A canção «foule sentimentale» fez um enorme sucesso em 1993, mas este cantor autor tem muitas outras composições de grande qualidade.
Por exemplo, «la vie ne vaut rien», que tem os ingredientes necessários para ser um sucesso.
Não compreendo por que razão a canção francesa tem tão pouca estima do público de Portugal, tanto mais que um número considerável de pessoas, jovens e menos jovens, viveram em França (como emigrantes ou descendentes) e depois voltaram para Portugal.
LA VIE NE VAUT RIEN
Il a tourné sa vie dans tous les sens Pour savoir si ça avait un sens
L'existence
Il a demandé leur avis à des tas de gens ravis, ravis
De donner leur avis sur la vie
Il a traversé les vapeurs des derviches tourneurs
Des haschich fumeurs et il a dit
La vie ne vaut rien, rien, la vie ne vaut rien
Mais moi quand je tiens, tiens,
Mais moi quand je tiens,
Là dans mes deux mains éblouies,
Les deux jolis petits seins de mon amie,
Là je dis rien, rien, rien, rien ne vaut la vie,
Il a vu l'espace qui passe
Entre la jet set les fastes, les palaces
Et puis les techniciens de surface,
D'autres espèrent dans les clochers, les monastères
Voir le vieux sergent pépère mais ce n'est que Richard Gère,
Il est entré comme un insecte sur site Internet
Voir les gens des sectes et il a dit
La vie ne vaut rien, rien, la vie ne vaut rien
Mais moi quand je tiens, tiens,
Mais moi quand je tiens,
Là dans mes deux mains éblouies,
Les deux jolis petits seins de mon amie,
Là je dis rien, rien, rien, rien ne vaut la vie
Il a vu manque d'amour, manque d'argent
Comme la vie c'est détergeant
Et comme ça nettoie les gens,
Il a joué "Jeux interdits" pour des amis endormis,
La nostalgie, et il a dit
La vie ne vaut rien, rien, la vie ne vaut rien
Mais moi quand je tiens, tiens,
Mais moi quand je tiens,
Là dans mes deux mains éblouies,
Les deux jolis petits seins de mon amie,
Là je dis rien, rien, rien, rien ne vaut la vie.
Rien, rien, rien, rien ne vaut la vie
Rien, rien, rien, rien ne vaut la vie
Rien, rien, rien, rien ne vaut la vie.
Segundo nova lei em vigor nos EUA (ver ligação a artigo, acima), a polícia pode recolher ADN de meros suspeitos e estes dados ficarem arquivados numa base de dados de ADN.
Os kits portáteis de análise do ADN cabem numa mala com o tamanho de um computador portátil, sendo possível obter os dados de ADN, a partir de uma amostra, num tempo reduzido.
Porém, a recolha e tratamento destes dados não estão isentos de erros, havendo sempre a possibilidade de um perfil de ADN - supostamente de um criminoso procurado pela justiça - ser afinal de uma pessoa inocente.
Pior ainda é a certeza de que tal base de dados possa ser pirateada, pois as informações podem valer muito dinheiro, quer para vender a diversas entidades, quer para exercer chantagem sobre determinadas pessoas.
A ligação de uma tal base de dados sobre ADN dos indivíduos às bases que analisam perfis de utilizadores de Internet e de redes sociais, poderá significar o controlo totalitário das pessoas e da sociedade em geral, por governos.
Estes não precisarão de prestar contas a ninguém sobre aquilo que fazem realmente com estes dados, usando o pretexto de que estão somente a perseguir e a vigiar criminosos...ou suspeitos de crimes.
Davos, mais uma vez, surge como montra da alta finança e do globalismo político. Mas, desta vez, os mais importantes líderes mundiais não estarão presentes, Trump sob pretexto do «shut down», Macron por causa da revolta dos Coletes Amarelos e outros, sob os mais diversos pretextos.
Este fórum tornou-se muito odiado pelas populações, não apenas pelos activistas alter-mundialização, como também e sobretudo pelas gentes comuns que sabem perfeitamente que eles estão reunidos , neste género de fóruns, para congeminar novos processos de manter o domínio da grande finança nos assuntos mundiais e internos de cada país.
Sinal dos tempos, Davos, este ano surge com uma preocupação de tornar a mundialização mais «inclusiva» e mais «sustentável». Sempre o mesmo discurso tranquilizador, no fundo, mas com uma inquietação maior neste início de viragem em descida dos mercados financeiros mundiais. O problema para as elites é saber como gerir a enorme frustração da população não privilegiada, aquela que assistiu à «recuperação» dos mercados, na década pós-2008, mas que ela própria estagnou ou regrediu em poder de compra, em segurança no emprego, em qualidade dos serviços sociais e todos os parâmetros de qualidade de vida, em geral.
Esta população não se mostra nada submissa, a avaliar pelas reacções dos Coletes Amarelos e o efeito que estão a ter em toda a Europa. Isto passa-se antes da grande crise anunciada, que hoje em dia os próprios media corporativos já dão como real, depois de terem denegrido todos os que tivessem dado conta dos sinais precursores.
A mensagem de Davos, aos seus fiéis, é clara:
A elite do dinheiro precisa de reorientar-se, se quiser sobreviver na grande tempestade que se aproxima no horizonte:
- Tem de tornar a exploração menos agressiva, menos impiedosa, mais «inclusiva».
- A sua ganância sem limites, tem de ser mascarada de benfeitora da humanidade, com projectos de salvação do planeta, sobretudo usando a enorme trapaça das alterações climáticas, que serão a face sorridente, verde, ecológica, sustentável, do capitalismo global.
É esta a receita que eles têm cozinhado para as classes muito ricas passarem este período de grandes abalos e reestruturações da economia mundial.
Cabe a nós, cidadãos lúcidos, desvendar os seus propósitos de controlo sobre as pessoas e as riquezas planetárias.
Isto tem sido e continuará a ser o verdadeiro objectivo estratégico das oligarquias dos grandes negócios e da grande finança mundial, aliada a um certo número de políticos por eles comprados.
Na sequência de mais um escândalo, desta vez envolvendo a autarquia de Loures dirigida por comunistas, e um genro do secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa, verifica-se de novo aquilo que já era evidente (pelo menos) desde que se «consolidou» a democracia parlamentar neste país, por volta de finais dos anos 70: O poder dum partido está na proporção directa da percepção que o público tenha de que possa influenciar nos assuntos de Estado e nos negócios.
Aderem muitos, na medida em que tal ou tal partido possa ser influência decisiva para arrancar um contrato ao nível autárquico, uma autorização para edificar em zona protegida, etc, etc... Sobretudo, através dos partidos muitos esperam obter emprego na máquina do Estado, algo que também foi notório durante a primeira República e ditadura. No fundo, nunca deixou de ser um forte «motivador» para as pessoas se inscreverem em partidos (durante a ditadura, a inscrição na Legião Portuguesa ou na União Nacional, era condição para aceder a muitos cargos de funcionários, mesmo os mais ínfimos, sem quaisquer funções decisórias).
O que me espanta é a aparente inocência (digo bem, aparente) dos escrevinhadores dos media, que se «escandalizam» com tais práticas, das quais eles próprios são participantes ou, no mínimo, testemunhas quotidianamente.
Dirão que a democracia não é perfeita, mas que é o regime que permite um máximo de participação popular nos assuntos do Estado. Permitam-me discordar.
A democracia, tal como é entendida no presente e nos nossos países europeus, é antes um processo para arredar os cidadãos da coisa pública. Quando cidadãos desencantados se erguem e clamam por mudanças, como acontece agora em França, com a revolta dos coletes amarelos, os partidos daqui calam-se, assobiam para o lado, enquanto a media é rápida a difundir imagens de comportamentos menos correctos, omitindo a imensa maioria de situações em que os coletes amarelos se comportam com a maior responsabilidade.
Sobretudo, os media deste país não se atrevem a explicar ao povo português quais são as verdadeiras razões da revolta!
RAZÃO Nº1: Existe um défice profundo de democracia e de respeito pela cidadania: Os países da Europa foram metidos num colete de forças chamado tratado de Lisboa, que é afinal uma constituição anti-democrática, que nem sequer tem a coragem de dizer o seu nome. A razão de se mascarar assim, sob forma de tratado, aquilo de que, de facto, é uma constituição, tem tudo a ver com a rejeição em 2005 do tratado constitucional pelo povo francês e holandês, em referendos democráticos, que foram ignorados e espezinhados pelos respectivos dirigentes.
RAZÃO Nº2: Há uma perda de capacidade económica por parte de um número crescente de famílias trabalhadoras. Em face da perda progressiva da competitividade da economia, a reacção dos poderes dos diversos países, quaisquer que sejam as colorações políticas, foi de aumentar o endividamento dos Estados. Por este motivo, está-se numa situação de crise de dívida permanente, apenas disfarçada pela artimanha do BCE de comprar a dívida (quase toda) dos países do Euro do sul europeu. Mas este mecanismo está a partir de agora, oficialmente fechado.
Para fazer face a um aumento dos juros da dívida, perante um decréscimo de actividade industrial e uma fuga de capital para paraísos fiscais (que eles não querem verdadeiramente estancar pois são beneficiários) o único recurso que resta aos Estados é subir impostos. Como os impostos directos são proporcionais ao rendimento das pessoas, eles vão sobretudo abater-se sobre os impostos indirectos, as taxas sobre o gasóleo, o IVA, etc...
A MANIPULAÇÃO: Aquilo que se quer fazer passar por retorno a visão de extrema direita, reaccionária, classificando os que contestam de forma pejorativa como soberanistas ou ainda populistas, nada mais é do que a reacção dos povos, fartos de serem espoliados por uma elite, seja ela de «esquerda» ou de «direita», que se arroga os comandos do Estado para favorecer - de todas as maneiras - a sua própria ascensão e manutenção ao estatuto de aristocracia. Nos tempos presentes, esta aristocracia é apenas a do dinheiro, sendo essa a medida de todas as coisas, no espírito e na letra do capitalismo financeiro e especulativo.
PROPOSTAS POLITICAS E ECONÓMICAS
As propostas dos coletes amarelos de reforma constitucional, permitindo um referendo de iniciativa cidadã, nada têm de democracia directa «radical», pois se baseiam nas formas muito tradicionais de democracia directa da República Helvética, cuja população vota, pelo menos, duas ou três vezes por ano em referendos nacionais e num número maior de referendos nos cantões ou municípios.
Por outro lado, a diminuição da carga total das taxas ou impostos indirectos, substituíveis por um agravamento dos escalões superiores (imposto sobre fortunas) e sobre os lucros das firmas, não pode agradar ao 1%. Tem esta pequeníssima minoria ditado a campanha mediática para denegrir toda e qualquer iniciativa que venha das bases e pretenda reformar os aspectos mais «indecorosos» do sistema.
Por ganância ou miopia, a reforma é tornada impossível pelos de «cima». São eles que criam as condições de uma revolução: claramente, ao inviabilizarem qualquer reforma dentro do sistema, estão a empurrar os de baixo a se radicalizarem a cada recusa de atenderem as suas reivindicações. No momento em que as massas vêem claramente que o poder apenas tem como objectivo a contenção e não a resolução dos problemas, dá-se uma explosão social, com perda completa da confiança dos governados nos respectivos governos
Jovanovic, sem papas na língua, diz até que ponto a ditadura globalista e seus mandatários locais são odiados. Mostra também como evidência, que existe uma comparticipação da generalidade dos media com a situação de escravização a que se chegou: «Os ricos compraram os media para estes transmitirem exclusivamente as informações que lhes convêm» (Bourdieu)
Peça escrita inicialmente para piano, depois adaptada pelo autor para pequena orquestra, esta jóia musical é merecidamente uma das peças mais conhecidas de Gabriel Fauré.
A pavana é uma dança de origem italiana, muito popular no século XVI e mais tarde. O baixo obstinado indica o ritmo básico da dança. As variações sobre o tema são frequentemente retomadas em diversas vozes.
Nesta pavana, sobressai o tema cortesão e nostálgico, que nos faz imaginar um baile na corte real ou de algum grande nobre. O tema é tratado de forma criativa, em variações que mostram bem que estamos perante uma peça pós-romântica, em particular, pela sua estrutura harmónica.
Gabriel Fauré é importante como «charneira» entre o segundo romantismo (Tchaikovsky) e o modernismo (Debussy, Ravel...). A sua obra continua a ser muito apreciada e executada em concertos, nomeadamente, o Requiem, a música de câmara e a música para piano.
Construir a paz está em nossas mãos; podemos muito mais do que nós próprios pensamos!
Vem à reunião de lançamento do «Observatório das Guerras e Militarismo»; preparemos o primeiro «Fórum Pela Paz»!
A guerra, seja qual for o pretexto sob a qual é desencadeada, não é solução para nada. Os sonhos imperiais das super-potências ou as ambições de tiranetes são muitas vezes mascaradas em lutas pela libertação nacional ou numa multiplicidade de falsas justificações.
Não existe guerra justa, pois a própria guerra é em si um crime: desencadear uma guerra, segundo a própria lei internacional validada pela ONU, é cometer um crime contra a humanidade.
Compreende-se que os intervenientes numa guerra tenham simpatias de uns e antipatias de outros, pois jogam factores étnicos, religiosos, políticos, etc… Mas a única forma de se trabalhar pela paz é reconhecer que o melhor é acabar com uma guerra, seja ela qual for, o melhor é estabelecer pontes que possam conduzir a um armistício ou a um cessar-fogo, seguido por conversações e por fim, um tratado de paz.
A cultura de guerra predomina infelizmente nas nossas sociedades e não temos sabido ensinar as jovens gerações a compreender a verdadeira natureza da guerra e consequentemente a repudiá-la. Esta nossa fraqueza pode nos custar caro, a nós e aos outros.
A guerra é um negócio desastroso para os povos, não poderia ser um inferno maior, o de um povo destruído pela guerra. Agora, as guerras são muito eficazes em termos de destruição. Mas, a guerra é um bom negócio para vários grupos de interesse. O que faz com que a guerra seja tantas vezes desencadeada é a existência de forças obscuras, completamente embebidas no tecido do poder, que têm muito dinheiro e poder, corrompendo e manipulando, tudo e todos, quanto o necessário.
Vê-se isso, de forma recorrente: não são os «Hitler» ou outros, quem desencadeia as guerras; embora estes tenham um papel importante. No fundo, são os grandes potentados do aço, do petróleo (a partir do séc. XX) ou das tecnologias (no séc. XXI) que desejam tal guerra e – para isso – subsidiam todos aqueles que eles acham apropriados para a esse resultado.
O nosso papel é muitas vezes menorizado por nós próprios, porque não temos coragem de sair da nossa «zona de conforto» e educar: educar as jovens gerações; educar os seus pais e avós; educar todos e todas. Educarmos a nós próprios/as, constantemente.
Aliás, é necessário ter um espírito aberto e tolerante, para se poder educar: educar não é inculcar, isto seria fazer doutrinação. Educar é abrir o espírito crítico das pessoas. Depois, elas terão mais liberdade para fazer as suas escolhas próprias, em tomar posição; têm mais dados e mais instrumentos de análise de que podem servir-se em várias situações.
É importante procurar «soluções para a paz» (como dizíamos há algum tempo atrás numa série de mesas-redondas na Fábrica de Alternativas), mas esse passo só pode ser dado se houver um grau de educação (auto-educação) que permita compreender os fenómenos, não apenas historicamente, como no presente.
Isso é possível se houver pessoas que queiram empenhar-se, com real investimento de tempo e esforço, com continuidade também, numa espécie de «observatório das guerras», que deverá aumentar o nosso próprio grau de conhecimento e – em simultâneo – dar aos outros, à sociedade, os instrumentos conceptuais e informações de que ela carece.
Os media não informam, apenas dão «imagens»: as pessoas interpretam as imagens de acordo com as suas concepções prévias, ou preconceitos. As pessoas são portanto ludibriadas, julgando que estão a ser informadas. Pensam saber, até muito bem, porque «viram» isto ou aquilo e – na verdade – sabem pouco e o que sabem é distorcido de mil e uma formas. Não existe ninguém nesta sociedade que não sofra dos efeitos desta «lavagem ao cérebro»: mesmo os activistas mais empenhados, com uma visão crítica do poder, etc… estão sujeitos a ela; é o totalitarismo «soft» do nosso tempo, tão bem analisado por Chomsky e por outros.
Estamos todos sujeitos à lavagem ao cérebro, mas podemos nos «vacinar» se tivermos o cuidado de constituir «anti-corpos»: debater em grupo, sem barreiras artificiais, ideológicas e outras, a problemática da Paz e da Guerra.
No fundo, seria um «Observatório sobre as guerras e o militarismo»+ «Fórum sobre a Paz».