domingo, 12 de maio de 2019
ANA VIDOVIC INTERPRETA «VALSE VENEZUELANO» Nº3 DE ANTÓNIO LAURO
sábado, 11 de maio de 2019
ASTOR PIAZZOLA - OBLIVION (POR NADJA KOSSINSKAJA)
Fecha os olhos e deixa que a música te penetre a alma!
sexta-feira, 10 de maio de 2019
CARTOON DE ANTÓNIO, «NA MOUCHE» DO LÓBI SIONISTA AMERICANO!
Vale a pena ler o excelente artigo de Philip Giraldi, a propósito do cartoon de António - célebre cartoonista português - publicado há alguns dias no New York Times, motivo de uma grande polémica.
Pela minha parte, é claro que as pessoas que consideram que uma caricatura como esta tem conotações anti-semitas, o fazem simplesmente porque lhes convém e preferem ser «cegas» à mensagem política óbvia que este cartoon veicula: que Trump tem sido guiado e manobrado pelo lóbi pró-Israel, pelo genro, Jared Kushner e pelo próprio Natanyahu.
O cartoon de António veicula uma mensagem política, quer se goste ou não dela; não tem conotação de anti-semitismo, pois isso seria desprezar o judeu, enquanto tal, enquanto judeu.
Só para comparar, vejam-se imagens caricaturais publicadas na época do caso «Dreyfus»
... ou ainda da propaganda Nazi, elas sim anti-semíticas, pois representam «o judeu típico», com certos atributos físicos e atribuindo-lhe um papel moralmente repelente, baixo, dum agiota, ou grande banqueiro, ou traidor, etc...
A fúria que se abateu sobre o jornal NYT (que, para cúmulo, é propriedade de judeus e tem imensos jornalistas judeus no seu quadro!) mostra a enorme força do lóbi pró-Israel e pró-sionista.
O sionismo é uma ideologia supremacista, racista, belicista e expansionista... e possuímos amplas evidências para provar cada uma das afirmações atrás produzidas.
A reacção irada dos sionistas mostra que o cartoon de António «fez mouche»!!!
JEAN BRICMONT - A UNIÃO EUROPEIA E AS ELEIÇÕES EUROPEIAS
Jean Bricmont afirma a necessidade de uma discussão civilizada sobre a hipótese de saída da União Europeia, recordando que há alguns anos atrás, o simples facto de se por a questão da continuidade dentro do euro (não propriamente da união europeia) era motivo para se ser tratado de «fascista»!
Ainda hoje, é-se frequentemente apelidado de nomes deste género, se se tem o arrojo de discutir o projecto da União Europeia. Ora o referido projecto encontra-se em crise, uma crise que não é de conjuntura, mas sim muito mais profunda.
Jean Brictmont demonstra brilhantemente que a «esquerda alternativa», que aponta como saída para esta crise, um aprofundamento da democracia no seio das instituições europeias, está completamente auto-iludida.
Eu estou de acordo com Bricmont na medida em que considero que o processo da construção desta «União», se fez, não só de cima para baixo, mas tendo como traves-mestras, como ossatura, a ideologia liberal ou neo-liberal, os mercados sacro-santos, a sujeição dos Estados e dos povos ao diktat dos mercados.
Portanto, a União Europeia é irreformável, tendo ela própria trancado «a sete chaves» a hipótese de uma reforma por dentro da sua estrutura: Ela assegurou isso na forma como redigiu certas cláusulas dos tratados (nomeadamente, no Tratado de Lisboa).
Estes são, afinal, em termos práticos, equivalentes a um texto constitucional. Embora estejam previstos mecanismos para saída ou para modificação dos tratados, intencionalmente isso foi tornado tão complexo e difícil de obter (com exigências de unanimidade dos Estados, ou restrições análogas), que fazem com que, na prática, as nações que «voluntariamente» se comprometeram com esses textos, ficam atadas de pés e mãos e apenas poderão sair da estrutura burocrática da UE, em ruptura, em conflito aberto, na prática...
É curioso verificar que um número tão elevado de pessoas, à esquerda, nunca equacionou a realidade deste projecto da UE, como sendo um projecto de natureza imperial, portanto onde o «centro», o país (ou países) mais poderoso(s) dita(m) a lei aos mais fracos, não havendo possibilidade de inverter - dentro da estrutura existente - tal correlação de forças.
Veja-se o caso da Grécia e de como «torceram o braço» ao governo de Tsipras, até este acabar por ceder, para evitar um descalabro ainda maior da economia e sofrimento do povo.
Vejam-se os desenvolvimentos em curso do Brexit que, sem dúvida, foi tornado o mais desagradável possível, para o povo britânico, «culpado» de não querer pertencer à maravilha das maravilhas, que é o Império com sede em Bruxelas!
Veja-se ainda os casos dos referendos que os povos dinamarquês e irlandês foram obrigados a repetir, quando os resultados de uma primeira consulta negavam o caminho que a aristocracia maastrichiana tinha decidido.
Ou ainda, os dirigentes da UE e os próprios dirigentes nacionais respectivos, terem ignorado os «não» dos referendos francês e holandês, à constituição europeia para, pouco depois, esta mesma ser de novo servida como «prato requentado», agora rebaptizado de «Tratado de Lisboa»... Porquê um tratado? Porque assim não carecia de ratificação popular, sob forma de referendos nacionais.
Enfim, tal como Bricmont, eu continuo a ser profundamente céptico sobre a viabilidade de um processo democrático supra-nacional.
Tenho verificado, observando a História, que os processos que conduzem os povos a maior liberdade, maior autonomia, ao aprofundamento dos seus direitos, se passam todos a nível nacional.
Mesmo que certas evoluções ou revoluções sejam inspiradoras para outros povos, que não tenham sido protagonistas iniciais das mesmas, nunca se opera uma transplantação bem sucedida de tais transformações, a não ser que já exista uma forma ou outra de processo, fervilhando no seio desse(s) outro(s) povo(s).
Sobretudo, não existe maneira de um povo minoritário ou um conjunto minoritário de povos (em termos de população, logo em número de deputados no parlamento europeu) ver a sua posição respeitada, se a vontade maioritária for antagónica dos primeiros, mesmo em matérias vitais.
Assim, o único resultado possível de um aprofundar da democracia representativa no seio da UE, seria o aumento das querelas e dissensões entre povos, causador do rebentamento (talvez sangrento) da UE, visto que as contradições entre os interesses dos diversos povos iriam acumular-se, como muito bem o demonstra Jean Bricmont.
quinta-feira, 9 de maio de 2019
RELAÇÃO DA CRISE VENEZUELANA COM O CONTROLO GLOBAL DO MERCADO MUNDIAL DO PETRÓLEO
«O que o nosso (dos EUA) governo não nos diz sobre a Venezuela»:
Uma brilhante análise de Kim Iversen
Veja também o seu excelente video sobre «o que todas essas guerras para mudança de regime têm em comum?» : https://www.youtube.com/watch?v=Mtba_KqCmUQ
RECUPERAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO, EM TERMOS ORÇAMENTAIS, É PERFEITAMENTE COMPORTÁVEL
Nota:
Segundo a notícia abaixo, o Governo está a hipertrofiar os custos,
somente para conseguir manter uma fachada. Como dizia anteriormente , a charada
da recuperação do tempo de serviço dos professores significa que, em Portugal,
não há nenhum respeito pela lei e pelos compromissos do Estado em relação aos
cidadãos.
Manuel
Banet
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UTAO
diz que recuperação integral das carreiras especiais custaria menos do que
diz o Governo
08
maio, 2019 - 14:50 • Agência Lusa
Executivo
refere uma fatura de 800 milhões de euros para repor todo o tempo
de serviço congelado aos professores, considerando o valor inviável.
A
Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) calcula que a recuperação integral
do tempo de serviço de todas as carreiras especiais, incluindo dos professores,
custaria 398 milhões de euros líquidos, pressionando as metas de Bruxelas,
mas sem impedir o seu cumprimento.
“A
avaliação de impactos efetuada pela UTAO no Anexo 2 deste relatório
à extensão para todas as carreiras especiais do princípio de
recuperação
integral
do tempo de serviço prestado para efeitos de progressões remuneratórias prevê
uma deterioração de 398 milhões de euros no saldo orçamental e no saldo
estrutural em ano de cruzeiro, face ao cenário do Programa de
Estabilidade/2019–23”, indicam os técnicos do Parlamento no relatório enviado
esta quarta-feira aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, a que a
Lusa teve acesso.
A
UTAO teve em conta os dados divulgados pelo Ministério das Finanças em 3 de maio,
relativos à despesa bruta, descontando a receita adicional de IRS, os descontos
para a Segurança Social, Caixa Geral de Aposentações e ADSE, decorrentes da
subida dos salários, para aferir o impacto líquido da medida.
A
3 de maio, o Ministério das Finanças indicou, em comunicado, que “a decisão da
Assembleia da República de contabilização retroativa do tempo de serviço dos
professores de nove anos, quatro meses e dois dias tem um impacto na despesa
permanente de 800 milhões de euros por ano em ano cruzeiro (considerando o
impacto em todas as carreiras similares)”.
De
acordo com os cálculos da UTAO, os 804 milhões de euros de despesa com o
acréscimo no valor das remunerações brutas a pagar aos trabalhadores de todas
as carreiras envolvidas, em ano de cruzeiro, correspondem a 567 milhões de
euros em termos líquidos.
Este
valor é atingido em 2023, tornando-se permanente a partir desse ano. Ou seja,
será o custo que as Finanças terão de suportar com o descongelamento de
carreiras com recuperação integral do tempo de serviço.
Os
peritos da UTAO calcularam o impacto orçamental e as implicações para o
cumprimento das metas da Comissão Europeia. “Em percentagem do PIB potencial, o
saldo estrutural passa de 0,3% para 0,1%, ficando as finanças públicas mais
expostas a falhar a regra do Objetivo de Médio Prazo (OMP)”, lê-se no
relatório.
Os
técnicos do Parlamento indicam que “a aprovação da medida 2 [recuperação
integral do tempo de serviço para todas as carreiras especiais] com revogação
da Medida 1 [recuperação parcial] deteriora o saldo estrutural face ao cenário
contemplado no PE/2019–23, mas não impedirá o cumprimento das regras
orçamentais relativas ao Objetivo de Médio Prazo”.
A
UTAO conclui que, apesar de Portugal ficar “mais vulnerável a surpresas
descendentes, sobretudo nos anos 2020 e 2023”, “não se espera que da adoção da
medida 2, com as características acima descritas, Portugal passe a incumprir as
regras orçamentais relativas ao OMP”.
O
diploma com as alterações ao decreto do Governo sobre a contagem integral do
tempo de serviço dos professores terá ainda de ser aprovado em plenário antes
de seguir para promulgação pelo Presidente da República, podendo
essa votação acontecer já esta sexta-feira.
O
primeiro-ministro, António Costa, ameaçou apresentar a demissão do Governo caso
a Assembleia da República aprove as alterações decididas na especialidade.
[Notícia
corrigida às 15h30. Alguns valores na versão original estavam errados. Pelo
erro as nossas desculpas]
quarta-feira, 8 de maio de 2019
ISRAEL CONTINUA A REPRESENTAR O PAPEL DE VÍTIMA …e a media ocidental reforça!
Inicialmente publicado em : https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/08/israel-continua-a-representar-o-papel-de-vitima-e-a-media-ocidental-reforca/
A recente escalada entre as forças armadas de Israel e as forças do Hamas e da Jihad Islâmica são mais um episódio da longa tragédia que assola a região.
Porém, as forças israelitas são sempre apresentadas como sendo as vítimas, como sendo sempre «obrigadas» a actuar em resposta a um ataque de fanáticos palestinianos, enviando mísseis artesanais.
Nada mais falso. Os ataques com mísseis dos militantes cercados, encurralados em Gaza, são antes uma RESPOSTA aos actos concretos dos militares israelitas alvejando civis, causando mortes e feridos, na ocasião de manifestações junto da fronteira de Gaza.
Porém, a media e os comentaristas em geral, estão sempre a omitir o facto fundamental de Gaza ser – por vontade israelita – um enorme gueto, o maior gueto que jamais existiu em toda a história do médio oriente, apenas comparável com o gueto de Varsóvia, povoado por judeus encurralados pelos nazis que ocupavam a Polónia. Tanto na dimensão, como nos sofrimentos causados, a comparação é adequada pois o longo martírio/genocídio da população de Gaza e dos territórios da Cisjordânia, é deveras chocante.
A política de apartheid contra a população palestiniana, perseguida pelo Estado de Israel, sempre acenando com a memória do Holocausto, tão facilmente aceite pelos outros Estados, é totalmente ocultada aos olhos do público ocidental.
Porém, até mesmo em Israel, erguem-se vozes, como a de Gideon Levy, que escreve no bem conhecido quotidiano Haaretz, um artigo intitulado «A Insurreição do Gueto de Gaza». Aquilo que ele escreve, poucos fora de Israel vão considerar, mas é isso que mais assusta. Este autor não pode ser proclamado «anti-semita», sendo ele um professor israelita e judeu.
« Uma sociedade que se toma a si própria como exemplar, que se construiu sobre a indiferença do mundo ao seu sofrimento, mostra uma monstruosa falta de compaixão pelo sofrimento que está causando»
Eu não nego que os palestinianos possam cometer ou ter cometido actos terroristas ou que as suas reivindicações básicas, inteiramente justas, não possam sofrer por atitudes desesperadas. Mas a vítima é claramente o povo palestiniano, o qual deveria contar com a solidariedade activa e sincera de todos os que defendem a liberdade, a autodeterminação e igualdade entre os povos. Antes, quis ilustrar aqui um dos muitos casos em que Israel é sistematicamente apresentado como «vítima de agressão», sendo tais «agressões» – afinal – respostas às actuações criminosas, como o alvejar de civis, manifestando-se pacificamente, com snipers do exército, usando munições letais.
Nesta luta desigual, a media do ocidente dá constante cobertura e «absolve» automaticamente os crimes de Golias, que é o Estado de Israel e, sistematicamente, atira lama e propaganda negativa para o lado do «David palestiniano»!
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