segunda-feira, 2 de outubro de 2023

HENRY MANCINI, O COMPOSITOR DE MÚSICA DE FILMES

O compositor americano Henry Mancini deixou-nos uma profusão de músicas de filmes.  
Ele é dos que, se não existisse*, a cultura cinematográfica, a constelação de artes de Hollywood, seriam outra coisa: Sem dúvida, mais pobres.
Mancini corresponde - a meu ver - à definição implícita de triunfo do poeta ou do compositor: Parafraseando Charles Trenet, em «L'âme des Poètes», «Eles cantam suas melodias sem saber o nome do autor»...
- Quem não conhece o célebre tema da Pantera Cor-de-Rosa? 
- Quem não conhece a lindíssima canção «Moon River», cantada por uma infinidade de artistas? 
- Mas, quem sabia o nome do autor das duas composições, Henry Mancini?
Depois de "MOON RIVER" e "THE RETURN OF THE PINK PANTHER",  a minha terceira escolha "TOO LITTLE TIME" pode ser menos conhecida, mas é maravilhosa e continua a fazer parte do reportório de músicos de jazz. 


MOON RIVER

                    https://www.youtube.com/watch?v=nF5iKCMNTPs



 RETURN OF THE PINK PANTHER

                    https://www.youtube.com/watch?v=sEO0dgho9Z4


                                             TOO LITTLE TIME

                            https://www.youtube.com/watch?v=BslvmmaTEv0


                 


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* Tais como Ennio Morricone e Francis Lai

domingo, 1 de outubro de 2023

«BE HAPPY»



Be Happy by Klaus Schwab LYRICS Here's a little song I wrote You might want to hear it in your POD You own nothing And be happy Ain't got no cash, ain't go no car But 24 booster shots in your arm Own nothing Be happy You can't even buy shit in ze store Because of your low social credit score Own nothing Be happy You will own nothing And be happy Be happy and eat ze bugs
 

PROPAGANDA 21 (Nº19) : O GORILA INVISÍVEL


 Vídeo de uma experiência em psicologia social: Para melhor compreensão do que é falado, pode ligar as legendas (em inglês) [CC]. O prof. Dan Simons explora o fenómeno da inatenção não-intencional.



Comentário:

Na sequência da visualização do pequeno vídeo acima, julgo que o leitor concederá que esta experiência - que tem sido repetida muitas vezes, em várias circunstâncias - significa que grande número de pessoas, embora atentas, não conseguem aperceber-se do gorila que aparece no meio do jogo. Se viram com atenção o vídeo acima, uma das coisas que se pede aos sujeitos da experiência, que visualizam a curta sequência filmada, é que eles foquem a atenção no número de vezes que os jogadores passam a bola uns aos outros. A elevada percentagem, cerca de metade, das pessoas que «não veem» o gorila, não é constituída por pessoas desatentas, pelo contrário. São as que têm sua atenção intensamente focalizada no que lhes foi pedido, na contagem do número de passes da bola que efetuam os jogadores.

Esta experiência, ou conhecimento de psicologia daí decorrente, está na base de muita da manipulação de massas no universo mediatizado. Não estou a dizer que ela seja aplicada diretamente pelos psicólogos sociais ao serviço dos diversos poderes. Quero antes chamar a atenção para situações reais, análogas da experiência com o gorila. São ocorrências banais na realidade político-mediática. Trata-se duma fórmula, ou truque de «magia», quotidianamente usada. Refiro-me à fabricação de «notícias», ao empolamento ou multiplicação de notícias verdadeiras, mas irrelevantes. Elas saturam os espaços mediáticos (Internet, TVs, jornais, rádio), especialmente quando se passa algo desagradável para os poderes, como um fracasso, ou o desvendar dum escândalo. Para as massas ficarem iludidas, é preciso que a «realidade» fabricada seja constantemente reforçada; não pode aparecer algo (como o gorila), contradizendo a narrativa única.

Outra técnica análoga, é hipertrofiar um dado aspeto - secundário - duma notícia importante, cujo significado negativo para os poderes, não sendo possível ocultar, tem de se minorar. Nem sempre é possível passar sob silêncio factos importantes e que põem em causa, ou desmascaram, a «aristocracia» globalista. Podem os factos ser de tal modo, que seja positivamente impossível negar, ignorar, como se eles nunca tivessem ocorrido. O «plano B» será, então, a focalização do público nos aspetos irrelevantes ou secundários («quantas vezes os jogadores passam a bola?»). A insistência nesses pormenores, tem a função de desviar a atenção do público. Assim, muitas pessoas acabam por passar ao lado do que é objetivamente importante numa dada notícia. NÃO haverá reflexão crítica, numa parte do público recetor dessa notícia.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

LEÇONS DE TÉNÈBRES de FRANÇOIS COUPERIN & outras obras barrocas

Para além da sua óbvia importância para o desenvolvimento da arte musical, dos estilos, das formas do concerto, da suite, da variação e para as técnicas de execução (do violino, da viola da gamba, do cravo, do alaúde), a música francesa barroca desempenha um papel central
É a sua característica principal, de forjar uma síntese de estilos e tendências anteriores, conjugada com sentido do equilíbrio e da proporção, o que escapa a muitos de nós, do século XXI. Mas, que não escapou, de todo, na Europa da época, aos cultores de música erudita. Tem tido a música barroca francesa, apesar disso, uma presença menor nos catálogos de discos de música clássica. Igualmente, tem sido pouco frequente a execução em recital, de peças do reportório barroco francês, excetuando uns poucos compositores mais famosos junto do grande público. Felizmente, a tendência está a inverter-se, graças a conjuntos e interpretes como os abaixo reproduzidos. 
Agora,  podemos ouvir (em disco ou em concerto) obras com imenso interesse, iguais em qualidade ao melhor da produção alemã, italiana, inglesa ou outras.



Esta obra-prima de François Couperin («Couperin, Le Grand») é um conjunto de peças (subsistem 3) baseadas no texto latino das «Lamentações de Jeremias». Eram cantadas nos Ofícios de Vésperas da Semana Santa. Esta tradição musical é sobretudo francesa: Muitos na tradição francesa  compuseram «Leçons de Ténèbres».

A excelência da interpretação das duas soprano e de William Christie (órgão e direção de "Les Arts Florissants") neste recital é, para mim, evidente.

Couperin: Leçons de ténèbres |

01:04 - Prelude 01:55 - Couperin: Première leçon à une voix 19:04 - Monsieur de Machy: Prelude en ré 23:57 - Couperin: Deuxième leçon à une voix 36:24 - Monsieur de Sainte-Colombe: Chaconne en ré 42:44 - Couperin: Troisième leçon à deux voix 59:03 - Encore Gwendoline Blondeel | Soprano Rachel Redmond | Soprano Myriam Rignol | Viola da gamba William Christie | Organ Les Arts Florissants
Conducted by William Christie


quarta-feira, 27 de setembro de 2023

STARLINK, ELON MUSK E PARTICIPAÇÃO DIRETA DOS EUA NA GUERRA DA UCRÂNIA CONTRA A RÚSSIA




Por volta desta altura no ano passado, os ucranianos queriam usar drones submarinos, para atacarem a base russa da marinha de guerra em Sebastopol, Crimeia. Para isso, contavam que Elon Musk alargasse a rede «Starlink», para esta cobrir o território da Crimeia. Aparentemente, Elon Musk terá recusado. A rede «Starlink» é possuída pelo multibilionário americano, também conhecido como o patrão da Tesla e de «X» (ex- Twitter): Ele tinha (e tem) um contrato com o governo da Ucrânia, de fornecimento de serviço de satélite de comunicações ao território da Ucrânia, incluindo as disputadas Repúblicas do Don (Donetsk e Lugansk), mas não incluindo a Crimeia. Note-se que a Crimeia é território russo desde 2014, quando, em referendo (com mais de 80% de participação), a população da Crimeia votou a secessão em relação à Ucrânia e a sua reinserção na Rússia.

Recentemente, levantou-se uma enorme polémica nos EUA, contra Elon Musk, supostamente por ele recusar «abrir» a rede de satélites para abarcar a Crimeia. O acordo inicial com o governo ucraniano, especificava que os serviços não eram extensíveis a zonas do território russo de antes do início da invasão em Fevereiro de 2022. 
O que é notável nesta histeria do establishment e da mídia prostituta, é que juridicamente a posição de Elon Musk é inatacável (e eles sabem-no), além de que o multibilionário, ao fornecer a rede de satélite «Starlink» privada, estava a recobrir de um «ténue véu» a participação direta dos EUA na guerra, pois - assim - não se poderia dizer que eram satélites oficialmente do Departamento da Defesa dos EUA, que monitorizavam os movimentos das tropas russas ou que guiavam os mísseis ucranianos para alvos nas Repúblicas independentistas (incluindo os alvos civis). 
Eu digo que se trata de «um ténue véu» porque, na realidade, o custo da prestação de serviços da empresa propriedade de Elon Musk tem sido inteiramente pago pelo governo dos EUA. No fundo, a militarização da rede de satélites «Starlink» ocorre na mesma, graças ao pagamento integral do serviço pela potência tutelar (os EUA). Trata-se de um financiamento relevante e faz parte dos muitos biliões que têm sido gastos pelo governo, à custa dos contribuintes dos EUA.

Se toda esta histeria contra Elon Musk vos parece «uma tempestade num copo de água», ela será isso mesmo, na verdade: Esta agitação histérica destina-se a ocultar o envolvimento cada vez maior, em termos financeiros, de armamento e vigilância/monitorização/guia, pelos EUA-OTAN, por via satélite de guerra de mísseis e drones que os ucranianos levam a cabo contra os russos. Repare-se que os drones e mísseis ucranianos que atingiram Sebastopol (Crimeia), alguns tendo conseguido «furar» as defesas russas, não podiam ter sido teleguiados pelo sistema Starlink, visto que não estava disponível para o território da Crimeia. Então, a única alternativa é a da utilização de satélites espiões ocidentais. Eles existem desde o tempo da Guerra-Fria Nº1 , lançados e mantidos pelos EUA e OTAN. Sem as redes de satélites-espiões constantemente a vigiar o território da Rússia, seria impossível os drones e mísseis ucranianos atingirem seus alvos.

Como tenho dito desde o princípio desta guerra: A escalada conduzida pelos EUA e vassalos da OTAN, verifica-se através da intervenção cada vez mais aberta e massiva no teatro de operações. Penso que o Estado-Maior e os órgãos de governo Russos têm plena consciência disso, desde o início. Eles têm poupado a população civil ucraniana de um ataque arrasador, ao estilo do ataque à capital do Iraque pelas forças dos EUA, que destruíram toda a infraestrutura civil de Bagdad. Os russos têm a capacidade de destruir quaisquer satélites em órbita estacionária (é o caso dos satélites Starlink). Teriam legitimidade para isso, pois foi logo patente o seu papel militar, por exemplo, ao guiar mísseis ucranianos para alvos inimigos, ao detetar dispositivos e equipamento militar inimigo.

Ironicamente, sem Elon Musk e sua rede de satélites Starlink (alugada pelo governo de Kiev com dinheiro fornecido pelos EUA), a guerra do lado ucraniano seria impossível de ser combatida. Os ucranianos há muito que teriam tido de negociar um acordo de paz com os russos. Sem dúvida que isso teria sido melhor, pois pouparia centenas de milhares de vidas (ucranianas e russas), assim como destruições massivas e instabilidade internacional, causadas pela guerra.