terça-feira, 14 de maio de 2019

A EUROPA NÃO PRECISA CEDER PERANTE A CHANTAGEM DOS EUA!




A Europa, temerosa de que as suas empresas e interesses, do outro lado do Atlântico, sejam sancionadas por ter relações e investimentos com a Rússia que são absolutamente normais, legais e do interesse de ambas as partes, não deveria hesitar em replicar com reciprocidade:

Se os «aliados» da Europa, os EUA, se atrevem a fazer expropriação de bens, empresas, etc europeus, sob pretexto de não obedecerem às sanções legisladas pelos EUA, exclusivamente, ainda por cima, perfeitamente ilegais face à lei internacional...É muito simples: 
- A Europa tem possibilidade de fazer o mesmo a empresas, capitais, investimentos, etc dos EUA. Reciprocidade...
Logo que isto seja perfeitamente delineado, como estratégia comum, sem dúvida que os EUA recuarão... 
- Se não o fizerem (apesar de ser essa a única atitude sensata), o melhor é dizerem logo adeus à NATO, às bases e às facilidades dos EUA no continente europeu, autênticos enclaves dos EUA, onde não se aplica a lei do país hóspede... como muito bem sabem os portugueses e os açorianos, em particular. 

Seria muito mais simples e saudável as nações europeias tratarem dos seus interesses, em relação às outras nações, numa postura de igualdade, reciprocidade, soberania dos Estados, quer em relação aos assuntos internos, quer às relações que estabelecem com  as outras nações, seja a que nível for.

A situação obriga a que a Europa seja firme, pois as coisas já chegaram a um ponto tal, que ela pode ser arrastada, a contra-gosto, num confronto bélico com a vizinha Rússia. Mas os EUA, esses, pensam que ficarão por cima, que a devastação será ao nível do continente europeu, ou euro asiático e que eles serão comparativamente muito menos afectados e poderão assim recuperar o papel de potência hegemónica. 

A defesa da Europa obriga a que os países europeus acordem e se defendam de quem os quer arrastar para confrontos que serão necessariamente uma enorme catástrofe, senão um desaparecimento físico completo, pelo menos uma destruição tal que a multi-milenar civilização europeia será irreversivelmente destruída.

«WHAT YOU'RE DOING»... THE BEATLES


Uma canção dos eternos Beatles para dar energia!
[Lyrics]



Look what you're doing, I'm feeling blue and lonely,
Would it be too much to ask you,
What you're doing to me?
You got me running and there's no fun in it,
Why should it be so much to ask of you,
What you're doing to me?
I've been waiting here for you,
Wond'ring what you're gonna do,
Should you need a love that's true,
It's me.
Please stop your lying, you've got me crying, girl,
Why should it be so much to ask of you,
What you're doing to me?
What you're doing to me.


Songwriters: George Harrison / John Winston Lennon / Paul Mccartney
What You're Doing lyrics © Sony/ATV Music Publishing LLC

segunda-feira, 13 de maio de 2019

MANIPULAÇÃO DOS MERCADOS DE METAIS PRECIOSOS PODERÁ ACABAR EM BREVE



Os economistas «mainstream» costumam depreciar o papel do ouro e da prata, enquanto metais monetários. Porém, desde que Nixon, em 1971, rompeu com a indexação do dólar ao ouro (uma onça de ouro = 35 $ ), o mercado do ouro sofreu muitas transformações. Primeiro, houve uma subida espectacular, até a 1980. Depois, começou a era da supressão do preço do ouro pelos bancos centrais das maiores potências ocidentais, com a conivência dos «bullion banks», ou seja, dos bancos autorizados a fazer negócios com o ouro, no COMEX (nos EUA) e LBMA (em Londres), mercados esses que estão completamente dominados pelos contratos de «futuros». 
Um contrato de futuros, é um contrato em que o vendedor promete vender, por certa quantia, num certo prazo (por exemplo, dois meses) e o comprador compromete-se a comprar por tal preço e em tal data, independentemente do preço do mercado, nessa altura. 
Este instrumento foi utilizado primeiro pelos agricultores, para conseguirem garantir um rendimento das suas culturas, mesmo antes da colheita, dando estabilidade e rentabilidade às empresas agrícolas. Actualmente, utilizando futuros, os especuladores conseguem fazer operações lucrativas, em relação a quaisquer matérias-primas cotadas em bolsas, apostando numa determinada direcção do mercado. 
Porém, os grandes bancos, têm a capacidade de falsear este mercado de futuros e fazem-no com plena conivência de entidades reguladoras dos mercados e dos governos. Eles são capazes de produzir tantos contratos de futuros quanto quiserem, quebrando assim o preço do metal precioso, com a súbita (em segundos) injecção de grande quantidade de contratos de futuros, fazendo baixar dramaticamente o «ouro-papel».  
Há que distinguir o «ouro-papel», do ouro-metal propriamente dito, pois, embora o metal seja transaccionado normalmente numa relação directa com a cotação dos mercados de futuros (= ouro-papel), em condições de dificuldade de abastecimento do mercado em ouro físico, tem-se verificado uma descolagem entre um e outro preço. Assim, numa dada ocasião, o ouro físico pode estar a ser transaccionado 5%, ou mais, acima do seu preço nos contratos de futuros. 
A quantidade de ouro físico presente efectivamente nos cofres da COMEX ou da LBMA, estima-se corresponder apenas a uma fracção diminuta (cerca de 1/200 ou menos), das transacções que ocorrem diariamente nos mercados respectivos de futuros.
É justamente este ponto onde tem maior fragilidade o esquema montado pelos grandes bancos, em conjunção com os bancos centrais e com os governos ocidentais. Com efeito, os contratos-futuros supõem - pelo menos para grandes investidores - que, caso os referidos contratos sejam conservados até à data de expiração, estes têm de ser satisfeitos - não redimidos em dólares, como tem sido geralmente o caso - mas com entrega de ouro físico. 
Um grande agente comprador, intermediário de um banco central, como o chinês ou o russo, pois é assim que negoceiam no mercado do ouro, pode exigir ser-lhe entregue o ouro físico correspondente; se a plataforma (COMEX ou LBMA)  não o fizer, ela entra em incumprimento e a sua imagem fica totalmente posta em causa.

Observando a evolução da guerra comercial entre a China e os EUA, vemos que está a tornar-se cada vez mais interessante para a China fazer com que o valor real do ouro surja em pleno. 
A China tem beneficiado da supressão do preço do ouro, comprando sistematicamente grandes quantidades, em praças financeiras ocidentais. 
Muitas vezes, as barras de ouro compradas em Londres, por exemplo, são refundidas e transformadas na Suiça, em barras com as características que o banco central da China utiliza para armazenar o seu ouro. 
Porém, agora, será o momento para a China valorizar a sua moeda, em relação ao dólar e não de a depreciar ainda mais, ao contrário do que a imprensa financeira mainstream vaticina. 
Vai haver uma aceleração da «desdolarização», quer em termos de reservas nos bancos centrais, quer em termos de comércio internacional. Neste contexto, a China tem toda a vantagem em mostrar que possui um yuan forte, um yuan que se apoia numa quantidade de reservas de ouro, que é, na verdade, muito maior (4 ou 5 vezes) que as reservas oficialmente contabilizadas pelo PBOC (People's Bank of China). 

                     
As potências todas, sejam quais forem, comerciam com a China. Elas vão - cada vez mais - ser favoráveis a deter em reserva o yuan, tanto mais que a moeda chinesa já faz parte do cabaz de moedas do FMI, o SDR. 
Por outro lado, a política de sanções dos EUA contra uma série de países, incluindo as retaliações contra países terceiros que façam comércio com os países-alvo, vão exacerbar mecanismos de troca directa e de ajustamento dos balanços, usando divisas nacionais dos respectivos países. 
Agora, vai entrar em pleno funcionamento a nota de crédito comercial em yuan, juntamente com a sua convertibilidade em ouro, no mercado de  Xangai. Note-se que é aí transaccionada quotidianamente uma quantidade de ouro físico superior à das plataformas ocidentais do COMEX e da LBMA. 
A previsão de que a supressão do preço do ouro deixará de ter vantagem para a China, não é de agora. Os analistas já previam há muito tempo que esse dia iria chegar. Conjuga-se tudo para que esse dia chegue em breve:
- Durante o último decénio houve acumulação de grande quantidade de ouro na China (também na Rússia e em vários países asiáticos). 
- A agressividade do império americano em decadência, com as sanções, literalmente, afecta todos - amigos e inimigos. 
- A guerra comercial cria obstáculos ao comércio com os EUA e, portanto, diminui a percentagem do comércio mundial feito em dólares.

A China deve estar a preparar-se para uma nova etapa da internacionalização do yuan. Esta etapa será, sem dúvida, o despegar da sua indexação ao dólar. 
Prevê-se que esse despegar valorize, em termos relativos, o yuan em relação ao dólar, da ordem de 20%. Como corolário, o yuan irá sofrer também uma revalorização em relação às outras divisas. 
Tal revalorização já não é um problema tão grande para o comércio externo, pois os países fornecedores da China receberão um yuan mais forte e têm a possibilidade de conversão do mesmo em ouro. 
Penso que isso vai fazer com que os países petrolíferos, mesmo que «pró-americanos», sejam tentados a fazer comércio usando a divisa chinesa. Isto será a sentença de morte do petro-dólar.

Não sei se em Washington vêm as coisas deste modo. Mas, se não o fazem, das duas, uma: 
- Ou são loucos, pois estão dispostos a fazer uma guerra total com a China, a Rússia e os aliados destes.  
- Ou estão na ilusão de que conseguem «torcer o braço» aos dirigentes chineses, fazendo-os capitular, ceder no comércio mundial. Isto é, afinal, outra forma de loucura, pois avalia o adversário de forma totalmente errónea, quer em relação à sua posição geo-estratégica, quer económica, quer ainda à índole e psicologia dos líderes da China.

Mas, quer Washington veja ou não, os dias da hegemonia americana nos mercados mundiais, estão contados. Sintomas dessa situação são os contratos entre a China e países petrolíferos, de onde o dólar está ausente, a saída do ouro dos cofres dos bancos centrais do Ocidente para os do Oriente e, por fim, a emergência duma divisa (o yuan) ainda não directamente convertível em ouro, mas apoiada no ouro. 


domingo, 12 de maio de 2019

TRUMP JÁ PERDEU A GUERRA COMERCIAL COM A CHINA


                                 O presidente dos EUA, Donald Trump (à direita na mesa), e o presidente da China, Xi Jinping, durante encontro da cúpula do G20 em Buenos Aires — Foto: Kevin Lamarque/Reuters

Agora mesmo começou e já estou a anunciar a derrota, mais que certa, desta guerra de tarifas (comerciais) entre o maior exportador de bens manufacturados (a China) e o maior importador dos mesmos (os EUA). 
É que o presidente dos EUA está rodeado de conselheiros tão patéticos como Bolton e Pompeo, que pensam que intimidando tudo e todos com sanções, conseguem manter a hegemonia e, sobretudo, esta traduz-se pelo famoso petro-dólar. 
Mas, cada vez mais, o dólar deixa de ser uma reserva indispensável, à medida que se expande a rede de trocas «win-win» entre a China e um número considerável de parceiros, nas famosas Novas Rotas da Seda. 
As nações não são muito diferentes de cada pessoa individual, pelo menos no que toca a cálculo de vantagens e inconvenientes: 
Se tivesse uma oferta de negócio sólido, em que tivesse boa probabilidade de tirar vantagens concretas, acompanhado pela anulação das suas dívidas, sem o risco de vir a perder algo essencial, como a casa onde vive, o que faria? 
- Muitos países endividados, mantidos num estado de infraestruturas muito deficiente, têm agora a possibilidade de desenvolver projectos de vias de comunicação, rodoviárias, ferroviárias, marítimas e aéreas. 
Estes países têm possibilidade de obter créditos em dólares. Estes empréstimos da China, são também uma boa jogada para ela se ver livre do excedente em dólares (mais de um trilião) que tem vindo a acumular. Assim ela coloca esses dólares à disposição dos referidos países. Estes podem pagar-lhe de volta em yuan, ou noutra divisa  com circulação internacional ou através de fornecimento de matérias-primas. 
Haverá portanto uma parte do mundo, que será cada vez mais a esfera do yuan; a guerra comercial apenas vai acelerar o processo.
Por outro lado, são o povo e os negócios americanos que serão prejudicados:
- irão sofrer a aceleração da inflação, sabendo-se que os actuais valores de inflação apregoados pelo governo e media corporativa são falsos.
- irão sofrer por não conseguirem escoar certos produtos e matérias-primas: Os agricultores do Mid West, já não conseguem escoar a sua soja e outras produções para o seu comprador tradicional (entretanto, a China passou a comprar ao Brasil). A China também deixou de ser cliente do petróleo resultante de fracking, vai abastecer-se noutros mercados, incluindo o iraniano. Perante isto, os ultra-imperialistas de Washington não poderão fazer nada.

Curiosamente, a China é agora como as grandes potências industriais de meados do século XIX, que eram produtoras e exportadoras de produtos manufacturados para os país pobres e periféricos. 
Quem está na posição dos países fracos, agora, são os orgulhosos países industrializados do Ocidente, durante o século XIX, os EUA, a Grã-Bretanha, a França... 
Estupidamente, desindustrializaram-se e agora não conseguem ser autónomos para muitos produtos industriais, electrónica, informática, robótica, etc (que têm de comprar no extremo-oriente) e também não possuem - dentro de fronteiras - a capacidade de produzir alimentos em quantidade e diversidade necessárias para nutrir a sua população. 
Quanto à energia, embora a Grã-Bretanha possua algum petróleo e gás natural, essa fonte (do mar do Norte) está a diminuir acentuadamente. Os Estados Unidos, com a indústria do fracking, por agora conseguem ser autónomos, mas este processo é extremamente prejudicial em termos ambientais e deixa de ser rentável se o petróleo for a um preço demasiado baixo, durante um certo tempo (o limite de sustentabilidade seria 75 $ por barril, segundo especialistas).

O mais estranho disto tudo, é que os conselheiros da Casa Branca pensam que o jogo das trocas comerciais é um jogo em que «eles ganham e nós perdemos» ou vice-versa! 
Não, o jogo do comércio é logicamente um jogo «win-win», pois os que compram, ou os que vendem, fazem-no porque têm vantagens ao fazê-lo: o «perdedor ou vencedor», numa troca comercial normal, simplesmente não existe, pois a mercadoria -ou o serviço- foi transaccionada por uma soma  apropriada, por ambas as partes, caso contrário, não aconteceria. 
Isto é a norma das trocas, tanto ao nível dos indivíduos, como de grandes compras e vendas entre países. 

São pessoas embriagadas de poder, que estão a causar um prejuízo enorme no mercado mundial, fazendo com que vários países estejam já a sofrer consequências. Por exemplo: se determinada matéria-prima é fundamental para fabricar um produto industrial; se houver uma diminuição significativa da procura desse produto, também - a montante - a procura dessa matéria-prima será menor.
Todos os países, mas - em especial - os países mais fracos, serão afectados pela diminuição do comércio mundial. 
Oxalá que as contradições se avolumem, de tal maneira que, o próprio povo dos EUA ponha um termo a esta política de brutalidade arrogante e primária.


ANA VIDOVIC INTERPRETA «VALSE VENEZUELANO» Nº3 DE ANTÓNIO LAURO


           ELEGÂNCIA INULTRAPASSÁVEL NO FRASEADO, UMA LEVEZA SEM IGUAL!

sexta-feira, 10 de maio de 2019

CARTOON DE ANTÓNIO, «NA MOUCHE» DO LÓBI SIONISTA AMERICANO!

                     


Vale a pena ler o excelente artigo de Philip Giraldi, a propósito do cartoon de António - célebre cartoonista português - publicado há alguns dias no New York Times, motivo de uma grande polémica. 
Pela minha parte, é claro que as pessoas que consideram que uma caricatura como esta tem conotações anti-semitas, o fazem simplesmente porque lhes convém e preferem ser «cegas» à mensagem política óbvia que este cartoon veicula: que Trump tem sido guiado e manobrado pelo lóbi pró-Israel, pelo genro, Jared Kushner e pelo próprio Natanyahu. 

O cartoon de António veicula uma mensagem política, quer se goste ou não dela; não tem conotação de anti-semitismo, pois isso seria desprezar o judeu, enquanto tal, enquanto judeu. 
Só para comparar, vejam-se imagens caricaturais publicadas na época do caso «Dreyfus» 

                                   

... ou ainda da propaganda Nazi, elas sim anti-semíticas, pois representam «o judeu típico», com certos atributos físicos e atribuindo-lhe um papel moralmente repelente, baixo, dum agiota, ou grande banqueiro, ou traidor, etc...

A fúria que se abateu sobre o jornal NYT (que, para cúmulo, é propriedade de judeus e tem imensos jornalistas judeus no seu quadro!) mostra a enorme força do lóbi pró-Israel e pró-sionista.

O sionismo é uma ideologia supremacista, racista, belicista e expansionista... e possuímos amplas evidências para provar cada uma das afirmações  atrás produzidas. 

A reacção irada dos sionistas mostra que o cartoon de António «fez mouche»!!!