A MÚSICA SUBLIME PRECISA DOS MELHORES INTERPRETES
quinta-feira, 21 de março de 2019
quarta-feira, 20 de março de 2019
MANHÃ DE CARNAVAL - BADEN POWELL
Esta canção (composição da banda sonora do filme Orfeu Negro) pode ser antiga, no entanto, sob os dedos de Baden Powell conserva uma frescura intemporal.
terça-feira, 19 de março de 2019
QUEM É JAIR BOLSONARO? POR GLENN GREENWALD
Dois vídeos e um artigo altamente esclarecedores sobre o Brasil de hoje.
Glenn Greenwald é um dos fundadores do «The Intercept», um dos mais importantes meios alternativos e de jornalismo de elevado padrão ético e profissional. Glenn foi importante na divulgação das informações de Edward Snowden sobre as actividades ilegais e secretas da agência dos EUA, NSA (National Security Agency) e ajudou na fuga de Edward Snowden, em 2013.
https://theintercept.com/2019/01/26/assista-glenn-greenwald-reporta-sobre-o-escandalo-dramatico-e-sombrio-que-esta-afogando-a-presidencia-de-bolsonaro-e-forcou-jean-wyllys-a-fugir/
O Vídeo abaixo saiu a 19 de Março 2019, no dia em que Bolsonaro visitava a Casa Branca.
segunda-feira, 18 de março de 2019
ANTI-SIONISMO, ANTI-SEMITISMO E APARTHEID
Líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn
Está em crescimento uma campanha contra os que defendem
justiça para o povo da Palestina, exigindo que se tomem medidas para condenar e
colocar um travão efectivo às actividades do Estado de Israel, que viola constantemente os direitos humanos das populações não-judaicas.
O líder dos Trabalhistas Britânicos, Jeremy Corbyn e a Congressista dos EUA, Ilhan Omar são exemplo de vozes corajosas dentro do «establishment» ocidental, em particular
anglo-americano, violentamente atacadas em campanhas de difamação, com o objectivo de que sua imagem e seu exemplo moral, não sejam seguidos.
De facto, poderosos interesses coligados querem fazer passar uma falsa equivalência entre «anti-sionismo» e «anti-semitismo», o que mostra que os meios pró-sionistas e pró-Israel, continuam a desempenhar um papel
importante na arquitectura globalista mundial.
Com efeito, os
EUA gastam verbas todos os anos, da ordem de muitos biliões de dólares, em ajuda incondicional a Israel, para este se
dotar dos armamentos mais sofisticados.
Os EUA utilizam Israel como peão
conveniente no combate contra os inimigos que eles não querem enfrentar directamente, em guerras por procuração.
É o caso da guerra de longa duração que Israel trava contra o Hezbollah ou contra o Irão, mas também das acções constantes contra a população civil palestiniana, que Israel tem exercido, com especial intensidade e violência na Faixa de Gaza.
O lóbi pró-israelita, em particular, nos EUA e no Reino Unido, tem estado por detrás de campanhas para destruir a imagem de personalidades que se erguem para
denunciar os crimes e as violações constantes de Israel. As violentas campanhas, numa certa media, não recuam diante dos meios mais baixos, das mentiras mais nojentas.
Mas, também tem havido falta de resposta de muitos, que se encolhem e deixam intimidar, embora saibam que estas campanhas têm como último objectivo destruir
adversários incómodos, que alcançaram uma grande popularidade.
É importante realçar que existem judeus - dentro e fora de Israel - que defendem posições anti-sionistas: de
condenação enérgica do Estado de Israel, da maneira como trata a
população não-judaica e da política de apartheid dirigida contra os palestinianos. Destes, quase nunca se fala nos media ocidentais. Com efeito, eles são a prova de que se pode ser anti-sionista e judeu.
Ser anti-sionista é ser contra uma tendência política, surgida na segunda metade do século XIX, que não se limita a defender um território (Israel) como pátria do povo judeu; também reivindica a anexação de muitos territórios pertencentes a Estados vizinhos, que terão pertencido ao reino de Israel no auge do seu poderio, há muitos milhares de anos.
Ser anti-sionista é ser contra uma tendência política, surgida na segunda metade do século XIX, que não se limita a defender um território (Israel) como pátria do povo judeu; também reivindica a anexação de muitos territórios pertencentes a Estados vizinhos, que terão pertencido ao reino de Israel no auge do seu poderio, há muitos milhares de anos.
O anti-semitismo é uma posição totalmente diferente; é ser-se contra o povo judeu, em si mesmo, é uma forma de racismo.
Enquanto que ser anti-sionista é uma posição política, não implica - de modo nenhum - que se seja anti-semita.
Enquanto que ser anti-sionista é uma posição política, não implica - de modo nenhum - que se seja anti-semita.
domingo, 17 de março de 2019
A PROFUNDA TRANSFORMAÇÃO VINDA DAS ESTEPES HÁ 4500 ANOS
Há cinco mil anos, as estepes do Ponto - região que se estende do sul do Cáucaso até à Anatólia - eram palco da primeira revolução nos transportes: com efeito, o carro puxado por parelhas de cavalos, tornava muito mais fácil a deslocação das populações, que viviam em regime nómada, criando gado nas planícies que se estendiam desde o que é hoje o Irão, até ao Danúbio, na Europa Central.
Como há alguns meses tinha relatado em vários artigos neste blog (ver aqui e aqui), a aplicação da técnica do ADN antigo aos restos fossilizados* permitiu retraçar as migrações de populações nómadas, como os Yamnaya. Estas tribos nómadas foram importantes, não apenas devido à domesticação do cavalo, como também por estarem na origem de quase todas as numerosas línguas, desde o centro da Ásia e até à Europa ocidental. Nesta vastíssima extensão, os diversos povos falam línguas com raízes comuns, descendentes dessas culturas do Ponto, com algumas excepções: o vasto grupo linguístico indo-europeu.
A teoria de que a substituição completa (1, 2) da população masculina dos territórios conquistados pelos povos das estepes, aquando da migração para o ocidente europeu, se deveu a um massacre em massa dos homens, sendo as mulheres autóctones tomadas à força, parece-me não reflectir os processos que terão ocorrido, nem se coaduna com aquilo que se sabe de ocorrências semelhantes de outras épocas.
O facto dos idiótipos** do ADN do cromossoma Y, das épocas anteriores à grande migração, terem quase desaparecido na Península Ibérica, desde há 4500 anos em diante, pode estar correlacionado com outros factores.
O facto dos idiótipos** do ADN do cromossoma Y, das épocas anteriores à grande migração, terem quase desaparecido na Península Ibérica, desde há 4500 anos em diante, pode estar correlacionado com outros factores.
Com efeito, acumulam-se evidências duma grande epidemia - tão devastadora como a peste negra, que assolou a Europa no final da Idade Média - ter ocorrido pouco antes, ou em simultâneo ao movimento migratório das populações nómadas do Leste.
Não se sabendo, ao certo, qual a natureza exacta da estirpe responsável, sabe-se - no entanto - que esta causou uma quebra populacional nas populações da Europa central.
Muito provavelmente, os povos do Leste foram ocupando os territórios cujas povoações entraram em colapso ou em decadência acentuada.
Se este movimento se revestiu de aspectos de conquista militar ou não, é impossível, por enquanto, determinar.
Não se sabendo, ao certo, qual a natureza exacta da estirpe responsável, sabe-se - no entanto - que esta causou uma quebra populacional nas populações da Europa central.
Muito provavelmente, os povos do Leste foram ocupando os territórios cujas povoações entraram em colapso ou em decadência acentuada.
Se este movimento se revestiu de aspectos de conquista militar ou não, é impossível, por enquanto, determinar.
De qualquer maneira, quer tenha sido pacífica ou violenta nos momentos iniciais, uma tal conquista não pode ter sido genocida.
Os romanos, os mouros e muitos outros povos conquistadores, antes e depois deles, permitiam que algo da cultura dos povos por eles dominados se exprimisse, assimilando até certos chefes e elites da mesma, tentando harmonizá-los no contexto da civilização dominante, conquistadora.
Não vejo por que razão os homens das estepes euro-asiáticas tivessem agido de modo totalmente diferente.
Mesmo no caso de uma conquista violenta, esta não podia causar a erradicação completa e deliberada da população masculina, pois isso significaria não haver escravos em quantidade suficiente para cultivar as terras e servir os vencedores.
A densidade demográfica europeia, de há cerca de 4500 anos, era muito baixa: havia extensas zonas da Europa de floresta densa e contínua, apenas com algum povoamento (povoações com dezenas, a poucas centenas de pessoas, não mais) ao longo dos grandes rios.
Não vejo por que razão os homens das estepes euro-asiáticas tivessem agido de modo totalmente diferente.
Mesmo no caso de uma conquista violenta, esta não podia causar a erradicação completa e deliberada da população masculina, pois isso significaria não haver escravos em quantidade suficiente para cultivar as terras e servir os vencedores.
A densidade demográfica europeia, de há cerca de 4500 anos, era muito baixa: havia extensas zonas da Europa de floresta densa e contínua, apenas com algum povoamento (povoações com dezenas, a poucas centenas de pessoas, não mais) ao longo dos grandes rios.
As culturas anteriores às migrações dos povos indo-europeus não foram erradicadas, antes fundiram-se com as dos povos vindos do leste, num novo molde.
Existem numerosas evidências arqueológicas desse fenómeno, como o surgimento de novas formas arquetípicas, por exemplo a cultura cujos vasos têm decoração «cordiforme», ligeiramente posterior às vagas de migração vindas do Leste.
Embora seja difícil a datação dos monumentos megalíticos, sabe-se que a civilização correspondente durou milénios, sobretudo na orla atlântica da Europa (desde a Irlanda, Escócia, Inglaterra até à Galiza e a Portugal, passando pela Bretanha). É seguro afirmar-se que a civilização megalítica se iniciou muito antes e continuou depois da grande migração dos povos das estepes.
A minha hipótese é de que a fusão dos elementos das várias culturas propiciou o aparecimento da «idade do bronze», ou seja, das primeiras cidades, dos primeiros Estados organizados e das rotas do comércio internacional.
Existem numerosas evidências arqueológicas desse fenómeno, como o surgimento de novas formas arquetípicas, por exemplo a cultura cujos vasos têm decoração «cordiforme», ligeiramente posterior às vagas de migração vindas do Leste.
Embora seja difícil a datação dos monumentos megalíticos, sabe-se que a civilização correspondente durou milénios, sobretudo na orla atlântica da Europa (desde a Irlanda, Escócia, Inglaterra até à Galiza e a Portugal, passando pela Bretanha). É seguro afirmar-se que a civilização megalítica se iniciou muito antes e continuou depois da grande migração dos povos das estepes.
A minha hipótese é de que a fusão dos elementos das várias culturas propiciou o aparecimento da «idade do bronze», ou seja, das primeiras cidades, dos primeiros Estados organizados e das rotas do comércio internacional.
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* não apenas têm sido obtidos e sequenciados os ADN de fósseis humanos do paleolítico (alguns, com mais de 50 mil anos) como também do neolítico, do calcolítico, da idade do bronze e mais recentes.
** o ideótipo é o conjunto de marcadores de um cromossoma, neste caso, o cromossoma Y, que é apenas transmitido por via masculina.
* não apenas têm sido obtidos e sequenciados os ADN de fósseis humanos do paleolítico (alguns, com mais de 50 mil anos) como também do neolítico, do calcolítico, da idade do bronze e mais recentes.
** o ideótipo é o conjunto de marcadores de um cromossoma, neste caso, o cromossoma Y, que é apenas transmitido por via masculina.
1) https://www.dn.pt/vida-e-futuro/interior/homens-das-estepes-e-novos-misterios-a-peninsula-iberica-a-luz-da-genetica-10680408.html
2) https://observador.pt/2019/03/14/revista-science-divulga-estudo-com-colaboracao-portuguesa-sobre-o-passado-genetico-da-peninsula-iberica/
sábado, 16 de março de 2019
A ISLAMOFOBIA E FANATISMO NÃO EXPLICAM TUDO...
O atentado de Christchurch (Nova Zelândia) contra muçulmanos que estavam pacificamente a efectuar as suas devoções de sexta-feira, por um extremista de direita é analisado no contexto das movidas de extrema direita e da ideologia que os move.
Muitas vezes a sociedade ocidental, exclusivamente focalizada no radicalismo djihadista, esquece a existência de grupos armados, que se têm disseminado por todo o lado, com ideologia racista, claramente de extrema-direita. A sua pseudo-justificação para tais massacres passa frequentemente pela defesa da teoria da grande substituição.
A grande substituição seria o projecto de uma oligarquia financeira completamente mundializada, indiferente aos interesses dos seus países ocidentais (aos quais, porém, esses elementos pertencem, quase todos), no sentido de substituir as populações brancas autóctones, por populações de países em vias de desenvolvimento, tornando assim possível um controlo da população e de manterem a funcionar o sistema de governo global, favorável a essa mesma oligarquia.
Como todos os arrazoados ideológicos, mistura elementos de verdade com fabricações, com meias-verdades e com mentiras, para fundamentar uma tese, um projecto, uma linha política, que se traduzem no ódio contra tudo o que não seja «branco» e «ocidental».
A verdade é que as populações de países em desenvolvimento são forçadas a buscar a subsistência noutras paragens, ou por causa da guerra ou por causa da pobreza extrema, esta muitas vezes associada a guerras presentes ou passadas.
Aquilo que os pseudo analistas que pontificam nos media ocidentais nunca esclarecem, nem sequer mencionam ao de leve, é que as guerras e os desastres ecológicos estão muitas vezes influenciados pela irreflectida e gananciosa ambição dos poderosos do «Primeiro Mundo», quando não mesmo, são resultantes da intervenção directa desses mesmos poderes.
sexta-feira, 15 de março de 2019
DESVENDADO NO REINO UNIDO PROGRAMA MILITAR DE CONDICIONAMENTO PSICOLÓGICO «ORWELLIANO»
[inicialmente publicado em https://ogmfp.wordpress.com/ ]
De acordo com RT, foi proposto pelas autoridades oficiais do
Reino Unido, um contrato de investigação com Universidade de Cambridge, que
envolvia condicionamento de tropas e do público para melhor aceitação das
actividades militares.
No contexto actual, em que a guerra fria está sendo reactivada,
usando instrumentos de propaganda de guerra como «Integrity Initiative», este
novo escândalo mostra o verdadeiro carácter orwelliano do poder, por detrás de
uma fachada democrática.
O escândalo, que rebentou em Fevereiro graças à denúncia por um
jornal dos estudantes de Cambridge, foi ignorado na media «main-stream», como é
costume, nestes assuntos. Porém, a revelação do mesmo inibiu a Universidade de
Cambridge de aceitar a proposta.
Numa parte do projecto pode-se ler … “como compreender e
influenciar o comportamento humano” … e exige que quaisquer parceiros
futuros do Ministério da Defesa desenvolvam “actividades de informação
e influência… enquanto componentes não cinéticas da actividade militar, no seu
âmbito pleno de acção” e também, garantir que “ as mensagens
dirigidas às audiências domésticas do Reino Unido e às audiências internas da
Defesa sejam promotoras de atracção… para nossas fileiras (militares e civis).”
A notícia de RT apresenta muitos outros
aspectos factuais, mas uma das evidências mais preocupantes é um quadro, com
diagrama de fluxos, que se destina a explicar como é exercida a influência em
«abordagem de espectro pleno», ou seja, uma expressão codificada para o cenário
de guerra total.
Este quadro
(reproduzido aqui, acima) revela que o programa se destina a
desenvolver técnicas de «manipulação da informação focalizadas em
certos alvos, nos domínios físico e virtual, para moldar atitudes e crenças no
domínio cognitivo».
Eis um programa orwelliano, apenas desvendado porque algumas
pessoas corajosas o publicitaram. Este programa apontava claramente para
objectivos de condicionamento da mente e comportamento dos cidadãos. Quantos
outros programas haverá em vários países, pagos com os dinheiros dos impostos,
com os mesmos fins?
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