segunda-feira, 25 de agosto de 2025
Ex-Primeiro Ministro de Singapura sobre o estatuto de Taiwan
domingo, 24 de agosto de 2025
GLENN GOULD INTERPRETA BACH
Glenn Gould consegue cativar a minha atenção do princípio ao fim, desfiando cada andamento de cada partita como uma narração única.
A qualidade destas interpretações foi reconhecida com a designação de «Gravações do Século», ou seja, são gravações de referência para intérpretes e apreciadores de música barroca.
sábado, 23 de agosto de 2025
DMITRI ORLOV FALA SOBRE A GUERRA NA UCRÂNIA - O GOLPE FINAL
A Rússia não está interessada em ser «sócia» nesta empresa de neocolonização, por duas razões simples de se perceber:
- 1º Seria acusada de explorar e escravizar os ucranianos, levantando mais rancor, alimentando prováveis movimentos de sabotagem ou de guerrilha anti-russa.
- 2º A imensidão da Rússia e a quantidade de riquezas minerais inexploradas são largamente suficientes para garantir um futuro de bem-estar para a população, se as referidas riquezas ficarem em mãos nacionais russas e controladas pelo poder político, de forma a não serem sujeitas à predação de capitalistas nacionais e internacionais.
De qualquer maneira, aconselho-vos a ouvir Orlov. Dmitri foi viver nos EUA com os seus pais, quando menino e regressou à pátria russa há poucos anos. Tem numerosos livros, um dos quais é particularmente interessante, pois estabelece o paralelo entre a decadência e colapso do império americano e do império soviético:
- Ele prevê que o caos e miséria nos EUA ultrapassem a catastrofe dos anos 1990 da Rússia pós-soviética, de predação pelos oligarcas (locais e internacionais). Nos anos da presidência de Bóris Iéltsin, a Rússia sofreu uma «hecatombe» populacional, devido ao brusco desaparecimento das estruturas sociais que sustentavam a população mais pobre, mais idosa...
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ALGUNS ARTIGOS SOBRE DMITRI ORLOV, NESTE BLOG:
DMITRI ORLOV SOBRE O PRESENTE E FUTURO
Dmitry Orlov & Jeffrey Sachs: DUAS VOZES DE PAZ
sexta-feira, 22 de agosto de 2025
A reforma de fogo do Papa Leão
segunda-feira, 18 de agosto de 2025
Novas evidências sobre a origem, evolução e extinção dos neandertais
domingo, 17 de agosto de 2025
sábado, 16 de agosto de 2025
UMA DAS OBRAS REVOLUCIONÁRIAS, QUE MAIS TEM EXPOSTO O CAPITALISMO
Estou a falar-vos da «Beggars Opera» de John Gay, com música de Christoph Pepusch, estreada em Janeiro de 1728. A gravação aqui apresentada, foi gravada em 1991, na Igreja St. Paul em New Southgate, Londres, Reino Unido.
Esta peça de teatro musical, que foi um sucesso em Londres na época, mostra os caracteres de personagens com a crueza satírica duma crítica social, a mais impiedosa que este século produziu.
ACONTECE QUE ESTE SÉCULO XVIII, FOI...
- O século do triunfo do capitalismo mercantil
- O século das «Luzes» e da liberdade de crítica nos países que não estavam sujeitos à Inquisição
- O século em que se deu a secessão da colónia americana da coroa britânica, em resultado da guerra revolucionária, com a independência dos Estados Unidos.
- O século em que eclodiu a Revolução Francesa, com todas as suas peripécias épicas e sangrentas.
Esta peça serviu de inspiração à dupla Brecht-Weill para a famosíssima «Ópera de Três Vinténs» (1928).
Ambas as óperas possuem uma estrutura mais aproximada ao teatro popular: Ambas têm numerosas partes faladas (não com recitativos cantados, como era norma na ópera «séria»). As partes cantadas são de sabor popular, com letras e melodias fáceis de memorizar. Os acompanhamentos evocam música de fanfarra ou de teatro de rua, sublinhando a natureza «reles» dos personagens (um sub-mundo de criminosos, prostitutas, proxenetas, receptadores, agiotas... ) por oposição ao que se considerava ser assunto próprio da ópera, como as paixões de «altos personagens», como os reis, os príncipes e os heróis...
A contribuição destas obras para a transformação da visão sobre o teatro e a ópera, pode ser avaliada pelo facto destas terem tido, em quase 300 anos, uma carreira notável nos palcos, no cinema, nas gravações em disco e na adesão do público, incluindo público «popular» não apreciador de obras musicais eruditas.