Pode acompanhar a entrevista lendo as legendas (em inglês) para facilitar a compreensão:
sexta-feira, 30 de agosto de 2019
GLENN GREENWALD SOBRE AMAZÓNIA, CORRUPÇÃO E INGERÊNCIA DOS EUA
Se ainda não visualizou este vídeo, não perca!
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quinta-feira, 29 de agosto de 2019
VINÍCIUS DE MORAES, TOM JOBIM, TOQUINHO E MIUCHA
A MÚSICA ESTÁ NAS NOSSAS VEIAS AFRO-BRASIL-PORTUGAL
O primeiro encontro entre o poeta e diplomata Vinicius de Moraes e o jovem - e já afamado - compositor Antonio Carlos Jobim aconteceu em um bar no ventre do Rio de Janeiro, em 1956. Desta parceria nasceram belas composições que se tornaram conhecidas em todo o mundo, tais como "Felicidade", "Garota de Ipanema", "Chega de Saudade", entre tantas outras.
Além do próprio Jobim ao piano e de Toquinho no violão, os músicos Azeitona (baixo), Mutinho (bateria), Roberto Sion (flauta e sax) e Georgiana de Moraes (percussão) mostram ao mundo toda a elegância e a beleza da música brasileira.
O show -- que tem participação especial de Toquinho e Miúcha -- reúne grandes sucessos da dupla Vinicius & Jobim, além de parcerias destes com outros autores, entre eles Chico Buarque e Caetano Veloso. No repertório, canções como "Tarde em Itapuã", "Desafinado", "Wave", "Águas de Março", "Samba do Avião", "O Que Será" e muito mais.
Um DVD antológico. Para ver, ouvir e se emocionar!
0:20 Samba de Orly 2:50 Tributo a Caymmi 7:37 Tarde em Itapoã 12:03 Desafinado 15:35 Wave 17:55 Samba de uma Nota Só 20:40 Águas de Março 24:35 Samba do Avião 27:04 O que Será (À Flor da Pele) (Chico Buarque) 30:07 Samba para Vinicius 31:46 Vai Levando 35:15 A Felicidade 37:17 Água de Beber 40:52 Garota de Ipanema / Sei Lá 48:30 Berimbau / Canto de Ossanha
0:20 Samba de Orly 2:50 Tributo a Caymmi 7:37 Tarde em Itapoã 12:03 Desafinado 15:35 Wave 17:55 Samba de uma Nota Só 20:40 Águas de Março 24:35 Samba do Avião 27:04 O que Será (À Flor da Pele) (Chico Buarque) 30:07 Samba para Vinicius 31:46 Vai Levando 35:15 A Felicidade 37:17 Água de Beber 40:52 Garota de Ipanema / Sei Lá 48:30 Berimbau / Canto de Ossanha
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
DOIS GRÁFICOS RESUMEM A SITUAÇÃO FINANCEIRA PRESENTE
Retirei ambos os gráficos do excelente artigo de Stewart Thomson:
No primeiro, vê-se a evolução do índice Dow Jones. Está patente uma situação de rebentamento da bolha das acções, a qual já começou, aliás, mas ainda está no princípio duma descida vertiginosa...
A segunda imagem é um gráfico de um ano, do índice GDX, que permite visualizar a subida espectacular, nos últimos tempos, do ouro.
Fica clara, como água de nascente, a visão da crise financeira que estava anunciada pelo menos desde 2011, mas que os malabarismos dos bancos centrais e governos ocidentais preveniram que se desenrolasse.
Não devemos estar-lhes gratos por isso, pois esta crise será cem vezes pior que a de 2008, visto que toda a situação global é pior do que na véspera desse primeiro colapso.
Não pensem que estou muito contente por ter razão: não estou, pois sei que as pessoas modestas, os mais fracos na sociedade é que irão (injustamente) pagar o preço da hiperinflação, da perda completa do poder de compra das pensões e dos salários, do aumento brusco do desemprego e de todas as consequências sociais, incluindo revoltas, que uma tal catástrofe irá trazer, na maior parte do chamado «Ocidente».
Depois, os loucos e corruptos dirigentes dos nossos países terão a tentação de desencadear uma guerra (provavelmente contra a Rússia, ou a China, ou ambas as nações).
Vai ser preciso coragem e sangue frio, das pessoas com capacidade de liderança, mas sem aquela estúpida ganância pelo poder, para «aguentar a situação».
domingo, 25 de agosto de 2019
OS DIRIGENTES DO G7 JÁ NÃO CONSEGUEM ESCONDER SUA IRRELEVÂNCIA
As conversações de Biarritz (País Basco Francês) entre líderes mundiais, deixam de fora dois factos incómodos:
- primeiro, os países que constituem os BRICS têm agora, em agregado de PIB e de população, a maioria em relação aos países participantes no G7. Porém, as relações de alguns membros do G7 com este bloco têm sido hostis.
- segundo, quer a nível das conversações, quer na preparação de Biarritz, não se vê que as grandes questões estejam a ser tratadas, pelo menos, com um mínimo de seriedade.
Estes dirigentes vão - com certeza - apresentar grandes declarações de princípio sobre temas que sabem terem eco mediático assegurado como, por exemplo, os grandes incêndios que assolam a Amazónia (... e África, da qual quase não se fala!) mas sobre os quais não irão fazer nada.
Quanto às economias do Ocidente, lideradas por bancos centrais: a sua linha é a da política de juros zero ou negativos, associada a injecção de triliões, no que designo como economia fictícia - os mercados de obrigações e acções e ainda os derivados - para «estímulo», supostamente, da economia global, sem que estimulem nada... senão bolhas especulativas.
Já expliquei que a motivação real é salvarem bancos e grandes instituições corporativas da falência, usando os Estados como fiadores e promovendo a espiral inflacionista.
A desvalorização das moedas ocidentais vai continuar e acelerar-se; é a única coisa que sabem fazer. Eles nunca foram vistos, desde a criação do G7 (1973), a enfrentar uma crise com políticas de desenvolvimento industrial, em seus respectivos países.
Não espero que ocorra qualquer mudança de rumo quanto à guerra comercial iniciada e estimulada pela administração Trump contra a China, assim como as tarifas que ameaçam amigos e inimigos.
Os EUA irão continuar, arrastando os outros, com as sanções económicas. São actos de guerra, são ilegais face ao direito internacional... Mas, é como se tal fosse absolutamente normal!
A ironia disto tudo sobressai, se nos referirmos ao entusiasmo com que os mesmos países ocidentais criaram a OMC, há pouco mais de 25 anos e, rapidamente, admitiram nela a China.
Agora - sobretudo os EUA, país que pretende ser o «líder» no mundo - querem inverter tudo, ao se depararem com as demasiado visíveis consequências.
Com efeito, a catástrofe da globalização capitalista (mercados laborais desregulados, transferências de tecnologia, economia de «serviços», dependência às indústrias situadas noutros países e continentes, etc.) foi fabricada totalmente pela «elite» no poder no Ocidente.
Aliás, os que tentaram destruir a Rússia nos anos 90 e quase conseguiram, submetendo a sua população a ataque severo, na época de Yeltsin, pilotaram políticas económicas em tudo análogas, no sul da Europa e noutros pontos, incluindo países do G-7.
Dificilmente se poderá usar a expressão «políticas liberais» para estas situações, se as palavras guardam um significado com relação à História:
- Os liberais, historicamente, defendiam uma ordem mundial onde os mercados não eram confinados, limitados, por barreiras alfandegárias, por tarifas e impostos ao comércio entre países. Ao nível interno, eram pela liberdade do indivíduo face ao Estado, etc.
Podemos ver agora o exemplo dos «campeões» da «democracia liberal» - os EUA, Reino Unido, seus aliados dentro e fora do G7 que afinam pelo mesmo diapasão - só que é o exacto oposto do «liberalismo clássico».
O liberalismo político, como o económico, são explicitamente contrariados, em ambos os casos:
O liberalismo político, como o económico, são explicitamente contrariados, em ambos os casos:
- Protagonizam uma política agressiva, imperialista, belicista, fora das regras do direito internacional, no campo externo.
- No campo interno, há cada vez maior repressão, retirada sistemática de direitos aos mais pobres, desprezo pela legalidade, produção de leis limitadoras e mesmo anuladoras das liberdades individuais, perseguição de jornalistas e de quaisquer pessoas por exprimirem sua opinião, etc, etc.
A resposta ao G-7 não foi, infelizmente, dada adequadamente pelos anti-globalistas, impedidos de se manifestar, sob o pretexto falacioso de que «poderiam» adoptar posturas violentas, ilegais, etc. Assim, a polícia e o Estado francês, não apenas estão a negar os direitos constitucionais dos manifestantes, como o fazem com o claro objectivo de dar campo de manobra e, discretamente, promover quem lá for com intuito violento... é assim que infundem a desinformação e o medo perante a dissidência, nos espíritos das pessoas comuns.
Na minha modesta opinião, o G7 é somente um «show» caro e vazio de propaganda dos dirigentes globalistas.
A forma de os desmascarar será mostrar o seu ridículo, arrogância e autoritarismo...
Não interessam para nada! Vão para vossas respectivas mansões e deixem as pessoas comuns se auto-governarem; estas sabem o que é necessário para começar a consertar a «porcaria» que vocês têm feito!!!
SAM COOKE- «BRING IT ON HOME TO ME» AO VIVO NO HARLEM SQUARE CLUB (1963)
Nesta versão, extraída do álbum Live at Harlem Square Club (1963) vibra aquela atmosfera de festa, o «acto de consagração da música Soul» ... Foi Sam Cooke o criador desta canção, retomada pelos mais célebres cantores e grupos, sobretudo nos anos sessenta (Otis Redding, The Animals, etc, etc...).
0:00 Introduction
0:46 ( Don't Fight It ) Feel It
3:45 Chain Gang
6:57 Cupid
9:43
It's All Right/For Sentimental Reasons
14:55 Twistin' The Night Away
19:14 Somebody Have Mercy
24:00 Bring It On Home to Me
29:38
Nothin' Can Change This Love
33:23 Having A Party
Ele também sabe recriar as canções dos outros, com um estilo, uma qualidade ... oiçam!
sábado, 24 de agosto de 2019
CHINA RETALIA FACE ÀS TARIFAS DOS EUA - MAS AFIRMA QUE ÚNICO CAMINHO É COOPERAÇÃO
Trump anunciou a imposição de tarifas de 10% sobre uma série de bens chineses.
A notícia do canal acima - a posição oficial de Pequim -apareceu pouco tempo depois do anúncio de Trump, o que mostra que não hesitam em responder, embora continuem a afirmar que para um futuro melhor, o único caminho é o do diálogo.
A notícia do canal acima - a posição oficial de Pequim -apareceu pouco tempo depois do anúncio de Trump, o que mostra que não hesitam em responder, embora continuem a afirmar que para um futuro melhor, o único caminho é o do diálogo.
Esta situação está a piorar a economia dos países ocidentais e dos EUA, numa escala maior que o prejuízo causado à China. Com efeito, todos os índices económicos estão em descida: as bolsas de valores, a produção industrial, o consumo privado, o crédito... todos estão a apontar para uma crise muito próxima, incluindo a inversão das taxas de juro (os juros dos treasuries a 2 anos acima dos a 10 anos).
Há consenso de que haverá uma grande crise no ocidente e que será exacerbada pela guerra comercial com a China.
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
PAUL CRAIG ROBERTS ANALISA SITUAÇÃO DA ECONOMIA DOS EUA
No artigo acima («o que o globalismo fez foi transferir a economia dos EUA para a China»), de uma clareza e precisão notáveis, Paul Craig Roberts destrói o mito de uma economia americana em crescimento e em condições de enfrentar a guerra comercial com a China (eu já tinha feito uma análise semelhante há alguns meses atrás; ver aqui )
Este autor, economista e ex-membro da equipa de Reagan, não é «esquerdista»: arruma-se no campo «conservador». Porém, faz análises implacáveis e justas da economia globalista, dos dogmas neo-liberais, da estupidez da governação, tanto pelos seus políticos como pela classe empresarial. Por isso, eu considero as suas análises muito mais significativas, pela sua lucidez e pelo bom-senso fundamental.
Camões inventou a figura de «Velho do Restelo» e os gregos, muito antes disso, a de Cassandra:
O Velho do Restelo é a personificação das vozes que se erguiam contra a expansão ultramarina, desguarnecendo o país, a causa profunda da decadência que iria custar a independência ao reino de Portugal.
Cassandra era dotada pelos deuses do dom da profecia, mas esse dom era acompanhado pela maldição de ninguém acreditar naquilo que ela dizia.
Paul Craig Roberts possui características de ambas as personagens lendárias; digo isto, sem desprezo ou ironia.
A conclusão lógica da sua demonstração rigorosa: é impossível imaginar outro resultado para a economia e o poderio dos EUA, que não seja o acelerar da sua queda. No final, os EUA cairão num estado semelhante ao dos países do chamado «Terceiro Mundo», nos anos 60 do século passado.
Eu diria também que ao procurar desestabilizar e semear o caos por todo o lado, também está a contribuir para um cada vez maior isolamento: os EUA são o maior «Estado-pária» («Rogue state»), do qual todos os outros, amigos e inimigos, têm de se precaver.
É realmente impressionante acompanhar, como tenho feito, as crónicas deste eminente economista e político, há vários anos: a justeza das suas análises é muito superior à de quaisquer neo-liberais revestidos de mantos de «esquerda» que se pavoneiam no mundo mediático.
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