500 milhões de dólares tinham sido fraudulentamente transferidos para uma agência de Londres do banco HSBC. Uma funcionária dessa agência, confrontada com uma ordem de transferência de 2 milhões, hesitou e decidiu investigar se a conta tinha provisão. Foi assim que descobriu a existência da conta de 500 milhões de dólares, cuja origem era o Banco Nacional de Angola.
Imagem acima: No centro inferior, o ministro Archer Mangueira que iniciou uma investigação, no centro superior José Filomeno (filho do ex-presidente José Eduardo dos Santos - canto inferior direito) enfrenta acusações criminais.
Os episódios rocambolescos da montagem criminosa, que envolve um filho do ex-presidente José Eduardo dos Santos, José Filomeno dos Santos, com conivências em Angola, Portugal, Brasil, França e Japão, estão descritas neste artigo do site Zerohedge:
Hoje em dia, devido à ideologia identitária e à sua ubiquidade, muitas pessoas, pelo simples facto de serem do sexo masculino, heterossexuais e de pele branca, são perseguidas, humilhadas e discriminadas. Em causa está uma concepção completamente falsa, ideológica do feminismo.
A histeria anti-«macho» chegou a pontos extremos, que se traduzem por punições, caso um homem use expressões como «violação» num contexto diferente do sentido de «acto sexual forçado exercido por homem sobre mulher». Sim, parece incrível, mas é verdade: um treinador de futebol americano foi punido por usar o termo, a propósito de um jogo disputado entre sua equipa e uma equipa adversária.
[Kavanaugh e sua acusadora, perante a comissão do Congresso]
Um candidato a juiz do Supremo Tribunal dos EUA foi interrogado pelo facto de uma mulher o acusar de «violação»: as alegações sobre os factos, ocorridos há mais de três décadas, são confusas e pouco substanciadas, havendo cada vez maiores suspeitas de que tudo foi uma peça montada para contrariar a subida deste juiz a um cargo, pelo facto de ele ter uma postura conservadora, não por qualquer comportamento inadequado, que - provavelmente - não teve.
Acresce que o caso é «julgado» na praça pública, arrasando a reputação pessoal de Kavanaugh e afectando brutalmente a sua família. O único processo que poderia ser considerado digno, num país civilizado, seria o da referida Senhora apresentar queixa judicial, abrir-se um processo judicial e ser o tribunal competente a decidir, se sim ou não, houve crime.
Em vez disso, há uma farsa de «julgamento» em que parlamentares (deputados e senadores) conduzem os interrogatórios e decidem, com base nesse pseudo-inquérito público, se Kavanaugh tem ou não o direito de tomar assento no referido Supremo Tribunal.
O cúmulo da hipocrisia foi atingido na Suécia, onde um Professor de neurofisiologia foi posto em causa por ter afirmado uma coisa tão simples e evidente: que existem diferenças anatómicas entre homens e mulheres. Foi o suficiente para uma campanha de difamação das feministas radicais, ao ponto do reitor ter de abrir um inquérito. O professor em causa afirma que apenas é motivado por ensinar factos científicos, sem qualquer intenção ideológica por detrás. Assim, a liberdade dos cientistas e dos professores universitários já está começando a ser posta em causa em várias instâncias, como relatado por Paul Craig Roberts, entre outros.
[publicidade a brinquedo «não-discriminatório», na Suécia]
A discriminação contra os homens heterossexuais brancos tornou-se tão comum ao nível das relações de trabalho e não só no meio académico, que existem cada vez mais casos em que pessoas competentes são simplesmente discriminadas, preteridas.
Por outro lado, em profissões com prestígio social, o favorecimento sistemático de mulheres, simplesmente por o serem, ou de pessoas de raça não branca, simplesmente para satisfazer a «quota de diversidade», conduz ao abaixamento geral da qualidade, tanto nas instituições universitárias, como nas outras.
[As mulheres já são maioria dos magistrados em muitos países]
As mulheres verdadeiramente livres, deveriam combater esta onda de discriminação, não apenas pelo simples facto de que a igualdade entre pessoas - igualmente dignas de respeito e usufruindo dos mesmos direitos - está a ser posta em causa. Nalguns casos, é legítimo pensar que determinadas pessoas alcançam determinado cargo, simplesmente pela anatomia (raça, sexo); isto não favorece a luta contra a desigualdade e contra as discriminações, antes vai acirrar a «guerra entre os sexos» e a «guerra racial», o que serve às mil maravilhas a classe dominante nos EUA ou noutras paragens.
Imaginem o que seria se toda a energia, para não dizer o ódio, das feministas radicais se virasse contra os verdadeiros/as opressores/as!
Mas estes grupos vivem de criar e avivar divisões entre oprimidos. A oligarquia, os muito poucos, conseguem dominar assim a multidão, pela velha técnica de «dividir para reinar».
A proclamação da república em 5 de Outubro de 1910 foi resultante de um golpe civil-militar que conseguiu derrotar militarmente as últimas forças fiéis ao monarca.D. Manuel II subiu ao trono em 1908, depois do regicídio que vitimou D. Carlos e seu irmão, o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe.
A história dos tempos conturbados da 1ª República e os que precederam a revolução republicana de 1910, está ainda largamente ignorada pelo grande público.
Os republicanos dos finais do século XIX eram um grupo heterogéneo, tanto nas classes sociais, como nas ideologias. Havia alguns com uma concepção «social» da república, nomeadamente os que tinham militância ou afinidades com os movimentos operários, muito influenciados pelos ideais socialistas e anarquistas.
Mas outros, eram membros da grande burguesia, industrial ou latifundiária, cujo fim era a implantação de um regime que favorecesse o desenvolvimento industrial do país.
A grande massa porém, era constituída por funcionários públicos, por empregados do comércio e serviços, sobretudo na capital e nas grandes cidades, imbuídos de um republicanismo com colorações nacionalistas.
Não esqueçamos que o Partido Republicano explorou a veia nacionalista aquando do episódio do «ultimato», da humilhação sofrida por Portugal face à aliada Grã-Bretanha («a pérfida Albion»).
Muitos republicanos da viragem do século XIX para o século XX eram firmes defensores do colonialismo português. Muitos tinham uma visão paternalista da relação do povo colonizador com os povos colonizados. Um destacado exemplo disso foi Norton de Matos, escolhido pela oposição republicana como candidato presidencial em 1948, o qual tinha tido uma larga carreira como administrador colonial em Angola.
É um erro projectar os valores dos finais do século XX na mentalidades do início deste mesmo século.A chamada «república democrática», foi tudo menos democrática, pelos padrões comuns hoje em dia.
- A eleição parlamentar era censitária: Só quem fosse instruído e tivesse um mínimo de rendimento podia votar. Os deputados eram eleitos por círculos desenhados de acordo com as conveniências do poder. As mulheres, em geral, estavam arredadas dos cargos públicos. Muitas eleições tinham uma taxa de participação muito fraca. Eram frequentes as «chapeladas» (fraudes eleitorais).
- Os operários eram reprimidos violentamente, durante as greves. Afonso Costa era admirado e louvado, em certos meios, por ter «quebrado a espinha» aos movimentos grevistas. As prisões enchiam-se de sindicalistas e outros militantes operários.
- Havia uma polícia política em embrião, ligada ao aparelho do Partido Republicano.
- A corrupção era potenciada pela instabilidade política e pela desorganização da economia.
- O anti-clericalismo radical de certos políticos favoreceu a aliança entre os conservadores republicanos, os monárquicos e o clero. Esta aliança esteve na origem do peculiar fascismo clerical português.
No golpe de 28 de Maio de 1926, que veio proporcionar a posterior ascensão de Salazar, participou uma facção republicana do exército. Talvez por isso Salazar nunca se tenha atrevido a restaurar o regime monárquico, como o fizera Franco, o outro ditador ibérico.
Uma obra da república com verdadeiro mérito foi o esforço enorme, apesar das condições económicas, para alargar a alfabetização do povo, para propagar um ensino laico e de acordo com os métodos pedagógicos mais avançados para a época.
Foi esta obra, a da educação pública, que Salazar se esmerou em anular, fechando as Escolas do Magistério Primário, centros de formação de professores primários, instaurados pelo regime republicano desde muito cedo, e entregando a instrução primária ao clero e«regentes escolares» com formação rudimentar, para educação das classes pobres.
Hoje em dia há uma larga ignorância das pessoas em relação ao seu passado, não tão longínquo.
Tal como em relação à história do colonialismo, em relação àda Iª República, há imenso a fazer: sobre os antecedentes, o conturbado período de sua vigência, ou o seu derrube.
O povo português ignora importantes períodos da sua história, particularmente os finais do século XIX e a primeira metade do século XX. Na forma como é ensinada no ensino básico e secundário, é reduzida a uma série de chavões e lugares-comuns, que mais ocultam a verdade do que realmente esclarecem sobre os factos.
Um povo que ignora o seu passado não pode compreender o presente, pelo que está mais susceptível de ser enganado e arrastado para falsas soluções.
A ingenuidade, a inocência dos ignorantes, a ilusão, a miragem dum mundo de celulóide, mais real que o real...
Sim, compreende-se que algumas pessoas tenham saudades da guerra-fria e queiram restabelecer os muros que dividiram ao meio continentes e povos: Dum lado, os maus, do outro, os bons; dum lado, os dogmas e do outro, as verdades; dum lado, a ideologia perniciosa, do outro, a democracia verdadeira... Reparem que uns e outros davam a si próprios o papel nobre, elevado, moral...
Porém, as pessoas que nasceram por volta de 1989, ou depois disso, apenas podem olhar com estranheza e alheamento o universo dos seus avós, ou bisavós... dos que viveram - desde 1947 - a instalação e continuação da tal «Guerra Fria», que foi tão conveniente para a dominação dos «senhores do mundo».
Tendo eu nascido em 1954, tenho memórias e não tenho saudades da época que terminou com a queda do Muro de Berlim.
As ideologias caducas, apesar de reconhecidas como tal, perduraram, porém... muito para além da situação que lhes podia dar alguma razão de ser.
Hoje em dia, a ideologia identitária, o nacionalismo, as versões fundamentalistas das várias religiões, substituem-se às ideologias simétricas do comunismo e do anti-comunismo, com as quais doutrinaram as gerações que viveram em plena guerra fria.
Estas ideologias identitárias estão construídas sobre preconceitos, deturpações da história, etc. tal qual como aquelas que substituíram. Por vezes, trata-se até de meras variações das mesmas, sob capa de algo «novo».
As de agora são tão absurdas e perigosas como as suas antecessoras. Aliás, muitas vezes subvertem completamente valores e ensinamentos das religiões ou doutrinas filosóficas que dizem professar. Transformando-se em instrumentos de poder, procuram justificar o domínio de uns (os «eleitos»), sobre os outros.
Afinal de contas, tais ideologias são construções que incitam e encobrem, ou mesmo participam directamente nos genocídios, nas limpezas étnicas, nas barbáries e crimes contra a humanidade...
É difícil combater o veneno da intolerância, do fanatismo, do ódio, do desprezo pelo outro, sem dúvida.
Mas, por isso mesmo, pessoas com responsabilidades nos domínios cívico, político, artístico, académico, etc. deveriam exercer esclarecimento e revelar a fraqueza e falsidade dos pseudo conceitos que estão na sua origem.
São estas as pessoas que têm maior audiência e maior papel na formação das jovens gerações. Porém, isto não significa que as outras, as pessoas «comuns», devam basear seu comportamento no delas e transformá-las em «ídolos». Devem pensar por elas próprias, determinar o que devem ou não fazer, sem modelos impostos.
Afinal, talvez o conhecimento do que foi realmente a tal «guerra fria nº1», seja um bom antídoto para que os mais jovens não se deixem manipular pelos nostálgicos da mesma.
Nomi Prins é uma autora muito importante, cujos livros são «best sellers» (merecidamente). Ela explica nesta entrevista com Chris Hedges, com imensa clareza, o que se passou e ainda passa, aquando do «salvamento» em 2008, da banca pelos governos e bancos centrais: Como é que a criação de «dinheiro grátis» (o famoso «quantitative easing») para as grandes instituições bancárias, foi - na realidade - um gigantesco imposto sobre todos nós, o povo, os produtores. Esclarece também como isso está relacionado com as políticas de austeridade impostas, sobretudo nos países mais frágeis, como o Brasil e os membros da UE da Europa do Sul.
A próxima depressão será muito mais séria que a de 2008 - segundo Nomi Prins - por causa dos muitos triliões criados a partir de nada e que se mantêm nos livros de contas dos bancos centrais. Estes ficaram com os activos podres que os bancos comerciais tinham acumulado e emprestaram-lhes triliões, a juro virtualmente zero. O efeito dessas operações foi uma transferência maciça e concentração brutal de riqueza nas mãos dos que já eram muito ricos .
Ex-membro dos serviços secretos franceses Capitão Barril não tem dúvida sobre a origem do assassinato: os serviços secretos ucranianos, com a assistência da CIA e dos britânicos do MI6. O tipo de atentado à bomba usado revela a origem do mesmo.
No link aqui poderá ler a transcrição de entrevista dada pelo referido capitão ao jornal digital Off-Guardian, mas o vídeo foi retirado passado uma hora, provavelmente por pressão das autoridades britânicas. O regime que vigora na Ucrânia tem feito uma guerra suja e sem qualquer preocupação em relação às populações civis das províncias separatistas de Donetsk e Lugansk. O papel dos EUA e da UE no golpe de Estado de 2014, que derrubou o governo legítimo, pró-russo, está bem estabelecido. No regime instaurado em consequência do golpe participam nazis admiradores dos que fizeram a guerra ao lado das tropas da Alemanha hitleriana, sendo muitas vezes eles que efectuaram os massacres de anti-fascistas, judeus e polacos...raramente a hipocrisia ocidental atingiu tão grandes extremos.