quinta-feira, 27 de julho de 2023

«Como vai ser» pelo Major-General Raúl Cunha

 [copiado de  https://estatuadesal.com/2023/07/27/como-vai-ser/]

Como vai ser

Major-General Raúl Cunha, in Facebook, 26/07/2023)



«Penso que já deve ser óbvio para toda a gente que a guerra na Ucrânia constitui uma verdadeira catástrofe que provavelmente não irá terminar tão cedo e, quando terminar, o resultado final não vai ser uma paz duradoura. Vejamos então como foi que o Ocidente acabou por se encontrar nesta terrível situação. A argumentação tradicional da maioria dos dirigentes e “sabichões” ocidentais sobre as origens da guerra é que Putin lançou um ataque não provocado em 24 de Fevereiro de 2022, motivado pelo seu grande plano de criar uma Rússia ainda maior. A Ucrânia, assim o pintam, era o primeiro país que ele pretendia conquistar e anexar, mas não seria o último.

Mas, em alternativa a esse delírio visionário e como já muitos e bons repetiram em várias ocasiões, não há quaisquer evidências a sustentar essa linha de alegações e, pelo contrário, há provas consideráveis que directamente a contradizem. A realidade foi que, em 2021, ucranianos e americanos já tinham decidido tentar a recaptura da Crimeia pela força (o que projectaram para o final do inverno seguinte) e para esse efeito começaram a concentrar as tropas ucranianas na frente do Donbass, procederam ao fornecimento maciço de armamento e ao treino de combate acelerado dos regimentos ‘Azov’ e do exército. Entre 16 e 23 de Fevereiro e obviamente no âmbito de uma grande operação militar em perspectiva, foram intensificados de forma exponencial os bombardeamentos sobre Donetsk e Lugansk. O objectivo da operação (à semelhança do que foi feito na operação "Tempestade" na Croácia em 1995) seria rapidamente tomar o controlo de todo o território ucraniano na posse dos separatistas, sem que os russos tivessem tempo de reagir.

Em face desta possibilidade, a reação russa teve de ser planeada e executada à pressa – decidiram surpreender os ucranianos tomando a iniciativa de serem os primeiros a atacar e em cerca de dez dias reconheceram a independência das repúblicas separatistas e estabeleceram com as mesmas os legítimos acordos de cooperação e operação militar à luz do direito internacional. Embora não haja dúvidas de que, na prática, a Rússia invadiu a Ucrânia, a causa final e principal desta guerra foi de facto a decisão do Ocidente – e neste caso referimo-nos principalmente aos Estados Unidos – de fazer da Ucrânia um baluarte ocidental na fronteira da Rússia.

O elemento fundamental dessa estratégia era a entrada da Ucrânia para a NATO, um acontecimento que Putin e os seus acólitos, e os deputados de todos os partidos do espectro político russo, viam unanimemente como sendo uma ameaça existencial que teria de ser eliminada. Esquecemo-nos frequentemente que um grande número dos que conceberam as políticas e de estrategas, americanos e europeus, se opuseram à expansão da NATO desde o início, porque entendiam que os russos a veriam como uma ameaça e que essa política acabaria levando ao desastre. A lista dos que se opuseram inclui George Kennan, o Secretário da Defesa do Presidente Clinton, William Perry e o seu Chefe do Estado-Maior Conjunto, general John Shalikashvili, Paul Nitze, Robert Gates, Robert McNamara, Richard Pipes e Jack Matlock, apenas para citar alguns.

Na cimeira da NATO em Bucareste, em Abril de 2008, quer o Presidente francês Nicolas Sarkozy quer a Chanceler alemã Angela Merkel se opuseram ao plano do Presidente George W. Bush de trazer a Ucrânia para a Aliança. Merkel disse mais tarde que a sua oposição se baseou na sua crença de que Putin interpretaria esse facto como uma “declaração de guerra”.

É agora claro que aqueles que se opunham à expansão da NATO estavam correctos, mas infelizmente perderam esse debate e a NATO avançou para o leste, o que acabou por levar os russos a desencadearem esta guerra.

Se os Estados Unidos e os seus aliados não tivessem actuado de forma a procurarem trazer a Ucrânia para a OTAN em Abril de 2008, ou se tivessem estado dispostos a acomodar as preocupações de segurança de Moscovo, depois de ter rebentado a crise na Ucrânia em Fevereiro de 2014, provavelmente não teria acontecido a actual guerra na Ucrânia e as fronteiras desta estariam ainda como eram, quando do seu acesso à independência em 1991.

O Ocidente cometeu um erro colossal, pelo qual todos nós e muitos outros mais, ainda iremos pagar severamente.  »


Comentário de MB: O Ocidente no seu conjunto cometeu um erro colossal, sim... Mas, o tal erro foi instigado, perseguido e executado tenazmente por uma pequena minoria entrincheirada no aparelho de Estado dos EUA - designada por Neocons - os quais consideram que a guerra contra a Rússia atual é um mero prolongamento da Guerra-Fria, em que se enfrentaram a URSS e o Ocidente. Os políticos e altos cargos militares do establishment foram arrastados pelos Neocons. Estes, podem considerar-se verdadeiros conspiradores do interior da máquina de poder de Washington. A fraqueza ou hesitação dos dirigentes menos belicosos, face aos Neocons é responsável pelo facto do Ocidente ter sido arrastado a fazer que eles (Neocons) queriam: Orquestrar uma guerra com a Rússia, em que esta apareça como a «agressora». 

terça-feira, 25 de julho de 2023

DEFICIÊNCIA EM VIT. D, ALZHEIMER E DEMÊNCIA

Existe uma frequente deficiência em vitamina D no plasma sanguíneo (da ordem dos 40%) em populações de países desenvolvidos. Esta deficiência está correlacionada com doenças como Alzheimer, demência senil, fraturas frequentes dos ossos, entre outras. Porém, nada se faz a sério para aumentar o teor de vit. D na população. Note-se que a probabilidade, segundo o Dr. John Campbell, de se ter demência é diminuída de 59%, nos indivíduos que têm níveis de vit. D normais no sangue. Esta constatação deveria levar as autoridades de saúde pública a desenvolver campanhas preventivas, o que traria imensos benefícios na saúde geral da população. Porém, como o reconhece o Dr. Campbell, tal não traria lucro nenhum para as farmacêuticas. Continua a ser gasto imenso dinheiro nos tratamentos das condições de doenças graves, correlacionadas com deficiência de vit. D (doenças infecciosas, demências, cardiopatias, etc.) e permite-se que haja imenso sofrimento. Assim, garantem-se bons negócios para as farmacêuticas e para a medicina empresarial.


 

segunda-feira, 24 de julho de 2023

LEE CAMP: A POLÍTICA EXTERNA DOS EUA ESTÁ CHEIA DE MENTIRAS

 Uma entrevista dada ao «Neutrality Studies»


Um mundo multipolar vai-nos salvar do belicismo hegemónico dos EUA:


Matando e Pilhando em nome da «Segurança Nacional»



domingo, 23 de julho de 2023

EUGÉNIO ROSA: Realidades da inflação e fantasias de Mário Centeno (governador do Banco de Portugal)

Copiado de artigo de Eugénio Rosa, no blog «A Viagem dos Argonautas» 

MARIO CENTENO, QUE GANHA 33,6% MAIS DO QUE O PRESIDENTE DO “Fed” DOS E:U:A.(Reserva Federal, o banco central dos Estados Unidos da América : Centeno 17476€/mês, Powell 13082€/mês, considerando 14 meses) NA ENTREVISTA DADA À RTP 3 REVELOU UMA GRANDE PROBREZA INTELECTUAL, IGNORÂNCIA ECONÓMICA E ENORME INSENSIBILIDADE SOCIAL

Eugénio Rosa, edr2@netcabo.pt, 13/7/2023

                















sábado, 22 de julho de 2023

Richard Vobes: «Estamos a ser envenenados; mas não queremos saber!»


 Se o humor é a expressão dos desesperados, a ironia é a dos desesperados inteligentes. Tudo o que ele diz, quer nós já saibamos ou não, deveria nos pôr os cabelos em pé; mas não queremos saber! Os humanos são coletivamente responsáveis. Porém, a responsabilidade de cada um - a minha, a tua... - não se dilui por sermos oitocentos mil milhões à superfície do Globo, antes pelo contrário. 

De todas modalidades de poluição enumeradas há uma pior que as outras, a poluição mental.

 Ela diz assim: «Ai sim? Então que se lixe...» 

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Chuck Berry para combater o MORALISMO WOKE

 Sabes que Chuck Berry é dos poucos responsáveis pelo nascimento de um estilo de música - o Rock and Roll - que se prolonga até hoje, desde os anos 1950?

Como ele conseguiu arrastar consigo toda uma juventude principalmente branca, oriunda da classe operária, a geração que nasceu no final da II. Guerra Mundial!?

Deu-lhes o som endiabrado, feito de simples sequências de acordes e de «riffs» de guitarra elétrica, aquilo dava para dançar.

Em relação às letras, não eram composições eruditas, porém estavam em sintonia com sentimentos dessa juventude que acorria aos concertos, comprava os discos e reproduzia em grupos de garagem os sucessos dos precursores.

Foi uma autêntica libertação que abateu os preconceitos de separação de raças e, também, de classes. A geração dos anos 50  foi homenageada pelos grupos e cantores ídolos da década seguinte, os Beatles, os Rolling Stones, etc, etc.

[Oiça aqui os Beatles:] 

Sweet Little Sixteen (Live At The BBC For "Pop Go The Beatles" / 23rd July, 1963)

Sem Chuck Berry, nada disso teria sido assim! Claro que ele não foi o único, basta pensar em Otis Redding, Ray Charles e outros, com uma audiência jovem e sem preconceitos raciais: 


                               
Letra:
They're really rockin' in Boston
In Pittsburgh, P.A.
Deep in the heart of Texas
And 'round the Frisco Bay
All over St. Louis
And down in New Orleans
All the cats are gonna dance with
Sweet Little Sixteen
Sweet Little Sixteen
She's just got to have
About half a million
Framed autographs
Her wallet's filled with pictures
She gets 'em one by one
Become so excited
Watch her look at her run, boy
Oh, mommy, mommy
Please, may I go?
It's such a sight to see
Somebody steal the show
Oh, daddy, daddy
I beg of you
Whisper to mommy
It's all right with you
'Cause they'll be rockin' on Bandstand
In Philadelphia, P.A.
Deep in the heart of Texas
And 'round the Frisco Bay
All over St. Louis
Way down in New Orleans
All the cats wanna dance with
Sweet Little Sixteen
'Cause they'll be rockin' on Bandstand
In Philadelphia, P.A.
Deep in the heart of Texas
And 'round the Frisco Bay
All over St. Louis
Way down in New Orleans
All the cats wanna dance with, oo!
Sweet Little Sixteen
Sweet Little Sixteen
She's got the grown-up blues
Tight dresses and lipstick
She sportin' high heeled shoes
Oh, but tomorrow morning
She'll have to change her trend
And be sweet sixteen
And back in class again
But they'll be rockin' in Boston
In Pittsburgh, P.A.
Deep in the heart of Texas
And 'round the Frisco Bay
Way out in St. Louis
Way down in New Orleans
All the cats wanna dance with
Sweet Little Sixteen
Com o seu politicamente correto e moralismo estreito, com a sua estrita e delirante definição do que seja «racismo», ou «sexismo», ou «pedofilia», etc. os «woke» e «falsos progressistas», impõem às gerações atuais a sua ditadura hipócrita.
Os jovens de hoje, para regressarem à felicidade dos anos 50 e 60, apenas têm de sacudir esses parasitas, pessoas sem verdadeiro prazer de viver, mas que têm a perversidade de impor a sua visão distorcida aos outros.

quinta-feira, 20 de julho de 2023

HÁ UM EXCESSO DE MORTES, MAS NÃO SÃO INVESTIGADAS AS CAUSAS

 


No link seguinte,

https://www.unz.com/jcook/across-the-west-people-are-dying-in-greater-numbers-nobody-wants-to-learn-why/

 poderás ler na íntegra o artigo sobre o intrigante «blackout» das autoridades médicas, dos ministérios da Saúde e dos políticos, sobre um fenómeno extremamente preocupante: O excesso de mortes (todas as causas confundidas) nos países ocidentais, que têm ocorrido, nos últimos dois anos 2022 e 2023. Apenas falamos destes países, porque possuímos dados estatísticos de mortalidade relativamente mais fiáveis, que os de países do «Terceiro Mundo». 

O excesso de mortes não resulta de pessoas que morreram com o diagnóstico de COVID. Este excesso de mortes, causado pelo COVID, existiu nos anos 2020 e 2021. A partir dos finais de 2021/princípios de 2022, os números relativos a infeções, internamentos e mortes causadas pelo vírus diminuíram drasticamente. 

Os poucos cientistas - sem apoios institucionais - que decidiram inquirir sobre o assunto, excluem que se trate de «mortes Covid». Com efeito, o número de mortes registadas como causadas pelo COVID, desde 2022 e continuando em 2023, é muito baixo, não pode ser a causa direta responsável pelo referido excesso. O problema é que este excesso de mortes tem de vir de algum lado. Como é tão elevado (chega a valores de 10% a 15% de mortes em excesso em relação aos 5 anos anteriores a Jan. 2020), é um «elefante no meio da sala». O mais grave é que as «autoridades», desde os governos, investigação médica, faculdades de medicina e profissão médica, todos olham para o lado, como se este excesso não existisse, ou não tivesse importância.

 Jonathan Cook propõe uma interpretação para o comportamento insólito destes atores institucionais. A sua hipótese parece-me  fazer todo o sentido, em continuidade com os comportamentos que se observaram nos que são responsáveis pelos «lockdown» e pelas campanhas de vacinação em massa, utilizando as «vacinas de ARNm». 

A ocultação (ou, mesmo, falsificação) de causas de morte pelas estatísticas da saúde, é tecnicamente possível de ser feita. Porém, não é possível ocultar o número de óbitos globais de cada país. Desde o fim da crise do COVID, que ocorre este excesso de mortes. Sabemos que o número de mortes totais em qualquer país é, em geral, muito estável. Aumentos como estes, da ordem de 10-15%, são geralmente atribuíveis a situações excecionais: Uma epidemia, uma catástrofe natural (terramoto, inundações), uma guerra... Na ausência de tais situações, o número de óbitos na população (para cada país) deveria regressar aos valores de antes da pandemia de COVID, ou seja, de 2019 e anos anteriores.