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domingo, 1 de dezembro de 2024

MÚSICA DOS SÉCULOS XVII E XVIII.



 Creio que a magia do som diretamente produzido e transmitido aos nossos ouvidos, naquele instante, é impossível de reproduzir. Ainda assim, gosto de ver/ouvir (em vídeo) alguns interpretes darem um recital ou um concerto público, até mesmo quando a interpretação não é perfeita, ou quando a captação do som tem algumas deficiências. 

Irei acrescentar no futuro outros vídeos, que me pareçam especialmente interessantes e do meu subjetivíssimo agrado.

ATUAÇÕES AO VIVO EM INSTRUMENTOS COM TECLADO







domingo, 24 de novembro de 2024

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

RECORDANDO BILLIE HOLIDAY (Segundas-f. musicais, nº24)


 A voz de Billie Holiday tem-me acompanhado nos bons e maus momentos, como se fosse uma secreta mensagem, dando-me coragem ou alegria, conforme as situações...   Porque tudo me soa perfeito nestas gravações, a voz e o acompanhamento dos músicos. Uma «cançoneta na moda», interpretada por ela, transforma-se num pequeno cofre cheio de joias.  Confesso-me incapaz de fazer uma lista definitiva das gravações da Lady 'Day, embora tenha tentado. Há uma autenticidade nestas gravações, uma perfeita adequação interpretativa, que raramente encontro noutras vozes do jazz. Há interpretes de quem gostamos tanto, que queremos nos apropriar das suas canções, da sua arte. Mas, afinal, acabam por ser eles a apropriarem-se de nós!!

Aqui têm a «playlist» RECALLING BILLIE. Mergulhem no seu universo sonoro: Verão que as melodias e letras, na sua voz, carregam muita energia. Não sei explicar a atração que sinto, mas acabo sempre por voltar à Billie Holiday.

  Playlist RECALLING  BILLIE 



ATUAÇÕES AO VIVO:









sábado, 10 de fevereiro de 2024

Ínfima homenagem a Françoise Hardy



 Não a vi nunca, pessoalmente. Nem à distância, numa sala de espetáculos. Porém, poucas artistas marcaram, tanto como ela, a minha vida. Na infância, adolescência, idade adulta e nesta idade, já perto do fim. Apercebi-me, agora que ela partiu, como foi importante em toda a minha vida. 

Autora e compositora, além de sublime intérprete da canção francesa, foi reconhecida nas várias línguas* em que cantou. Mas, a língua francesa deve-lhe algo muito especial. Foi imensa a sua irradiação artística: Com a sua voz inconfundível, ela exprimiu a música intrínseca dos poemas, os seus e os de uma profusão de poetas.

 A qualidade das letras, das melodias e das orquestrações parece-me patente na discografia de Françoise Hardy: Foi o que procurei ilustrar, nesta amostra, com as mais belas canções**. São das que eu ouço sem me enfastiar: a cada vez, encontro algo de novo,  que me tinha escapado até então. 

Até amanhã na outra vida, Françoise Hardy.


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* Canções em inglês, alemão, italiano, espanhol...



** Playlist por Manuel Banet:

«FRANÇOISE HARDY - INFIME HOMMAGE»


quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

LE DERNIER REPAS - JACQUES BREL

 https://www.youtube.com/playlist?list=PLUv1WgIwP9IPk6USCWVJbq7e4t8JFCOss


À mon dernier repasJe veux voir mes frèresEt mes chiens et mes chatsEt le bord de la mer
À mon dernier repasJe veux voir mes voisinsEt puis quelques chinoisEn guise de cousins
Et je veux qu'on y boiveEn plus du vin de messeDe ce vin si joliQu'on buvait en Arbois
Je veux qu'on y dévoreAprès quelques soutanesUne poule faisaneVenue du Périgord
Puis je veux qu'on m'emmèneEn haut de ma collineVoir les arbres dormirEn refermant leurs bras
Et puis je veux encoreLancer des pierres au cielEn criant Dieu est mortUne dernière fois
À mon dernier repasJe veux voir mon âneMes poules et mes oiesMes vaches et mes femmes
À mon dernier repasJe veux voir ces drôlessesDont je fus maître et roiOu qui furent mes maîtresses
Quand j'aurai dans la panseDe quoi noyer la terreJe briserai mon verrePour faire le silence
Et chanterai à tue-têteÀ la mort qui s'avanceLes paillardes romancesQui font peur aux nonnettes
Puis je veux qu'on m'emmèneEn haut de ma collineVoir le soir qui chemineLentement vers la plaine
Et là debout encoreJ'insulterai les bourgeoisSans crainte et sans remordsUne dernière fois
Après mon dernier repasJe veux que l'on s'en ailleQu'on finisse ripailleAilleurs que sous mon toit
Après mon dernier repasJe veux que l'on m'installeAssis seul comme un roiAccueillant ses vestales
Dans ma pipe je brûleraiMes souvenirs d'enfanceMes rêves inachevésMes restes d'espérance
Et je ne garderaiPour habiller mon âmeQue l'idée d'un rosierEt qu'un prénom de femme
Puis je regarderaiLe haut de ma collineQui danse, qui se devineQui finit par sombrer
Et dans l'odeur des fleursQui bientôt s'éteindraJe sais que j'aurai peurUne dernière fois

Esta soberba canção abre a minha playlist, dedicada ao mais notável autor-compositor de origem franco-flamenga. Ele nos encantou enquanto adolescentes, encarnando todo o fulgor de revolta e de amor que nos incendiava também. 

Sabemos muito sobre a vida deste grande vulto da canção francófona, mas isso não explica nada, pois o fenómeno de criatividade, quer nas letras, quer nas melodias, continua a ser, para mim, um caso ímpar. Dificilmente, se encontra meia dúzia de interpretes/compositores, que tenham atingido a perfeição e qualidade de Jacques Brel.

Jacques Brel é também um formidável intérprete.  Tem imensa qualidade vocal, nas gravações ao vivo ou em estúdio: Elas são de grande perfeição, não apenas pela sua musicalidade, como pela sua perfeita dicção: consegue-se perceber todas as palavras, mesmo nas canções com um ritmo muito vivo.

Algumas canções do «grand Jacques» foram interpretadas por outros cantores/cantoras. Mas, para mim, nenhuma dessas interpretações (embora algumas tenham real qualidade) vale a versão original.  

Brel escreve sobre o amor, sobre os desencontros do amor, sobre os seus fracassos, sobre a condição humana, sobre os problemas sociais, sobre a guerra e a paz, sobre o militarismo, sobre a morte, etc. Dizer - porém - que é um «cantor/autor de intervenção» ou «engagé» é um bocado redutor, não se aplica ao personagem e à sua obra. Ele transcende as divisões esquerda/direita, ou ateísmo/religião. Por isso, pode ser amado ou odiado por muitos, em todos os quadrantes: as canções que eu escolhi na playlist dão, espero, uma amostra representativa das temáticas das canções de Brel.

Brel viveu apaixonadamente, nunca recusando os desafios que a vida lhe colocava. Pode dizer-se que é um exemplo de comportamento «heroico» ou voluntarista, mas não cai dentro da categoria típica das «stars», pois ele não gostava nada que os media da altura se imiscuíssem na sua vida privada. Tinha, além disso, um sentido profundo de solidariedade e de justiça social, que não era fictício, pois ele assumia estes valores que proclamava. Pode dizer-se que o seu substrato profundo fosse de um libertário social, que assumia o humanismo como herança da civilização em que estava inserido, mas rejeitava as hipocrisias dos burgueses, dos falsos devotos, etc.    

Gostaria que houvesse outros artistas como ele, que estivessem vivos e atuantes, que soubessem fazer a denúncia das iniquidades e das brutalidades dos poderosos, com a mesma verve, pois a força da expressão artística tem a capacidade de abrir os corações. Uma das coisas que mais falta faz, neste século, parece-me ser a coragem de se ser coerente com os  ideais proclamados.



terça-feira, 3 de outubro de 2023

BILLIE HOLIDAY, «LADY DAY»



«LADY 'DAY» PLAYLIST DE CANÇÕES 

Dedico esta playlist aos que frequentavam comigo o Hot Clube nas décadas de 70-80, quando aprendi a apreciar o jazz e «descobri» a voz e personalidade extraordinárias de  Billie Holiday:



LADY 'DAY




Body and Soul

2


St. Louis Blues

3


Keeps on A-Rainin'

4


This Years Kisses

5


He's Funny That Way

6


Romance in the Dark

7


- Easy Living

8


- Lover Man

9


Lady Sings the Blues

10


- don't explain

11


- I'm a Fool to Want You 

12


 I'll Get By

13


All of Me 

14


Blue Moon

15


Lover Come Back to Me

16


- The Way You Look Tonight

17


I Cover The Waterfront 


18


The Man I Love

19


 - I Can't Give You Anything But Love

20


terça-feira, 1 de novembro de 2022

OTIS REDDING - "THE SOUL"


Apresento nova playlist, com algumas composições e interpretações do «Rei da Música Soul»:

OTIS REDDING - THE SOUL

 Otis Redding (9 de Setembro 1941 – 10 de Dezembro 1967) foi um autor, compositor e cantor americano, considerado dos maiores ídolos da música popular e artista de primeiro plano da música soul e rhythm and blues

Ele influenciou muitos artistas que, não só interpretaram suas composições, como também se inspiraram do seu estilo vocal, gutural, rude e apaixonado. 

Esta playlist inclui atuações em palco de Otis Redding, que mostram como ele criava uma atmosfera de exaltação, de conivência com o público e de entrega total. 

A sua morte trágica, num acidente de avião, que envolveu também a morte de quase todos os passageiros e músicos da sua banda, ocorreu no auge da sua carreira.
Muitos discos surgiram após a sua morte; ele tinha gravado um grande número de inéditos.

Os seus álbuns são de qualidade muito acima da média, mesmo em relação aos anos 60, época de elevada criatividade, na música popular anglo-saxónica.

segunda-feira, 21 de março de 2022

GEORGES BRASSENS - JE ME SUIS FAIT TOUT PETIT







Les 25 Chansons
                                                             
01 Je me suis fais tout petit
02 Les Trompettes De La Renommée 03 Brave Margot 04 La Mauvaise réputation 05 Le parapluie 06 Le petit Cheval 07 Le Gorille 08 J'ai rendez-vous avec vous 09 Les amoureux des bancs publics 10 Pauvre Martin 11 Il n'y a pas d'amour heureux 12 Auprès de mon Arbre 13 Le Pornographe 14 Le vieux Léon 15 Marquise 16 Les copains d'abord 17 Les sabots D'Hélène 18 Chanson pour l'auvergnat 19 La Prière 20 Gastibelza 21 La mauvais herbe 22 Une jolie fleur 23 Je suis un voyou 24 Putain de toi  
25 Le testament