Manuel Banet, ele próprio

Reflexão pessoal, com ênfase na criação e crítica

sexta-feira, 5 de abril de 2019

[OBRAS DE MANUEL BANET] PRECES AO VENTO


PRECES AO VENTO

Antes que o vento na colina me leve  
quero ficar um pouco, sozinho, olhando o mar
quero beber o cristal das ondas, em silêncio
afagando a areia, ao de leve, como pele

Seria muito pedir, antes que o vento norte
entre por essa porta e me envolva de gelo,
que eu possa a terra molhada respirar  
inebriado pelos aromas d' ervas humildes?

Serei surdo a todas as canções
que ao meu ouvido sussurram,
menos à sábia melodia em surdina
que se escapa dos lábios do vento

Mas, que quer isto tudo dizer, afinal ?
Nada, absolutamente. Somente
peço-te, coração, não te amargures
eleva-te como a brisa no Verão

[Murtal, 4 de Abril 2019]
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Labels: «Obras de Manuel Banet», poesia

quinta-feira, 4 de abril de 2019

LANG LANG E KATIE MELUA - PRÉMIOS DA «GOLDEN KAMERA»



Não precisam de  apresentação! 
Posted by Manuel Baptista at 4.4.19 Sem comentários:
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Labels: Golden Kamera, Katie Melua, Lang Lang

quarta-feira, 3 de abril de 2019

SVANTE PAABO SOBRE NEANDERTAIS E DENISOVANOS


Svante Pääbo é o inventor da técnica de extracção e sequenciação do ADN de ossadas muito antigas, o chamado «ancient DNA». 
As suas descobertas e da sua equipa são uma contribuição essencial para a nova visão que temos da emergência da espécie humana moderna.

Posted by Manuel Baptista at 3.4.19 1 comentário:
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Labels: ADN, Denisova, neandertais, Svante Päävo

terça-feira, 2 de abril de 2019

A UNIÃO EUROPEIA FALIDA E EM DESAGREGAÇÃO QUER IMPOR O «SEU BREXIT»


Em todo este processo conturbado, as classes políticas do Reino Unido e da eurocracia que reina em Bruxelas, saem obviamente chamuscadas no seu prestígio, ao ponto de ser questionável a sua legitimidade formal. Quanto à legitimidade efectiva, nunca a tiveram, visto que esta construção não respeita - de facto - a vontade dos povos, como se verificou no referendo de 2005 e em muitas outras ocasiões.

O que a media «mainstream» não diz, embora encha as primeiras páginas com as peripécias do «brexit», é que o Reino Unido se tornou um elemento chave na geoestratégia dos EUA, em ter um aliado muito submisso, no seio de aliados que (por vezes) se rebelam (como tem sido o caso da Alemanha).

Por isso, existem muitos, que são defensores dum tipo de globalismo, mais amplo ou mais estreito, que consideram que o brexit é um passo bem-vindo.
 Estou a referir-me quer aos defensores de um bloco unido continental, retomando a ideia de De Gaulle, da Europa como terceira potência, capaz de arbitrar rivalidades entre os EUA e a URSS, quer os defensores duma unidade ainda maior no mundo anglo-americano (os «cinco olhos» Reino Unido, EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia):  em ambos os casos, trata-se de globalistas que correspondem a um conjunto de interesses divergente.

Também não se pode colocar, dum lado as forças pró-capitalistas e as anti-capitalistas do outro. 
Basta olhar para a City de Londres, um conglomerado de bancos e doutras instituições financeiras com imenso poder, ela própria um paraíso fiscal, e o centro coordenador dos diversos paraísos fiscais, sob bandeira britânica ou da Commonwealth. 
Muitos negócios da City - bastião do capitalismo financeiro mundial, com a mesma importância que Wall Street - arriscam-se a ir por água abaixo, pois eles dependem dos capitais do continente europeu que aí se abrigam, segundo estimativas credíveis, seriam da ordem de 60%! Um naco desses capitais continentais acabará por retornar ao continente ou irá para outras paragens. Quanto aos negócios muito lucrativos que se desenrolam, até agora, na City, muitos deles deixam de ter viabilidade.

A ideia de que a saída de um país da União Europeia constitui um avanço para as forças conservadoras, nacionalistas, em todos os países membros, também é falsa.
Esta ideia é propalada por ideológos, particularmente de esquerda, segundo a qual toda e qualquer defesa da ideia de nação, de interesses nacionais, de defesa da soberania, é «reaccionária», «fascista», etc. 
Com efeito, se a União Europeia se transformou numa prisão de povos, num império em construção, onde a vontade dos povos é sempre posta de lado de cada vez que contraria os desígnios da elite eurocrática (seja ela de esquerda, de direita ou de centro), então a ruptura torna-se um passo necessário para construir uma autonomia e que os povos se auto-determinem em relação ao regime político e económico, que desejam adoptar. 

A imposição de uma saída negociada, não é mais do que a salvaguarda do interesse dum grupo de multinacionais, baseadas no continente europeu, assim como de certos bancos continentais realmente globalizados, que, na realidade, têm grande parte do negócio fora do país de origem (pense-se no Deutsche Bank ou no Santander).

Os argumentos relacionados com a Irlanda do Norte ou com lutas internas pelo poder dos Trabalhistas de Jeremy Corbyn e  dos Nacionalistas escoceses contra os Tories, são a mera superfície, são o mero espectáculo,  para entreter as «massas». 
O verdadeiro actor deste imbróglio é o capital internacional, o qual ainda não está tão unificado como parece. Com efeito, nesta situação, em particular, observa-se a entrada em contradição de capitais, já não nacionais, mas antes de facções do capital financeiro globalizado, umas contra as outras. Evidentemente, estas facções nunca aparecem à superfície, quem faz a guerra (num sentido não figurado, por vezes) são os partidos políticos, são as cadeias de media (controladas por grupos capitalistas) e os eleitorados (por ambos aqueles controlados). 
O público julga que isto corresponde ao «exercício da democracia», não se apercebendo que estão a «comer-lhe as papas na cabeça» ou seja, a levá-lo a pensar e agir no interesse dos grandes grupos transnacionais. Ele fica ingenuamente convencido que está a afirmar os seus direitos, a soberania, suas escolhas, etc...

Se, ao menos, uma corrente anti-capitalista compreendesse o que se está a passar, poderia denunciar e agir autonomamente, no sentido de fazer avançar a sua agenda própria. 
É um paradoxo trágico que, aqueles mais interessados no desmascarar destas manobras, se deixem iludir pela propaganda! 


Posted by Manuel Baptista at 2.4.19 2 comentários:
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Labels: Anglo-americanos, Brexit, capitalismo financeiro, City, Comissão Europeia, EUA, finança, globalismo, Jeremy Corbyn, referendo, Tories, Trabalhistas, UE

segunda-feira, 1 de abril de 2019

J.S. BACH: 'SCHAFE KOENNEN SICHER WEIDEN'


                                    

«As ovelhas podem pastar em segurança», uma ária da cantata BWV 208 (composta em 1713). 
Esta cantata profana é conhecida como a «Cantata da Caçada» e foi composta para o casamento do Duque de Saxe-Weissenfels.

Solista: mezzo-soprano Magdalena Kozená
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Labels: Cantata, J.S. Bach, Magdalena Kozená, música barroca

domingo, 31 de março de 2019

SITUAÇÃO NA VENEZUELA; DECLARAÇÕES DA PORTA-VOZ DO GOVERNO DE MOSCOVO

Maria Zakharova é porta-voz do governo russo. Ela explica nesta comunicação qual o posicionamento da Rússia em relação à ajuda à Venezuela, criticando em termos enérgicos a atitude de ingerência grosseira permanente de Washington, nos assuntos internos de um país soberano, referindo as violações dos EUA em relação a importantes princípios e leis internacionais, incluindo a Convenção de Viena, que regula as relações diplomáticas, como os países devem encarar as embaixadas e outros bens de países no seu território, etc.
COPIADO DE: https://ogmfp.wordpress.com/2019/03/31/situacao-na-venezuela-declaracoes-da-porta-voz-do-governo-de-moscovo/


Posted by Manuel Baptista at 31.3.19 Sem comentários:
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Labels: direito internacional, EUA, Guaidó, imperialismo, Maduro, Rússia, Venezuela

quinta-feira, 28 de março de 2019

A «EUROPA» ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS


Aquilo que se está a passar com o Brexit, não diz respeito apenas ao povo britânico. 
O que está a acontecer, neste momento, deve ser visto no contexto em que as forças neoliberais, no continente e nas ilhas britânicas, têm ainda «a faca e o queijo na mão». 

Os povos estão realmente num colete de forças da «União» Europeia. 
A saída desta prisão dos povos é necessária e implica uma grande lucidez das pessoas e das forças políticas. Implica verdadeira liderança, dirigentes à altura do desafio, propriamente patriotas (que amam o seu país e seu povo). 
Tem de haver uma mudança, que não pode ser protagonizada por políticos - de «direita», de «centro» ou de «esquerda» - que se vendem, para terem um lugar doirado nas instituições eurocráticas (parlamento europeu, comissão de Bruxelas, etc...).
Posted by Manuel Baptista at 28.3.19 1 comentário:
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Labels: Brexit, parlamento europeu, Reino Unido, UE
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