tradicionais de democracia directa da República Helvética, cuja população vota, pelo menos, duas ou três vezes por ano em referendos nacionais e num número maior de referendos nos cantões ou municípios. 
Por outro lado, a diminuição da carga total das taxas ou impostos indirectos, substituíveis por um agravamento dos escalões superiores (imposto sobre fortunas) e sobre os lucros das firmas, não pode agradar ao 1%. Tem esta pequeníssima minoria ditado a campanha mediática para denegrir toda e qualquer iniciativa que venha das bases e pretenda reformar os aspectos mais «indecorosos» do sistema. 

Por ganância ou miopia, a reforma é tornada impossível pelos de «cima». São eles que criam as condições de uma revolução: claramente, ao inviabilizarem qualquer reforma dentro do sistema, estão a empurrar os de baixo a se radicalizarem a cada recusa de atenderem as suas reivindicações. No momento em que as massas vêem claramente que o poder apenas tem como objectivo a contenção e não a resolução dos problemas, dá-se uma explosão social, com perda completa da confiança dos governados nos respectivos governos


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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

COLETES AMARELOS - A HORA DA VERDADE PARA A EUROCRACIA

                                       https://www.youtube.com/watch?v=-wveoPeu6wo

Jovanovic, sem papas na língua, diz até que ponto a ditadura globalista e seus mandatários locais são odiados. Mostra também como evidência, que existe uma comparticipação da generalidade dos media com a situação de escravização a que se chegou: «Os ricos compraram os media para estes transmitirem exclusivamente as informações que lhes convêm» (Bourdieu)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

PAVANE DE GABRIEL FAURÉ


Peça escrita inicialmente para piano, depois adaptada pelo autor para pequena orquestra, esta jóia musical é merecidamente uma das peças mais conhecidas de Gabriel Fauré. 

A pavana é uma dança de origem italiana, muito popular no século XVI e mais tarde. O baixo obstinado indica o ritmo básico da dança. As variações sobre o tema são frequentemente retomadas em diversas vozes. 

Nesta pavana, sobressai o tema cortesão e nostálgico, que nos faz imaginar um baile na corte real ou de algum grande nobre. O tema é tratado de forma criativa, em variações que mostram bem que estamos perante uma peça pós-romântica, em particular, pela sua estrutura harmónica. 

Gabriel Fauré é importante como «charneira» entre o segundo romantismo (Tchaikovsky)  e o modernismo (Debussy, Ravel...). A sua obra continua a ser muito apreciada e executada em concertos, nomeadamente, o Requiem, a música de câmara e a música para piano

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

OBSERVATÓRIO DAS GUERRAS E MILITARISMO - FÁBRICA DE ALTERNATIVAS, ALGÉS, 26 JAN

                                Observatório das Guerras e Militarismo

       http://www.fabricadealternativas.pt/events/observatorio-das-guerras-e-militarismo/

Construir a paz está em nossas mãos; podemos muito mais do que nós próprios pensamos!
Vem à reunião de lançamento do «Observatório das Guerras e Militarismo»; preparemos o primeiro «Fórum Pela Paz»!
A guerra, seja qual for o pretexto sob a qual é desencadeada, não é solução para nada. Os sonhos imperiais das super-potências ou as ambições de tiranetes são muitas vezes mascaradas em lutas pela libertação nacional ou numa multiplicidade de falsas justificações.
Não existe guerra justa, pois a própria guerra é em si um crime: desencadear uma guerra, segundo a própria lei internacional validada pela ONU, é cometer um crime contra a humanidade.
Compreende-se que os intervenientes numa guerra tenham simpatias de uns e antipatias de outros, pois jogam factores étnicos, religiosos, políticos, etc… Mas a única forma de se trabalhar pela paz é reconhecer que o melhor é acabar com uma guerra, seja ela qual for, o melhor é estabelecer pontes que possam conduzir a um armistício ou a um cessar-fogo, seguido por conversações e por fim, um tratado de paz.
A cultura de guerra predomina infelizmente nas nossas sociedades e não temos sabido ensinar as jovens gerações a compreender a verdadeira natureza da guerra e consequentemente a repudiá-la. Esta nossa fraqueza pode nos custar caro, a nós e aos outros.
A guerra é um negócio desastroso para os povos, não poderia ser um inferno maior, o de um povo destruído pela guerra. Agora, as guerras são muito eficazes em termos de destruição. Mas, a guerra é um bom negócio para vários grupos de interesse. O que faz com que a guerra seja tantas vezes desencadeada é a existência de forças obscuras, completamente embebidas no tecido do poder, que têm muito dinheiro e poder, corrompendo e manipulando, tudo e todos, quanto o necessário.
Vê-se isso, de forma recorrente: não são os «Hitler» ou outros, quem desencadeia as guerras; embora estes tenham um papel importante. No fundo, são os grandes potentados do aço, do petróleo (a partir do séc. XX) ou das tecnologias (no séc. XXI) que desejam tal guerra e – para isso – subsidiam todos aqueles que eles acham apropriados para a esse resultado.
O nosso papel é muitas vezes menorizado por nós próprios, porque não temos coragem de sair da nossa «zona de conforto» e educar: educar as jovens gerações; educar os seus pais e avós; educar todos e todas. Educarmos a nós próprios/as, constantemente.
Aliás, é necessário ter um espírito aberto e tolerante, para se poder educar: educar não é inculcar, isto seria fazer doutrinação. Educar é abrir o espírito crítico das pessoas. Depois, elas terão mais liberdade para fazer as suas escolhas próprias, em tomar posição; têm mais dados e mais instrumentos de análise de que podem servir-se em várias situações.
É importante procurar «soluções para a paz» (como dizíamos há algum tempo atrás numa série de mesas-redondas na Fábrica de Alternativas), mas esse passo só pode ser dado se houver um grau de educação (auto-educação) que permita compreender os fenómenos, não apenas historicamente, como no presente.
Isso é possível se houver pessoas que queiram empenhar-se, com real investimento de tempo e esforço, com continuidade também, numa espécie de «observatório das guerras», que deverá aumentar o nosso próprio grau de conhecimento e – em simultâneo – dar aos outros, à sociedade, os instrumentos conceptuais e informações de que ela carece.
Os media não informam, apenas dão «imagens»: as pessoas interpretam as imagens de acordo com as suas concepções prévias, ou preconceitos. As pessoas são portanto ludibriadas, julgando que estão a ser informadas. Pensam saber, até muito bem, porque «viram» isto ou aquilo e – na verdade – sabem pouco e o que sabem é distorcido de mil e uma formas. Não existe ninguém nesta sociedade que não sofra dos efeitos desta «lavagem ao cérebro»: mesmo os activistas mais empenhados, com uma visão crítica do poder, etc… estão sujeitos a ela; é o totalitarismo «soft» do nosso tempo, tão bem analisado por Chomsky e por outros.
Estamos todos sujeitos à lavagem ao cérebro, mas podemos nos «vacinar» se tivermos o cuidado de constituir «anti-corpos»: debater em grupo, sem barreiras artificiais, ideológicas e outras, a problemática da Paz e da Guerra.
No fundo, seria um «Observatório sobre as guerras e o militarismo»+ «Fórum sobre a Paz».
Grande trabalho, mas que vale a pena, pois vem preencher uma lacuna muito grande na nossa sociedade.


Ver também, sobre a mesma temática:
 https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2016/10/construir-o-movimento-pela-paz.html

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

INTEGRITY INITIATIVE - OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS BRITÂNICOS DO MI6

UMA INICIATIVA MUITO POUCO (OU NADA...) ÍNTEGRA

Dei com esta «Integrity Initiative», por acaso, há alguns dias. Mas o escândalo das revelações do site «Anonymous» data de há cerca de dois meses. 
A media ao serviço do poder teve o papel habitual de ocultar do público tudo aquilo que poderia ser prejudicial para a imagem dos regimes globalistas, em particular, neste caso, do governo conservador do Reino Unido.
Existem aqui muitos motivos para a media tentar ocultar o escândalo. 
É verdadeiramente um passo para uma «sociedade orwelliana», em que o governo, através de programas confeccionados pelas suas agências de serviços secretos, leva a cabo campanhas de intoxicação da opinião pública. Esta vasta operação utiliza dinheiros públicos, claro. Mas vão ao ponto de desrespeitar o sistema político britânico, inclusive, pondo-se ao serviço dos interesses dos conservadores britânicos, que querem agarrar-se ao poder, à custa da destruição da imagem de Jeremy Corbyn, o líder dos trabalhistas, que tem tido uma política decididamente a favor da Paz: ele é pintado como «russófilo» e «anti-semita».
Mas surgem indícios de que o procedimento destes «defensores do Ocidente» vai ainda mais longe do que a difamação dos adversários políticos e pintar a Rússia e outras potências que não lhes agradam, como a fonte de todos os males de que sofre o planeta. 
A «Integrity Iniciative» aparece imiscuída no processo de deslegitimação do actual presidente dos EUA; uma espécie de golpe de estado em desenvolvimento contra o presidente Trump. A campanha do «Russiagate», com todas as acusações falsas ou não provadas em torno do presidente ou seus próximos, a tentativa de conseguir um «impeachment», ou seja, um processo de destituição de Trump, têm não apenas por detrás Obama, Hillary Clinton e várias personalidades do partido democrata, mas também o contributo - talvez decisivo - da referida organização britânica. Quem o diz é a organização de Lyndon LaRouche, que persegue os seus próprios fins de influenciar os governos, mas que está bem informada no que diz respeito aos bastidores do poder nos EUA e noutros sítios.
Claro que RT e outros meios e comunicação dependentes do Estado Russo são vilipendiados, pela «Integrity» Iniciative. Não dizem porém que as agências noticiosas, os grandes jornais, cadeias de tv, dos países ocidentais, não apenas estão nas mãos de grandes impérios corporativos, como estão completamente penetrados pela CIA e por eles próprios do MI6. 
Com efeito, os media corporativos do Ocidente estão permanentemente a ser fornecidos por propaganda disfarçada em «factos», por estas agências. 
Os grandes fornecedores de «fake news» são eles. Como de costume, acusam os seus adversários de fazer exactamente aquilo que eles próprios fazem. 
Não terão descanso, enquanto não calarem os que potencialmente poderão dar o alerta para os seus crimes e conspirações, nomeadamente os fornecedores de informações independentes, como as rádios locais e os sites do Youtube e da Internet. 
Se não fossem estes, com todos os seus defeitos, já estaríamos agora em pleno totalitarismo globalista.

               https://www.rt.com/op-ed/448689-integrity-initiative-propaganda-media/


                                             DENÚNCIA INICIAL DOS ANONYMOUS




                                          ENTREVISTA COM DIRIGENTE TRABALHISTA


ARTIGO EM INGLÊS: «BRITISH THINK-TANKS CALL FOR US LEADERSHIP»

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

O PÓLO NORTE MAGNÉTICO ESTÁ A DESLOCAR-SE RAPIDAMENTE

Como se pode observar no mapa abaixo, retirado do artigo da Nature (citado em baixo da imagem), o pólo magnético tem vindo a deslocar-se a uma velocidade relativamente elevada, nos últimos tempos, de oeste para leste, sendo que hoje em dia já não se encontra no Canadá, mas na Sibéria. 


               


Que importância tem este facto?
- É importante, porque obriga a recalcular os mapas geomagnéticos da Terra e também afecta sofisticados sistemas de geolocalização, que estavam calibrados para determinada configuração do pólo magnético. 
- Mas, também pode ser um sinal precoce de que estamos perto de um fenómeno de inversão dos pólos magnéticos. Este fenómeno ocorre com uma frequência muito baixa em termos humanos, mas bastante frequente e regular em termos geológicos. 
É graças a tais inversões de polaridade magnética que se fazem datações de rochas, por exemplo, as rochas basálticas que resultam de erupções de lava dos vulcões submarinos nas dorsais médio oceânicas.  
- Um fenómeno de inversão dos pólos nunca foi presenciado por uma civilização, pois a última vez em que ocorreu tal inversão foi há 750 mil anos. Aconteceu numa altura em que existiam várias espécies do género Homo (Homo erectus, Homo heidelberguensis...), mas não ainda o Homo sapiens. 

Não se pode prever o que acontecerá numa circunstância destas. A fase de transição poderá durar milhares de anos e os ecossistemas adaptarem-se à mudança. 
Porém, pode-se desde já prever que, durante a fase de transição, o escudo electromagnético que protege a Terra (e a biosfera) das radiações ionizantes vindas do espaço, vai ficar a um nível de cerca de 5% do habitual. 
As radiações ionizantes vindas do espaço têm potencial cancerígeno e mutagénico e calcula-se que alcancem, numa proporção maior, a superfície do nosso planeta, afectando os humanos e toda a biosfera.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

O INCRÍVEL MINISTRO DA DEFESA BRITÂNICO

Se, por um lado, nos pode assustar tanta falta de sentido de responsabilidade e de bom-senso, por outro, não podemos reprimir uma enorme gargalhada, em face da estupidez e auto-suficiência deste membro do governo de Sua Majestade!

                            

Leiam o artigo de Finian Cunningham em SputnikNews.com:

O REAL INIMIGO DA GRÃ-BRETANHA
  https://sputniknews.com/columnists/201812191070831341-britain-russia-enemy/