quinta-feira, 3 de setembro de 2020

PETER SCHIFF «Por que razão a promessa de inflação da FED faz subir o preço do ouro»

 


Uma lição clara e concisa!

Peter Schiff é o CEO duma empresa de investimento «Euro Pacific Capital». Ele começa pela análise da subida muito enérgica do ouro. Ele recua no tempo até à decisão de Nixon de 1971, de retirar o dólar da indexação ao ouro (35 USD /onça de ouro) fazendo com que o sistema de Bretton Woods ficasse sem base. Antes da decisão de Nixon, era possível trocar (ao nível dos bancos centrais) os dólares - que estes detivessem em excesso nas suas reservas - por ouro àquela taxa.

A inflação que ocorreu nos anos 70 e até Paul Volker (o presidente da FED durante a presidência de Ronald Reagan) nos início dos anos 80, fez com que o ouro subisse de 35 dólares a mais de 800 dólares a onça, em menos de uma década.

Seguiu-se um período em que a inflação foi severamente reprimida, com imenso custo social. Neste período, o ouro iniciou uma longa fase de descida que atingiu seu mínimo por volta do ano 2000. Após esta fase, a subida do ouro -  muito lenta, primeiro e rápida depois  - culminou com a cotação de cerca de 1900 dólares / onça (em 2011). 

No entanto, os bancos centrais ocidentais, em conjunção com os grandes bancos que negoceiam no mercado do ouro, têm-se coligado para suprimir a subida do ouro, pois iria mostrar a rapidez da desvalorização das divisas, a começar pelo dólar, a divisa de reserva desde Bretton Woods (1944). 

Mas, eles não têm escolha, senão deixar o ouro subir substancialmente, mas ainda assim, muito abaixo do valor que corresponderia à relação ouro /divisas. 

Com efeito, o ouro total teoricamente disponível nos cofres dos bancos centrais, dos bancos comerciais, de particulares, etc., se correspondesse ao total de divisas «fiat» em circulação, ao nível mundial, segundo os cálculos de especialistas, teria um preço de cerca de 10 mil a 20 mil dólares por onça.  É preciso notar que o poder aquisitivo das divisas (a começar pelo dólar) tem diminuído exponencialmente, sendo de cerca de 2-3% DO PODER AQUISITIVO, na primeira ou na segunda década do século XX.

A inflação é uma coisa má; Peter Schiff explica porquê. Ele recorda que Warren Buffett está consciente que esse imposto escondido - que é a inflação - vai afectar os seus investimentos, razão pela qual decidiu vender acções de empresas tecnológicas e investir substancialmente nas melhores empresas mineiras de ouro.

Ele explica porque razão o mundo está a ficar inundado em «dinheiro falso», ou seja, o aumento desproporcionado da massa monetária em relação à economia produtiva. O efeito é, necessariamente, uma espiral da inflação. Não admira, portanto, que o ouro tenha ultrapassado recentemente a cotação máxima de 1900 dólares/onça, atingindo cotações que se aproximam de 2000 dólares /onça.  

Defende que o ouro voltará - num certo momento - a ser  o garante do valor das diversas divisas. Diz que está a verificar-se o início dessa viragem, o que se pode observar pelo sentimento cada vez mais favorável em relação ao ouro. Nos últimos dois anos, verificou-se uma procura - cada vez maior- deste metal precioso, nos mercados.  O ouro é um garante contra a perda de valor dos activos, num contexto de aumento da inflação. Esta, deve-se à impressão monetária dos bancos centrais. Todos os analistas dos mercados estão seguros de que ela vai acelerar. Com efeito, Jerome Powell, o presidente da FED, prometeu de que irá permitir que a inflação suba, para além do objectivo (anterior) de 2%.

NB: O vídeo de Lynette Zang é um bom complemento para aprofundar este tema.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

FEUDALISMO, CAPITALISMO, NEO-FEUDALISMO : VISÃO DA HISTÓRIA

                                 Medieval knight Royalty Free Vector Image - VectorStock

Vou arriscar apresentar uma visão histórica, embora eu não seja mais do que um curioso, interessado em estudar a História, sobretudo para compreender as dinâmicas do presente, pois quem não conhece o passado, não consegue interpretar correctamente o presente, mesmo que seja dotado de muita inteligência e acumule muita informação. Com efeito, a dimensão histórica, se não explica tudo do presente, pelo menos, explica a dinâmica que levou ao estado presente das coisas. Tudo o resto, é uma espécie de «espuma», de acontecimentos superficiais, que não desencadeiam real mudança de rumo nas sociedades, por mais que causem uma transitória comoção.

Assim, as pessoas deveriam compreender a profundidade do sistema em que nos encontramos hoje em dia mergulhados, indo muito mais além dos sistemas políticos instaurados com o liberalismo. Isto é, a maior parte das pessoas faz remontar o sistema de governo às revoluções liberais e democráticas, que sacudiram o Ocidente e depois se espalharam pelo Mundo, começando pela revolução americana, na segunda metade do século XVIII, a revolução francesa, nos finais do mesmo século, as revoluções da América Latina, desde os primeiros decénios do século XIX e as revoluções europeias ao longo do século XIX. Estas, eram essencialmente republicanas e estavam misturadas com uma forte componente nacionalista. 

Porém, uma análise do sistema de governo, no sentido mais amplo, deve incluir muito mais que o governo, o poder político propriamente dito: também é essencial a análise da propriedade, a influência da religião e da Igreja (ou Igrejas), assim como o modo como o povo se relaciona com as classes dirigentes.

Com o feudalismo nos países do Ocidente europeu, que se veio a instalar em consequência do desmoronar do Império Romano, nos séculos IVº-Vº, verifica-se a fase de conquista por povos germânicos - Godos, Visigodos, etc.- que estão interessados em fazer valer seus direitos de conquista sobre terras que foram do Império romano. Para tal, precisam de se fazer legitimar como reis e senhores de determinado território, por vezes uma província do antigo Império, por vezes menos que isso. Eles precisavam do aval da autoridade espiritual, da Igreja. Apenas ela - nesses momentos conturbados - faria com que os seus súbditos aceitassem as novas entidades reinantes, visto que tinham a unção de Igreja. Mas, muito cedo começou a haver contendas e lutas pelo poder, no interior desses reinos, sendo indispensável para o rei local distribuir terras e os rendimentos associados, por seus tenentes, seus colaboradores, seus parentes. Nasce então o feudalismo, onde o poder do rei se torna apenas virtual ou nominal, para além do palácio real e das terras directamente possuídas pela coroa e administradas em nome dela. Nos territórios dos duques, condes, marqueses e barões, estes tinham poder e exerciam-no como senhores das terras e das gentes que aí viviam. É um facto que eram vassalos do rei, porém sua dependência quase se resumia a serem obrigados a tomar armas e levantarem tropas, nos territórios que administravam, em caso de guerra. Esta situação de dependência militar do rei, em relação aos senhores feudais teve como consequência que o rei caísse na dependência daqueles. Os senhores feudais tinham imenso poder e não hesitavam demarcar-se do rei, quando este tentava interferir com o que consideravam ser as suas competências e privilégios. 

   Como o rei tinha pouco poder - de facto - em muitos casos, os mercadores, artesãos, camponeses, estavam sujeitos a uma multidão de regulamentos e de obrigações. Estas dependências não se limitavam aos senhores feudais, pois incluíam a Igreja, que se comportava exactamente como grande senhor feudal, ela própria: Recolhia impostos sob forma de géneros e de trabalho, dos que viviam nas suas terras, ou sob sua jurisdição. É por isso que a burguesia, desde muito cedo, reforçou o poder dos reis (por exemplo, em Portugal uma revolução popular e burguesa pôs no poder um novo rei, D. João I). 

O poder dos reis vai afirmar-se contra o poder da aristocracia, em múltiplos casos, nos vários reinos europeus. A Igreja foi muitas vezes aliada dos reis, neste jogo de limitar o poder da aristocracia. Do mesmo modo, a burguesia foi cooptada, através de vários mecanismos, que lhe permitiam aceder ao estatuto de nobreza, sendo frequente haver nas cortes (parlamentos), um partido constituído por nobreza hereditária e outro por nobres mais recentes, «a nobreza de função».

O absolutismo, que resultou na eliminação dos aspectos potencialmente perigosos, para a autoridade real, do feudalismo, foi consolidado pela aliança entre os reis e a burguesia. Muito depressa, esta vai ter um papel decisivo na condução das diversas políticas, com excepção do comando militar, domínio reservado à nobreza antiga, a «de sangue». 

Fazendo um salto no tempo, por cima das revoluções democráticas e burguesas, que se desenrolaram ao longo dos dois séculos e meio anteriores, verificamos que, hoje em dia, se está perante um enfraquecimento do Estado, o substituto da figura do rei (atribui-se a Luís XIV a frase: «o Estado sou eu»). Está-se perante a destituição do poder do cidadão: a cidadania nominal deixou de ter conteúdo real. A partir das técnicas de manipulação da opinião pública, desde os meados dos anos 20 do século passado, os poderosos puderam manter ou recuperar o controlo sobre os cidadãos: controlando a mente, a vontade, os desejos, os sentimentos, pela propaganda («public relations»), sempre mais sofisticada e universal.

As constituições são apenas papéis, com umas palavras impressas, que se agitam quando se quer fazer valer determinada posição, mas que, nem os que se encontram no poder, nem as oposições, realmente respeitam, nem querem fazer respeitar.

 O poder, no século presente e já no anterior, é sobretudo económico, encontra-se na mão das corporações, conglomerados gigantes, possuindo ramos inteiros de indústria, fatias consideráveis da riqueza das nações, até mesmo com rendimento superior ao P.I.B. de várias nações e não das menores. 

Quem está à frente dos bancos, ou multinacionais das indústrias  tecnológicas, é - para todos os efeitos práticos oligarquia, ou seja, senhores feudais. São pessoas efectivamente tão poderosas como os senhores feudais. Mas, os senhores feudais da Idade Média exerciam seu poder em reinos, muitas vezes, de pequenas dimensões. Hoje em dia, a oligarquia exerce seu poder ao nível mundial e fá-lo com garantia de ser intocável, de estar muito acima dos poderes políticos, que - apenas teoricamente - se poderiam colocar ao mesmo nível que os poderes dos monarcas, dos Estados da era feudal. O poderio desta oligarquia globalizada exerce-se ao nível de organismos internacionais «públicos», como a OMS, em que as multinacionais farmacêuticas e fundações, como a de Bill e Melinda Gates, exercem a suserania, colocando seu secretário-geral num papel de mero fantoche.

O mesmo acontece com o complexo militar-industrial, mormente nos EUA, em que os sistemas ditos de «defesa» são cada vez mais caros, exercem uma punção cada vez maior no orçamento federal, mas isso é conseguido graças aos poderosos grupos de influência, «lobbies», destinados a favorecer os negócios destes fabricantes de instrumentos mortíferos. Os lobbies que circundam os locais de poder executivo e legislativo - o Pentágono e as Câmaras dos Representantes e o Senado - dispõem de rios de dinheiro, que lhes permitem comprar as boas graças de quem quiserem. 

Com efeito, o sistema dito «representativo», enferma dum grave problema: quaisquer políticos, para conseguirem ser eleitos, têm de ter muito dinheiro para pagar as campanhas eleitorais, muitos milhões. Estes números são tais, que é impossível imaginar que através de donativos modestos, de muitos seguidores ou simpatizantes, se pudesse igualar o que recebem como «donativo» (na realidade, investimento) de empórios bancários e financeiros, da construção, das indústrias químicas, farmacêuticas, turísticas, etc, etc. O problema é simples de resolver, em teoria, mas na prática, é impossível, pois a maioria dos políticos, quer enquanto membros de partidos, quer a título individual, irá sempre impedir à nascença, ou fazer abortar, quaisquer projectos legislativos que verdadeiramente impedissem que o mundo empresarial comprasse suas influências junto da casta política. 

Temos - portanto - uma partição muito assimétrica do poder, entre os servos e os senhores: os servos estão destituídos de poder verdadeiro, incapazes de fazer valer sua vontade, na «coisa pública», a todos os níveis. As suas armas são irrisórias, face ao armamento das polícias. Comparativamente, as armas dos servos medievais eram mais eficientes, face aos soldados dos senhores feudais.

 O armamento, nos Estados modernos, não apenas é muito mais sofisticado, como não deve ser visto apenas como limitando-se a armas de fogo: os dispositivos de vigilância electrónica, as câmaras de vídeo que filmam locais públicos, etc., um aparato muito diversificado, que tornam qualquer tentativa de revolta armada um jogo suicida, da parte dos revoltosos.

Torna-se quase impossível a dissidência política verdadeira. O que se verifica é cooptação de pessoas e partidos que tradicionalmente se colocavam do lado do povo, dos trabalhadores, contra os poderosos. Quanto à revolta niilista, à partida, não tem qualquer objectivo político. O revoltado (não digo «revolucionário», note-se) vai quebrar umas montras, confrontar-se com a polícia, etc., mas isto não implica qualquer estratégia contra o poder. Podem sempre dizer que estão a «deslegitimar» o poder mas, na verdade, estão a fazer o contrário; estão a dar pretexto para o mesmo poder recorrer à repressão, com mão cada vez mais pesada, com o pretexto de que está perante opositores violentos ... A própria polícia, o próprio Estado, têm interesse em que se dêem incidentes violentos, para melhor poder reprimir manifestantes pacíficos, apanhados no meio de um motim.

Realmente, não existe solução, a não ser que haja um despertar, uma tomada de consciência, dum número elevado de pessoas, que compreenda que o poder pode estar nas suas mãos, se se unirem em busca de uma solução. Uma acção política de massas continuada é mais difícil de se realizar do que no passado. Mas, alternativas como movimentos niilistas, apenas desejosos de extravasar violência, ou cidadãos disciplinados, dispostos a votar naqueles que - na própria legislatura ou na seguinte - irão trair os compromissos assumidos com os eleitores... não são alternativas!

Entendo por acção política de massas continuada, uma rede de centros (ou grupos, colectivos) onde se tomam iniciativas destinadas a melhorar o quotidiano, sendo através de tais formas concretas que se podem forjar novos relacionamentos e uma nova cultura, não-tributária do circo eleitoral (isso inclui - obviamente - as eleições municipais). 

Sei que é possível grupos de pessoas construírem esta dinâmica, já participei nalguns desses grupos com tais características e tenho conhecimento sobre muitos outros. 

CÃES CANTADORES DA NOVA GUINÉ ... UMA ESPÉCIE PRÓXIMA DA EXTINÇÃO

                  Scientists investigating sightings of possible New Guinea Singing Dogs on Papua New Guinea were able to retrieve DNA samples from trapped wild dogs in 2018.

                           Cães selvagens visitam uma mina de ouro, na Nova Guiné


Já tinha conhecimento dos cães cantadores? 

- Estes cães têm características muito próprias. Além de serem caracterizados pela voz ululante aguda, que foi designada por «canto» (ver aqui vídeo de cadela da Nova Guiné, num zoo), têm a capacidade de trepar às árvores, para caçar pequenos mamíferos e aves, como se fossem gatos.

Infelizmente, apenas restam cerca de 200 cães cantadores, em diversos zoos. A espécie podia considerar-se quase extinta, pois já não são assinalados exemplares, no estado selvagem, no seu habitat de origem.

Recentemente, na Nova Guiné, uma equipa de naturalistas conseguiu obter amostras de sangue de um grupo de cães selvagens, muito semelhantes aos cães cantadores. Estes cães selvagens vivem perto de uma mina de ouro, numa zona remota da ilha. A sua existência foi revelada pelo facto de frequentarem o local da mina.

Notaram coincidências muito grandes do seu genoma, com o dos cães cantadores cativos, apenas se notando divergência nalguns traços de ADN devidos a cruzamentos com cães domésticos de aldeias vizinhas. 

Esta descoberta permitirá - talvez-  obter a reintrodução dos cães cantadores no seu habitat natural, fortificando o seu património genético. Este poderá ser diversificado por cruzamento dos exemplares mantidos em diversos zoos, com exemplares deste grupo de cães selvagens, agora descoberto. 

domingo, 30 de agosto de 2020

[DRA. ROXANA BRUNO] Critérios para Tratamento e Prevenção de SARS-CoV-2

                                       [censuraram este vídeo acima, por isso juntei o que está abaixo]




A Dra. Roxana Bruno explica, do ponto de vista da imunologia, critérios para tratamento e prevenção do SARS-CoV-2

«A curva de contágios não se correlaciona com a curva da letalidade.»

«O teste PCR é inespecífico, dá positivo cruzado com outros coronavírus»

 A Dra Roxana Bruno explica que as novas ondas de infecções se verificam nas sociedades onde houve confinamento. Mas na Suécia ou no Uruguay, não se observam novas ondas de infecção, porque não houve isolamento artificial da população saudável, apenas dos idosos e dos que tinham graves problemas de saúde.
Critica também a vacina experimental, com Ácido Nucleíco recombinante.
Face a estes problemas e à relativa facilidade de tratamento para o Covid-19,  Roxana aponta em alternativa, que se confie no nosso sistema imunitário, para dar conta deste vírus, como de muitos outros que invadem regularmente o nosso corpo.
A falsa informação dominante, que ocorre em todo o Mundo, tem como objectivo convencer as pessoas a tomarem uma vacina que não oferece garantias.

[Comentário:]
Como biólogo, posso garantir que a visão de Roxana Brun é absolutamente ortodoxa. 
A interacção do vírus com o hospedeiro, é um caso particular do par parasita/hospedeiro. Nesta interacção dinâmica, o parasita não está «interessado» em eliminar ou em enfraquecer demasiado o hospedeiro. 
Por isso, numa perspectiva de epidemiologia, verifica-se que o agente, em muitas doenças epidémicas, começa por causar uma letalidade acentuada, para depois se tornar menos agressivo (fenómeno da atenuação natural nas populações), menos causador de casos fatais. 
As doenças virais mais banais, todos os Invernos causam pandemias sem causar vítimas mortais: são devidas a coronavírus, da mesma família que o SARS-Cov-2. Aqueles porém, adaptaram-se ao ser humano e só nos causam um «resfriado». A rapidez com que tais coronavírus se espalham, é tanto maior quanto seu efeito no hospedeiro humano for mais suave: assim, os humanos infectados transmitem a estirpe rapidamente, em toda a população. Para os vírus (como para outros agentes infecciosos), o que importa - em termos de «performance darwiniana» - é a sua proliferação, sua capacidade em deixar maior descendência: não lhes «interessa» danificar ou eliminar o hospedeiro... 

A doença designada por Covid-19 tem muitas possibilidades de tratamento, além de existirem métodos comprovados de prevenção. A opção de vacinação é simplesmente uma barbaridade do ponto de vista biológico e de saúde pública, pelos seguintes motivos:
- A imunidade conferida pela interacção do organismo e seu sistema imunitário, face ao SARS-Cov-2 caracteriza-se por um predomínio da imunidade celular [anti-corpos expostos à superfície de leucócitos T], sobre a imunidade serológica, [anti-corpos em solução no soro]. 
Devido a esta interacção do sistema imunitário com o vírus e perante a possibilidade de reinfecção, o sistema imunitário pode desenvolver uma reacção auto-imune, a qual tem efeitos devastadores. Essa «tempestade auto-imune» ataca os tecidos e células do próprio indivíduo. Este tipo de reacção já foi observado em animais de experiência, inoculados com uma vacina experimental para o Covid-19 e depois expostos ao próprio vírus. Os animais imunizados morreram todos.
Nalguns pacientes humanos, algo semelhante aconteceu, ou seja, tiveram uma primeira infecção da qual os indivíduos se curaram. Houve, alguns meses depois, uma nova infecção. O resultado foi - nuns casos raros- a referida reacção auto-imune, causadora de morte, ou doença grave, deixando sequelas.
Os portadores de doenças auto-imunes (diabetes tipo 2, esclerose múltipla, lúpus...) deveriam ser excluídos de vacinação. Mas, mesmo alguém sem um quadro de doença auto-imune, pode ter uma reacção violenta de «tempestade auto-imune». Simplesmente, não se pode «a priori» garantir que tal ou tal indivíduo não irá ter aquela reacção do seu sistema imunológico. 
Por isso, Roxana Brun questiona, com razão e bom senso, porque se vai arriscar uma situação tão grave, vacinando todas as pessoas. Sabe-se que algumas irão desenvolver o referido efeito, perante uma infecção viral: mesmo que resulte daí apenas uma morte por mil, já é demasiado. 
Presentemente, calcula-se que alguém infectado com SARS-Cov-2 tenha cerca de 95% de probabilidade de sobreviver. Uma vacina faria correr - inutilmente - um risco de vida em certas pessoas*. (*Robert Kennedy Jr, sobre a vacina, aqui).
 Isto é inadmissível, se tivermos em conta que já existem tratamentos eficazes e que aumentou a experiência dos clínicos. Com a acumulação de ciência e experiência sobre SARS-Cov-2, a percentagem de pessoas que morrem de Covid-19, irá com certeza diminuir muito.

sábado, 29 de agosto de 2020

APELO AOS DIRIGENTES DOS NOVE ESTADOS DETENTORES DE ARMAS NUCLEARES


            

APELO AOS DIRIGENTES DOS NOVE ESTADOS DETENTORES DE ARMAS NUCLEARES

(China, França, Índia, Israel, Coreia do Norte, Paquistão, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos da América)


Nós, pessoas de boa vontade, de todas as etnias e de todas as classes socioeconómicas, a viver em todos os continentes e a professar credos e religiões distintas, dirigimos a vossa atenção para a ameaça de uma guerra nuclear total que pode explodir facilmente, devido a acções deliberadas de qualquer Estado detentor de armas nucleares, ou devido a erro não intencional, humano, técnico ou a qualquer outro.

Constatamos que, recentemente, o limiar do uso de armas nucleares num ataque limitado ou em grande escala, tornou-se drasticamente reduzido, levando o mundo inteiro à iminência de um Armagedão nuclear.

Muitos oficiais de alta patente militar e autoridades civis, políticos e especialistas falam, abertamente, sobre a possibilidade de usar, sob muitos pretextos, armas nucleares com cargas nucleares de baixo ou alto rendimento, num ‘primeiro golpe’ contra qualquer nação.

De facto, devido a razões duvidosas e a explicações ilógicas, os Estados Unidos retiraram-se de uma série de tratados e acordos bastante conhecidos e úteis, sobre o controlo de armas nucleares.

Os veículos de transporte de armas nucleares estão a tornar-se cada vez mais sofisticados, mais rápidos e mais precisos. Foram programados para obter uma combinação perigosa de armas que abrangem armas nucleares estratégicas e tácticas, com técnicas de defesa antimíssil e capacidades convencionais, e com a possibilidade de colocar armas de ataque no Espaço, incluindo sistemas de defesa anti-míssil e armas anti-satélite.

Muitos exercícios militares que antes eram programados com o uso de armas convencionais, estão a ser transformados, gradualmente, em exercícios que usam armas nucleares simuladas.

Os peritos em armas nucleares calculam que, durante um ataque nuclear inicial intenso, pelo menos 34 milhões de pessoas morrerão imediatamente e 57 milhões de pessoas receberão ferimentos e lesões múltiplas que causarão dores horríveis, sofrimento, todas as doenças causadas pela radiação nuclear e morte. Além disso, vários tipos de infraestruturas, a flora e a fauna, as centrais nucleares, os recursos hídricos - incluindo a água potável e as barragens hidroeléctricas - serão fortemente danificados ou completamente destruídos por enormes tempestades de fogo, pela vasta contaminação nuclear, por explosões poderosas e por terremotos.

Mas, o que acabamos de descrever é apenas o impacto imediato. O inverno nuclear que seria criado, até mesmo por uma guerra nuclear limitada, submeteria toda a Humanidade à fome e a outros riscos mortais.

Nós, que assinamos voluntariamente este apelo, aconselhamo-vos, na qualidade de dirigentes das nove nações nucleares, a concretizar as seguintes acções em 2020:

Primeiro, como passo inicial que conduzirá ao desarmamento nuclear abrangente e irreversível, à escala mundial, comprometerem-se a não usar e a denunciar qualquer tipo de uso de arma nuclear num primeiro golpe - ‘first strike’ - contra qualquer nação, em qualquer momento.

Segundo, comprometerem-se a assinar e ratificar o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares com o compromisso subsequente especificado na cláusula a seguir.

Terceiro, comprometerem-se a desmontar irreversivelmente todas as armas nucleares até 6 de Agosto de 2045, ou antes dessa data - em todos os nove Estados que possuem armas nucleares, em fases cuidadosamente controladas e por meio de mecanismos de inspecção bem desenvolvidos e mutuamente aceitáveis, desde que todos os Estados com armas nucleares sigam, simultânea e honestamente, este padrão.

Assinado pessoalmente por mim, como manifestação da minha boa vontade

Assinatura ………..

Residente na (República / Estado) de……………

em (data) ………………………. 2020.



Por favor copie e cole este documento num email e envie para


ou


Com o nosso profundo agradecimento. 

* * * *



sexta-feira, 28 de agosto de 2020