quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

[Rosa Koire] AGENDA 21 (DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL) DA ONU?


 Este plano não é «uma conspiração»: é um facto, que está bem documentado. 

É um plano elaborado na última década do século XX, cozinhado no seio da ONU, com uma série de países, alargado ao conjunto de nações que a ele aderiram entretanto, implementado ao nível local, ou seja, pelo governo de cada nação.

De facto, não se trata de «desenvolvimento», mas de controlo autoritário. Este, só pode ser implementado globalmente, com uma entidade de governo global, que possa gerir um sistema de vigilância global e universal. Ou seja, um totalitarismo à escala planetária.

Rosa Koire, entrevistada no video indicado abaixo, explica em que consta e o significado desta Agenda 21.

 https://www.bitchute.com/video/3iK3EIXIfHU/

 IMPOSSÍVEL, MAS REAL : A  DISTOPIA ESTÁ AQUI E NÓS TODOS VAMOS TER DE LIDAR COM ELA.


terça-feira, 22 de dezembro de 2020

ASTROLOGIA PARA O TEMPO DE «GREAT RESET» ???

                                        

              [fig.1: Excerto da  ÓPERA ROCK «HAIR» NA VERSÃO ORIGINAL (1968)]

Não percebo nada de astrologia. Aliás, sou um céptico, pois a minha experiência diz-me que o mundo é caos, especialmente o mundo político, o mundo dos humanos...
[fig.2:  Montagem com conjunção de dois planetas]

Em todo caso, envio-vos o link para esta curiosa análise, feita por uma astróloga (Vanessa Guazzelli) e pelo jornalista Pepe Escobar:

Não acredito patavina nestas «conjunções de astros», aliás, baseadas no sistema de Ptolomeu (como toda a astrologia), o qual foi demonstrado como totalmente falso por Copérnico, por Galileu e por Kepler (embora este, curiosamente, fosse também um astrólogo!).
Eu penso que a astrologia serve para fazer passar aos néscios, aos ingénuos, uma certa visão do futuro, na esperança de que um certo número deles interprete os acontecimentos como «sinal» de que as coisas «confirmam» tal ou tal previsão, que elas se encaminham na direcção prevista...pelo astrólogo!

No artigo, Pepe Escobar, refere que JP Morgan (o fundador do banco com o mesmo nome) dizia que «um milionário não precisa de ter um astrólogo, mas um bilionário precisa». 

                         [fig.3: caricatura do banqueiro JP Morgan]

Eu interpreto isso da seguinte maneira: um milionário, se gerir a sua fortuna com um mínimo de inteligência e bom senso, não precisa de «conselheiros». Mas, um bilionário precisa de ter ao seu serviço vários, não apenas astrólogos, fazedores de opinião, doutores da treta ... etc, para as massas irem na direcção que convém ao bilionário. É cínico, mas está inteiramente correcto. É isso que se verifica aqui e agora...

Estamos em plena mutação, DISSO NÃO TENHAMOS DÚVIDAS, portanto não sei (ninguém sabe) o que trará 2021. 
Na certeza porém, que se deve guardar cabeça fria e não tomar os seus desejos pela realidade. Antes deve-se ter cuidado com a nossa tendência para a auto-ilusão. O nosso espírito crítico e auto-crítico deve exercer-se, mas não devemos adiar o que achamos deve ser feito, na nossa vida pessoal, familiar, social e colectiva. A nossa atenção deve concentrar-se no que é realmente principal: comida, energia, abrigo, sociabilidade, entre-ajuda e visão global. 
Devemos rejeitar a intoxicação mediática, venha de onde vier; as propagandas disfarçadas de informação, as formas de distrair a nossa atenção para coisas que, afinal, são lixo, porque nos distanciam do essencial... 

Feliz entrada na ERA DO AQUÁRIO!

Abraços
Manuel Banet

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

AS QUATRO BALADAS DE CHOPIN, RECITAL MEMORÁVEL DE MARIA TIPO



                                          0:00 : Ballade nº 1 en sol mineur, op.23

                                         8:57 : Ballade nº 2 en fa majeur, op.38

                                        16:02 : Ballade nº 3 en la bémol majeur, op.47
                                        23:57 : Ballade nº 4 en fa mineur, op.52

Oiço estas peças muitas vezes, sem nunca ficar enfastiado. São do romantismo no seu apogeu, de uma inspiração sublime. Elas são únicas no reportório de Chopin, diz-se que foram inspiradas pelos poemas patrióticos de Adam Mickiewicz
As Baladas são poemas musicais, porém não se podem classificar na categoria de música descritiva ou programática. São muito livres na sua forma: talvez sejam a expressão do estado interior do compositor, ao ler os referidos poemas.
Quanto à interpretação, não encontrei, até hoje, algo que satisfaça melhor o meu gosto em relação a estes extraordinários pedaços de música. Com efeito, eles exigem alma e técnica, numa combinação subtil, refinada.

domingo, 20 de dezembro de 2020

A NONA SINFONIA NOS 250 ANOS DO NASCIMENTO DE BEETHOVEN

A sua «Ode à Alegria», inserida na 9ª Sinfonia, foi  escolhida para hino da União Europeia... mas, seria Beethoven admitido, sequer, na sociedade de hoje? 
- Ele era - para todos efeitos - um subversivo, um republicano, num tempo de monarquias absolutistas, um apaixonado pela liberdade e, não apenas no plano das ideias teóricas, da estética, mas também no plano  da prática, um liberal político, no sentido pleno. 
Não; Beethoven - nos dias de hoje - seria primeiro ostracizado, depois perseguido, forçosamente calado e, por fim, fechado num asilo psiquiátrico...


https://www.youtube.com/watch?v=GWe2-0SGmRU


Prom 18: Beethoven Cycle -- Symphony No. 9, 'Choral' Symphony No. 9 in D minor, Op. 125 1 - Allegro ma non troppo, un poco maestoso 2 - Scherzo: Molto vivace -- Presto 3 - Adagio molto e cantabile -- Andante moderato -- Tempo primo -- Andante moderato -- Adagio -- Lo stesso tempo 4 - Recitative: (Presto -- Allegro ma non troppo -- Vivace -- Adagio cantabile -- Allegro assai -- Presto: O Freunde) -- Allegro molto assai: Freude, schöner Götterfunken -- Alla marcia -- Allegro assai vivace: Froh, wie seine Sonnen -- Andante maestoso: Seid umschlungen, Millionen! -- Adagio ma non troppo, ma divoto: Ihr, stürzt nieder -- Allegro energico, sempre ben marcato: (Freude, schöner Götterfunken -- Seid umschlungen, Millionen!) -- Allegro ma non tanto: Freude, Tochter aus Elysium! -- Prestissimo, Maestoso, Molto Prestissimo: Seid umschlungen, Millionen! Anna Samuil soprano Waltraud Meier mezzo-soprano Michael König tenor René Pape bass National Youth Choir of Great Britain West-Eastern Divan Orchestra Daniel Barenboim, conductor Royal Albert Hall, 27 July 2012
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Não deixe de ler sobre a hipocrisia da sociedade que se diz «democracia liberal» NO ARTIGO DE IAN FANTOM «Beethoven in the Age of Endarkenment»

Escreve o autor: 

 « Sob o "lockdown", as pessoas podem ser presas e sujeitas a pesadas multas, apenas por levarem a cabo seus negócios habituais, as opiniões de peritos médicos sobre a «pandemia» não podem ser expressadas na media social, sem o risco de serem banidas. No Reino Unido, estamos a deslocar-nos cada vez mais para um governo por decreto e para a censura estalinista, que lhe está associada.»


sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

ERROLL GARNER: «HONEYSUCKLE ROSE»

                         Honeysuckle Rose 

 Erroll Garner, Londres, 1965: Este conhecido «standard», com introdução em estilo «stride», é um pequeno/grande monumento do Jazz. 
De facto, Erroll Garner tem sido pouco estimado, fora do público de apreciadores de jazz. É realmente uma pena, pois ele deu excelentes lições, de como fazer variações criativas em torno de temas, como na actuação aqui reproduzida. 
Gosto sempre de ouvir Erroll Garner: sua criatividade, além do mais, proporciona uma alegria contagiante.  

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

O PODER É POR NATUREZA TOTALITÁRIO



Sim, sem dúvida. Embora muitos ainda não o tenham compreendido. Será por isso que muitas pessoas estão em estado de choque prolongado, com tudo o que tem acontecido - pessoal e socialmente- neste ano danado de 2020. 
Não perceberam que o que importa, aos que detêm o poder, não é ter um pedaço, uma concessão temporária, não é obterem o teu consentimento, nem a tua participação, mais ou menos esclarecida... 
Não; para os que detêm o poder, é o poder na sua totalidade que conta. 

Isso mesmo já tinha claramente enunciado, no início do século XVI, Maquiavel, o qual, infelizmente, foi mal compreendido como sendo o «conselheiro de príncipes», para estes fazerem as suas poucas-vergonhas e oprimirem os cidadãos.                  
De facto, Maquiavel não era «maquiavélico»: era um republicano, que amava a sua república florentina, o mais livre e humanista que um espírito podia ser na sua época. Escrevendo o «Príncipe», quis desmontar os esquemas do poder, de maneira não demasiado explícita, de forma a não arriscar a forca... mas, ainda assim, quando os ventos viraram, foi cruelmente torturado.


Não gosto de yes-men, ou de yes-women; são pessoas com índole para «marchar a passo de ganso», seguindo seus chefes, sejam eles Hitlers ou Estalines, ou outros... 
Têm a adoração do chefe, gostam de se submeter, de se humilhar, de se mostrar humildes e agradecidos.
Serão -psicologicamente- como cães, pois nem sequer têm uma humanidade plena, a estatura inteira de homens e mulheres. São produtos de castração mental, da supressão do germe de liberdade, que existe em todos nós, em potência. São produtos do medo, do medo de ser, de pensar, de viver sem um polícia a ditar-lhes o comportamento dentro cabeça...


Leiam CJ Hopkins, é um autor dos EUA, auto-exilado em Berlim. Ele, recentemente, publicou um belíssimo artigo, «Ano Zero». Tenho respeito e admiração por pessoas como ele, intelectuais que incomodam o poder, que não se importam com o que pensem deles, que fazem o que tem de ser feito. Sempre que seja preciso, desmascaram a tendência totalitária dos que estão no poder e dos seus sequazes.


Não irei escrever neste blog, em termos de reflexões pessoais sobre os assuntos que tenho aqui abordado, até ao virar do ano. 
Sei que é arbitrário fazer esta distinção de datas, mas esta pausa é apenas o reconhecimento de que necessito concentrar energias e reflexão, para enfrentar os desafios que se aproximam. 
No plano pessoal, é igualmente um interregno para melhor «afiar a minha pena», porque nunca estou totalmente satisfeito com o que produzo!

Até breve, ao Ano da Graça de 2021!

Manuel Banet Baptista







quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

A PAZ DOS CEMITÉRIOS



                             

Tive uma estranha sensação, há alguns anos, quando visitei o cemitério da ONU, na Coreia do Sul, local onde estão depositadas as cinzas dos soldados que se bateram na guerra da Coreia sob a bandeira da ONU. É que, ao percorrer as alas de campas, estavam lá as bandeiras das nações que enviaram tropas do lado dos EUA/Coreia do Sul, mas não do lado oposto. 

Nem na morte, nem sob a bandeira da ONU (supostamente, organização unificadora de todos os países) havia um tratamento igual. Seriam estes mortos mais, ou exclusivos «merecedores» da nossa memória? Não seria isso perpetuar a guerra, mesmo pretendendo defender a paz? 

Afinal, qual o papel desta grande organização internacional? Será de palco para diálogos frutíferos entre regimes diferentes, em prol da paz... ou de conveniente capa, para «justificar» a actuação duma nação super-potência, que quer sujeitar todas as outras, mesmo as aliadas?

Igual também seria a minha tristeza, se tivesse ocasião de visitar o cemitério militar britânico, onde, como nos conta John Pilger, são homenageados militares e civis que perderam a vida em quadros de guerra até hoje, mesmo que em guerra não-declarada, mesmo nos atentados terroristas, em operações especiais, secretas e encobertas. 

Porém, onde estão homenageadas as que foram vítimas dos britânicos, incluído as numerosas vítimas civis da fria e impiedosa máquina de matar, mesmo quando accionada por outras mãos, que não britânicas, mas usando material feito e vendido pelo Reino Unido? Onde está o «humanismo», a nação «civilizada», que discrimina - mesmo na morte - contra os que caíram em luta, mas que estavam do lado «errado»? E os chamados «danos colaterais», as centenas de milhares de inocentes, civis de todas as idades, credos e condições, sacrificados aos deuses da guerra?

O Mahatma Gandhi respondeu o seguinte a um jornalista que lhe perguntou qual a sua avaliação da civilização ocidental: «Civilização ocidental? Uma excelente ideia! Oxalá que a venham a por em prática... ».... Esta réplica veio-me à memória, no momento presente.
Neste momento, a propaganda da media e dos mercadores de canhões, juntamente com a das marionetes que - de Washington a Berlim, passando pelo quartel-general da NATO em Bruxelas- querem convencer-nos da «necessidade» e «justeza» de guerra contra povos (como o russo ou o chinês, ou ainda o iraniano), cujos governos estão em situação defensiva, mas são pintados como grandes ameaças contra as nações ocidentais e seu modo de vida... 

E, não estou a falar de guerra futura, mas sim, presente: da guerra híbrida onde sanções, golpes orquestrados, actos de sabotagem, assassinatos, provocações e ataques de falsa-bandeira, fazem tantas ou mais vítimas (sobretudo, civis inocentes) do que uma guerra declarada, usando exércitos e toda a parafrenália militar. 

Tal como nos meses que antecederam as duas guerras mundiais, vão aumentando os orçamentos de «defesa», acumulando os instrumentos de morte, colocando estes próximo das fronteiras do «inimigo»; vão-se deixando caducar ou denunciam-se tratados cujo objectivo era diminuir a hipótese de confronto entre potências; intensificam-se bloqueios e sanções, totalmente ilegais face à legalidade internacional, que dizem respeitar. 
Sobretudo, vai-se intensificando a retórica belicista, com dois objectivos: 
1º O condicionamento massivo da opinião pública dos países do «eixo ocidental», para assim calar toda a dissidência, criminalizar todo o discurso de paz, de bom-senso ...
2º Obrigar os países que querem permanecer neutrais a escolher o campo «ocidental», sob ameaça de também eles serem sujeitos ao mesmo tratamento que os designados por «maus da fita»...

Não há solução para uma situação assim, enquanto as pessoas comuns não acordarem, enquanto não perceberem que terão de reagir de forma enérgica, pondo em cheque os planos mortíferos dos governos e das «alianças militares». 

Senão, estão destinadas a ser carne-para-canhão, porque a guerra é um óptimo meio, que têm os poderosos, para subjugar, tanto os povos «inimigos», como os nossos e de nossos aliados.