segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

BACH-VIVALDI: Concerto para 4 cravos

A fusão da música dos dois mestres do barroco exprime-se no máximo de expressividade e elegância neste concerto para 4 violinos e orquestra de cordas de Vivaldi, transcrito por Bach para quatro cravos e orquestra de cordas, transcrito para órgão solo, por Daniel Maurer. 

Deixo aqui 3 excelentes versões: 
1º de Pascale Mélis ao órgão Cavaillé-Coll de São Clodoaldo de St Cloud (França), 
2º a execução ao vivo do concerto para 4 cravos BWV 1065 em Alberta,
3º, o concerto para 4 violinos (a partitura original) RV 580 de Vivaldi, pelo Giardino Armonico.

Espero que gozem esta música em todo o seu esplendor!









NUM CONTEXTO DE CRISE, O OURO SERÁ DE NOVO MONETIZADO

Durante cerca de 5000 anos, o ouro e a prata foram usados como metais monetários. Além disso, também eram usados em joalharia. 
O único período em que os metais ouro e prata foram desmonetizados corresponde à janela estreita temporal, em termos históricos: desde que Nixon, em 1971, decidiu unilateralmente  e «provisoriamente» cancelar a convertibilidade do dólar em ouro, conforme constava dos acordos de Bretton Woods (1944)... até hoje! 
Num intervalo de tempo de mais de 40 anos, o ouro (e a prata) tem sido relegado ao papel de matéria-prima. Curiosamente, neste mesmo espaço de tempo largo, o ouro tem-se comportado como o melhor investimento, ultrapassando os índices de acções (Dow Jones, Nasdaq, etc...). Além disso, o dólar está constantemente a desvalorizar-se em relação ao ouro: estava a 35 dólares a onça de ouro, em 1971; agora, ronda os 1250 dólares.

Aproxima-se uma outra grande crise que, segundo muitos analistas dos mercados, fará com que a crise de 2008 se pareça com «um passeio no parque», não apenas em termos de destruição de capital, como de vidas e de capacidades produtivas... 
Os grandes bancos e os fundos que gerem as fortunas dos bilionários, já se estão - há muito tempo - a precaver, comprando ouro o mais barato possível, em grandes quantidades. 
Os bancos centrais, sobretudo dos países do Oriente, estão a fazer o mesmo. 

                  

               

O BIS (o banco internacional que funciona como entidade reguladora da actividade dos bancos centrais no mundo inteiro) já tinha instaurado de novo o papel do ouro, através das regras ditas de «Basel III» (O referido BIS tem sede em Basel = Basileia, na Suíça).


    Gold: Zero-Risk Monetary Asset | Bank of International Settlements

Mas, para que os grandes bancos possam adaptar-se a essas regras, elas são postas em prática 6-7 anos após terem sido acordadas. Basel III está plenamente em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2019. 

Com estas novas regras, o ouro é de novo monetizado, em certa medida, visto que passará a poder ser parte das reservas próprias dos bancos, ao mesmo nível que obrigações do tesouro (treasury bonds) e dinheiro líquido (cash), o que se designa por «Tier 1» ou seja, activos com risco zero (1) ... 
Num sistema em que os bancos podem emprestar apenas numa certa percentagem dos activos que possuem em reserva, a inclusão do ouro nestes activos, contabilizado para esse fim, terá - com certeza - efeitos a longo prazo, tanto no comportamento dos bancos em relação ao ouro, como na própria cotação do ouro, que deverá subir consideravelmente.

Não se admirem que estes factos não estejam nas primeiras páginas dos jornais económicos: sem essa discrição, os bancos e negócios teriam de pagar muito mais caro pelo ouro.  

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sábado, 15 de dezembro de 2018

ACTO QUINTO: «GILETS JAUNES» EM TODOS OS MUNICÍPIOS DE FRANÇA!

Aqui, neste vídeo, observam um minuto de silêncio diante da mairie de Pau, pelas vítimas do atentado de Estrasburgo:

https://twitter.com/twitter/statuses/1073897279789166592

OS QUE ESTÃO POR DENTRO JÁ SE PREPARAM PARA A CRISE

No imobiliário, tal como noutros mercados, há quem esteja discretamente a desfazer-se de activos, demasiado arriscados... 
Como para cada venda há um comprador, interessa saber quem são os compradores? 
- Estes são, em grande maioria, os actores institucionais... Ou seja, o grande público afinal, indirectamente, que pôs suas economias nos fundos de pensões, etc. e nem suspeita do que andam a fazer com o seu dinheiro. 
São pessoas pobres e da classe média, que contam com o dinheiro de suas pensões e de instrumentos de poupança. Esse dinheiro simplesmente não vai existir quando for mais necessário. São eles que vão levar pela medida grande, quando vier a crise. 

Todos os grandes actores sabem que a crise está aí, mas não vos dirão isso, nem mostrarão qualquer preocupação em público. 
Porém, os seus actos falam mais alto: eles estão a precaver-se, ao venderem os activos mais arriscados, a comprar metais preciosos e outros activos não financeiros sub-cotados.

                          

Os que embarcaram na bolha especulativa das cripto-moedas estão encerrados numa espiral descendente. Muitos, desde 2017, acumularam perdas da ordem de 80%. 
                         

A inflação (a hiper-inflação, no fim) é a «saída» para os Estados e as empresas sobre-endividados. É a ruína para as pessoas pobres e da classe média.

QUANDO OUVIR A EXPRESSÃO «THE GREAT RESET», PENSE QUE SE TRATA DA MAIOR TRANSFERÊNCIA DE RIQUEZA EM TODA A HISTÓRIA, DOS MAIS POBRES EM DIRECÇÃO AOS MAIS RICOS.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O MUNDO SEGUNDO XI JINPIN (DOCUMENTÁRIO TV)


Aquando da sua visita de Estado recente a Portugal, foi assinado um dos acordos bilaterais mais importantes: o investimento chinês no porto de Sines. Este empreendimento vai ligar a via marítima da «Rota da Seda» com a terrestre,  numa rede de caminhos-de-ferro que se estenderá por toda a Europa e se conjugará com vias férreas vindas do extremo-oriente. Vai tornar o comércio continental euro-asiático mais seguro e mais rápido, deixando de estar dependente de grandes cargueiros.
O documentário da cadeia de televisão franco-alemã ARTE, que pode ver aqui, revela alguns aspectos menos conhecidos do actual poder chinês e ajuda a contextualizar as diversas iniciativas, em direcção a vários parceiros, sejam eles africanos, europeus ou outros... 
Sem dúvida, este documentário é imbuído de uma visão franco-alemã, mas as pessoas com espírito crítico poderão «separar o trigo, do joio». 
Oxalá o visionamento deste documentário ARTE ajude a formar uma opinião bem informada, não moldada por preconceitos ou ideologias, sobre o que se passa nesta época de viragem mundial, não ficando reféns de qualquer lado, nem do lado ocidental, nem do oriental...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

FÁBRICA DE ALTERNATIVAS, ALGÉS, 15/12/2018: NÃO À GUERRA, NÃO À NATO


                              PAGAN 15DEZ2018 banner.png

Para este sábado está agendado um debate sobre o tema dos militarismos, tendo como ponto de partida  a memória da PAGAN (Plataforma anti- guerra, anti-NATO) e olhando para a forma como a NATO é utilizada actualmente como arma de guerra do liberalismo para impor a sua lei. 
Falar da necessidade de uma cultura de paz e que caminhos podemos trilhar para a atingir. 
Ouvir ideias e iniciar caminhos. 
A presença de todos é importante.

SÁBADO 15 DEZ. 18H30

20H00 Jantar  

Contamos contigo, contamos com todos

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

A GRANDE CRISE FINANCEIRA GLOBAL ESTÁ EM CURSO

     A grande crise financeira (e económica) global está em curso, mas o «main-stream» não diz absolutamente nada que possa assustar os pequenos investidores, enquanto os grandes vão tirando as suas «fichas» do jogo. 
No final, restarão apenas os pequenos, para serem «tosquiados». 
Como sinal significativo, nota-se uma inversão completa da estratégia dos dois gigantes da finança mundial: os bancos J P Morgan e Goldman Sachs estão a comprar ouro em grandes quantidades, fortalecendo suas posições, como não o faziam há vários anos. 
Além disso, J P Morgan tem armazenado uma quantidade de prata* cujo total não foi divulgado , mas é enorme, talvez a maior acumulação de prata existente numa única instituição.                  

                  Global Market Crash

Segundo Jim Willie (de GoldenJackass ):

«As instituições financeiras sistémicas importantes (IFSI) não podem ser salvas, visto que a maior parte está insolvente, são gigantescas estruturas ocas, dependentes de lucro fácil de «carry trades» com obrigações e das receitas obtidas pela lavagem do narco-negócio. Têm como garantia o apoio incondicional dos bancos centrais, que cobrem sua exposição a derivados, da ordem de triliões. À medida que o petro-dólar se dissolve, estes derivados vão se tornando impossíveis de gerir.»
A passagem acima foi retirada do artigo**: Gold & The Global Financial Crisis Redux (That Has Finally Arrived)


* acumulação de prata por J P Morgan:

**O artigo na íntegra (em inglês) pode ser lido aqui.