domingo, 20 de agosto de 2023

CIMEIRA DOS BRICS NA ÁFRICA DO SUL - A AGENDA


 No presente, 23 países solicitaram formalmente a sua adesão aos BRICS.

Veja/oiça a avaliação de Ben Norton sobre o significado da cimeira:

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

PORQUE A OTAN SE TORNOU INIMIGA DA PAZ E SEGURANÇA MUNDIAIS? [David Stockman]

 [Reflexão de Manuel Banet: Todas as guerras têm um ou vários motivos económicos por detrás. A atual guerra da OTAN contra a Rússia, em solo ucraniano e utilizando soldados ucranianos (assim como polacos e doutros países da OTAN, não oficialmente) não escapa à regra. O complexo militar industrial estadunidense, desde há dois anos, tem beneficiado imenso com o esvaziamento dos stocks de armamentos, que vão para o exército ucraniano. Estes stocks têm de ser repostos, além das novas encomendas feitas pelo Pentágono. O mesmo se passa noutros países da OTAN. Para o lóbi poderoso do armamento, quanto mais esta guerra durar, mais terão em vendas de armas e lucros. A Ucrânia é um país exausto, destruído por uma guerra sem hipóteses de vencer e um número aterrador de mortes e feridos. Este país tem sido proibido por Washington de entrar em negociações com a Rússia. Quanto mais a guerra durar, mais a Ucrânia ficará enfraquecida. Isto, sem os chorudos lucros do complexo militar industrial e influência no poder político dos EUA, não teria qualquer lógica. Infelizmente, a lógica é a dos maiores lucros, à custa da destruição em massa de vidas.]

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O orçamento astronómico de segurança dos EUA, de 1,3 triliões de dólares floresce sobre as ameaças e os falsos inimigos demonizados.  Nada poderia ser mais demonstrativo desta afirmação do que a total velhacaria que saiu da cimeira da OTAN em Vilnius.

Explicitando: Desde a Conferência de Segurança de Münich de 2007, Putin tem dito e repetido vezes sem conta,  que a entrada da Ucrânia para a OTAN é uma linha vermelha absoluta. E, ninguém no seu juízo teria qualquer dificuldade em aceitar essa declaração, bastando responder à seguinte pergunta:

- Como pensa que Washington iria reagir se a Rússia pusesse mísseis e armamento nuclear no México, ou em Cuba, ou na Venezuela, ou mesmo na Tierra Del Fuego?

[Continue a ler o artigo no link seguinte: David Stockman on Why NATO Has Become an Enemy of Peace and Security Around the World ]

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

SEGREDOS OBSCUROS QUE AS CORPORAÇÕES NÃO QUEREM QUE SAIBAS


 Nós continuamos a funcionar, no Ocidente, como se os governos e seus máximos dirigentes fossem responsáveis por políticas, quando é totalmente ao contrário: São responsáveis perante as corporações que lhes pagam, que os sustentam, que lhes mantêm ou retiram o apoio. O público serve apenas para ser «espremido» por impostos, para ir morrer ou ficar incapacitado numa guerra, etc. Os eleitores devem continuar na ilusão de que  são eles que determinam as grandes linhas do governo, através de eleições. Uma ilusão conveniente para os poderosos, que assim continuam ao comando da governança global (através «associações» como o WEF de Davos). Não admira que os esforços bem intencionados de muitas pessoas idealistas, quaisquer que sejam as suas inclinações ideológicas, falhem sempre: Elas não detêm o poder. 

Pergunte a si próprio/a «quem governa - no Mundo -a economia, a política»?  



quarta-feira, 16 de agosto de 2023

«NÃO ÉS UM CAVALO, NÃO ÉS UMA VACA!» [Propaganda 21 nº18]

Os meios irracionais de convencimento de um público ignorante foram postos ao serviço de uma campanha para denegrir a Ivermectina como medicamento válido contra o Covid. Esta história verídica é um dos exemplos de manupulação dos poderes estatais e corporativos para levarem o público a acreditar naquilo que convinha a esses mesmos poderes.   O slogan dessa campanha, no site da FDA, acompanhava a imagem (veja abaixo) de uma enfermeira veterinária tratando de um cavalo, com a legenda «NÃO ÉS UM CAVALO, NÃO ÉS UMA VACA!»


Veja este documentário de «Epoch TV» sobre a ivermectina e o motivo pelo qual este medicamento, aprovado (para uso humano) desde 1966 pelo FDA, foi «fortemente desaconselhado» ser prescrito para uso humano, durante a crise do Covid, embora o medicamento continue incluído na lista de medicamentos aprovados pela FDA.

Leia um artigo do Prof. Paul Craig Roberts - neste link AQUI -  que demonstra a criminalidade dessa campanha contra a ivermectina e das perseguições que sofreram muitos dos médicos que prescreveram este tratamento aos pacientes. É um exemplo claro da máquina de propaganda da media e das agendas governamentais postas criminalmente ao serviço de uma finalidade de lucro para as grandes farmacêuticas, mas para além disso, poderá considerar-se uma experiência de controlo social em larga escala (à escala mundial). 

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

REPÚBLICA DOS POETAS nº 7: LUIZ VAZ DE CAMÕES

Podem celebrar o poeta como o genial autor dos Lusíadas, tanto quanto quiserem! 
Eu, pessoalmente não me sinto - nunca me senti - impressionado pela versificação épica! 
Além do mais, não consigo olvidar que para se fazer o exame do 7ª ano dos liceus, tinha-se de saber dividir as orações dos Lusíadas. Era assim nesse tempo, «matam-se dois coelhos de uma cajadada» (pensavam eles): «Ficam a saber fazer análise gramatical e aprendem os Lusíadas».  Na realidade, nem uma coisa, nem outra: Muitos de nós, até os com maior inclinação literária, perante este exercício estúpido e mecânico criavam uma aversão tal, que «contagiava» os Lusíadas!
Felizmente, tinha em casa a recolha integral das Líricas, editadas e prefaciadas pelo Prof. Hernâni Cidade. Foi esse Camões que, desde muito cedo aprendi a apreciar: A beleza do soneto e da redondilha, a subtileza e o engenho dos poemas de amor. 
Noutro tomo da mesma obra estava reunida a dramaturgia, peças de teatro quase completamente esquecidas, hoje. Porém, têm real valor com aquela truculência cómica na linha direta de Gil Vicente.
Tudo isto são impressões pessoais, mas não esperem de mim outra coisa, pois a poesia e os poetas têm sido os meus companheiros. Suas palavras mágicas habitam na minha mente: Isto significa que, às vezes, lembro-me dum verso, ou duma estrofe, a propósito ou despropósito.  
Deixo-vos com Mário Viegas e com Amália Rodrigues, para vos fazer apreciar a música encerrada nos versos camonianos.

«Erros Meus» dito por Mário Viegas


 Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.

Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.

Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!

e «Erros Meus...» cantado por Amália Rodrigues (música de Alain Oulman)



«Com Que Voz» cantado por Amália Rodrigues (música de Alain Oulman)

Com que voz chorarei meu triste fado
Que em tão dura paixão me sepultou
Que mor não seja a dor que me deixou o tempo
Que me deixou o tempo de meu bem desenganado
De meu bem desenganado

Mas chorar não se estima neste estado
Aonde suspirar nunca aproveitou
Triste quero viver, pois se mudou em tristeza
Pois se mudou em tristeza a alegria do passado
A alegria do passado

De tanto mal, a causa é amor puro
Devido a quem de mim tenho ausente
Por quem a vida e bens dele aventuro
Por quem a vida e bens dele aventuro

Com que voz chorarei meu triste fado
Que em tão dura paixão me sepultou
Que mor não seja a dor que me deixou o tempo
Que me deixou o tempo de meu bem desenganado
De meu bem desenganado, desenganado



domingo, 13 de agosto de 2023

CUIDADO COM O GRANDE AFROUXAMENTO - Alasdair Macleod

Alasdair Macleod - como analista económico e dos mercados dos metais preciosos - limita-se a discorrer dentro dos parâmetros de evidências relacionadas com  todos os elementos quantitativos e as tendências que se afirmam no domínio financeiro, das moedas e das cotações de metais preciosos. Ele tem razão em assim proceder, pois é a única maneira de fundamentar - de forma impecável - os fenómenos complexos e caóticos, como são os assuntos humanos, mormente na política e economia.

Mas, para dar «substância» concreta ou «carne», a estes gráficos e tabelas de números,  basta pensarmos na Grande Depressão e as suas consequências: um empobrecimento geral, a dissolução das «garantias» dadas (supostamente) pelos Estados aos seus cidadãos, a ascensão de políticos autoritários e belicosos à chefia de Estados, a IIª Guerra Mundial, antecedida por um cortejo de guerras preparatórias (guerra de Abissínia, Guerra Civil Espanhola, a guerra civil e invasão japonesa da China...).  Tudo isto foi consequência do colapso económico-financeiro de 1929 e dos anos seguintes. O Mundo só deixou de estar em depressão (após uma década), com a transformação dos países industrializados em economias de guerra, nomeadamente nos EUA. 

Pense-se em todo o sofrimento humano, no passado e agora... Basta olhar à volta, com olhos de ver.


https://www.goldmoney.com/research/beware-the-great-unwind



This chart strongly suggests that US Treasury bond yields, widely regarded as the risk-free yardstick against which all other credit is measured are going significantly higher, not stabilising close to current levels before going lower as commonly believed. I conclude that US Treasury bond yields could easily double, and the political class will be powerless to stop them going even higher. The implications for interest rates globally are that they will be forced considerably higher as well.

This article concludes that reasoned analysis takes us to this inevitable conclusion. It is consistent with the end of the post Bretton Woods fiat currency era, and the return to credit backed by real values.

The collapse of unbacked credit’s value was only a matter of time, which is now rapidly approaching. The Great Unwind is under way. It is the consequence of monetary and currency distortions which have accumulated since the end of Bretton Woods fifty-two years ago. It will not be a trivial matter.

The trigger will be capital flows leaving the dollar, creating a funding crisis for the US Government. Foreigners, who have accumulated $32 trillion in deposits and other dollar-denominated financial assets will no longer need to maintain dollar balances to the same extent, perhaps even paring them back to a minimum. Furthermore, economic factors are turning sharply negative with energy prices rising ahead of the Northern Hemisphere winter, springing debt traps on western alliance governments. So how could bond yields possibly decline materially in the coming months?

 - Continuação do artigo de Macleod, em inglês AQUI