segunda-feira, 11 de julho de 2022

GUERNICA E A CIMEIRA DA NATO EM MADRID

 


Até onde irá o cinismo dos fazedores de guerras da NATO? Na recente cimeira de Madrid, tiveram o descaramento de pousar em frente do célebre quadro de Picasso, pintado em 1937 para denunciar o bombardeamento criminoso de Guernica pelas forças aéreas alemãs (aliadas de Franco), daquela  aldeia basca, durante a guerra civil de Espanha.

Mobilizou-se o campo da paz, apesar do silêncio cúmplice da media mainstream, e realizou uma manifestação pública em Madrid e a sua contracimeira, na mesma altura em que os valorosos carniceiros da NATO se pavoneavam. 

A repórter e participante na contracimeira «Não à NATO» Ann Wright, dá um testemunho preciso e detalhado das posições dos pacifistas europeus e mundiais. Leia AQUI

domingo, 10 de julho de 2022

[MOON OF ALAMBAMA] AS ILUSÕES DO OCIDENTE EM RELAÇÃO À UCRÂNIA*

[ *Título Original: 'Drinking The Kool-Aid' On The War In Ukraine

https://www.moonofalabama.org/2022/07/drinking-the-kool-aid-on-the-war-in-ukraine.html#more ]

O autor do blog Moon Of Alambama argumenta contra um analista, Pat Lang , que diz:

«Nunca deixo o patriotismo ou outro sentimento obscurecer a minha análise. A Rússia passou o seu ponto de culminação da sua ofensiva e está sujeita a uma súbita inversão da fortuna.

O ponto culminante é um termo de estratégia militar no livro  "Sobre a Guerra" por Carl von Clausewitz. Nascido em 1780, Clausewitz serviu no exército prussiano. Posteriormente, juntou-se ao exército russo imperial, na guerra contra Napoleão, antes de regressar como Chefe-de-estado-maior da Prússia. Mesmo hoje, «Sobre a Guerra» continua a ser de leitura obrigatória, em muitas academias militares.



[...]

À medida que a batalha ou ofensiva se desenvolvem, a relação de forças (respetivamente, do atacante e do atacado) inicial de 3 para 1, vai encolher primeiro até 2 para 1, depois até 1 para 1, ou mesmo menos. Chega-se a um ponto em que o atacante tem só o mínimo de forças capazes de manter o outro lado em situação defensiva. Para além disto, ultrapassa-se o ponto culminante do ataque. Se a batalha ou a guerra não terminarem antes que tenha sido alcançado esse ponto, é verosímil que se dê a derrota do atacante.

Pat Lang advoga que a Rússia teria alcançado esse ponto culminante e portanto teria ficado com suas forças exaustas e já não possuía as vantagens da ofensiva, pelo que estaria a ponto de ver sua fortuna reverter. Mas, isto presume que estejamos a ver uma guerra típica, como aquelas em que Clausewitz participou, ou como as marchas de Napoleão ou de Hitler em direção a Moscovo, a primeira das quais, representada por  Charles Minard (abaixo),  estava certamente no pensamento de Clausewitz.


                    
                                              bigger

A Grande Armée de Napoleão realmente sofreu uma atrição de 450000, até 10000 homens, o que obviamente excedeu o ponto culminante.

Mas a guerra na Ucrânia é uma «operação militar especial» e muito atípica, por variadas razões. 


[artigo completo e integral no link seguinte:]

https://www.moonofalabama.org/2022/07/drinking-the-kool-aid-on-the-war-in-ukraine.html#more


quinta-feira, 7 de julho de 2022

A DÉBACLE DOS CONSERVADORES LIDERADOS POR BORIS JOHNSON



A verdadeira causa do colapso do governo de Boris Johnson, não são os variados escândalos que «decoraram» a sua legislatura. A causa é apenas e só uma. Ele apostou na guerra à «outrance» contra a Rússia, convencido que estava do «lado certo da História», tomando como certa a vitória da Ucrânia e a débacle económica da Rússia. Não se passou uma coisa, nem outra, mas uma crise profunda, na Grã Bretanha. Uma inflação comparável aos anos 70, uma população completamente desprotegida dos aumentos brutais de preços de energia e de alimentos. Muitas pessoas têm hoje de recorrer aos bancos alimentares. A política aventureira de Boris levou ao colapso da economia. Por mais que os  britânicos tenham sido, inicialmente, favoráveis à posição «dura» em relação à Rússia, ninguém estava à espera de que as sanções tivessem exatamente o efeito boomerang que tiveram. 

Boris Johnson é vítima de si próprio, de sua ambição desmedida, de se tomar por novo «Churchill», quando, na realidade, é um triste comediante, agressivo e belicoso. 

Tem na consciência muitos soldados ucranianos mortos e feridos, pois a sua interferência foi decisiva em fazer capotar um acordo de cessar-fogo que esteve quase a ser concluído, em Março deste ano, entre o governo ucraniano de Zelenky e o governo russo de Putin, na Turquia. Obrigou o governo ucraniano a dar o dito por não dito, sob as mais severas ameaças, que são uma autêntica chantagem.

Espero que o comportamento criminoso dele e de todos os que o apoiaram, receba não somente a condenação das urnas, mas a dos tribunais.

 https://www.zerohedge.com/markets/boris-johnson-resign-prime-minister-after-government-collapses

domingo, 3 de julho de 2022