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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

STARLINK, ELON MUSK E PARTICIPAÇÃO DIRETA DOS EUA NA GUERRA DA UCRÂNIA CONTRA A RÚSSIA




Por volta desta altura no ano passado, os ucranianos queriam usar drones submarinos, para atacarem a base russa da marinha de guerra em Sebastopol, Crimeia. Para isso, contavam que Elon Musk alargasse a rede «Starlink», para esta cobrir o território da Crimeia. Aparentemente, Elon Musk terá recusado. A rede «Starlink» é possuída pelo multibilionário americano, também conhecido como o patrão da Tesla e de «X» (ex- Twitter): Ele tinha (e tem) um contrato com o governo da Ucrânia, de fornecimento de serviço de satélite de comunicações ao território da Ucrânia, incluindo as disputadas Repúblicas do Don (Donetsk e Lugansk), mas não incluindo a Crimeia. Note-se que a Crimeia é território russo desde 2014, quando, em referendo (com mais de 80% de participação), a população da Crimeia votou a secessão em relação à Ucrânia e a sua reinserção na Rússia.

Recentemente, levantou-se uma enorme polémica nos EUA, contra Elon Musk, supostamente por ele recusar «abrir» a rede de satélites para abarcar a Crimeia. O acordo inicial com o governo ucraniano, especificava que os serviços não eram extensíveis a zonas do território russo de antes do início da invasão em Fevereiro de 2022. 
O que é notável nesta histeria do establishment e da mídia prostituta, é que juridicamente a posição de Elon Musk é inatacável (e eles sabem-no), além de que o multibilionário, ao fornecer a rede de satélite «Starlink» privada, estava a recobrir de um «ténue véu» a participação direta dos EUA na guerra, pois - assim - não se poderia dizer que eram satélites oficialmente do Departamento da Defesa dos EUA, que monitorizavam os movimentos das tropas russas ou que guiavam os mísseis ucranianos para alvos nas Repúblicas independentistas (incluindo os alvos civis). 
Eu digo que se trata de «um ténue véu» porque, na realidade, o custo da prestação de serviços da empresa propriedade de Elon Musk tem sido inteiramente pago pelo governo dos EUA. No fundo, a militarização da rede de satélites «Starlink» ocorre na mesma, graças ao pagamento integral do serviço pela potência tutelar (os EUA). Trata-se de um financiamento relevante e faz parte dos muitos biliões que têm sido gastos pelo governo, à custa dos contribuintes dos EUA.

Se toda esta histeria contra Elon Musk vos parece «uma tempestade num copo de água», ela será isso mesmo, na verdade: Esta agitação histérica destina-se a ocultar o envolvimento cada vez maior, em termos financeiros, de armamento e vigilância/monitorização/guia, pelos EUA-OTAN, por via satélite de guerra de mísseis e drones que os ucranianos levam a cabo contra os russos. Repare-se que os drones e mísseis ucranianos que atingiram Sebastopol (Crimeia), alguns tendo conseguido «furar» as defesas russas, não podiam ter sido teleguiados pelo sistema Starlink, visto que não estava disponível para o território da Crimeia. Então, a única alternativa é a da utilização de satélites espiões ocidentais. Eles existem desde o tempo da Guerra-Fria Nº1 , lançados e mantidos pelos EUA e OTAN. Sem as redes de satélites-espiões constantemente a vigiar o território da Rússia, seria impossível os drones e mísseis ucranianos atingirem seus alvos.

Como tenho dito desde o princípio desta guerra: A escalada conduzida pelos EUA e vassalos da OTAN, verifica-se através da intervenção cada vez mais aberta e massiva no teatro de operações. Penso que o Estado-Maior e os órgãos de governo Russos têm plena consciência disso, desde o início. Eles têm poupado a população civil ucraniana de um ataque arrasador, ao estilo do ataque à capital do Iraque pelas forças dos EUA, que destruíram toda a infraestrutura civil de Bagdad. Os russos têm a capacidade de destruir quaisquer satélites em órbita estacionária (é o caso dos satélites Starlink). Teriam legitimidade para isso, pois foi logo patente o seu papel militar, por exemplo, ao guiar mísseis ucranianos para alvos inimigos, ao detetar dispositivos e equipamento militar inimigo.

Ironicamente, sem Elon Musk e sua rede de satélites Starlink (alugada pelo governo de Kiev com dinheiro fornecido pelos EUA), a guerra do lado ucraniano seria impossível de ser combatida. Os ucranianos há muito que teriam tido de negociar um acordo de paz com os russos. Sem dúvida que isso teria sido melhor, pois pouparia centenas de milhares de vidas (ucranianas e russas), assim como destruições massivas e instabilidade internacional, causadas pela guerra.