quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Anya Parampil: TÁTICAS DE MUDANÇA DOS REGIMES, PELOS EUA

Uma importante descrição no popular programa «MOATS» de George Galloway: 



O livro de Parampil revela as táticas de guerra económica, a política de sanções, em paralelo com as subversões tendo como protagonistas locais, pessoas de ONGs, dedicadas a direitos humanos. O caso da Venezuela é detalhado, porque reúne muitas características das intervenções dos EUA nos países que não estão sob o seu domínio.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

WOKISMO - ALGUMAS REFLEXÕES

 

                             Um vídeo de «Le Précepteur»

Tenho refletido bastante sobre este fenómeno de wokismo, embora isso não se tenha traduzido em escritos de minha autoria. 

Tenho veiculado alguns pontos de vista críticos do wokismo, sobretudo na perspetiva da política dita de classe. Isto é, os desenvolvimentos políticos associados ao wokismo não se limitam ao fenómeno de moda intelectual ou sociológica, mas penetram profundamente nos modos de fazer política, sobretudo nas classes desapossadas, oprimidas, sejam quais forem as suas identidades. 

Creio que há uma tendência que acaba por ser prejudicial nalgumas pessoas que adotam o ponto de vista de luta de classes (que também é o meu): É a tendência de ver na luta de todas as «frentes» - do feminismo, antirracismo, contra a homofobia, etc. -como conduzindo sempre a fracionar, dividir e isolar os membros de várias componentes das classes oprimidas. Esta visão é míope, pois a condição de opressão é evidentemente múltipla, é multidimensional; uma pessoa não é «somente» explorada economicamente, é também discriminada socialmente. Servem como fatores de discriminação: a «raça» (na realidade, a etnia), a orientação sexual, a exclusão duma educação elitista, etc.

A miopia nas pessoas que adotam a visão «woke», por seu turno, é a de excluírem qualquer aproximação, ou tentativa de convergência, com o que se chamava «o proletariado», pois o pensamento woke, frequentemente, prioriza a questão identitária sobre a questão da exploração económica. Na realidade, ao fazê-lo, inverte os termos da questão. Os operários estão dentro duma cultura diferente, estão imersos na sua cultura operária, com lados positivos e com preconceitos que se mantiveram no meio social a que pertencem.

No fundo, trata-se de combater a opressão numa frente ampla, reconhecendo que ela tem sempre uma forte componente económica, mas que não é apenas essa a sua natureza. Tipicamente, uma opressão reveste-se sempre de discriminação violenta, para as suas vítimas. Para resistirem, estas devem encontrar toda a gama de alianças de forma a lutar contra os inimigos de classe, muito mais fortes. Estes, são dotados de muito mais do que de capital: têm a seu favor a capacidade de influenciar maciçamente as mentalidades, de nos manipular: Fazem-no, pondo os explorados a lutar uns contra os outros, os espoliados a designarem como inimigos outros espoliados. 

Os oprimidos só podem vencer, quer em lutas parciais, quer nas suas metas de longo prazo, unindo-se. Isto implica aceitar a natural heterogeneidade, aos níveis social, cultural, identitário e ideológico. Tal princípio estratégico decorre, não apenas do desequilíbrio de armas (no sentido literal e metafórico), mas também porque a luta -para ser bem sucedida e não ser desviada - precisa de refletir a nova mentalidade, o novo modelo de sociedade. O trabalho de educação (e auto educação) nas fileiras dos excluídos do poder, tem de ser permanente. Um ponto fulcral, é aprender a ajuizar se tal ou tal iniciativa, campanha, etc., tem como resultante unir os oprimidos entre si, ou de os dividir ainda mais. Não chega proclamar ritualisticamente que se «deseja a unidade»; é uma daquelas coisas nas quais só se acredita vendo o comportamento quotidiano em coerência com tal proclamação. Caso contrário - independentemente da ideologia afixada - está-se, inconscientemente, a favorecer a exploração. 

Os da classe dominante são uma ínfima minoria, face ao número dos espoliados, oprimidos, marginalizados. Eles conseguem manter seu domínio, graças ao controlo sobre as mentes dos oprimidos, não apenas dos corpos: por isso, eles investem tanto na media de massas, que propaga as ideias e atitudes que eles querem que nós adotemos: isso permite a continuidade da sua dominação. 

A nossa resposta tem de passar, entre outras coisas, pelo desmascarar, junto dos da nossa classe, das técnicas e meios subtis utilizados para nos desorientar, nos alienar das lutas e alianças, que deveriam ser as nossas.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

AS COISAS SÃO BEM PIORES DO QUE IMAGINAM (Edward Snowden)

Uma intervenção muito clara de Edward Snowden, numa entrevista centrada nas criptomoedas. Ele coloca a questão da vigilância dos Estados, dos interesses privados também (grandes empresas que fazem comércio dos dados dos seus clientes) anulando a real autonomia dos indivíduos, que são/serão condicionados em permanência através de poderosa propaganda (que se disfarça como «informação») e os poderosos algoritmos vão detetar e rastrear todo o comportamento dos cidadãos, em bloco. Este futuro/presente parece uma ficção científica distópica às pessoas pouco ou mal informadas. 
Esconder a realidade, é também esse o papel das redes de vigilância em massa, ao dar às pessoas uma ilusão de normalidade, de liberdade, de segurança. 
 Não perca esta intervenção do mais célebre dador de alerta, que divulgou (há 10 anos) como funcionam os dispositivos da NSA de captação e armazenamento de todas as comunicações globalmente. 

 https://www.youtube.com/watch?v=IwwZyUxb_c

A

ENTREVISTA COM VALÉRIE BUGAULT em «Politique & Eco» n°403 [TVL]

A REPÚBLICA FRANCESA NÃO EXISTE, NA REALIDADE. 

NA ERA GLOBALISTA, OS EUA SUBMETEM AS SUAS COLÓNIAS EUROPEIAS


 https://www.youtube.com/watch?v=fkEhbo2IIZI

domingo, 10 de setembro de 2023

QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS? QUEM ORDENA O SACRIFÍCIO INÚTIL DE INÚMERAS VIDAS?


 

PS1: No seguinte artigo, Caitlin Johnstone dá conta de recente entrevista de Blinken, em que este admite que os mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA a Kiev, poderão atingir alvos bem dentro da Rússia. Caitlin argumenta que a questão é grave, pois a escalada nos armamentos aumenta a probabilidade de confronto nuclear: 

PS2: A hipocrisia do Tio Sam terá outro efeito nas pessoas, que não seja revulsivo ???



SANÇÕES AMERICANAS, GUERRA ECONÓMICA E POR PROCURAÇÃO CONTRA A RÚSSIA E CHINA

 As sanções americanas e ocidentais contra os gigantes euro-asiáticos foram um fracasso, que hoje até as entidades oficiais e os media corporativos, reconhecem. Mas, a extensão do fracasso tem sido tão grande, que se pode dizer, em relação a várias instâncias, que tiveram um efeito boomerang. Ou seja, os países sancionados, boicotados, tornaram-se mais fortes, mais resilientes, mais capazes de desenvolvimento autónomo. Quanto aos países europeus, tornaram-se mais dependentes dos EUA, tanto na energia, como no armamento, fazendo com que a política europeia se tenha transformado de um jogo de vassalos (os chefes de estado e de governo, em relação aos EUA) para uma posição de servidão (= impossibilidade de escapar à subordinação). É este o único resultado «positivo» para o Império Yankee. 

Visione-se estes dois documentários abaixo, falados em francês. São muito completos e rigorosos nos dados e permitem ver - por contraste - como a media corporativa ocidental tem  ocultado ao público, minimizado, distorcido esses factos para manter a narrativa favorável aos governos belicistas da OTAN.






sexta-feira, 8 de setembro de 2023

JEFFREY SACHS - A liderança dos EUA está cometendo o maior erro que se possa conceber


 https://www.youtube.com/watch?v=MKMxMUG4cKA

A barragem de censura e de propaganda faz com que a media corporativa não se «atreva» ou não «goste» de publicar testemunhos independentes e corajosos, como o de Jeffrey Sachs.

Oiça com atenção este homem, professor universitário nos EUA, muito conhecido e respeitado e que tem mais de trinta anos de experiência, enquanto conselheiro económico dos governos soviético, russo e ucraniano, desde o início dos anos 90.