sexta-feira, 21 de agosto de 2020
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
JAZZ PARA DANÇAR / DANCING JAZZ
JAZZ PARA DANÇAR/ DANCING JAZZ
Decidi colocar na «Lista de Jazz para Dançar/ Dancing Jazz» alguns momentos particularmente alegres e divertidos de música para dançar, desde os anos 20 do século passado, até hoje.
Vou actualizando a lista, à medida de novas descobertas. Entretanto, os leitores são bem vindos em sugerir novos títulos, para enriquecer esta colectânea.
Boa audição e bom baile!
terça-feira, 18 de agosto de 2020
EXPANSÃO DA DÍVIDA* ATÉ AO INFINITO ?
A imagem da jovem a queimar marcos alemães no forno, para aquecimento, aconteceu em 1923. Todas as pessoas na Alemanha (mas poucas noutros pontos do globo) sabem o inferno que foi a crise de hiper-inflação, que destruiu a economia e as vidas dos alemães. O início da subida do partido Nazi data dessa época.
Hoje em dia, infelizmente, somos guiados - ou melhor, empurrados - por uma clique de doutores em economia, que apenas têm como horizonte a teoria neo-keyseniana e a Teoria Monetária Moderna (Modern Monetary Theory), ambas causadoras dos maiores equívocos sobre o fenómeno da inflação e da sua natureza monetária.
A ideia mesma de que a impressão monetária («quantitative easing») é instrumento eficaz de estímulo da economia em crise, tem origem nestas teorias, em voga no seio dos referidos economistas.
Aliás, a impressão monetária - conjuntamente com a descida das taxas de juro de referência para valores virtualmente de zero - foi a receita para a crise de 2008, dos bancos centrais do mundo ocidental... em simultâneo: a FED dos EUA, o ECB da União Europeia, o Bank of England, etc...
Infelizmente, é uma ideia peregrina sem qualquer sombra de justificação teórica e, muito menos, comprovação prática. Porém, as visões ridículas de tais académicos continuam a pontificar.
Se eles tivessem razão, não só a Alemanha da República de Weimar como, hoje, a Venezuela ou o Zimbabwe (com milhares por cento de hiper-inflação), teriam os maiores sucessos económicos mundiais !
Porém, os que estão em posição de poder nos governos, nos bancos centrais ou nas universidades, não vão deixar que sua reputação seja arrastada na lama. Preferem defender - com unhas e dentes - as suas teorias absurdas, a terem de dar «o braço a torcer»!
Tanto assim é, que estão a repetir alegremente a receita de 2008, reforçando-a, o que vai - inevitavelmente -conduzir ao abismo duma hiper-inflação, a nível mundial.
Neste caso, a crise hiper-inflacionária já não ficará localizada num só país, ou zona económica: será planetária. Isto, porque o dólar, ainda a divisa de reserva mundial, é emitido pela FED ou Reserva Federal dos EUA. Ora, a FED tem feito mais do que qualquer outra instituição, para destruir o valor da divisa que emite!
A hipótese de um verdadeiro reset monetário está posta de parte, no horizonte imediato pois, com esta gente ao leme é de esperar, não só «um naufragar do navio», como das próprias «balsas salva-vidas».
Um acordo mundial sobre os mercados monetários e as suas regras apropriadas, só poderá surgir após um episódio de hiper-inflação, algo bastante destruidor e doloroso.
Provavelmente vai ocorrer, antes disso, um «pseudo-reset» da responsabilidade dos que detêm o poder económico, financeiro e político, actualmente. Este irá fracassar.
Têm de ser criadas condições para que seja aceite um novo paradigma: este, terá de ser anti-inflacionário, retirando aos governos a possibilidade de se endividarem sem conta e medida e impedindo os bancos centrais de imprimir divisas, sem ter em atenção as realidades da economia.
Ao fim e ao cabo, só um sistema com base no ouro (ou, bi-metálico com ouro e prata), poderá garantir a estabilidade monetária. Este mesmo sistema foi eficaz durante boa parte da História da Humanidade. Em particular, na fase de ascensão do capitalismo industrial, um dos períodos mais dinâmicos, este beneficiou da estabilidade monetária e consequente ausência de inflação: desde a 2ª década do século XIX, até 1914, com o início da Iª Guerra Mundial. Foi justamente esta guerra, o pretexto dos governos para imprimirem dinheiro, sem contrapartida em bens tangíveis, e assim financiarem os desequilíbrios orçamentais, decorrentes do conflito prolongado.
Mas as baboseiras proferidas por académicos e políticos negam a própria evidência histórica. Eles segregam uma narrativa fictícia, como forma de auto-justificação e álibi.
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* Hoje, a criação monetária equivale a emissão de dívida; dinheiro é dívida, neste sistema.
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PS1: A confiança numa divisa fiat por parte do público, é o que sustenta essa mesma divisa. Pode-se observar «em directo» os efeitos de tal perda de confiança, durante o colapso económico e monetário que está acontecendo em dois países do Mediterrâneo: na Turquia, agora e no Líbano, desde o último trimestre de 2019.
PS2: Robert Kiyosaki explica como as pessoas têm caído nas falsidades de Wall Street (e City of London) e como os fundos de pensões estão falidos: https://youtu.be/BbtRSu_RXTg
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
[OBRAS DE MANUEL BANET] É MELHOR FICAR SENTADO
[Quadro a óleo de Paul Cézanne]
É MELHOR FICAR SENTADO
e esperar que a loucura passe
àqueles que se agitam, ao luar de néon
Apenas reflectem os espectros
que habitam seu interior
Descurei viver demasiado tempo
agora contemplo pensativo
este mundo sem sentido
que não nos foi ofertado
Talvez um dia viaje de novo
apesar de saber que a Terra
é redonda e se move
igual a si própria, no vazio
Mas que me importa
se for para resgatar o sonho,
uma vez mais, das aves
agoirentas que pairam
no ar?
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
[MITSUKO UCHIDA] 5º CONCERTO PARA PIANO DE BEETHOVEN («IMPERADOR»)
É por demais conhecida a história (ou lenda?) de que Beethoven terá inicialmente dedicado a obra ao imperador dos franceses, Napoleão Bonaparte. Quando Beethoven se apercebeu de quem era na verdade Napoleão, liquidador da liberdade dos povos, o compositor riscou o nome do imperador na página de dedicatória e inscreveu a frase: «em comemoração de um grande homem» deixando no vago quem era esse «grande homem» ...
É esta a história que contam, não sei se foi assim ou não.
O próprio nome «Imperador» foi dado por Cramer - o editor inglês das obras de Beethoven - não pelo próprio compositor. É, não obstante tudo o que se conta, uma das grandes obras do romantismo nascente, tal como a Eroica (3ª Sinfonia de Beethoven).
Eu consigo abstrair os elementos circunstanciais - tanto do Concerto o «Imperador», como da Sinfonia «Eroica» - porque não são simples obras de circunstância.
Ambas as obras são atravessadas pelo sopro de uma inspiração generosa e liberal do homem que, além de génio musical, era coerente: Ele nunca renunciou às suas convicções liberais, como o demonstra a 9ª Sinfonia, escrita perto do fim da sua vida, sobre poema de Schiller.
Curiosamente, Beethoven compôs uma obra de circunstância, essa bastante medíocre. Uma sinfonia foi encomendada a Beethoven para comemorar Wellington, o vencedor na batalha de Vitória (1813, Espanha) e, mais tarde, retomada para comemorar a batalha definitiva de Waterloo (em 1815). Provavelmente, ele não se empenhou muito na sua feitura. A obra está quase esquecida: nunca se ouve em salas de concerto. Quanto a gravações em disco, apenas se pode encontrar a «sinfonia esquecida» em colecções integrais da obra de Beethoven.
Beethoven está muito acima dos imperadores e ditadores de sua época e de todas as épocas... a sua música sublime resiste ao tempo e pode ser apreciada pelas sucessivas gerações.
Mitsuko Ushida e a orquestra de Saito Kinen sob a direcção de Seiji Ozawa, são perfeitas na interpretação do 5º Concerto.
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
GUERRA AO CORONAVÍRUS OU GUERRA AOS POBRES?
Oiça John Pilger, denunciando a hipocrisia dos que fazem demagogia com elogios ao NHS, mas que contribuíram para desmantelar o prestigiado sistema público de saúde do Reino Unido e continuam a fazê-lo agora, sob cobertura de «luta contra o coronavírus»!!
Nada do que se fala neste vídeo aparece nas notícias da media mainstream. Porém, é muito importante!
Se isto não chega para convencê-lo que a comunicação social está sob controlo e ao serviço da oligarquia, então não há nada que o convença!
PS 1: Egon von Greyerz publica num artigo , uma tabela que mostra como o efeito da epidemia é tanto pior, em termos de redução do PIB, quanto mais autoritárias forem as medidas tomadas:
(MIS-)MANAGEMENT OF CV
terça-feira, 11 de agosto de 2020
[MANLIO DINUCCI] O QUE FAZ A ITÁLIA A FAVOR DO DESARMAMENTO NUCLEAR?
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Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Wepage: NO WAR NO NATO