A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).

terça-feira, 5 de julho de 2016

[NO PAÍS DOS SONHOS] BILLIE HOLIDAY - I'LL GET BY




Eram 4 horas da manhã. Estava a chuviscar aquela chuvinha que nos molha lentamente até aos ossos. Entrei num bar, com luzes vermelhas, onde algumas prostitutas conversavam, ao balcão, com dois ou três clientes…
Sentei-me numa mesa, não sabendo muito bem o que escolher. Veio uma moça muito vistosa, pedir-me para se sentar. Eu acedi, já sabendo que isso significava, no mínimo pagar o dobro do «consumo obrigatório». Pedi uma garrafa de tinto, argumentando que o champagne me fazia azia (o champanhe surrado, com certeza…)!
A partir daí, as minhas memórias começam a ficar confusas; as luzes muito fracas, davam um halo de «mistério» àquilo que não o tinha. Quanto à conversa, não retive nem um pouco do seu conteúdo; a moça tinha jeito em me fazer sentir bem-disposto, isto ainda me lembro.  
Após uma pausa na música, iluminou-se uma zona do fundo, que afinal era um pequeno palco, onde se desenrolou o espetáculo de striptease: uma falsa loira, que imitava Marilyn Monroe com alguma verosimilhança… a meus olhos.

Posso ter sonhado tudo o que descrevi acima, pois no dia seguinte, acordei na minha cama, sem mais do que uma persistente dor de cabeça. Não me recordo como acabou a noitada e como vim para casa. Com certeza, vim no meu próprio carro; as chaves estavam pousadas ao lado da mesinha de cabeceira. Mas mais do que isso não sei.
Estranhamente, não sentia cansaço nenhum. Levantei-me, tomei um duche; engoli o pequeno-almoço e fui para o trabalho. Tudo sem pensar, num automatismo bem rodado.

Nunca mais fui àquele bar; nem sei se realmente ainda existe, nem se as personagens que encontrei ainda aí trabalham. Tudo se passou como se fosse «noutra vida». Mas tal não pode ser; pois eu sei, até certo momento no tempo, o que fiz.





1 comentário:

Manuel Baptista disse...

https://www.youtube.com/playlist?list=PLUv1WgIwP9IMaMdH-0hW-1ImZzMj6QZXJ