quarta-feira, 12 de novembro de 2025

GOVERNOS EUROPEUS INIMIGOS DA PAZ NA UCRÂNIA


 Zelensky não é mais do que o ditador megalómano que não se importa de afundar o seu país e o seu povo, desde que eles - Zelensky e sua família - se safem. Mas, isto não é uma revelação de agora. Desde o momento em que foi eleito (antes da guerra), que se dedicou a fazer o oposto do que prometera ao povo ucraniano. Este, acreditou que o candidato Zelensky era o que melhor interpretava o desejo de paz e de procurar um acordo negociado com a Rússia. Foi enganado. 
Mesmo assim, os dirigentes europeus propulsionaram-no e ao seu regime cada vez mais autoritário, à medida que o tempo passava. Foi levado em braços, apoiado entusiasticamente, ovacionado de pé por parlamentares ocidentais. 
Porém, este mesmo Zelensky tornou-se uma espécie de bola de chumbo amarrada aos pés dos políticos ocidentais. Eles não sabem o que fazer; não sabem como se livrar de ir para o fundo. 
Com efeito, estão totalmente derrotados e desmascarados pelos próprios factos e suas políticas desastrosas, militaristas e anti-populares, adoptadas contra os interesses fundamentais dos seus povos. 
Teimosamente, continuam a propor «soluções» que não o são, de facto. Estas posições somente ajudam a prolongar a guerra cruel, causando mais uns milhares de mortos (inutilmente!). 
O povo de toda a Europa vai pagar caro a sua indiferença e credulidade. Não é perdoável que se deixe dominar pela propaganda, pelos reflexos pavlovianos de medo e ódio contra os russos. Quem cai no logro da propaganda, experimenta fatalmente as consequência deste erro! 

terça-feira, 11 de novembro de 2025

NOVE SENTENÇAS

 



A dormência da hibernação  propicia o renovo.

A força, sem critério nem sabedoria, vira-se contra o seu autor.

Dizer dum qualquer objeto, que ele é eterno, é uma falsidade.

A melhor das doutrinas políticas, uma vez posta em prática, facilmente pode degenerar numa monstruosidade.


Quem ama, não encerra o ser amado. A "Posse" nunca é sinónimo de amor, em nenhuma circunstância.


Caminhamos na escuridão; vemos ao longe uma luz, através do nevoeiro. Cremos estar a ver o Sol mas, é somente uma miragem.

Deixo a Natureza guiar os meus instintos. Mas, exerço um controlo severo sobre o meu modo de os satisfazer.

O manipulador faz nascer um desejo na mente da sua presa, para melhor a dominar.

O muito poderoso torna-se o mais fraco deste mundo, quando se convence de que o mundo está ansioso por satisfazer seus desejos.

A guerra dos chips & o caso Nexperia

Esta guerra comercial/industrial foi desencadeada pela Holanda, que decidiu sob pretextos muito pouco sustentáveis, apropriar-se da sucursal na Holanda da empresa chinesa, fabricante de chips (especialmente para a indústria automóvel). Acontece que a China reagiu imediatamente, proíbindo que a fábrica chinesa da Nexperia, na qual se concentram as atividades industriais, exportasse para a Holanda os seus chips. 
A indústria automóvel alemã entrou em crise, quase de imediato, quando três marcas diferentes suspenderam a produção, enquanto não fosse restaurado o fornecimento dos chips da Nexperia.

- Recentemente, a China apresentou isenções, aliviando os importadores, para usos civis de chips da Nexperia. 

EPÍLOGO: Os holandeses foram obrigados a recuar. Tiveram que conceder à China, de novo, a exportação dos seus chips, sobretudo perante o risco de paralisia da indústria automóvel europeia, que depende destes. 

Veja:




segunda-feira, 10 de novembro de 2025

SUITE PARA ALAÚDE EM SOL MENOR BWV 995, Klaudyna Żołnierek

 

O espanto da minha descoberta desta intérprete, Klaudyna Zolnierek. 

Conheço esta peça de «cor e salteado», embora não seja alaúdista. Tenho imenso respeito pelos alaúdistas, que tenho ouvido nas minhas deambulações musicais, mas nunca me surgiu alguém que elevasse a este ponto a música da suite de Bach, graças à sua maestria da execução. Ela «canta» as notas no alaúde; tudo soa tão natural ao ouvido. Vale a pena ouvir com a máxima concentração; são momentos sublimes...


                               https://youtu.be/FGV4z2NCC8k?si=pG73LHVfKHnwwr_U



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domingo, 9 de novembro de 2025

PARA QUE SERVE A «IA» (INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL)



 Como qualquer novidade tecnológica, estes sistemas de busca e processamento na Rede, através de algorítmos têm  sido muito publicitados, têm-lhes sido atribuídos poderes miraculosos, a capacidade infinita de processar dados,  «inteligência» muito acima da simples humanidade... Porém, realisticamente, tem servido, no quotidiano, para muitas coisas, por ex.: Os trabalhos de casa de alunos, fazer uma revisão extensa e completa sobre um tópico que nos interesse... 

Algo que me parece muito interessante é o decifrar de antigas formas de escrita, de cuja «chave» nos falta (ou falta aos cientistas). Com o auxílio de IA, pode-se decifrar essas linguagens escritas e - a partir deste ponto - ler textos inscritos na pedra, em tábuas de argila, ou noutro suporte. 

A interpretação, usando os algorítmos de IA, de qualquer coisa que saia fora da experiência corrente deverá - porém - ser vista com cuidado. Com efeito, a IA processa apenas informação que está estocada em qualquer ponto da Rede, acessível pela Internet. Se houver um número vasto de artigos científicos que interpretam um fenómeno, basicamente da mesma maneira, creio que um relatório de «IA» vai enfatizar estes pontos de vista maioritários, talvez mencionando pontos de vista divergentes, mas sem verdadeiramente fazer a avaliação crítica dos mesmos. Com efeito, a estatística não nos diz nada sobre a correcção ou incorrecção de uma dada hipótese, de uma dada teoria. 

Do universo da IA está ausente o aspecto criativo. Compreende-se, pois a aventura criativa é justamente aquela em que se fazem hipóteses mais ou menos «anormais», fora da «média estatística». A criatividade, seja ela em que domínio for, parece-me continuar a ser exclusividade humana. Tanto nas ciências, como na criação literária, as capacidades que se devem conjugar situam-se a vários níveis. Desde o nível do conhecimento de dados em bruto, até ao nível da discussão sobre teorias concorrentes, sabendo quais os argumentos avançados pelos defensores de uma, ou de outra teoria. Nestes casos, a mente humana tem de exercitar o seu espírito de análise, de síntese, de crítica, de intuição, etc... Todas estas componentes têm de estar integradas, não somente em termos teóricos, como em termos de vivido. 

As tarefas repetitivas, enfadonhas, poderão ser reservadas para a IA. Aqui, será importante para os utilizadores saberem como tirar partido da "ferramenta" em suas mãos. Com efeito, de acordo com a forma concreta como é formulada uma pergunta, assim a pesquisa e a resposta de IA, serão orientadas. Mas, penso que é algo que se pode dominar, após alguns meses de treino de utilização de IA. 

Esta utilização da IA, permitiria utilizar as funções nobres em exclusivo para o cérebro, as funções que sempre foram apanágio da mente humana: A criatividade, seja em domínios científicos ou artísticos; ou a interacção com o mundo observado: A prova de uma teoria, não está na correcção formal do sistema de equações usado, mas nas observações e experiências controladas, permitindo confrontar o(s) modelo(s) proposto(s), com a realidade. 

A crença das pessoas em «virtudes supranaturais» de máquinas ou artefactos («Deus ex Machina») vai continuar, durante algum tempo. Isso irá dar oportunidade aos que controlam este mundo, de transformar algo que tem potencial libertador e potenciador da produtividade humana, em algo opressor: Com efeito, se as descobertas e inovações fossem postas ao serviço da humanidade inteira, haveria um efeito direto positivo na vida das pessoas comuns. Por exemplo, a produtividade dos trabalhadores, tendo aumentado devido às transformações tecnológicas, poderiam receber melhor salário, trabalhando as mesmas horas que antes, ou até menos horas. Ficariam assim com mais tempo livre para se dedicarem à família, ao lazer, à educação e à cultura... Mas, isso seria um problema para a classe patronal. Esta não teria indivíduos submissos, temerosos, etc... Indivíduos incapazes de resistência face ao arbítrio. Neste mundo de classes antagónicas, onde a classe dominante dispõe da propriedade e uso monopolístico dos meios de produção, a prioridade do patronato vai ser de transformar em seu em favor qualquer inovação ou aplicação, para que esta aumente o seu poder e o controlo sobre as classes dominadas.

A automatação, a robotização, a utilização de IA, etc... seriam bem-vindas numa sociedade onde os recursos e a produção estivessem repartidos de maneira equitativa. Tais inovações têm um potencial libertador, mas, para ser efetivo, é preciso que a sociedade - no seu todo - se organize de forma não opressiva, que a hierarquia não seja de poder, mas somente de função, em que a decisão se distribua por aqueles/as a quem um determinado processo, trabalho, ou tarefa, dizem respeito. Pressupõe o controlo dos trabalhadores, e de todo o povo, sobre a utilização daquilo que é colectivo. Mesmo guardando a propriedade privada em grande parte dos meios de produção, esta não poderá ser um meio de exerceer poder sobre a sociedade em geral. Ela terá de estar a produzir segundo o interesse coletivo. A propriedade intelectual não poderá ser instrumento de controlo e extorção sobre os outros, terá de haver justiça em remunerar os inventores, mas não tolerar que se apropriem de «bens intelectuais» como forma de capital, reservando para si os «direitos» de propriedade.  

Não há nada que o espírito humano não possa inquirir; não existe nenhum problema que esteja para além do alcance dos humanos. 

O Universo, que tudo produz e destroí, dará continuidade à aventura da tecnologia humana, se esta não for dominada por sociopatas e psicopatas (os «vencedores» nesta sociedade). Estes, são pessoas sem nenhuma empatia, sem sentimentos de solidariedade, centradas em si próprias e no seu poder. 

Mas, cabe a todos nós, nos apropriarmos das ferramentas (físicas e conceptuais), que nos podem libertar. 


sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Prof. MEARSHEIMER sobre a Venezuela



Ele parte do momento que se vive atualmente no mar das Caraíbas, para dar uma panorâmica geral do falhanço da diplomacia dos EUA com a Rússia e outras grandes potências e da incapacidade dos dirigentes americanos compreenderem que as posturas agressivas apenas apressam a derrocada do "império do dólar ".


Um memorável discurso, a não falhar.

PS1: 


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