Porque razão os bancos centrais asiáticos estão a comprar toneladas de ouro? - Não é ouro em si mesmo que lhes importa neste momento, mas é a forma mais expedita de se livrarem de US dollars!!
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quinta-feira, 7 de março de 2024

THE ROLLING STONES IN THE SIXTIES

 


Não é pelo facto de se terem transformado - a pouco e pouco - numa enorme máquina de fazer dinheiro, sem nenhum «sumo», apenas a repetição, até à exaustão, de fórmulas de sucesso, que seja para desprezar as joias musicais dos que foram - nos anos sessenta - o maior grupo de rock & roll britânico.

A lista que vos apresento é apenas resultante do meu gosto pessoal. Não, não me considero uma autoridade na matéria e não imponho a minha escolha a ninguém. Só vos digo que ainda me consigo sentir «dentro das botas de adolescente dos anos sessenta», quando oiço algumas destas faixas. 

E agora, chega de conversa...

 ROLLING STONES SIXTIES (Uma seleção de canções dos Stones dos anos 60)

Algumas referências no Blog «Manuel Banet, ele próprio»:

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2023/11/foi-ha-60-anos-come-on-rolling-stones.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2023/07/a-banda-que-caracteriza-o-som-dos-anos.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/04/the-rolling-stones-living-in-ghost-town.html


                                     



quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

«Do Outro Lado do Espelho» de Lewis Carroll


Se todos podem ler sobre as motivações e o duplo sentido da canção escrita por Grace Slick , poucos irão até ao fim da toca do coelho, para aí encontrar o «outro lado do espelho». 
Porque, hoje em dia, estamos num mundo invertido parecido com o «Do Outro Lado do Espelho», que Lewis Carroll genialmente descreveu neste segundo romance, na continuação de «Alice no País das Maravilhas». 
Aquilo que me interessa mais nesta canção, não é a velada referência a «viagens» com alucinogénios, que marcaram os anos 60, em particular em San Francisco e na Califórnia, donde provêm os Jefferson Airplane. É outra coisa: Uma obra literária tem sempre significados múltiplos; estes evoluem consoante a época histórica. A característica típica das grandes obras da literatura, é serem sempre atuais. 
Nesta reflexão, interessa-me, sobretudo, o facto de se abrirem as portas à imaginação. 

Vou confessar-vos uma coisa: Não tive televisão em casa até os 14 anos. Antes desta idade, ia a casa de vizinhos ver televisão e deliciar-me com desenhos animados e séries de cowboys, que todas as ex-crianças da nossa geração (as crianças dos anos 50-60) conhecem. 
Mas, hoje, considero-me com sorte porque, antes dos 14 anos - em vez de ter ficado somente a ver televisão - estive, muitas vezes, lendo histórias infantis, ou para «pessoas crescidas», mas adaptadas às crianças. Lembro-me de edições adaptadas e ilustradas da Bíblia, ou da Ilíada e Odisseia. Estas edições tinham uma larga parte de texto; as ilustrações pontuavam apenas os episódios. Não se tratava de «livros aos quadradinhos» ou «comics». Assim, as crianças tinham mesmo que ler por elas próprias ou, em alternativa, ouvir a história lida por algum adulto. Tanto num caso como  noutro, tinham de exercitar a imaginação para reconstituir mentalmente o que era descrito por palavras. 
Não creio que este tipo de relação com os livros para crianças, ou adaptados às crianças, esteja presente, ou desempenhe um papel relevante, no universo das crianças de hoje, independentemente do seu meio cultural e sócio- económico.
A necessidade de deixar a imaginação livre criar (ou recriar) os mundos de fantasia representa um importante papel dessas histórias, dos contos, das fábulas. Tal papel verificou-se desde os primórdios da humanidade, contando lendas e mitos da tribo em torno da fogueira. Nas diversas culturas passadas, as histórias que se perpetuavam por transmissão oral mantinham os grupos coesos pela partilha não só de contos fantásticos, como das narrativas da origem e as histórias do clã, da tribo ou nação. Mais tarde, foram elas transcritas e a tradição continuou mas, pela leitura do suporte escrito. 
As bugigangas eletrónicas e internéticas são incapazes de substituir o livro de contos. A questão do suporte (o «medium») como ensinava Marshall MacLuhan, é de importância fundamental. O livro infantil, com imagens, mas onde a parte escrita obriga a uma reconstituição dos conteúdos na imaginação do leitor/auditor, não pode ser vertido noutro «medium», sem se perder algo.  
Não sei o que possa fazer as vezes de estímulo das imaginações infantis de hoje. Porque os filmes e os vídeos capazes de encantar e entusiasmar os mais novos, são, muitas vezes, obras de arte, maravilhas técnicas e estéticas, capazes também de entusiasmar os adultos. Muito bem; mas onde está o espaço para a imaginação, o esforço individual da criança para recriar dentro da sua cabeça as cenas que lhes descrevem? Onde está a comunicação entre os adultos e as crianças, fator não menos importante que o despertar da curiosidade intelectual e imaginação? Com certeza que as crianças de hoje tenderão a reproduzir, quando elas próprias forem os pais e mães, os comportamentos dos adultos que as criaram. Eu noto uma frequente frieza das crianças atuais, um fechamento ao mundo, encerradas em mundos imaginários, mas constituídos por jogos e vídeos de histórias animadas. Os adultos que lhes oferecem estes brinquedos, querem o melhor para elas, querem que elas se divirtam e aprendam. Mas, eu digo-vos que um bom livro de histórias com algumas ilustrações, lido com irmãos e irmãs, ou com amigos e colegas, diante da lareira, nas férias de Natal, ou depois da sesta no Verão, é realmente muito melhor: reforça o desenvolvimento emocional, as capacidades de raciocínio e, sobretudo, a criatividade e imaginação.  Evidentemente, não digo que estes jogos vídeo, ou vídeos de desenhos animados, devam ser proibidos ou restringidos. Isso, nunca resultaria senão em frustração e revolta! Mas, gostaria que os adultos tentassem entusiasmar sua descendência, através de leituras apropriadas, antes do adormecer. Nada mais agradável do que ter à cabeceira a Mãe ou o Pai a contar-lhe uma história, antes de adormecer.

 

domingo, 9 de fevereiro de 2020

BEE GEES / DIONNE WARWICK - HEARTBREAKER

                                         https://www.youtube.com/watch?v=f-H6N5xQQik                                 

Foi esta canção especialmente escrita para Dione Warwick, aqui interpretada pelos originais compositores. 

 

Tal como a célebre cantora americana, eles têm uma longa carreira, com imensos sucessos. Curiosamente, parecem muito menos apreciados, hoje em dia, que outros grupos, que emergiram também nos anos sessenta e ainda «mexem».
Considero esta canção das melhores, do abundante reportório do célebre grupo, que vendeu mais de 220 milhões de discos ao nível mundial. 
Por isso, considero que se pode ser original e ter um sucesso fulgurante!

sábado, 8 de fevereiro de 2020

DIONNE WARWICK / BURT BACHARACH - ANYONE WHO HAD A HEART

Este vídeo é uma homenagem aos inesquecíveis Dionne Warwick e Burt Bacharach:

Burt Bacharach escreveu esta canção para Dionne, uma das canções que marcam a longa e frutuosa colaboração artística entre a interprete e o compositor. 
Este sucesso de longas semanas no «top 10» de 1964, em muitos países, inteiramente merecido, projecta-nos para outra época, onde as qualidades musical e vocal se conjugam, para proporcionar obras primas originais e cheias de surpresas. 
Uma das surpresas musicais, é esta composição utilizar poliritmia, uma raridade na música pop, pelo menos dessa época. Outra qualidade rara, é a excelente adequação do estilo interpretativo de Dionne ao conteúdo da peça.

Alguns outros sucessos maiores de Dionne Warwick / Burt Bacharach (e quem tiver ouvidos, que oiça!!!):
«I say a little prayer»

«I'll never fall in love again» https://www.youtube.com/watch?v=FzQBOBoPg04

«What The World Needs Now Is Love»

https://www.youtube.com/watch?v=2cW8Alo_5uI

quarta-feira, 10 de julho de 2019

BREL - BRASSENS - FERRÉ E OS ANOS SESSENTA


Jacques Brel, Georges Brassens, Léo Ferré... e muitos outros. Esta «colheita» de grandes cantores-autores ... faz-me pensar que os anos sessenta foram, na criação artística, na cultura, a época de ouro do século XX ... embora não o tenham sido na economia, ou na política! 


Para mim, este fenómeno demonstra a imbecilidade de pretender reduzir a vida social, a cultura de uma época, aos seus aspectos materiais ou institucionais!