A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

CIMEIRA DE GENEBRA E DEFESA DA AUTONOMIA DOS EUROPEUS


1-Os EUA são uma república; não são uma democracia.
Expandem-se pelo mundo fora, através da disseminação duma ideologia em que, supostamente, têm o condão de decidir quais são as forças e países democráticos ou antidemocráticos.
Invariavelmente, as forças tidas como «democráticas» são as que se ajoelham diante do poderio do Império, que prestam vassalagem ao poder hegemónico. Não importa qual a coloração política dos governos. Se forem pró-imperialistas, serão sempre bem-vindos. Temos o exemplo da Ucrânia, governada por uma coligação (ou cartel?) de forças, unidas para sacar o máximo deste país empobrecido, causar o máximo de desestabilização (1) em relação à Rússia e para desempenhar o papel que os EUA querem que eles representem.


2- Os EUA assumem-se como «suseranos» da Europa e ninguém os mandatou para tal
Os EUA fazem correr um risco enorme à Europa, se falharem agora uma ronda negocial onde ainda é possível encontrar uma saída que satisfaça todas as partes a partir do imbróglio causado pelos países da NATO e dos EUA. Lembremos que eles, coletivamente, traíram as promessas feitas a Gorbatchov e, depois a Yeltsin, de que os países que fizessem fronteira com a Rússia (todos eles ex-membros da URSS ou do Pacto de Varsóvia), não iriam jamais ser englobados na NATO. Pois fizeram exatamente o contrário, sem que houvesse justificação, até contrariando a própria Carta do Atlântico, na medida em que esta aliança, teoricamente, se apresentava como «defensiva».


3- Os europeus podem e devem encontrar um «modus vivendi» com a Rússia
Ora, não havendo mais Pacto de Varsóvia e não havendo vontade expansionista da Rússia, como se pode considerar a expansão da NATO, até às fronteiras da Rússia, com exercícios de tropas da NATO, no Báltico ou na Roménia, e mesmo, desde há algum tempo, sob forma encapotada, treinos de tropas de «elite» e colocação de mísseis, no território da Ucrânia? Eu considero que é um cerco e um provocar constante (2), não é uma atitude responsável, que possa conduzir a uma paz no teatro europeu.
Isto, independentemente das simpatias que se tenha ou não em relação à figura de Putin. Só sei que ele não é o «ditador», o «Stalin», que a propaganda descarada dos media ocidentais está sempre disposta a fazer. Muitos jornalistas ou são ingénuos, ou são comprados: Estão sempre a fazer «análises» sobre as intenções da Rússia, que convêm aos senhores da guerra. Refiro os «neocons», a indústria de armamento, o Estado Profundo, que inclui, nos EUA, o aparato de espionagem (17 agências) e a burocracia militar do Pentágono.


4- A paz no continente europeu implica acordo(s), tratado(s)
A única hipótese de haver paz no continente europeu é de um acordo entre as potências europeias. Isto não só não precisa, como até nem deveria incluir os EUA. Os EUA não têm nada que estar a «proteger-nos», com bases militares, nos vários territórios e países da NATO. Na verdade, apenas transformam esses países em alvos preferenciais em caso de guerra, são ocupações militares, que pesam muito no orçamento de cada país. Além disso, implicam que todo o sistema e equipamento militar desse país seja complementar das máquinas de guerra, de norma americana. Parte muito substancial do equipamento, desde os aviões a jato (de medíocre qualidade, dizem os especialistas) até às munições das espingardas automáticas, é patenteado por empresas dos EUA e fabricado nos EUA. Os políticos dos países do Ocidente sabem muito bem que não existe verdadeira independência em relação ao Tio Sam. Sabem que existe uma situação de semicolónia; só os povos desses países não o percebem claramente ainda. Os povos de outras regiões do mundo compreendem; também pessoas com espírito íntegro e independente, como Paul Craig Roberts, sabem-no e não se coíbem de afirmá-lo.


5- Condições para uma Europa Livre
Uma Europa Livre, significa uma Europa em Paz e uma Paz real significa a desnuclearização e troca de informações permanente, respeitante aos contingentes militares, com tratados que garantam a segurança das fronteiras, a não-ingerência nos assuntos internos, também garantindo a liberdade de circulação dos cidadãos e a proibição de formas de agressão não declaradas como a «guerra híbrida» que inclui a guerra económica (as sanções, os embargos, as barreiras comerciais e ao investimento).
Parece que isto deveria ser a aspiração comum de todos. Mas, pelo contrário (3), as forças que impedem que isto aconteça, estão vinculadas ao «altantismo», à NATO, à dependência da Europa em relação aos EUA. Neste momento, os perigos vêm de «think tanks» imbuídos de mentalidade de guerra-fria (4). Querem ver na Rússia de hoje, um prolongamento do «Império Soviético», o que não é factual nem realista. Mas, perigosamente, tal insistência ideológica acaba por fortalecer as tendências nacionalistas na Rússia.
Para uma Europa livre, do Atlântico aos Urais, deveria haver uma conferência intereuropeia, sem ingerência de outros países. As forças que, em cada país, lutarem por este objetivo, estão a maximizar a autonomia e independência do mesmo
Mais cedo ou mais tarde, essa reconfiguração vai ocorrer.
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PS1: Vendo os recentes desenvolvimentos no âmbito das conversações (falhadas) entre Rússia e EUA/NATO, apercebo-me que do lado ocidental há apenas má vontade. Começaram por reduzir as questões à entrada da Ucrânia na NATO, quando se trata afinal da garantia para a Rússia que não será ameaçada por bases, rampas de lançamento de mísseis, constantes manobras às suas fronteiras. Parece-me que, agora, os ocidentais estão a fazer «bluff» com sanções, não tomam uma atitude responsável. E, claro que estão a fazer isso com pleno acordo dos responsáveis máximos.

PS2: o fosso entre EUA e Rússia, tornou-se muito grande. Por isso, seria bom que instâncias terceiras que fossem aceites pelas duas partes pudessem intervir, para reatar o diálogo e evitar que descarrile de novo.

PS3: Quem irá pagar o preço de um crescendo nesta «guerra de sanções» entre a UE/EUA (NATO) e Rússia? Os europeus, pois dependem, num terço das suas necessidades, do gás russo e não terão possibilidade imediata de o substituir. Os americanos poderão assim capturar o mercado do gás natural europeu.


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(1) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/01/guerra-com-russia-percecao-do-perigo.html


(2) https://www.globalresearch.ca/blinken-stoltenberg-unleash-unprecedented-diktat-ultimatum-russia-following-nato-fm-meeting/5766645


(3) https://www.unz.com/pgiraldi/where-are-the-realists/


(4) http://thesaker.is/the-south-needs-a-sane-foreign-policy/

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

PERITOS MÉDICOS SÃO SISTEMATICAMENTE CENSURADOS - DR. ROBERT MALONE


Pense-se o que se pensar sobre as tecnologias usando ácidos nucleicos (ARN ou ADN) para terapias e vacinas nos humanos, tem de se reconhecer que Robert Malone é alguém com imenso peso, pois ele esteve associado ao desenvolvimento destas tecnologias, incluindo as famosas «vacinas» usando ARNm como veículo de fabrico dos antigénios que depois serviriam para formação de anticorpos pelo nosso sistema imunitário.  Muito antes de se ter aplicado esta tecnologia ao gene da «spike protein» do coronavírus, a ideia central dos investigadores desta área era a de se fabricar vetores eficazes e seletivos para derrotar os diversos cancros. Sabendo-se que os cancros são originados em certos tecidos, que expõem determinadas proteínas à sua superfície, não seria de todo impossível fazer-se medicamentos muito específicos, que iriam penetrar seletivamente nas células atingidas por cancro e poupar todas as outras. Mais uma vez se constata que as elevadas e legítimas expectativas das pessoas mais eminentes na comunidade científica e académica são desviadas por grandes companhias farmacêuticas, incentivadas elas próprias por multimilionários e acionistas destas. Neste caso, juntou-se a gula de lucros da Pfizer, Astra-Zeneca, Johnson & Johnson e doutras, ao projeto propriamente satânico de obter o controlo total da população através dum passe vacinal e de se decretar a obrigatoriedade de tais «injeções», erroneamente designadas por «vacinas». 
Robert Malone, tal como muitos outros cientistas,  não nasceu ontem e teve uma carreira cheia de sucessos e honrarias. Ele viu o perigo dum totalitarismo global se estender a partir deste malthusianismo planetário, com a correlativa psicose de massas («formação de massas») e a completa subjugação da informação «mainstream», que continua a ser aquela que tem acesso em exclusivo ao cérebro de muitos milhões de pessoas. A censura descarada, usando «fact checkers», iguais - afinal - aos dos tempos da Inquisição ou nas ditaduras, é aceite de forma absolutamente viciosa e corrupta pelos próprios governos, sob pretexto de que «são empresas privadas» e -portanto- têm o «direito de decidir qual o conteúdo que mostram». 
Mas esta falácia cai por terra... 
1) se virmos como essas mesmas empresas têm contratos bilionários (e exclusivos) com estruturas estatais nos EUA, tais como a CIA, a NSA e outras: Estes contratos permitem que tais agências de espionagem obtenham dados sobre qualquer pessoa, sem precisarem de pedir a um tribunal uma autorização de vigilância ou de investigação em relação ao cidadão X. Oficialmente, tal autorização só poderia ser concedida perante evidências ou suspeitas fundadas, que o justifiquem. 
2) se reconhecermos que um órgão de informação ou veículo para essa informação está sujeito às regras gerais escritas nas constituições, sendo que o direito à livre expressão, nestas, não está condicionado a nada. Isto significa que, quem se exprime é livre de o fazer, mas tem as suas responsabilidades: se mentir, se difamar ou se insultar, essa pessoa terá um processo. Isto será um dissuasor suficiente para não voltar a abusar dessa liberdade.
3) afinal, o que se passa com as pessoas que insultam, difamam, fazem desinformação consciente, lançam campanhas de imagem destruidoras, é que não são inquietadas, nada lhes acontece, têm total impunidade, se o que fizeram foi feito com o aval, o consentimento ou em defesa dos pontos de vista do «status quo» e do governo, contra seus opositores e mesmo que estes sejam pessoas de elevada reputação, como (entre muitos outros) o Dr. Robert Malone.

Vemos, portanto, que estamos a passar um momento de involução nas nossas liberdades individuais e coletivas. Esta situação só é possível de reverter se as pessoas acordarem, perderem o medo e compreenderem que, quanto mais se submetem, mais os governos globalistas irão redobrar o seu controlo. Eles só se interessam - realmente - em nos manter sob controlo: Porque a monopolização do poder (e das vantagens associadas), por uma ínfima minoria, só se pode sustentar deste modo.

PS1: Estes atentados à liberdade de opinião e de informação são uma tentativa de encobrimento dos crimes cometidos em nome do combate ao COVID. Veja:

Exclusive: Autopsy Confirms 26-Year-Old’s Death From Myocarditis Directly Caused by Pfizer COVID Vaccine


PS2: Os ataques contra o Dr. Robert Malone e Joe Rogan (que o entrevistou) mostram que eles estão a desmascarar entidades muito poderosas e criminosas. 

 

[Catherine Sauvage] BLUES - canção de Léo Ferré sobre poema de Aragon

  https://www.youtube.com/watch?v=a9aQQoflCec

On veille on pense à tout à rien
On écrit des vers de la prose
On doit trafiquer quelque chose
En attendant le jour qui vient
La brume quand point le matin
Retire aux vitres son haleine
Il en fut ainsi quand Verlaine
Ici doucement s'est éteint
Plusieurs sont morts plusieurs vivants
On n'a pas tous les mêmes cartes
Avant l'autre il faut que je parte
Eux sortis je restais rêvant
Tout le monde n'est pas Cézanne
Nous nous contenterons de peu
L'on pleure et l'on rit comme on peut
Dans cet univers de tisanes
Jeune homme qu'est-ce que tu crains
Tu vieilliras vaille que vaille
Disait l'ombre sur la muraille
Peinte par un Breughel forain
On veille on pense à tout à rien
On écrit des vers de la prose
On doit trafiquer quelque chose
En attendant le jour qui vient
On veille on pense à tout à rien
On écrit des vers de la prose
On doit trafiquer quelque chose
En attendant le jour qui vient...

Este poema de Aragon evoca suas recordações de vigílias enquanto médico externo no hospital Broussais. 

                              Com efeito, os primeiros versos do poema, não incluídos na canção de Ferré, explicitam essa referência. Mas o poema musicado não deixa de citar o hospital Broussais, indiretamente, enquanto local da morte de Verlaine, «que aqui se extinguiu suavemente».

Mas Aragon, igualmente, evoca o seu período «Dada» e Surrealista. Faz referências à vida precária em Montparnasse, nos anos 1920: «avant l'autre, il faut que je parte...»           Exprime a pobreza e precariedade do artista não reconhecido, com uma expressão (quase) proverbial: «Tout le monde n'est pas Cézanne». 

Aragon não está a referir-se à qualidade ímpar do pintor, mas à sua riqueza pessoal, que lhe permitia viver e pintar, sem se preocupar em ganhar a vida com a sua arte.    
          
 A composição de Léo Ferré faz parte do álbum «Aragon». Ferré interpreta  nele as suas próprias composições, de elevadíssima qualidade; é muito difícil decidir qual delas a «melhor». Eu prefiro esta, «Blues», pois é a que mais me inspira.

                                          
  Aprecio imenso - também - a interpretação de Catherine Sauvage, a expressividade da sua voz e a sobriedade do acompanhamento ao piano,  de Jacques Loussier, no  álbum de 1964, contendo apenas canções a partir de poesias de Aragon. Neste disco, além das composições de Léo Ferré, há canções musicadas por Georges Brassens, Joseph Kosma, Jean Ferrat e Philippe Amar. 


PS1: playlist com as canções de Léo Ferré, que eu mais aprecio:

sábado, 8 de janeiro de 2022

VINICIUS

                        VINICIUS DE MORAES E SEUS AMIGOS

LISTA DE CANÇÕES DE VINICIUS  (clique no link!)


Alegria! 

Tomara eu viver dentro da música dos discos do Vinícius, com balanço tropical e só poesia. Não custa muito; basta ouvir com atenção e fechar os olhos… imaginando estar a presenciar esses momentos mágicos, tal como eles ocorreram, tal como ficaram registados.
Mas, para além desse sonho, posso também escrever inspirado por um poema do Vinícius, ou entoar uma destas melodias. Gosto do passado, desse passado, que me pertence um pouco, também, pois cresci ao som de toda essa profusão de sons e de palavras, que assimilei, mais como se bebe uma «morte lenta», ou uma «caipirinha», do que com o cérebro racional, analítico. 

Do «Canto de Ossanha», até ao «Samba em Prelúdio» e mais, muito mais… Posso mergulhar no passado feliz... tão feliz, que nem sabia que o era. E, o que resta, é um bem precioso. Persiste  como eco, como registo, como reverberação. 
É o melhor que tenho para combater o tédio, a depressão, o cansaço e a estupidez; tudo o que demasiadas vezes me enche os neurónios, quando olho a mediocridade das figuras narcísicas, que julgam ser «artistas», mas falta-lhes o essencial:  Musicalidade. 
O pior é que têm quem lhes compre os discos, vá aos recitais, etc., pelo que se constata que não existe «progresso» na arte dos sons, pelo menos nalgumas épocas, existe involução. 

A música popular vai de par com a época em que é produzida. Se a época transporta muita esperança, vontade de emancipação, criatividade e rebeldia, como nos anos sessenta, a marca fica gravada nas músicas, em especial na dita popular. 

Eu não gosto de falar em música popular ou erudita, porque a música é una. Uma composição pode ser de boa qualidade e simples, ao mesmo tempo: Neste caso, é quase certo que irá ser retomada por vários artistas-intérpretes. Vai inseminar várias gerações, que se inspiram nessa composição, recriando-a até que se torne «um clássico».

Parece-me que a poesia de Vinícius de Moraes e a música de João Gilberto, Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, se fundem de modo tão harmonioso, que são como uma só. Impossível de dissociar! 

Esta forma de arte é tão brasileira. Mas, também fez parte do «substrato comum» da minha geração, nos anos 60 e 70, em Portugal. 
A minha geração apropriou-se desta música fantástica, foi o «prato de resistência» nas atuações de cantores, em palcos, estúdios, bares e botequins... e nas festas entre amigos!

QUEM SÃO OS VENCEDORES DA TRANSFERÊNCIA DE RIQUEZA DO «GREAT RESET»?

                           
A visão keynesiana da economia tem sido vantajosa para muitos governos, entidades financeiras e investidores particulares. Os postulados em que assenta sempre foram deficientes, mas - agora - sua total inadequação para dar conta da realidade económica começa a transparecer (1) espetacularmente. 

O «quantitive easing» (impressão monetária) até ao infinito, já está a causar sérias perturbações no funcionamento da economia capitalista global. A insistência nos modelos keynesianos tem servido como «justificação» para as decisões da FED e de todos os outros bancos centrais do «Ocidente». 

Porém, a destruição de valor (e não apenas do valor de ativos financeiros) progride, tendo-se acelerado ultimamente. Como eu previra (2), eles vão continuar a cantar a «cantiga» do COVID como justificação para tudo o que corre mal. Além de que as evidências se acumulam no sentido de que esta crise foi manipulada (3), para não dizer manufaturada, pelos muito poderosos, a começar pelos donos da Big Tech (as empresas gigantes tecnológicas, Amazon, Google, Facebook, Apple, Microsoft...), os quais são os grandes vencedores, face a este colapso geral das pequenas e médias empresas e negócios.  

O panorama é claro, para quem não esteja enredado na narrativa especiosa dos poderes e dos vendedores de sonhos aconselhando os investidores a enterrarem-se mais e mais profundamente na economia especulativa, de casino. 

Como contrapeso a essa onda de falsa peritagem económica e financeira, quero apresentar os pontos que - honestamente - eu considero em relação a mim próprio e à minha família:

1- Esta crise é diferente de todas as outras que jamais vivemos: não é uma crise cíclica, mas antes uma crise fabricada, desenhada ao mais alto nível, para desembocar no «Great Reset»(4). 

Este, não é mais do que a transformação da economia mundial e da sociedade, no sentido duma total privatização incluindo os domínios até hoje reservados aos Estados; e o controlo sobre as populações, através de passes digitais, ditos «sanitários» mas, na verdade, passes para o controlo de tudo o que fazemos. Os telemóveis são a mesma coisa (5) que pulseiras eletrónicas, colocadas nos presos, para que estes sejam sempre localizáveis e controláveis.

2- Como eles pretendem um controlo em grande escala, avançam com o dinheiro digital, sob controlo dos bancos centrais. (6) Assim, as pessoas serão obrigadas a produzir para obter esse dinheiro (note-se que continua sendo «dinheiro fiat», como o atual), a consumir, gastando a partir dos porta-moedas digitais; a caducidade dos mesmos (ou a redução rápida e programada do seu valor) irá empurrar as pessoas a consumir, a não aforrar. O próprio consumo será canalizado para certos bens ou serviços, de acordo com as conveniências da economia.

3- Vai haver escassez de bens essenciais e muita agitação social, no chamado «Primeiro Mundo». Mas, outras partes do Mundo ficarão sem recursos essenciais, nomeadamente, os países do Terceiro Mundo que dependem de tecnologia ocidental para suas indústrias e serviços. Esta escassez vai ser gerida no sentido de provocar a diminuição da população global, um dos principais objetivos da oligarquia globalista. Com efeito, está demonstrado que seu modelo de «desenvolvimento sustentável» está baseado nas teses do «Clube de Roma» (1970). É a expressão contemporânea do eugenismo  e do malthusianismo (7).

4- A situação tem de ter graves repercussões ao nível político. Se os Estados são, em larga medida, a expressão das classes dominantes(8), estas classes dominantes da sociedade «pós-Reset» são aquela ínfima minoria que controla tudo, incluindo os aparelhos políticos. Com efeito, já mostram capacidade, não só de influir na política, como de ditar diretamente quem serão os dirigentes políticos. Só são promovidos na média corporativa (pertença da oligarquia), os políticos que mereçam a sua confiança para levar a cabo as tarefas que eles (oligarcas) lhes atribuíram. Necessariamente, como já se verifica, vai haver resistência. Muitas pessoas, com um grau de consciência maior, irão entrar em rebelião. Face a isto, a repressão vai tornar-se sistemática, vai ser mais abrangente: Os dispositivos de rastreio e de controlo social irão operar em pleno. A «democracia liberal» será coisa do passado, embora possam deixar a «casca» das instituições, incluindo as constituições. Mas, o conteúdo concreto vai ser o tecno-fascismo. Note-se que os dispositivos já existiam previamente e, por isso, foram rapidamente utilizados - em numerosos casos, nestes 2 últimos anos - nos momentos críticos.  

5- Face a estas realidades, temos de estar bem armados psicologicamente: A melhor maneira de estarmos preparados, é combater com os nossos neurónios, não cairmos na resposta emotiva, não nos deixarmos abater, não desencadear a histeria dos histéricos. Mas pode-se e deve-se aproveitar todas as ocasiões para - pedagogicamente - subtrair os nossos próximos (e os outros) ao estado de hipnose em que os globalistas os mergulharam. A capacidade de fazer ver a realidade, em total contradição com a narrativa deles, vai permitir que muitas pessoas acordem. Elas tomam os seus algozes como se fossem seus «benfeitores». Por outras palavras, as pessoas comuns têm estado sujeitas à «síndrome de Estocolmo». Elas caíram facilmente neste estado, tanto mais que os seus captores, que as fizeram reféns, conseguiram convencê-las de que «só pretendem salvá-las da terrível epidemia». 

6-Devemos pensar como numa guerra: É cada vez mais importante e urgente constituir reservas de bens alimentares, mas também, de medicamentos ou de utilidades como baterias, filtros para purificação da água, etc. As ruturas de abastecimento nos mercados já começaram e vão acentuar-se. A oligarquia vai continuar a fazer guerra económica à China (9). Não lhes importa que muitos dos bens industriais produzidos atualmente na China, só passados vários anos poderão voltar a ser produzidos localmente, no Ocidente. Para a oligarquia, o que conta é o «controlo da populaça» (10), não é o «bem-estar dos cidadãos».

Quem quiser consultar as fontes que eu disponibilizo (e outras) poderá constatar que não se trata duma visão exagerada da minha parte. Mas, as chamadas «elites» estão - há uma data de tempo - a cozinhar algo de bem amargo e sombrio, para a generalidade das pessoas. 

Quem pensar que isto não vai afeta-lo pessoalmente, que se desengane, pois num quadro de empobrecimento generalizado, só os muito ricos terão acesso aos recursos. Os outros irão sofrer diretamente ou indiretamente (por ex., podem ser assaltados), em consequência das sociedades mergulharem no caos.

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(1) https://www.goldmoney.com/research/goldmoney-insights/money-supply-and-rising-interest-rates

(2) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/02/nao-culpem-o-coronavirus-pela-crise.html

(3) https://www.globalresearch.ca/uncovering-the-corona-narrative-was-everything-carefully-planned-analysis-of-ernst-wolff/5766108

(4) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/lockdown-e-projeto-de-biopoder-da.html

(5) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/06/servidao-voluntaria-e-great-reset.html

(6) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/05/powell-fed-eua-anuncia-cbdc-central.html

(7) https://www.unz.com/mwhitney/pure-unalloyed-evil/

 (8) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/12/falsificacao-do-real-enquanto-estrategia.html

(9) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/07/a-era-das-guerras-hibridas-e-o-seu.html

(10) [conferência do Prof. Ernst Wolff (legendas em inglês] https://brandnewtube.com/watch/superb-ernst-wolff-uncovering-the-corona-narrative-aug-23-2021_4L4fKoXZnzkJKlJ.html?lang=type

(11) Conversa com Chris Irons autor de «Quoth The Raven»

 https://www.youtube.com/watch?v=O3GobLW7pHY

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

[Sonya Yoncheva] BELLINI: «CASTA DIVA»


Strazza: busto em mármore de virgem com véu (1850)



 Esta ária de «Norma» de Vincenzo Bellini, é muito famosa e foi interpretada por todas as «divas» da ópera. 

 Sonya Yoncheva possui uma enorme capacidade expressiva. Tem colocado o seu talento ao serviço do reportório barroco, embora tenha notáveis intervenções em muitas obras líricas de épocas posteriores.

O enredo de «Norma» desenvolve-se durante a conquista da Gália por Júlio César. 
Norma é a filha dum druida, uma sacerdotisa. Nesta ária, ela pede à Deusa Lua para infundir Paz no coração dos homens. 

LETRA  [Tradução de Manuel Banet]

Casta Deusa, que banhas de prata
Estas sagradas e antigas árvores
Mostra-nos o teu belo rosto
Sem nuvens e sem véu

Tempera, ó Deusa
Tempera aqueles corações ardentes
Tempera aquele zelo audacioso
Espalha pela Terra aquela paz
Que fazes reinar no Céu
Que fazes no Céu


                     

                              Lua cheia sobre o lago de uma barragem, Alentejo 
                      (fotos de Manuel Banet)




quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

[Prof. Didier Raoult] OS PAÍSES COM MAIOR COBERTURA VACINAL SÃO OS COM MAIOR PROPORÇÃO DE DOENTES E MORTES


 Nesta «guerra», presenciamos uma série de reflexos típicos da paixão política, ou dos fanatismos religiosos.

Raoult põe o dedo na ferida!

PS1: Veja-se o caso da Inglaterra, de outros países da Europa, assim como Israel. Quanto mais insistirem nos argumentos de (e para) débeis mentais, sobre a suposta necessidade da «vacinação», mais as pessoas se vão revoltar, mais o governo e a media ficam descredibilizados. Não servirá de nada diabolizar o Prof. Raoult, ou Robert Malone, ou Robert Kennedy Jr. ou muitos outros! 

Quem ficou com o nome gravado na história e na ciência? Não foram os inquisidores de Galileu, foi este mesmo que eles condenaram e tentaram calar.