A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.

sábado, 6 de julho de 2019

«A NOVA ESCRAVIDÃO DA CLASSE TRABALHADORA» - ENTREVISTA COM PAUL CRAIG ROBERTS



"The reason Noam Chomsky and I can speak freely is because we don’t want anything from the establishment. We are not depended on them. If we were, we would be shut down. So, you have a situation in the West where there is hardly anybody who can afford to speak freely."


(A razão porque Noam Chomsky e eu próprio podemos falar livremente é porque não queremos nada do 'establishment'. Não estamos na sua dependência. Se fossemos dependentes deles, seriamos calados. Portanto, temos uma situação no Ocidente onde quase ninguém pode permitir-se falar livremente.)



Sobre o Prof. Paul Craig Roberts  e seu pensamento:

Entrevistas de P. C. Roberts a Hanne Nabintu Herland: 


RELATÓRIO DO 2º TRIMESTRE DE 2019, DO OBSERVATÓRIO DA GUERRA E DO MILITARISMO



Com este relatório, damos continuidade ao nosso compromisso de fazer uma análise periódica, situando em contexto as notícias e as tomadas de posição, que fomos recolhendo e colocando no site, ao longo deste período. Neste texto, os números entre parêntesis são de referências correspondentes no site. Por decisão do coletivo, não introduzimos referências externas ao nosso site. Seria muito difícil – de outro modo – construir o texto em tempo curto, ou seja, na semana imediata ao período considerado, de 1º de abril a 30 de junho de 2019.
Como sempre, estamos abertos às vossas ajudas sob forma de contribuições de artigos – próprios ou de outras fontes – assim como traduções. Não haverá, desta vez, sessão de apresentação deste relatório do 2º trimestre, por ser época de férias de Verão.  
  1. Mundo Mediterrânico, Médio Oriente e Ásia Central
As ações bélicas de maior envergadura e gravidade continuam a ocorrer na zona do Médio Oriente, onde se situam vários países com vastos recursos energéticos fósseis e por onde transita uma grande parte dos produtos petrolíferos para abastecer o resto do mundo.
O longo rescaldo na Síria
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segunda-feira, 1 de julho de 2019

E HÁ OS CÉLEBRES ESQUECIDOS...

Recordo aqui o poeta mais original que produziu esta «Pátria de poetas», mas que os ignora com a mesma boçalidade com que os apregoa...
Ele foi surrealista - como muitos outros - e desvinculou-se desse movimento estético... 
A sua poesia é uma com a sua vida. Não se tomava demasiado a sério; a sua poesia é anti-enfática. 
Pode - ainda hoje - desencadear o espanto e uma gargalhada...
- Sim, estou a falar do poeta Alexandre O'Neill, muito célebre por causa de um poema posto em canção, mas cuja restante obra poética é quase desconhecida!

Amália foi uma grande embaixadora, não só do fado, mas da cultura portuguesa, tendo interpretado - de forma inspirada - poemas de alguns grandes poetas lusos, na maior parte, postos em música por Alain Oulman, um excelente compositor. 

Gosto de recordar a «formiguinha», a ironia irreverente de O'Neill:




sábado, 29 de junho de 2019

A ROBOTIZAÇÃO TEM VASTAS CONSEQUÊNCIAS

                        Resultado de imagem para robot nanny

Um artigo de Zero Hedge  refere as conclusões de um relatório de «Oxford economics» sobre a automatização, a armazenagem de energia, a inteligência artificial e a capacidade de aprendizagem das máquinas, transformações que têm o potencial de modificar profundamente a sociedade, nas décadas de 20 e de 30 deste século. 

Vejam-se algumas tabelas tiradas do estudo, abaixo.

- Perdas de emprego devidas à introdução de robots, desde o ano 2000:

                        
                                

- Instalação de novos robots por país:


                             

- Efeito da introdução de robots em economias em desenvolvimento / desenvolvidas:


                             

Vemos, por estes exemplos que a situação social poderá tornar-se explosiva, caso não se desenvolvam rapidamente esquemas de apoio social aos desempregados de longa duração.
Mas, é muito pouco provável que aconteça o tal apoio social, sobretudo nos países pobres. Estes baseiam sua economia numa mão-de-obra barata, que lhes permite colocar - a preços imbatíveis - os seus produtos no mercado, para exportação.
Nos próprios países «ricos», a protecção dos trabalhadores vem diminuindo acentuadamente, a par com o aumento dum modelo de emprego precário, sem interesse, sem perspectivas, que sofre - já agora -uma competição com robots (veja-se o caso dos robots ao serviço em «MacDonalds»).
Quem aqui estiver nessas décadas de 20 e 30, verá o que vai acontecer ... 

Cabe a todos os que cá estejam, encontrar remédio verdadeiro para esta situação: Eu constato apenas que, no afã de aumentar as suas margens de lucro, as empresas estão a sabotar as próprias bases do contrato social implícito, das sociedades em que operam. 
É o velho esquema de «lucros privatizados, prejuízos públicos». 
Com efeito, quem irá apoiar os muitos milhares de desempregados de longa duração ou de jovens que não arranjam qualquer emprego, mesmo medíocre, senão os serviços sociais (pagos pelos impostos)? Por outro lado, é sabido que as empresas e ricaços têm esquemas que lhes permitem legalmente pagar ao fisco, muito menos, proporcionalmente, que uma família média (sem possibilidade de fuga ao imposto), terá de pagar. 
A introdução de um rendimento mínimo incondicional, vista por alguns como a panaceia, será, no melhor dos casos, uma «esmola social» que é dada para que os excluídos do mercado de trabalho  não se revoltem. 
A contradição evidente entre o processo social do trabalho (que se acentua no século XXI) e a apropriação privada dos frutos deste trabalho, tem de ter resolução... chame-se socialismo, ou outra coisa qualquer. 
- Há o aspecto da apropriação privada do trabalho, essencialmente colectivo, feito pelos trabalhadores assalariados na empresa, mas também por todos os que participaram na produção dos instrumentos de produção utilizados, incluindo robots. 
- Mais: sendo os valores - reais ou fictícios - da sociedade baseados na «ética do trabalho», como é que esta sociedade vai «justificar» uma situação crónica e estrutural de desemprego altíssimo, em especial dos jovens? 
- Como é que os mecanismos sociais se poderão manter, sem demasiado atrito, ou conflitualidade que originem rupturas?

Para que seja adoptada a solução da distribuição do trabalho restante igualmente por todos, ficando os robots com os trabalhos penosos ou menos interessantes, a propriedade privada dos meios de produção, o capitalismo, não poderá continuar a ser a norma predominante, social e económica. 
Mas como é que se chegará até lá? 
- Parece que a humanidade tem muito maior capacidade de invenção tecnológica, do que sociológica, porém é esta última que mais nos faz falta, no presente! 



sexta-feira, 28 de junho de 2019

GEOPOLÍTICA DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL

                                            «THE GEOPOLITICS OF WORLD WAR III»


Este excelente documentário explica como se realiza o domínio do dólar US e como o império dos EUA está indissoluvelmente relacionado com o petrodólar. 
Na minha opinião, tudo o que este documentário mostra, ajuda a compreender melhor por que razão estamos num momento tão perigoso para a própria sobrevivência da espécie humana. 

quarta-feira, 26 de junho de 2019

NO G-20 RÚSSIA-ÍNDIA- CHINA VÃO CAPTAR AS ATENÇÕES

Sob Modi, a Índia está em bons termos com a China e Rússia 



                       
Na foto: o Presidente da Rússia, Putin e o primeiro-ministro da Índia abraçam-se antes da sessão do Conselho de Estados da organização de Cooperação de Xangai. AFP / Grigory Sysoev / Sputnik


Por PEPE ESCOBAR 


TRADUÇÃO DE MANUEL BAPTISTA PARA OBSERVATÓRIO DA GUERRA E MILITARISMO 

Tudo começou com a cimeira Putin-Xi Jinping em Moscovo em 5 de Junho. Longe de ser um encontro bilateral, este encontro actualizou o processo de integração euro-asiático projectando-o noutro nível. Putin e Xi bordaram todos os assuntos, desde a interconexão em desenvolvimento das Novas Estradas da Seda com a União Euro-asiática, especialmente na e em volta da Ásia Central, até À sua estratégia concertada em relação à península coreana. 

Um tema, em especial, sobressaiu: Discutiram como é que o papel da Pérsia na Rota da Seda antiga está a ser retomado agora pelo Irão, nas Novas Rotas da Seda ou Iniciativa Cinturão e Rota. E isto não é negociável. Sobretudo depois de a parceria estratégica entre a Rússia e China, há menos de um mês antes desta cimeira de Moscovo ter oferecido apoio explícito a Teerão, assinalando que a mudança de regime, simplesmente não será aceite, segundo as fontes diplomáticas declararam. 

Putin e Xi consolidaram o Mapa-roteiro no Fórum económico de S. Petersburgo. A grande conexão euro-asiática continua a ser tecida após a conclusão da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai(OCX) realizada em Bishkek, com dois interlocutores essenciais: a ìndia, uma participante dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) e membro da OCX e o Irão, com estatuto de observador da OCX. 

Na cimeira encontravam-se sentados à mesma mesa Putin, Xi, Modi, Imran Khan e Rouhani (Irão). Suspensa sobre os encontros, como espadas de Dâmocles, estavam a guerra comercial EUA-China, as sanções contra a Rússia e a situação explosiva no Golfo Pérsico. 

Rouhani foi enfático – e jogou as suas cartas com mestria – ao descrever o bloqueio económico dos EUA sobre o Irão, que levou Modi e os líderes das repúblicas da Ásia Central a dedicarem mais atenção ao roteiro traçado pela Rússia e China para a Eurásia. Tal ocorreu na ocasião em que Xi tornou claro que haverá aumento significativo de investimento chinês em toda a Ásia Central, em torno dos projectos das Novas Rotas da Seda. 

A Rússia e a China interpretaram diplomaticamente o que aconteceu em Bishkek como “vital para a reformulação da ordem mundial.” Significativo foi não apenas o desempenho trilateral – Rússia, Índia e China – mas o seu ensaio da próxima cimeira do G20 em Osaca. Os diplomatas asseguram que a empatia recíproca de Xi, Putin e Modi operou maravilhas. 

O formato RIC (Rússia-Índia-China) remonta ao antigo perito orientalista Yevgeny Primakov nos finais dos anos 1990. Deveria ser interpretado como a pedra de toque da multi- polaridade do século 21 e isto, diga o que disser, na sua interpretação, Washington. 

A Índia, um elo fundamental na estratégia do Indo-Pacífico, tem estado muito satisfeita com a emergência da Rússia-China, essa «ameaça existencial» para aquele «competidor externo» – acontecimento temido desde que o pai fundador da geopolítica/geoestratégia, Halford Mackinder, publicou o “Eixo Geográfico da História” em 1904 – que surge finalmente da Eurásia. 

A RIC também foi a base sobre a qual os BRICS foram construídos. Moscovo e Pequim estão diplomaticamente refreando-se em falar disso. Mas com a administração de Jair Bolsonaro no Brasil, vista como mero instrumento de Trump, não surpreende que o Brasil tenha sido excluído do RIC em Osaca. É aí que vai haver um encontro dos BRICS mesmo antes do G20 na Sexta-feira, mas o que terá real importância será o acordado entre os RIC. 

Tomai atenção ao que vier a acontecer no entretanto 

A triangulação interna ao RIC é extremamente complexa. Por exemplo, na cimeira da OCX Modi disse que a Índia apenas poderá apoiar projectos de conectividade «baseados no respeito pela soberania» e «integridade regional». Isso é linguagem codificada para dizer que não fará parte das novas Rotas da Seda, em especial a por causa do Corredor Económico China-Paquistão que a Índia insiste atravessa ilegalmente território do Caxemira. Porém, a Índia não bloqueou a declaração final de Bishkek. 

O que importa é que a troca bilateral Xi-Modi na OCX foi tão auspiciosa que o Secretário das Relações Exteriores Vijay Gokhale a descreveu como “o início de um processo, após a formação do governo na Índia, para que agora se trate das relações Índia-China de ambos os lados num contexto mais largo do século 21, e do nosso papel na região Ásia-Pacífico.” Haverá um encontro cimeiro informal Xi-Modi na Índia em Outubro. E estarão de novo juntos na cimeira dos BRICS no Brasil, em Novembro. 

Putin tem sido um excelente proporcionador de aproximações. Modi foi convidado de honra no Fórum Económico do Leste em Vladivostok, no princípio de Setembro. Esta demonstração de confiança foi para mostrar a Modi as vantagens para a Índia em participar activamente neste processo mais largo de integração euro-asiático em vez de desempenhar o papel de mero auxiliar na produção «made in USA». 

Isso poderá mesmo incluir a parceria para desenvolver a Rota da Seda Polar, no Articom que reunirá a Nova Rota da Seda com a Rota do Mar Russo do Norte. A companhia Chinesa COSCO já é parceira da companhia russa, para encaminhamento de gás natural, quer para leste quer para oeste, a partir da Sibéria. 

Xi está também a atrair a atenção de Modi sobre as possibilidades renovadas com o corredor Bangladesh-China-India-Myanmar (BCMI), outro projecto importante das Novas Rotas da Seda, assim como o melhoramento da conectividade do Tibete com o Nepal e com a Índia. 

Evidentemente, permanecem muitos obstáculos, desde a contestação das fronteiras nos Himalaias, à dificuldade em fazer avançar a Regional Comprehensive Economic Partnership (RCEP) formada por 16 países, a sucessora da defunta TPP (Trans-Pacific Partnership). Pequim deseja que a RCEP vá por diante e está mesmo preparada a deixar pelo caminho Nova Deli. 

Uma das decisões importantes que Modi vai ter de tomar respeita à continuação da importação do petróleo iraniano, tendo em conta que não haverá mais excepções às sanções dos EUA. A Rússia está disposta a ajudar o Irão, assim como a Índia e outros clientes asiáticos preocupados, caso os países europeus continuem a arrastar os pés na implementação do seu veículo especial de pagamento. 

A Índia é um dos principais países consumidores do petróleo iraniano. O porto de Chabahar é absolutamente essencial para que a mini-Rota da Seda indiana alcance a Ásia Central, através do Afeganistão. Perante uma administração Trump a sancionar Nova Deli por ter adquirido à Rússia o sistema de defesa de mísseis S-400 e face à perda do estatuto comercial de nação mais favorecida, a aproximação aos parceiros do BRI com a garantia-chave de que o Irão seja o fornecedor de energia, torna-se assim uma oportunidade económica a não perder. 

Com o roteiro traçado para o futuro, através da parceria estratégica Rússia-China plenamente solidificada nas cimeiras de Moscovo, S. Petersburgo e Bishkek, a ênfase agora, para a aliança Rússia-China, será trazer a Índia a bordo, para um RIC em pleno. A parceria estratégica Rússia-Índia já está a realizar-se, em termos práticos. E a relação Modi com Xi parece estar em sincronia. Osaca vai ser o ponto de viragem da consolidação do RIC. 





terça-feira, 25 de junho de 2019

OBSERVATÓRIO DAS GUERRAS E MILITARISMO:«A U.E. na estratégia nuclear do Pentágono»




A Arte da Guerra                                                                    Manlio Dinucci

 Os Ministros da Defesa da NATO (de Itália, Elisabetta Trenta, M5S, de Portugal, João Gomes Cravinho) foram convocados para reunir em Bruxelas, em 26 e 27 de Junho,  a fim de aprovar as novas medidas de “dissuasão” contra a Rússia, acusada, sem qualquer prova, de ter violado o Tratado INF.

Fundamentalmente, irão alinhar-se com os Estados Unidos que, retirando-se definitivamente do Tratado, em 2 de Agosto, preparam-se para instalar na Europa, mísseis nucleares de alcance intermédio (entre 500 e 5.500 km) com base no solo, semelhantes aos da década dos anos 80 (os Pershing II e mísseis de cruzeiro) que foram eliminados (juntamente com os SS-20 soviéticos) pelo Tratado assinado em 1987 pelos Presidentes Gorbachev e Reagan. 



As principais potências europeias, cada vez mais divididas dentro da UE, reúnem-se na NATO sob o comando USA para apoiar os seus interesses estratégicos comuns.
A mesma União Europeia – da qual 21 dos 27 membros fazem parte da NATO (assim como faz parte a Grã-Bretanha, de saída da UE) – rejeitou nas Nações Unidas, a proposta russa de manter o Tratado INF. Sobre uma questão de tal importância, a opinião pública europeia é deixada, deliberadamente,  no escuro pelos governos e pelos principais meios de comunicação mediática. Assim, não se avisa sobre o perigo crescente que paira sobre nós: aumenta a possibilidade que, um dia, se venha a usar armas nucleares.

Confirma-o, o último documento estratégico das Forças Armadas dos EUA, “Nuclear Operations” (11 de Junho), redigido sob a direcção do Presidente do Estado Maior reunido. Dado que “as forças nucleares fornecem aos EUA a capacidade de atingir os seus objectivos nacionais”, o documento salienta que as mesmas devem ser “diversificadas, flexíveis e adaptáveis” a “uma ampla gama de adversários, ameaças e contextos”.
Enquanto a Rússia adverte que mesmo o uso de uma única arma nuclear de baixa potência desencadearia uma reacção em cadeia que poderia levar a um conflito nuclear em grande escala, a doutrina dos EUA está-se orientando com base num conceito perigoso de “flexibilidade”. Alvos (esclarece o mesmo documento) realmente escolhidos pelas agências de inteligência/serviços secretos, que avaliam a vulnerabilidade a um ataque nuclear,  prevendo também os efeitos da chuva radioactiva.
O uso de armas nucleares – sublinha o documento – “pode criar as condições para resultados decisivos: especificamente, o uso de uma arma nuclear mudará fundamentalmente o quadro de uma batalha criando as circunstâncias que permitem aos comandantes prevalecer no conflito”. As armas nucleares também permitem aos EUA “salvaguardar os seus aliados e parceiros” que, confiando neles, “renunciam à posse das suas próprias armas nucleares, contribuindo para os propósitos de não-proliferação dos EUA”.
No entanto, o documento deixa claro que “os EUA e alguns aliados selecionados da NATO mantêm aviões de capacidade dupla capazes de transportar armas nucleares ou convencionais”. Admite, assim, que quatro países europeus não nucleares – Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda – e a Turquia, violando o Tratado de Não-Proliferação, não só hospedam armas nucleares americanas (as bombas B-61 que, a partir de 2020, serão substituídas pelas B61-12, mais mortíferas ), mas estão preparados para usá-las num ataque nuclear sob comando do Pentágono.  Tudo isto é omitido pelos governos e parlamentos, televisões e jornais, com o silêncio cúmplice da grande maioria dos políticos e jornalistas, que, pelo contrário, nos repetem, quotidianamente, como é importante para nós, italianos e europeus, a “segurança”. Garantem-na os  Estados Unidos,  instalando na Europa, outras armas nucleares.


il manifesto, 25 de Junho de 2019