domingo, 18 de dezembro de 2016

CONCERTO Nº1 PARA PIANO DE BRAHMS

A conceção sinfónica do concerto para piano atinge uma espécie de zénite com a obra de Brahms aqui reproduzida.

Pessoalmente, não dei muita atenção a este tipo de obras, durante grande parte da minha vida. Tinha preferência por obras com caráter mais intimista. Porém, com o tempo, comecei a apreciar mais estes grandes frescos musicais, típicos do século XIX e princípios do século XX. 

A riqueza dos timbres e a variedade temática são a matéria-prima trabalhada por este compositor que,  na senda de Beethoven, foi mestre na arte da variação. 




                                Johannes Brahms - Piano Concerto No. 1 In D minor, Op. 15
                                Piano: Hélène Grimaud   Conductor: Andris Nelsons
                                     Vienna Philharmonic Orchestra

                                  0:01 - Maestoso
                                23:51 - Adagio                                 38:13 - Rondo: Allegro non troppo



sábado, 17 de dezembro de 2016

COMPORTAMENTO ANIMAL E ANTROPOCENTRISMO

Este vídeo chama-se «hipnotizando uma galinha». Porém...



... O interessante deste fenómeno, para mim, é que não se trata de hipnotismo. Isso é uma interpretação antropocêntrica. O fenómeno é devido ao facto da galinha sentir que está a ser agarrada, que o seu pescoço está a ser envolvido e isso é desencadeador do reflexo de imobilidade mortal. Os animais quando sujeitos a predação, fingem-se de mortos como último recurso, para o caso do predador se desinteressar da presa. Muitos predadores não estão interessados em animais mortos, daí a eficácia relativa deste mecanismo último de defesa. A evolução em ação! 
Por outro lado, veja-se como o nosso preconceito nos faz interpretar erroneamente um comportamento animal!!!!!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS: UM TABU BEM GUARDADO

Não sou daqueles que embarca em qualquer fantasia, só porque ela nega os poderes, porque vai contra o sentir comum ou por mero espírito de contradição. Mas, no caso da influência decisiva dos humanos nas alterações climáticas, tenho vindo a tornar-me cada vez mais céptico em relação às opiniões a favor, pois elas estão normalmente blindadas num discurso de consenso, mas esse (pseudo)consenso não é sequer consistente com aquilo que vejo e oiço nos media alternativos. 

Não sendo climatologista e não podendo avaliar corretamente o sumo da questão, fico porém muito negativamente impressionado com a má vontade em  apresentar os dados concretos nos quais se apoiam alguns para chegar a um determinado valor predictivo, à validação de um dado modelo. Não seria próprio dos cientistas de ter sempre a total disponibilidade para dar a conhecer os elementos factuais sobre os quais se baseiam? Com que direito se negam a mostrar essas evidências? 
Por outro lado, esta atitude de sempre «puxar» pelo argumento do consenso por parte de um dos lados da contenda, parece-me um argumento especioso e nada científico: O consenso era contra a teoria de Einstein, da relatividade, quando ele a emitiu, no início do século XX.  O consenso, nessa altura também, era contra a teoria da deriva continental de Wegener, relegada para as margens de uma extravagência, etc, etc.
Fico perturbado com o conflito de interesses que se constata em relação a associações de defesa do ambiente, de preservação das espécies, etc, quando recebem chorudos donativos e subsídios daqueles mesmos que têm tido um papel muito nefasto na preservação dos habitats, conservação das espécies e proteção do ambiente... estou a falar dos grandes do petróleo como é o caso da Exxon-Mobil e da BP, por exemplo!





Vejam a partir dos minutos 16:03 até 28:40 no vídeo acima. Começa com um excerto de uma comunicação de Judith Curry. 
É preocupante haver tantos cientistas que se negam a considerar argumentos de outros cientistas.
O vídeo também mostra provas de que grupos ecologistas, ONGs de proteção da Natureza, estão recebendo chorudos subsídios das corporações petrolíferas.

O que está por detrás e move todos estes biliões não é a saúde do planeta, a capacidade de manutenção da vida e da civilização humana. Não; é a existência do «mercado de carbono» ou seja dos «direitos de emissão de gases com efeito de estufa» , títulos cotados em bolsa e que serão uma fonte enorme de especulação e portanto de lucro para alguns, muito poucos. 
A imensa maioria das pessoas terá «taxas de carbono», sobre tudo, pois os combustíveis fósseis estão na base de todos os processos industriais e agrícolas, nesta era. Em nome da «defesa do ambiente» as pessoas serão servas das grandes corporações. 
Não há pior cego que aquele que não quer ver!


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

HISTERIA ANTI-RUSSA - COM QUE FINS?

Estamos perante um novo acesso de ataques histéricos dos media ocidentais, que se fazem câmara de ressonância da propaganda governamental dos EUA, como analisa brilhantemente Charles Hugh Smith
Agora, que a guerra na Síria está completamente perdida para os terroristas «moderados» ou seja, a soldo das potências ocidentais, desencadeiam uma campanha de histeria destinada a desacreditar Donald Trump e inviabilizar a sua eleição pelo colégio eleitoral, num autêntico golpe, com colaboração de elementos da CIA... por um lado.  
Por outro lado, estão a criar mais e mais pretextos para fricção com as potências que disputam a hegemonia dos USA; nomeadamente a Rússia, China, Irão... Eric Zuesse põe a nu esta deriva num excelente artigo de «Strategic Culture»: A mentalidade de guerra-fria apenas desapareceu de um dos lados (o dos ex-soviéticos) sendo que a mentalidade dos militares e diplomatas de topo nos EUA e nos seus países vassalos da NATO é exatamente a mesma, a que corresponde á pior fase da guerra-fria. 
Eu acho que existem razões suficientes para estarmos preocupados e levarmos a sério estes arrufos de mentalidade «MacCartista» por parte de facções no poder. Compreendamos também que isso corresponde a um desespero deles, vendo que a sua estratégia geral falhou redondamente. Encobrir os fracassos com toneladas de propaganda e desinformação pode servir os seus objetivos num curtíssimo prazo, mas não creio que as pessoas sejam indefinidamente iludíveis pela propaganda. O resultado, no longo prazo, é a sua total perda de credibilidade. 
Oxalá fiquem desmascarados muito depressa: as guerras de propaganda costumam ser uma espécie de «barragem» que antecede uma guerra «a quente», tal como no passado foram as «barragens» de artilharia, no inicío das batalhas e que antecediam as ofensivas da infantaria.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

NÃO É SÓ A ECONOMIA, ESTÚPIDO!

Os portugueses e os europeus em geral estão sendo propositadamente mantidos no escuro no que toca à gravidade da crise do Euro e da economia. 
Com o provável rebentamento de uma crise muito pior que a de 2008, já no horizonte próximo de 2017, a maior parte das pessoas vão ficar completamente arrasadas, com uma parte muito substancial das suas poupanças destruídas, ou o poder de compra de seus salários ou pensões grandemente reduzido.
Um fator que torna a situação mais confusa é a total rendição de uma parte da esquerda, incluindo a que se gosta de afirmar como «anticapitalista» a teses neokeynesianas, as quais decretam que, em situações de recessão, a produção de grandes quantidades de dinheiro (QE = «quantative easing») vai estimular a economia e criar o efeito de inflação benéfico para os mercados. 
Estas afirmações são absurdas em si mesmas: a verdadeira estimulação da economia tem de ser feita propiciando a construção de infraestruturas e de estímulos ao consumo, como defendeu Keynes aliás, não com a deliberada destruição do valor do dinheiro como pretendem os neokeynesianos. 
A diluição do valor do dinheiro e a tentativa de fazer disparar a inflação não apenas são ineficazes enquanto «estímulo» da economia, têm exatamente o efeito oposto. Isto é simples de ver, pois a diluição do valor do dinheiro, conjugada com a impossibilidade de manter rendimento significativo com as formas tradicionais de aforro, inevitavelmente vai trazer um aumento do capital mal aplicado, seja em ações ou obrigações, ativos financeiros muito hipervalorizados: quando ocorre uma correção (o que acaba sempre por acontecer) há uma perda brutal de capital para os investidores individuais, mas também para os investidores institucionais, tais como fundos de pensões. 
Isto significa que a insistência no «QE» por parte do banco central europeu (BCE) faz exatamente o contrário do que pretende remediar. Agrava a carência de capital, desvia somas colossais para a especulação e acaba por estimular - não a economia - mas a destruição de capital, subsequente de decisões de investimento equivocadas ou aventureiras.
O conjunto das pessoas parece ignorar que estão a segurar na sua mão algo que - de dia para dia - perde valor. Quando o valor de uma moeda é diluído, por aumento constante das unidades dessa moeda em circulação sem uma destruição equivalente como contrapartida, isso vai inevitavelmente diminuir o poder de compra da mesma, chama-se inflação monetária. 
Esta inflação monetária vai transformar-se em qualquer momento em inflação nos preços, pois não existe nenhum mecanismo que possa prevenir que – num momento ou noutro – os detentores de grandes quantidades dessa moeda decidam coloca-la na economia «real», adquirindo bens, etc. A quantidade de capital mantido em espera de investimento pelos grandes bancos, não trouxe ainda um efeito na economia real, pois eles não arriscam empresta-lo para atividades económicas, preferem guardá-lo nas suas próprias contas do BCE, auferindo um juro muito baixo, mas sem risco e assim também retendo a sua solvabilidade e compensando para eventuais perdas nos setores mais especulativos, como seja o mercado de derivados onde estão todos mergulhados até ao pescoço. 
Como as operações com derivativos não estão sujeitas às regras de contabilidade bancárias das outras operações, não se pode – de facto – saber ao certo quantas «apostas» nos mercados de derivados tal ou tal banco ou outra entidade fez. Pode-se apenas fazer uma estimativa. 
Todo este processo parece um enorme ciclo de Ponzi, onde as «garantias» de solvabilidade dos bancos são «garantidas» por papel-moeda que está cada vez mais diluído. 
Os detentores de poupanças e os detentores de dívida (pública ou privada) são os grandes castigados, pois detêm algo que se vai desvalorizando mais e mais. 
Os sistemas públicos de pensões são largamente utilizadores de veículos financeiros que estão constantemente a perder rendibilidade; não há dúvida que isso corresponde a parte do problema da «sustentabilidade» do sistema de pensões, parte esta que poucas vezes se vê descrita; é um agravamento substancial ao problema demográfico, mas que é passado sob silêncio.
A crise do euro mantém-se desde há mais de seis anos, pelo menos (apareceu em toda a sua extensão com a crise grega), e não vai ser «curada» por nenhuma medida das que o BCE ou os governos têm estado a seguir. 
Infelizmente, serão os pobres a sofrer as consequências de uma aceleração da inflação. Desejar um aumento da inflação para 2% e pensar que se pode manter esse número «mágico» é como desejar que as pessoas percam «só um pouco» confiança na moeda, mas sabemos que uma perda parcial de confiança pode ampliar-se até uma rejeição total da moeda ou uma destruição total da confiança, como na hiperinflação em curso na Venezuela ou nos exemplos históricos. 
Não existe nenhum caso de inflação deliberada e controlada a contrapor aos múltiplos exemplos de inflação fora de controlo, quando as autoridades monetárias e governamentais se põem a «brincar» com a moeda! É uma história que - desde os romanos do final do império, até à Alemanha de 1923, ao Zimbabué, etc. - acaba sempre mal!
Os banqueiros centrais estão a brincar com o fogo, sabem-no, mas não se importam, porque assim mantêm a falsa coesão de um sistema, o sistema da moeda única, que foi mal concebido e pior implementado. 
A análise da crise do Euro e da eurolândia por «opinadores» que escrevem nos jornais e em blogues, incorre muitas vezes no erro de tomar por válidos os mitos das teorias económicas em voga, neokeynesianas e outras, o que mostra até que ponto estão – de facto – dentro do paradigma neoliberal. 
A consequência, é que o público, em vez de alertado para os problemas reais, está na ilusão de falsas panaceias, caminhando de olhos fechados para o colapso.
Chego à conclusão de que, aquando da avalanche e colapso do sistema financeiro, praticamente ninguém estará preparado. A opinião pública foi intencionalmente distraída das questões e dos factos.
A quem aproveita o crime?


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

COMO É QUE O MUNDO É MANIPULADO PELA BANCA


Estou essencialmente de acordo com os pontos de análise de David Icke. As pessoas sem vendas ideológicas, sem preconceitos deveriam tomar atenção.

- Esclarece o mecanismo como o dinheiro é criado hoje em dia

- Demonstra a lógica do sistema de poder mundial em manter um sistema centralizado

- Ilustra isso com o papel que tem sido atribuído à NATO nestes últimos anos

- Alerta as pessoas que lutam contra o globalismo capitalista para as falsas soluções que são apresentadas

- Explica enfim porque é vital não cairmos na ilusão: já não há capitalismo, há corporatismo e vai haver uma unificação total ou seja, governo mundial, ou fascismo global.  





domingo, 11 de dezembro de 2016

[NO PAÍS DOS SONHOS] DEI-ME A SONHAR...





[SE OS SONHOS INFESTAM A MINHA VIDA, É PRECISO DAR ESPAÇO AOS SONHOS, SE UMA MELODIA ME ENCHE A ALMA, É PRECISO QUE ELA SAIA, RESPIRE]


Eu dei-me a sonhar a melodia desta célebre  peça. Ela estava presente no interior do meu sonho, desempenhava um papel... Mas qual?

Tinha um timbre familiar e antigo, este piano, cujas notas percutiam no interior da minha cabeça.

Não posso fazer mais do que conjeturas sobre o que sonhei: talvez um encontro à beira do lago Balaton? Um passeio pelas dunas de Deauville? Uma tarde soalheira à sombra duma latada em Colares? 

Não sei; não posso senão fantasiar. Qualquer coisa como o reencontrar de uma paisagem, que se escondia na minha memória, como de outra vida se tratasse... Há tanto tempo já!

Porém, os sentimentos de nostalgia e de tristeza mesmo, não me pareciam assim tão insuportáveis; gostava de vaguear por esses espaços meio reais, meio sonhados.

Tudo se prendia com afetos, com ausências, com romances para sempre insatisfeitos. Assim como conversas bruscamente truncadas, que nunca mais terão a sua continuidade.

Assim é a nossa vida, uma sucessão de momentos, alguns de espanto, muitos de enfado. Assim nós seremos um dia, somente recordação saudosa de outras eras.

Depois... Bem, depois é... um outro começar, outra vida que desponta e vem encher outro peito, outra cabeça, de inúmeros sentimentos e pensamentos...

Perdoa-me, estou cometendo o crime de lesa-música, ao reduzir algo tão sublime a sensações pessoais. Pessoalíssimas. 
Mas este escrito destina-se apenas a exorcizar uma obstinada reverberação do espírito.