quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

MANIPULAÇÃO DOS DADOS ESTATÍSTICOS RELATIVOS AO CORONAVÍRUS NA CHINA

             

O número de casos explodiu, de 14 840, resultando num total de 48 206 casos, incluindo 13 332 casos diagnosticados.
Na realidade, terá antes havido uma impossibilidade de conterem a informação por mais tempo, pois o padrão de progressão global, no mundo e na China, indicava que se estava numa fase de crescimento exponencial. Portanto, os números fornecidos à imprensa e ao público nas semanas anteriores estavam substancialmente subavaliados.
Zhong Nanshan, epidemiologista chinês muito respeitado, que contribuiu para a identificação do vírus responsável pela epidemia de SARS em 2003, veio declarar há dias que a epidemia de coronavírus estava contida e que já se notava que os números de novas infecções tinham descido. Se ele foi coagido a dizer isso, ou se acreditou na propaganda do governo e nos seus números falsificados, não podemos saber. O efeito das suas declarações foi grande, em termos de mercados financeiros, de petróleo, etc. 
Porém, o gráfico acima deita por terra todas as especulações optimistas e deixa entrever aquilo que será a difícil realidade: um mergulho da economia mundial, com a economia chinesa a chegar a uma quase paralisação, enquanto não houver um mecanismo (essencialmente, uma vacina) para travar e derrotar a infecção. No aspecto médico e epidemiológico, é muito difícil avaliar a taxa real de transmissibilidade do vírus nesta fase, pois os dados têm sido manipulados. Igualmente difícil de avaliar, será a taxa de mortalidade dos pacientes atingidos pelo vírus, pois têm sido cremados corpos de pessoas que morreram em Hubei (a província cuja capital é Wuhan), sem que se saiba a causa da sua morte. Provavelmente, serão pacientes que morreram da epidemia, mas não foram contabilizados como tal. 
O que sobressai de certas situações (ex: navio de cruzeiro Diamond, em quarentena no porto de Yokohama) é que o vírus é muito transmissível. 

Segundo o modelo de propagação de uma epidemia, os primeiros estádios deverão ser de natureza exponencial, apenas se podendo esperar uma estabilização ou devido a um processo eficaz de combate (vacina, tratamentos eficazes, etc) ou porque a pandemia atingiu o ponto de saturação, ou seja, quando praticamente todas as pessoas susceptíveis de ficarem infectadas, o foram.
Ver abaixo o gráfico extraído de um excelente e informativo artigo de Zero Hedge:
                          

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

ENERGIA & ECONOMIA: «PRESA POR TER CÃO, PRESA POR NÃO TER...»

Offshore rig


A característica fundamental dum sistema baseado na dívida é que neste as dívidas de uns, são os activos dos outros.



Vem isto a propósito de um relatório, produzido por Simon Michaux para a Geological Survay of Finland, e relatado no artigo de Nick Cunningham para o Oilprice.com

Com efeito, a indústria petrolífera - no seu conjunto - estará perante a impossibilidade de satisfazer a procura, no breve trecho, a continuar o crescente consumo anual, de um milhão de barris diários (mb/d). Esta tendência irá puxar os preços para cima, talvez acima de 100 dólares o barril, apesar das energias alternativas. Estas, não são suficientes em quantidade e em capacidade, para satisfazer todos os nichos de mercado, por mais que nos encham os ouvidos com «moinhos de vento». 

O petróleo terá ainda, num futuro próximo, de satisfazer a crescente gula de energia das nossas sociedades. 

Isto significa que o crescimento anémico que a economia ocidental experimentou (no seu conjunto) desde a grande quebra de 2008, poderá inverter-se, justamente devido ao encarecimento substancial do factor mais importante (energia) na rentabilidade das economias, em geral. 

Porém, as fontes «não convencionais de petróleo» ou seja o xisto (EUA) e as areias betuminosas (Canadá), não são uma real alternativa. Muitas explorações de xisto estão a entrar em declínio. Mas, sobretudo, não conseguem aguentar os preços baixos que se têm verificado nos últimos anos (desde 2014) pois o conjunto desta indústria não teve nunca um rendimento acima do endividamento monstruoso, propiciado por Wall Street, que tem sido o impulsionador real desta pseudo-autonomia energética dos EUA. Como resultado inevitável, muitas empresas de petróleo de xisto não conseguem satisfazer o serviço da dívida, têm-se multiplicado as falências.

Se, devido ao efeito do coronavírus, houver um efeito depressor da economia ao nível mundial, ocorrerá uma diminuição da procura de energia, nomeadamente petrolífera. Os preços do petróleo irão descer mais, em consequência da diminuição da procura (falências em série das empresas de petróleo de xisto, nos EUA).

Porém, se as coisas não forem assim tão dramáticas em termos mundiais, no que respeita à epidemia, haverá uma recuperação da economia após este episódio, com um nível equivalente ao anterior. Neste caso, teremos subida do preço do petróleo, o que irá causar uma tensão insuportável em muitas economias dependentes de importações de petróleo. 

Num ou noutro caso, a economia mundial estará «between a rock and a hard place», como dizem os anglo saxónicos e nós dizemos «preso por ter cão, preso por não ter...»


[Manlio Dinucci] GRÉCIA - VENDA DE BASES MILITARES AOS EUA

                          



O Parlamento grego ratificou o “Acordo de Cooperação para Defesa Mútua”, que concede aos Estados Unidos o uso de todas as bases militares gregas. Elas servirão às forças armadas USA não só para armazenar armamentos, reabastecer-se e treinar, mas também para operações de “resposta às emergências”, ou seja, para missões de ataque.

Particularmente importante, é a base aérea de Larissa, onde a Força Aérea dos EUA já instalou drones MQ-9 Reaper, e a de Stefanovikio, onde o Exército dos EUA já introduziu helicópteros Apache e Black Hawk.

O Acordo foi definido pelo Ministro da Defesa grego, Nikos Panagiotopoulos, “vantajoso para os nossos interesses nacionais, pois aumenta a importância da Grécia na planificação USA”. Importância que a Grécia tem já há algum tempo: basta recordar o golpe de Estado sangrento dos coronéis, organizado em 1967, no âmbito da operação Stay-Behind dirigida pela CIA, seguida em Itália pela temporada de massacres iniciada com a Piazza Fontana, em 1969.

Naquele mesmo ano, instalou-se na Grécia, em Souda Bay, na ilha de Creta, um Destacamento Naval USA proveniente da base de Sigonella, na Sicília, às ordens do Comando USA de Nápoles. Hoje, Souda Bay é uma das mais importantes bases aeronavais USA/NATO no Mediterrâneo, usada nas guerras no Médio Oriente e no Norte de África. Em Souda Bay, o Pentágono investirá outros 6 milhões de euros, que se juntarão aos 12 que investirá em Larissa, anuncia Panagiotopoulos, apresentando-o como um grande negócio para a Grécia.

No entanto, o Primeiro Ministro Kyriakos Mitsotakis indica com precisão que Atenas já assinou com o Pentágono, um acordo para o reforço da sua frota de F-16, que custará à Grécia 1,5 bilião de dólares e que também está interessada em comprar aos USA, drones e caças F-35.

A Grécia também se destaca por ser na NATO, depois da Bulgária, o aliado europeu que destina há muito tempo, a maior percentagem do PIB (2,3%) para a despesa militar.

O Acordo também garante aos Estados Unidos “o uso ilimitado do porto de Alexandroupolis”. Está localizado no mar Egeu, perto do Estreito de Dardanelos que, ligando no território turco, o Mediterrâneo e o Mar Negro, constitui uma rota fundamental de trânsito marítimo, sobretudo para a Rússia. Além do mais, a vizinha Trácia Oriental (a pequena parte europeia da Turquia) é o ponto em que chega da Rússia através do Mar Negro, o gasoduto TurkStream.

O “investimento estratégico”, que Washington já está a efectuar nas infraestruturas portuárias, visa fazer de Alexandroupolis, uma das bases militares USA mais importantes da região, capaz de bloquear o acesso dos navios russos ao Mediterrâneo e, ao mesmo tempo, neutralizar a China, que pretende fazer do Pireu, um porto de escala importante da Nova Rota da Seda.

“Estamos a trabalhar com outros parceiros democráticos da região para repelir protagonistas malignos, como a Rússia e a China, acima de tudo a Rússia, que usa a energia como instrumento da sua influência malévola”, declara o Embaixador dos EUA em Atenas, Geoffrey Pyatt, salientando que “Alexandroupolis desempenha um papel crucial para a segurança energética e para a estabilidade da Europa”.

Nesse âmbito, insere-se o “Acordo de Cooperação para a Defesa Mútua” com os USA, que o Parlamento grego ratificou com 175 votos a favor, do centro-direita ao governo (Nova Democracia e outros) e 33 contra (Partido Comunista e outros), enquanto 80 declararam “presente”, de acordo com a fórmula do Congresso USA, equivalente à abstenção, em uso no Parlamento grego. O Syriza, a “Coligação da Esquerda Radical” liderada por Alex Tsipras, absteve-se. Partido este, que esteve primeiro no Governo, agora está na oposição, num país que depois de ser forçado a vender a própria economia, agora vende não só as suas bases militares, mas o pouco que resta da sua soberania.

il manifesto, 11 de Fevereiro de 2020







DECLARAÇÃO DE FLORENÇA
Para uma frente internacional NATO EXIT, 
em todos os países europeus da NATO

Manlio DinucciGeógrafo e geopolitólogo. Livros mais recentes: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018; Premio internazionale per l'analisi geostrategica assegnato il 7 giugno 2019 dal Club dei giornalisti del Messico, A.C.

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO

domingo, 9 de fevereiro de 2020

JACQUES CHEMINADE - A FACE ESCONDIDA DO BREXIT


Como é que oligarquia britânica e globalista vai manter o controlo, sempre em comunhão com os «five eyes» (EUA, Austrália, Nova Zelândia, Canada, Reio Unido) ? 

BEE GEES / DIONNE WARWICK - HEARTBREAKER

                                         https://www.youtube.com/watch?v=f-H6N5xQQik                                 

Foi esta canção especialmente escrita para Dione Warwick, aqui interpretada pelos originais compositores. 

 

Tal como a célebre cantora americana, eles têm uma longa carreira, com imensos sucessos. Curiosamente, parecem muito menos apreciados, hoje em dia, que outros grupos, que emergiram também nos anos sessenta e ainda «mexem».
Considero esta canção das melhores, do abundante reportório do célebre grupo, que vendeu mais de 220 milhões de discos ao nível mundial. 
Por isso, considero que se pode ser original e ter um sucesso fulgurante!

sábado, 8 de fevereiro de 2020

DIONNE WARWICK / BURT BACHARACH - ANYONE WHO HAD A HEART

Este vídeo é uma homenagem aos inesquecíveis Dionne Warwick e Burt Bacharach:

Burt Bacharach escreveu esta canção para Dionne, uma das canções que marcam a longa e frutuosa colaboração artística entre a interprete e o compositor. 
Este sucesso de longas semanas no «top 10» de 1964, em muitos países, inteiramente merecido, projecta-nos para outra época, onde as qualidades musical e vocal se conjugam, para proporcionar obras primas originais e cheias de surpresas. 
Uma das surpresas musicais, é esta composição utilizar poliritmia, uma raridade na música pop, pelo menos dessa época. Outra qualidade rara, é a excelente adequação do estilo interpretativo de Dionne ao conteúdo da peça.

Alguns outros sucessos maiores de Dionne Warwick / Burt Bacharach (e quem tiver ouvidos, que oiça!!!):
«I say a little prayer»

«I'll never fall in love again» https://www.youtube.com/watch?v=FzQBOBoPg04

«What The World Needs Now Is Love»

https://www.youtube.com/watch?v=2cW8Alo_5uI