Manuel Banet, ele próprio

Reflexão pessoal, com ênfase na criação e crítica

quinta-feira, 17 de março de 2022

NÃO HÁ NADA MAIS REVOLUCIONÁRIO QUE A VERDADE


 
O meu pensamento, as minhas palavras neste blog, podem dar a sensação de que tenho  elevado grau de apetência pela política e pela economia, em geral. Nada mais longe da realidade, porém. O meu interesse por ambos assuntos, é norteado por algo, que não tem a ver com o «gosto», mas com a «necessidade». Por outro lado, procuro não interferir, neste campo, com os outros: Não desejo persuadi-los, nem convencê-los, nem tão-pouco opinar sobre suas opções políticas. Que estúpido seria eu, de me colocar como mentor político - ou «anti-político» - dos outros! Dito isto, considero ter razões para acompanhar a política e a economia; essas razões não são difíceis de perceber. Explico-me:

- Se te cai em cima algo imprevisível - algo que não poderias imaginar, ou cuja probabilidade era ínfima - não tenho dúvidas de que tiveste pouca sorte. Mereces a minha simpatia, porque dessa desgraça, pouco ou nada podias antever. 

- Mas, se o que te cai em cima da cabeça é consequência de uma cadeia de acontecimentos previsíveis, rastreáveis? Estavas completamente distraído, estavas indiferente, julgavas que não te podia acontecer nada, que as coisas más só ocorrem aos outros... Não digo que merecesses o mal, mas que foste imprevidente, foste leviano/a, não soubeste prevenir-te. Tanto a tua pessoa, como a tua família ficaram carenciadas da segurança essencial, também no plano material, para que a vida não seja um rol de desgraças. 

É somente - ao fim e ao cabo - a motivação da auto-proteção (e da minha família) que me impele a interessar-me pela política e pela economia. 

Se ninguém é apolítico - e isto é uma verdade insofismável - reduzir tudo à política, é como reduzir a visão do Mundo a «preto e branco». Mesmo que se incluam todos os tons de cinzento, a visão do Mundo fica, ainda assim, drasticamente diminuída. Algo essencial - as cores - não é captado. 

Nas minhas finanças pessoais, sigo alguns princípios. Se não se deve fazer do «amor ao dinheiro» o objetivo central da vida - pois isso equivaleria a nos tornarmos escravos do dinheiro - também devemos perceber que é razoável gerir nosso património com prudência, da forma adequada para maximizar a segurança de nós próprios e de nossa família e de minimizar a probabilidade de cairmos numa situação penosa, como ficar em dívida, na dependência em relação aos outros, sejam estes particulares, instituições, ou o Estado. Não jogar nunca no «casino»!

Tenho uma atitude geral semelhante em relação à saúde. Prevenção é melhor que remédio. Isto significa que evito fragilizar o meu ser biológico por comportamentos inadequados. Eu sei que o meu corpo é bastante frágil. Não vou torná-lo ainda mais frágil. Proponho - não imponho - o mesmo padrão de prevenção aos outros, à família, em particular. Não sou dos que tem uma relação narcísica ao corpo, mas também não sou dos que vêem o corpo só como «coisa onde a alma habita». Não; o meu ser é corpo e espírito, unidos. Quando morrer separam-se. 

Se nós todos temos medo de morrer, se isso está ancorado profundamente no nosso inconsciente, por que razão há tantas pessoas que agem de modo suicidário? Neste texto, não irei desenvolver a questão. Basta-me dizer que não podemos viver plenamente, sem amar os outros (amor e altruísmo são a mesma coisa, no meu vocabulário) e que para amarmos os outros, temos de nos amar a nós próprios. Basta pensar nas enormes angústias, que dá aos familiares e amigos, aquele que não cuida da sua vida, que a destroí, que esbanja e dissipa tudo, que está sempre metido em complicações. Essa pessoa, não apenas é infeliz, mas está a impossibilitar, ou dificultar, que outras sejam felizes. A responsabilidade por nós próprios, pelo modo como conduzimos a nossa vida, é uma questão de ética, além de ser uma atitude natural e inteligente.

Se eu desejasse o poder, saberia como me insinuar em determinados círculos, como representar meu papel para ser aceite pelos outros, para ter uma carreira política. Para mim, teria sido muito fácil, se eu tivesse desejado isso. Mas, qualquer coisa me impeliu a não entrar em jogos de poder: Compreendi que tal não era para mim. Não por falta de compreensão, ou falta de capacidade em representar no teatro político. O espetáculo tinha algo de repelente, não via nele qualquer elevação. Com efeito, subir a escada para, do alto desta, mandar nos outros, subjugá-los, iludi-los? Para negar pelas ações, as minhas promessas e declarações de fé? Isso pareceu-me algo tão abjeto, apenas sociopatas conseguiriam desempenhar-se bem nesse papel. Pois via que aqueles outros, motivados por sentimentos nobres, eram instrumentalizados pelos cínicos, pelos sociopatas. 

O sistema político real é homólogo à versão mais simplista, distorcida, ideologizada do darwinismo social. Pelo contrário, o darwinismo de Darwin, dá muita ênfase à cooperação dentro da mesma espécie. Por exemplo, na mesma espécie há uma competição mitigada, ou seja, existem mecanismos pelos quais o vencedor fica inibido de liquidar o vencido, o que tem um coeficiente positivo de sobrevivência para o grupo e para a população. Não culpemos Darwin, nem os cientistas honestos, da monstruosidade que construíram os apologistas do «neo-liberalismo», ou capitalismo desabrido e impiedoso, escondendo-se por detrás do nome do prestigiado cientista!

Eu tenho uma paixão - que dura a vida inteira - pela biologia, em particular, pelos mecanismos da evolução biológica, mas isso não significa que vá transpor as realidades de um plano, para outro. Vejo, com preocupação, que a biologização do discurso, é uma atualização da deturpação e travestimento do pensamento de Darwin. Isso ocorreu desde os finais do século XIX, até hoje.  Quando veem à baila expressões, como «seleção natural», ou «está no seu ADN», estas não têm qualquer valor genuíno. São expressões de ignorantes, que tentam convencer outros ignorantes. Usam termos sem critério, nem adequação. Os cientistas verdadeiros não são compreendidos nesta sociedade; não são sequer escutados, no meio da algazarra mediática que nos cerca, como na crise do COVID.

A política é sempre totalitária, na sua essência. Isto significa que os políticos se apropriam da totalidade dos domínios da vida: Apropriam-se dos vários ramos da ciência; de tudo o que é produtivo, na sociedade; das nossas mentes, das nossas vontades. O meu repúdio da política tem a ver com isso. Não é devido a indiferença em relação ao que se passa na sociedade; não se pode confundir com egoísmo disfarçado. 

Revolta-me que o povo, em geral, seja despojado do direito natural de «gerir a polis», o significado etimológico de política. Como é que os políticos fazem isto? Eu tento compreender como é que as pessoas se tornam «servas voluntárias», como é que aceitam ser remetidas a uma situação de irresponsabilidade, de infantilização. Compreender estes fenómenos, é do domínio da psicologia social. Mas, de facto, todos deveríamos nos debruçar sobre o assunto. Acredito que as pessoas que me lêem, se preocupam com isso. 

Parafraseando Orwell:

« Não há nada mais revolucionário que a verdade.»

                                                        «Alegoria da Verdade» por Edouard Debat-Ponsan. 

                  Ele ofereceu este quadro a Emile Zola, em apoio ao seu combate em defesa de Dreyfus.

Posted by Manuel Baptista at 17.3.22 10 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: Darwinismo, neo-liberalismo, psicologia social, servidão voluntária, totalitarismo

DECIDI COMPRAR UM POLÍTICO!! [MonaLisa Twins]




                  https://www.youtube.com/watch?v=_QAKz_cxTlQ


I bought myself a politician Cause I have never said I’d play it fair They’re currently on sale Just picked them up from Yale They're even cheaper if you take a pair And on a whim I also bought the opposition It’s better to be safe, you never know And then for even less I also bought the press To wrap it up and I was good to go Who would have thought that no one dared to stop me on my joyride (Oh what a joyride) Who would have thought that I could bring the whole world to its knees And now the time has come to buy my way into the limelight (Just got the time right) As universal scientist and generous philanthropist, my shopping list confirms my expertise I bought myself a politician Cause I have never said I’ll play it fair If they’re not on sale I pick them up from jail It doesn’t hurt to have a few to spare Who would have thought that no one dared to stop me on my joyride (Oh what a joyride) Who would have thought that I could bring the whole world to its knees And now the time has come to buy my way into the limelight (So I can shine bright) As universal scientist and generous philanthropist, my shopping list confirms my expertise If you look closely you can see I’m on a mission There’s something that I really wanna do I’m promising you health I’ll save you from yourself That’s how I’m gonna try To get you to comply Might even have to lie so that you will let me buy you too

Esta paródia do mundo da política e da sociedade, em geral, é somente um pouco exagerada. Elas divertem-me! Espero que a si também porque, além da sátira, são reais talentos. 

 Abaixo, 3 clips, com versões de canções de  The Beatles 



 






Posted by Manuel Baptista at 17.3.22 Sem comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: crítica, humor, MonaLisa Twins, musica pop, sátira, The Beatles

quarta-feira, 16 de março de 2022

QUEDA DA TAXA GERAL DE RENTABILIDADE DO CAPITAL; REALIDADE OU MITO?



Muitas pessoas têm uma pobre educação em ciência e estimam que as doutrinas marxistas se baseiam «na ciência». Ou até, acreditam que o marxismo é a «única interpretação verdadeira» da realidade social, económica e histórica. 
Sem dúvida, este complexo mental durou muito tempo, na Europa pelo menos, desde a fase do triunfo da revolução bolchevique, até aos tardios revolucionarismos marxizantes, com conotação "esquerdista": Trotskismo, Maoismo, Guevarismo,  Escola de Fanckfurt, Situacionismo, etc. 
Todas estas correntes têm algo do marxismo inicial, mas estranhamente, como aliás já tinha feito notar, enganam-se mesmo na essência do marxismo. Para se ser marxista hoje, seria antes de guardar o método, a metodologia, o primado da prática, não a fixação em dogmas. Esta fixação dogmática, auto-iludida é (ou foi) comum em regimes oficialmente «comunistas», como na URSS ou na República Popular da China e nos partidos e correntes comunistas, na sua confusão de «internacionais».

Primeiro, é preciso compreender o contexto geral em que Marx e seus seguidores produziram e difundiram suas doutrinas. Deve ter-se em conta os aspectos panfletários desses escritos, que não estão ausentes, mesmo e sobretudo, em textos de «polémica teórica». Mas, todas as discussões, com adeptos ou opositores, banhavam num mesmo paradigma, ou mentalidade predominante. Este contexto mental e ideológico, na época dos fundadores do marxismo, pode resumir-se numa palavra: «cientismo». 
O cientismo apropria-se dalguns resultados ou conceitos das ciências, para concatenar uma ideologia, supostamente «objetiva». Com isso, pretendem os polemistas «varrer» quaisquer objeções, invocando a «infalibilidade da ciência» (1).  
O cientismo, não é sinónimo de se ter em elevada estima a ciência e de querer estar o mais perto possível dos avanços práticos e teóricos das diversas ciências. Não; o cientismo é uma ideologia. Utiliza elementos da ciência (a sua embalagem, sobretudo) para fazer passar uma dada visão do mundo.
Entenda-se que eu NÃO digo que o marxismo, na sua análise do capitalismo, seja uma teoria completamente inútil, das que se pode «deitar para o caixote de lixo» ou, para «guardar na estante das obras que apenas conservam interesse para a história das ideias»! 
Mas, para tal, será necessário nos debruçarmos sobre a teoria marxista, contextualizando o seu teor às condições sociais e históricas em que surgiu, coisa que não irei fazer aqui, obviamente (2).

Apenas quero dirigir a minha atenção para um ponto, que aparece sempre, como se fosse uma verdade inapelável, uma «lei» das sociedades, da economia, da história. Estamos perante um fenómeno de assimilação acrítica, de «cientismo marxista». 
Com efeito, dificilmente nas fileiras marxistas se vê algum questionar do estatuto filosófico da «lei». Sobretudo do modo como é transposto das ciências físicas e naturais (Física, Química, Biologia...) para as ciências humanas: Economia, Sociologia, Psicologia, História. 
Este mecanicismo, aliás, fica completamente posto a descoberto com a constatação de que os conceitos supostamente científicos nunca são formulados de modo a que possam ser postos à prova da experiência («falsificáveis», segundo a terminologia de Carl Popper): 
Isso não é feito, pela simples razão de que não se trata de formular uma hipótese científica,  algo que é perfeitamente aceite no domínio da ciência, mas antes de impor uma afirmação dogmática que coloca o marxismo no mesmo plano que uma religião.

A questão da «lei» da taxa de lucro geral decrescente (3) do capitalismo é um absurdo, pois não existe qualquer maneira de medir propriamente essa taxa geral. 
Nós podemos avaliar a rentabilidade do capital num determinado projeto; podemos - fazendo extrapolações e inferências - alargar este conceito à rentabilidade geral num setor produtivo, mas será absurdo estar a calcular, por exemplo, a rentabilidade do capital investido em todos os setores e em diversos momentos históricos, num país ou em vários países.
Porque querer atribuir uma rendibilidade geral ao capital, que tem imensas vertentes (capital financeiro, capital fundiário, capital industrial, etc.), não faz sentido.  É como pretender decidir sobre o «gosto da fruta, em geral», juntando o sabor do ananás, da laranja, da pêra, do alperce, da uva, etc!
Aliás, se um capitalista deseja máxima rentabilidade para o capital investido, isso não significa que ele não seja capaz de diferenciar seus investimentos, em prazos mais largos, ou mais curtos. A lógica dum investimento no setor imobiliário, não é igual à dum investimento na bolsa de ações. Ora, não só a duração, como as rentabilidades típicas para estas 2 categorias, são muito diferentes.

A questão de se saber qual a rentabilidade geral do capital investido, quando olhada de perto, coloca imensos problemas, a começar por se determinar se o próprio conceito faz sentido. Só fará, caso se possa medir tal rentabilidade com critérios minimamente aceitáveis (consensuais). Aliás, no mundo real há imensos problemas que não são solucionáveis com generalizações. A complexidade do real é algo que não entra na cabeça de pessoas dogmáticas. 

Mas, as palavras pomposas dão a aparência de «explicação científica» a muitos ingénuos. Esta pseudo-explicação da "queda da taxa geral do rendimento do capital ao longo do tempo", é simplesmente um mito. Tanto mais que o capitalismo soube transformar-se e operar em domínios de atividade que ontém - já para não falar de há dois séculos atrás - não eram sequer conhecidos, ou sonhados. 

Admitindo que, geralmente, o propósito do capitalista individual seja o de maximizar a taxa de lucro, a verdade é que muitos capitalistas (e justamente, os maiores) têm a prudência de diversificar e colocar parte dos investimentos em algo, que possa ter um retorno mais baixo, mas que confere segurança. Correntemente, há todo um ramo da matemática e estatística aplicadas (ver as obras de Nassim Taleb, por exemplo) que se dedica a avaliar o risco e a ponderar a hipótese de lucro, com esse risco.  

Outra questão associada ao referido mito, tem a ver com algo que muitos (pseudo?) marxistas parecem não conhecer: Refiro-me ao capital fictício. Se, no tempo de Marx, existia especulação, se alguns se dedicavam a extrair lucros, sem acrescentar algo à esfera produtiva, tratava-se de um fenómeno bastante marginal, ao fim e ao cabo. Estava-se no auge do capitalismo industrial, em que os industriais tinham a mão de cima, dominando as outras esferas do capital e, mesmo, o Estado burguês. 
Defino o conceito de capital fictício, como o capital que resulta da especulação e não tem origem num fenómeno de criação de riqueza verdadeira, sob forma de mercadorias ou de serviços...
Na fase terminal do capitalismo que estamos agora a viver, disparou o enriquecimento por parasitismo (cronyism). Este, é um privilégio dos muito ricos e é levado a cabo com a participação plena das maiores instituições financeiras, os bancos «sistémicos» e «hedge funds» de maiores dimensões (Blackrock, Vanguard, etc.). Tal desvio de capital para vantagem de alguns (muito poucos) observa-se ao nível de monopólios, com as chamadas «rendas de monopólio»(4), mas também ao nível das operações de QE (FED e bancos centrais do Ocidente), com a inundação dos bancos (ditos) sistémicos com biliões e triliões de dólares. Tais somas servem para que estes especulem com toda a panóplia de ativos financeiros, eles próprios, ou emprestem (a baixo juro) às grandes empresas, que fazem a retro-compra das ações, para as fazer subir artificialmente. Estas manobras especulativas vão inflacionar os ativos financeiros (ações, obrigações, derivados), mas não vão acrescentar nada à capacidade produtiva das empresas. Os ativos financeiros descolaram completamente da realidade, deixaram de ter qualquer relação com a rentabilidade e o valor real das empresas e países respectivos. 
Forma-se, assim, um excedente de capital fictício. Este, não apenas se acumula, como vai sendo utilizado para tomar o controlo sobre tudo o que seja «interessante», desde empresas, a terras agrícolas. O capital que, anteriormente, seria canalizado para atividade produtiva fica a acumular-se em atividades especulativas, sem reflexo direto ou indireto na produtividade. Os empreendimentos produtivos ficam menorizados (5), há um défice real de investimento nos setores produtivos. 

A conceção marxista tradicional considerava que o valor concentrado no capital, era uma espécie de «trabalho congelado», fosse ele fundiário, imobiliário, das empresas e fábricas, dos equipamentos, mercadorias... Mas, também, concentrado no capital financeiro, no dinheiro líquido e em todos os ativos financeiros (ações, obrigações, outros títulos). Esta teoria do valor aguentou-se mais ou menos bem, enquanto o capitalismo não atingiu a fase da «financeirização». 
O que aconteceu, com a financeirização, a partir dos anos 80 do século passado, foi o avolumar da predação do capital financeiro sobre todas as outras esferas da vida económica e social. Observando a evolução do PIB nos diversos países, as atividades típicas do sistema bancário e financeiro tomaram a dianteira sobre a parte de formação de riqueza tangível, ou seja, os setores industriais que satisfazem necessidades básicas das pessoas.  
Não admira que o próprio poder político tenha caído refém do capital financeiro omnipotente. Ele criou um mecanismo de auto-reforço, visto que conseguiu levar o governo e restantes órgãos do Estado a produzir legislação benéfica para eles, mega-empresas, a dar-lhes vantagens fiscais, isenções diversas, créditos bonificados, uma fiscalização de atividade quase ausente, etc. 
O capital financeirizado é como o Ugolino que devora os seus próprios filhos.  

Bronze de Jean-Baptiste Carpeaux: Ugolino e seus filhos 


Não seria bom que as pessoas que se auto-intitulam marxistas, se debruçassem sobre a metodologia de análise, sem dogmas? Que os conceitos fossem vistos de modo dinâmico, cuja evolução deve sempre acompanhar de perto a realidade social e económica? 
Não é fácil, embora fosse ideal, aplicar o método científico a áreas do saber que -por natureza- são muito mais difíceis de abranger, pela simples razão de que não podem (ou não devem, por razões éticas e deontológicas) ser sujeitas a experiência científica, delimitada, controlada e avaliada pelo experimentador (Economia, Sociologia, História, Psicologia). 

Devemos dedicar-nos a aprofundar aspetos metodológicos e filosóficos do método científico. Lamento que alguns dos que se revestem da etiqueta de revolucionário, estejam bem mais precisados de descer das «nuvens revolucionárias» onde costumam situar os seus debates.
Não tenho nada contra as pessoas que sinceramente querem a revolução, pelo contrário. As que lutam e investem toda a sua energia na transformação do mundo. Se alguém pensa que o escrito acima tem uma centelha de desprezo pelos revolucionários de todas as sensibilidades, peço desculpa. O meu intento é o oposto, é o de clarificar. Porque vejo demasiada confusão mental em pessoas fundamentalmente honestas. Este escrito destina-se a ajudar ver a realidade das coisas. Se as pessoas virem a realidade sem vendas nos olhos,  serão mais capazes de um trabalho eficaz na construção da sociedade onde sejam abolidas a exploração do homem e a depredação da Natureza.    

---------------------------


(1) Tivemos um ressurgir recente dessa mentalidade, que se revelou com os ataques contra os objetores da narrativa padrão, sobre a epidemia de COVID e sobre a forma adequada de a tratar.
(2) Leitura perfeitamente em linha, note-se, com a teoria marxista genuína (por oposição à «vulgata»)
(3) Entre uma infinidade de artigos que citam a mesma «lei», escolhi este. Ele é um bom artigo, de Colin Todhunter, mas enferma do preconceito aqui tratado: https://off-guardian.org/2021/11/15/saving-capitalism-or-saving-the-planet/
(4) «Rendas de Monopólio» a expressão é do Prof. Michael Hudson; não tem nada que ver com o sentido trivial de «renda de casa».
(5) O capital disponível é desviado para especulação (por exemplo, auto-compra de ações) ou acquisições predadoras sobre empresas concorrentes. Nem num caso, nem no outro, são contribuições para o aumento ou diversificação da produção, ou para a inovação tecnológica. Estes investimentos produtivos são preteridos porque resultam num retorno de investimento mais baixo, ou a mais longo prazo.
Posted by Manuel Baptista at 16.3.22 2 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: activos financeiros, capital, capital financeiro, doutrina, extração de renda, filosofia, globalismo, lucros, Marx, método científico, monopólios, teoria, valor

10 sinais de que a Guerra na Ucrânia é parte do "Great. Reset"



Imagem: Objectivos «sustentáveis» que a ONU traçou para todas as nações para o horizonte de 2030 (a chamada «Agenda 2030»)

Nota de apresentação

As elites têm acesso a informação privilegiada, assim como às conclusões dos «think-tanks» que para elas trabalham. Estes equacionam, trabalham os temas, não propondo uma solução, mas um leque de soluções compatíveis com a realidade e com os objetivos de longo prazo que as mesmas elites traçaram. 

Se as elites traçassem objetivos para elas próprias, que implicassem apenas elas próprias, eu não teria nada a objetar. O problema é que decidem sobre a nossa vida, sobre biliões de vidas, sem se preocupar em saber o que queremos e como queremos construir o futuro. O futuro é com elas, a turba que se esfole para atingir os parâmetros necessários para se manter competitiva face aos robots ou androides que já povoam muitas empresas High-Tech.

O texto abaixo é uma análise muito interessante. Ela tenta decifrar, essencialmente, a agenda globalista. Faz conjeturas, mas baseadas em factos ou documentos públicos, que todos podemos consultar. Fica um retrato esquemático, mas creio que acertado, do futuro que a elite globalista reserva para o mundo de amanhã e para a humanidade.   

O título «10 sinais de que a guerra na Ucrânia é parte do Great Reset", descreve realmente o conteúdo deste documento. Ele parece ser o resultado de um trabalho coletivo, embora venha assinado como «um correspondente especial». Mas, parece-me, a análise vai muito além do momento que estamos vivendo. Está implícita uma  visão panorâmica dos últimos decénios, projetando-se para o futuro. O que se pode ler, para além da lógica da guerra e das elites globalistas que a desencadearam, é a  estratégia de longo prazo e o objetivo final traçado nas reuniões de Davos do WEF (Fórum Económico Mundial). 

Evidentemente, muito fica por determinar, pois tal «elite» de Davos não é omnipotente. A vontade dos povos e de muitas instâncias que se têm vindo a distanciar ou, mesmo, que se opõem ativamente a estes objetivos, não pode ser ignorada. Termino com um pensamento de Carl von Clausewitz, que cito de memória: «Todos os planos de estado-maior, mesmo os mais perfeitos e articulados, se desmoronam aos primeiros embates, entre os exércitos inimigos, no campo de batalha»

(Manuel Banet)

-------------------------------------------------------------------------------  

10 Signs the War in Ukraine is part of the Great Reset

A special correspondent



Welcome to the second phase of the Great Reset: war.

While the pandemic acclimatised the world to lockdowns, normalised the acceptance of experimental medications, precipitated the greatest transfer of wealth to corporations by decimating SMEs and adjusted the muscle memory of workforce operations in preparation for a cybernetic future, an additional vector was required to accelerate the economic collapse before nations can ‘Build Back Better.’

I present below several ways in which the current conflict between Russia and Ukraine is the next catalyst for the World Economic Forum’s Great Reset agenda, facilitated by an interconnected web of global stakeholders and a diffuse network of public-private partnerships.

1. The war between Russia and Ukraine is already causing unprecedented disruption to global supply chains, exacerbating fuel shortages and inducing chronic levels of inflation.


As geopolitical tensions morph into a protracted conflict between NATO and the Sino-Russia axis, a second contraction may plunge the economy into stagflation.

In the years ahead, the combination of subpar growth and runaway inflation will force a global economic underclass into micro-work contracts and low-wage jobs in an emerging gig economy.

Another recession will compound global resource thirst, narrow the scope for self-sufficiency and significantly increase dependence on government subsidies.

With the immiseration of a significant portion of the world’s labour force looming on the horizon, this may well be a prelude to the introduction of a Universal Basic Income, leading to a highly stratified neo-feudal order.

Therefore, the World Economic Forum’s ominous prediction that we will ‘own nothing and be happy’ by 2030 seems to be unfolding with horrifying rapidity.

2. The war’s economic fallout will lead to a dramatic downsizing of the global workforce.




The architects of the Great Reset have anticipated this trend for a number of years and will exploit this economic turbulence by propelling the role of disruptive technologies to meet global challenges and fundamentally alter traditional business patterns to keep pace with rapid changes in technology.

Like the pandemic, disaster preparedness in the age of conflict will rest significantly on the willingness to embrace specific technological innovations in the public and private spheres so that future generations can supply the labour demands of the Great Reset.

A recurring theme in Klaus Schwab’s Shaping the Future of the Fourth Industrial Revolution is that groundbreaking technological and scientific innovations will no longer be relegated to the physical world around us but become extensions of ourselves.

He emphasises the primacy of emerging technologies in a next generation workforce and highlights the urgency to push ahead with plans to digitise several aspects of the global labour force through scalable technology based solutions.

Those spearheading the Great Reset seek to manage geopolitical risk by creating new markets which revolve around digital innovations, e-strategies, telepresence labour, Artificial Intelligence, robotics, nanotechnology, the Internet of Things and the Internet of Bodies.

The breakneck speed in which AI technologies are being deployed suggest that the optimization of such technologies will initially bear on traditional industries and professions which offer a safety net for hundreds of millions of workers, such as farming, retail, catering, manufacturing and the courier industries.

However, automation in the form of robots, smart software and machine learning will not be limited to jobs which are routine, repetitive and predictable.

AI systems are on the verge of wholesale automation of various white collar jobs, particularly in areas which involve information processing and pattern recognition such as accounting, HR and middle management positions.

Although anticipating future employment trends is no easy task, it’s safe to say that the combined threat of pandemics and wars means the labour force is on the brink of an unprecedented reshuffle with technology reshaping logistics, potentially threatening hundreds of millions of blue and white collar jobs, resulting in the greatest and fastest displacement of jobs in history and foreshadowing a labour market shift which was previously inconceivable.

While it has long been anticipated that the increased use of technology in the private sector would result in massive job losses, pandemic lockdowns and the coming disruption caused by a war will speed up this process, and many companies will be left with no other option but to lay off staff and replace them with creative technological solutions merely for the survival of their businesses.

In other words, many of the jobs which will be lost in the years ahead were already moving towards redundancy and are unlikely to be recovered once the dust is settled.

3. The war has significantly reduced Europe’s reliance on the Russian energy sector and reinforced the centrality of the UN Sustainable Development Goals and ‘net zero‘ emissions which lies at the heart of the Great Reset.




Policymakers marching lockstep with the Great Reset have capitalised on the tough sanctions against Russia by accelerating the shift towards ‘green’ energy and reiterating the importance of decarbonisation as part of the ‘fight against climate change’.

However, it would be very short-sighted to assume that the Great Reset is ultimately geared towards the equitable distribution of ‘green’ hydrogen and carbon-neutral synthetic fuels replacing petrol & diesel.

While UN SDGs are crucial to post-pandemic recovery, more importantly, they are fundamental to the makeover of shareholder capitalism which is now being vaunted by the Davos elites as ‘stakeholder capitalism’.

In economic terms, this refers to a system where governments are no longer the final arbiters of state policies as unelected private corporations become the de facto trustees of society, taking on the direct responsibility to address the world’s social, economic and environmental challenges through macroeconomic cooperation and a multi-stakeholder model of global governance.

Under such an economic construct, asset holding conglomerates can redirect the flow of global capital by aligning investments with the UN’s SDGs and configuring them as Environmental, Social, and Corporate Governance (ESG) compliant so that new international markets can be built on the disaster and misery of potentially hundreds of millions of people reeling from the economic collapse caused by war.

Therefore, the war offers a huge impetus for the governments pushing the reset to actively pursue energy independence, shape markets towards ‘green and inclusive growth’ and eventually move populations towards a cap-and-trade system, otherwise known as a carbon credit economy.

This will centralise power in the hands of stakeholder capitalists under the benevolent guise of reinventing capitalism through fairer and greener means, using deceptive slogans like ‘Build Back Better’ without sacrificing the perpetual growth imperative of capitalism.

4. Food shortages created by the war will offer a major boon to the synthetic biology industry as the convergence of digital technologies with materials science and biology will radically transform the agricultural sector and encourage the adoption of plant-based and lab-grown alternatives on a global scale.


Russia and Ukraine are both breadbaskets of the world and critical shortages in grains, fertilisers, vegetable oils and essential foodstuffs will catapult the importance of biotechnology to food security and sustainability and give birth to several imitation meat start-ups similar to ‘Impossible Foods’ which was co-funded by Bill Gates.

One can therefore expect more government regulation to usher a dramatic overhaul to industrial food production and cultivation, ultimately benefiting agribusiness and biotech investors, since food systems will be redesigned through emerging technologies to grow ‘sustainable’ proteins and CRISPR gene-edited patented crops.

5. Russia’s exclusion from SWIFT (The Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) foreshadows an economic reset which will generate precisely the kind of blowback necessary for corralling large swathes of the global population into a technocratic control grid.


As several economists have opined, weaponizing SWIFT, CHIPS (The Clearing House Interbank Payments System) and the US Dollar against Russia will only spur geopolitical rivals like China to accelerate the process of de-dollarisation.

The main benefactor of economic sanctions against Russia appears to be China which can reshape the Eurasian market by encouraging member states of the Shanghai Cooperation Organisation (SCO) and BRICS to bypass the SWIFT ecosystem and settle cross-border international payments in the Digital Yuan.

While the demand for cryptocurrencies will see a massive spike, this is likely to encourage many governments to increasingly regulate the sector through public blockchains and enforce a multilateral ban on decentralised cryptocurrencies.

The shift to crypto could be the dress rehearsal to eventually expedite plans for programmable money overseen by a federal regulator, leading to the greater accretion of power in the hands of a powerful global technocracy and thus sealing our enslavement to financial institutions.

I believe this war will bring currencies to parity, therefore heralding a new Bretton Woods moment which promises to transform the operation of international banking and macroeconomic cooperation through the future adoption of central bank digital currencies.

6. This war marks a major inflection point in the globalist aspiration for a new international rules-based order anchored in Eurasia.


As the ‘father of geopolitics’ Halford Mackinder opined over a century ago, the rise of every global hegemon in the past 500 years has been possible because of dominance over Eurasia. Similarly, their decline has been associated with losing control over that pivotal landmass.

This causal connection between geography and power has not gone unnoticed by the global network of stakeholders representing the WEF, many of whom have anticipated the transition to a multipolar era and return to great power competition amid America’s receding political and economic influence and a pressing need for what technocrats call smart globalisation.

While America tries desperately to cling to its superpower status, China’s economic ascent and Russia’s regional ambitions threaten to upend the strategic axial points of Eurasia (Western Europe and Asia Pacific).

The region in which America previously enjoyed uncontested hegemony is no longer impervious to cracks and we may be witnessing a changing of the guard which dramatically alters the calculus of global force projection.

Although China’s ambitious Belt and Road Initiative (BRI) has the potential to unify the world-island (Asia, Africa and Europe) and cause a tectonic shift in the locus of global power, the recent invasion of Ukraine will have far-reaching consequences for China-Europe rail freight.

The Ukrainian President Zelensky claimed that Ukraine could function as the BRI’s gateway to Europe. Therefore, we cannot ignore China’s huge stake in the recent tensions over Ukraine, nor can we ignore NATO’s underlying ambition to check China’s rise in the region by limiting the sale of Ukrainian assets to China and doing everything in its capacity to thwart The Modern Silk Road.

As sanctions push Russia towards consolidating bilateral ties with China and fully integrating with the BRI, a Pan-Eurasian trading bloc may be the realignment which forces a shared governance of the global commons and a reset to the age of US exceptionalism.

7. With speculation mounting over the war’s long term impact on bilateral trade flows between China and Europe, the Russia-Ukraine conflict will catapult Israel – a leading advocate of the Great Reset – to even greater international prominence.


Israel is a highly attractive BRI market for China and the CCP is acutely aware of Israel’s importance as a strategic outpost connecting the Indian Ocean and the Mediterranean Sea through the Gulf of Suez.

Furthermore, the Chinese government has for many years acknowledged the primacy of Israel as a global technology hub and capitalised on Israel’s innovation capabilities to help meet its own strategic challenges.

Therefore, Naftali Bennet’s mediation between Moscow and Kiev is likely to factor the instrumental role of the Belt and Road Initiative (BRI) in expanding both China and Israel’s regional and global strategic footprint.

Israel’s status as among the leading tech hubs of the future and gateway connecting Europe and the Middle East is inextricably tied to the web of physical infrastructures, such as roads, railways, ports and energy pipelines which China has been building over the past decade.

Already a powerhouse in auto-technologies, robotics and cybersecurity, Israel aspires to be the central nation in the millennial Kingdom and the country’s tech startups are predicted to play a key role in the fourth industrial revolution.

Strengthening its evolving relationship with China amid the Russia-Ukraine crisis could help propel Israel into a regional hegemon par excellence with a large share of centralised economic and technological power converging in Jerusalem.

As Israel embarks on efforts to diversify its export markets and investments away from the United States, it begs an important question.

Is Israel in the formative stages of outsourcing its security interests away from the US and hedging its bets on the Sino-Russia axis?

8. It is now common knowledge that Digital IDs are a central plank in the World Economic Forum’s Great Reset agenda and are to be streamlined across industries, supply chains and markets as a way of advancing the UN 2030 SDGs and delivering individualised and integrated services in future smart cities.


Many have cottoned on to how such a platform can be used to usher in a global system of technocratic population control and compliance by incorporating humanity into a new corporate value chain where citizens are mined as data commodities for ESG investors and human capital bond markets and assigned a social and climate score based on how well they measure up against the UN SDGs.

This seamless verification of people and connected devices in smart environments can only take place once our biometrics, health records, finances, education transcripts, consumer habits, carbon footprint and the entire sum of human experiences is stored on an interoperable database to determine our conformity with the UN SDGs, thus forcing a monumental change to our social contract.

Vaccine passports were initially touted by public-private partnerships as an entry point for Digital IDs. Now that such a logic has run its course, how might the present geopolitical tensions contribute to scaling what is the key node in a new digital ecosystem?

Ukraine has traditionally been called Europe’s breadbasket and alongside Russia, both nations are major global suppliers of staple grains. Therefore, the war has all the makings of a black swan for commodities and inflation.

With an economy teetering on the brink of collapse due to a global supply crunch, I believe the resulting economic tremors will trigger wartime emergencies across the world and the public will be told to brace themselves for rationing.

Once this takes place, the multilateral adoption of Digital IDs which interface with Central Bank Digital Currencies can be touted as the solution to efficiently manage and distribute household rations under an unprecedented state of emergency and exception.

The Bank of England has already floated the prospect of programmable cash which can only be spent on essentials or goods which an employer or government deem sensible.

Once the issuer is granted control over how it is spent by the recipient, it will become nigh impossible to function adequately without a Digital ID, which will be required to receive food parcels and obtain a basic means of subsistence. Think UBI (Universal Basic Income).

If food inflation continues on an upward trajectory with no signs of abating, governments may institute price controls in the form of rationing and ration entries could be logged on blockchain ledgers on the Digital ID to track our carbon footprint and consumptive habits during a national emergency.

9. Europe is directly in the line of fire once a hybrid war between NATO and the Sino-Russia axis is underway.


It would be remiss to ignore the clear and present danger posed by a cyber attack on banks and critical infrastructure or even a tentative and tactical nuclear exchange with intercontinental ballistic missiles (ICBMs).

I can’t see how any warring party will not be limited by the doctrine of mutually assured destruction so a thermonuclear fallout is unlikely.

However, the use of remote access technologies to erase system memory from the SWIFT banking apparatus or Cross-Border Interbank Payment System can potentially render much of the international economy non-operational and send the dollar into a tailspin.

If an event of such cataclysmic proportions was to occur, it will undoubtedly lead to increasing demands to overhaul cyber security.

The fallout from such an event could very well establish a new global security protocol according to which citizens must possess a Digital ID as a necessary national security measure.

One can imagine how accessing the internet or public services in the aftermath of a nationwide cyberattack may require citizens to use a Digital ID to authenticate that their online activities and transactions are from a legitimate and non-malicious source.

There are few coincidences in politics.

10. The economic implications of this war will be so disastrous that governments and the public sector will require a significant injection of private capital to address the financing shortfall.


This will effectively render the traditional separation of powers between central banking institutions and governments obsolete, as the former will be positioned to disproportionately influence the fiscal trajectory of nation states, whose sovereignty will be hollowed out by the wholesale capture of governments by the central banks and hedge funds.

Therefore, the nation-state model is gradually being upended by a global technocracy, consisting of an unelected consortium of leaders of industry, central banking oligarchs and private financial institutions, most of which are predominantly non-state corporate actors attempting to restructure global governance and enlist themselves in the global decision-making process.

Therefore, the future of international relations and the social, economic and political transformation which the world is presently undergoing in light of the pandemic and Russia-Ukraine conflict will not be decided through multilateralism and elected representatives of sovereign states.

Rather, it will be decided through a network of multi-stakeholder partnerships which are motivated by the politics of expediency and not accountable to any electorate or beholden to any state and for whom concepts like sovereignty and international law are meaningless.

Originally published by Winter Oak


(copiado de https://off-guardian.org/2022/03/14/10-signs-the-war-in-ukraine-is-part-of-the-great-reset/  )


Posted by Manuel Baptista at 16.3.22 4 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: Agenda 2030, anti-globalismo, capitalismo de participação, China, Davos, Eixo Anglo-americano, Eixo Euroasiático, elites, Guerra, NATO, Novas Rotas da Seda, ONU, Rússia, transumanismo, Ucrânia, WEF

terça-feira, 15 de março de 2022

PROPAGANDA 21 [Nº12] NARRATIVA DO PODER + CENSURA + REPRESSÃO


«PROPAGANDA DO COVID E DA UCRÂNIA, E A TODO O VAPOR»

Neste podcast, Tom Mullen entrevista o Prof. Mark Crispin Miller. Ele refere brevemente sua difícil experiência de ser acusado por estudantes e colegas, ao ponto de ter de colocar um processo em tribunal, que o inocentou de tudo o que o acusavam, mas isso deve ter sido uma experiência muito desagradável. 

Fala também de Julian Assange que, ao mostrar a BRUTALIDADE da invasão do Iraque pelas forças americanas e aliadas, desmontou a narrativa de uma missão humanitária e do heroísmo das tropas ...



Como eu tenho dito, quando a classe dirigente está em apuros - no caso presente, pela monstruosa dívida, que pode destruir tudo - já não se preocupa com disfarces, com «liberdade de opinião», com garantias dos jornalistas, etc. Nestas circunstâncias, a inteligência crítica, a força da verdade, são demasiado perigosas para eles: atuam então, como fascistas e o sistema torna-se muito autoritário, conservando só as aparências da «democracia liberal».(*)

Oiça, o Prof. Mark Crispin Miller, no episódio 49 das conversas de Tom Mullen «Propaganda on Overdrive for Covid and Ukraine with Mark Crispin Miller» (link abaixo)

-------------------------------------------------------------------------

Tom Mullen Talks Freedom

Every revolution starts in the minds of the people

Skip to content
  • HOME
  •  
  • PODCAST
  •  
  • SUBSCRIBE
  •  
  • BIO
  •  
  • STORE
  •  
  • BOOKS
  •  
  • CONTACT

Episode 49 Propaganda on Overdrive for Covid and Ukraine with Mark Crispin Miller

 https://player.fm/series/series-3006169/episode-49-propaganda-on-overdrive-for-covid-and-ukraine-with-mark-crispin-miller



-------------------------------------------
(*) 
CONSULTE OS NÚMEROS ANTERIORES DA SÉRIE «PROPAGANDA 21»:

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/11/propaganda-21-n-11-farsa-da.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/10/propaganda-21-n10-como-desarmar.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/09/propaganda-21-violacao-das-consciencias.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/08/propaganda-21-n8-afeganistao-opio-e.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/08/propaganda-21-n-7-psicose-de-massas.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/08/propaganda-21-n6-como-se-fabrica-uma.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/propaganda-21-n5-prof-miller-fomos.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/propaganda-21-n4-black-outs.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/propaganda-21-n3-tudo-e-propaganda-mas.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/propaganda-21-n2-realidade-conveniente.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/propaganda-21.html
Posted by Manuel Baptista at 15.3.22 1 comentário:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: condicionamento, COVID, educação, esquerda, Julian Assange, manipulação, media, narrativa, Prof. Crispin Miller, repressão

segunda-feira, 14 de março de 2022

[Entrevista de Grayzone com Autora de Documentário] Como o golpe Maidan e o Russiagate, levaram à guerra na Ucrânia



https://thegrayzone.com/


 Enquanto esposa de George Papadopoulos uma figura-chave no «Russiagate», a procuradora Simona Mangiante Papadopoulos estava na primeira fila para a saga Trump-Rússia. Mangiante discute o papel de Russiagate em sabotar o diálogo diplomático dos USA com a Rússia e ativando a guerra por procuração que resultou do golpe de Maidan, em 2014. Este e outros temas são o objeto do seu novo filme documentário intitulado, "Ukraine: The Everlasting Present." [«Ucrânia: O Presente Eterno»]


Entrevistada: Simona Mangiante Papadopoulos. Procuradora e ex- conselheira jurídica da UE.

"Ukraine: The Everlasting Present"
https://vimeo.com/622363034
Posted by Manuel Baptista at 14.3.22 Sem comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: Documentário «Ukraine: The Everlasting Present», Grayzone, Simona Mangiante Papadopoulos, Ucrânia

PSICOPATOLOGIA DO PODER - [ARIANE BILHERAN]




 Ariane Bilheran, filósofa e psicóloga, com impressionante carreira científica e académica, é entrevistada para a cadeia «A Verdade em Marcha» ("La Vérité en Marche") sobre os aspetos mais ocultos do poder nos seus aspetos perversos narcísicos, psicóticos paranóicos e como nos podemos prevenir. A não perder!

[Em francês, para melhor compreensão, pode ser útil accionar as legendas automáticas em francês.]


Posted by Manuel Baptista at 14.3.22 4 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: Ariane Bilheran, Carl Jung, Guerra, infância, manipulação, nazismo, poder autoritário, Psicologia, sociologia, totalitarismo
Mensagens mais recentes Mensagens antigas Página inicial
Ver a versão para telemóvel
Subscrever: Mensagens (Atom)

Publicação em destaque

ALASDAIR MACLEOD: O PLANO DA CHINA ENVOLVENDO OURO, PARA A ERA PÓS-DÓLAR

Alasdair Macleod descreve, com rara clareza, a realidade dos fracassos de Trump no domínio económico e financeiro.  Anteriormente ao 2º mand...

Pesquisar neste blogue

Translate

Arquivo do blogue

  • ▼  2025 (171)
    • ▼  junho (13)
      • OS ÚLTIMOS DIAS DE GAZA (POR CHRIS HEDGES)
      • ALASDAIR MACLEOD: O PLANO DA CHINA ENVOLVENDO OURO...
      • CORONEL MACGREGOR: «A CREDIBILIDADE DE TRUMP ACABOU»
      • JACQUES BAUD: AS BAIXAS RUSSAS E UCRANIANAS
      • A FALSIFICAÇÃO DA HISTÓRIA DOS HEBREUS COM OBJETIV...
      • ÀS PALAVRAS RENUNCIEI [OBRAS DE MANUEL BANET]
      • O OCIDENTE E A SÍNDROMA DE NEGAÇÃO DA REALIDADE
      • U.E DESTRÓI A DEMOCRACIA POR DENTRO
      • «A ORDEM A PARTIR DO CAOS» ?
      • COMENTÁRIO AOS ATAQUES COM DRONES UCRANIANOS, A BA...
      • VILLA-LOBOS e Música da América Latina (Segundas-f...
      • CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL (Nº44): «Morrer dua...
      • WARWICK POWELL: «PODEM FICAR COM VOSSOS DÓLARES; N...
    • ►  maio (32)
    • ►  abril (31)
    • ►  março (35)
    • ►  fevereiro (28)
    • ►  janeiro (32)
  • ►  2024 (338)
    • ►  dezembro (33)
    • ►  novembro (34)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (33)
    • ►  agosto (26)
    • ►  julho (34)
    • ►  junho (29)
    • ►  maio (26)
    • ►  abril (22)
    • ►  março (27)
    • ►  fevereiro (29)
    • ►  janeiro (14)
  • ►  2023 (374)
    • ►  dezembro (23)
    • ►  novembro (40)
    • ►  outubro (34)
    • ►  setembro (30)
    • ►  agosto (33)
    • ►  julho (33)
    • ►  junho (31)
    • ►  maio (27)
    • ►  abril (30)
    • ►  março (32)
    • ►  fevereiro (25)
    • ►  janeiro (36)
  • ►  2022 (358)
    • ►  dezembro (31)
    • ►  novembro (32)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (29)
    • ►  agosto (29)
    • ►  julho (22)
    • ►  junho (27)
    • ►  maio (34)
    • ►  abril (30)
    • ►  março (33)
    • ►  fevereiro (29)
    • ►  janeiro (31)
  • ►  2021 (340)
    • ►  dezembro (28)
    • ►  novembro (30)
    • ►  outubro (24)
    • ►  setembro (26)
    • ►  agosto (31)
    • ►  julho (31)
    • ►  junho (35)
    • ►  maio (28)
    • ►  abril (29)
    • ►  março (29)
    • ►  fevereiro (26)
    • ►  janeiro (23)
  • ►  2020 (343)
    • ►  dezembro (29)
    • ►  novembro (28)
    • ►  outubro (23)
    • ►  setembro (27)
    • ►  agosto (22)
    • ►  julho (25)
    • ►  junho (25)
    • ►  maio (35)
    • ►  abril (32)
    • ►  março (38)
    • ►  fevereiro (27)
    • ►  janeiro (32)
  • ►  2019 (340)
    • ►  dezembro (28)
    • ►  novembro (30)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (34)
    • ►  agosto (28)
    • ►  julho (22)
    • ►  junho (27)
    • ►  maio (30)
    • ►  abril (28)
    • ►  março (31)
    • ►  fevereiro (24)
    • ►  janeiro (27)
  • ►  2018 (332)
    • ►  dezembro (25)
    • ►  novembro (26)
    • ►  outubro (25)
    • ►  setembro (29)
    • ►  agosto (32)
    • ►  julho (30)
    • ►  junho (30)
    • ►  maio (27)
    • ►  abril (27)
    • ►  março (30)
    • ►  fevereiro (22)
    • ►  janeiro (29)
  • ►  2017 (321)
    • ►  dezembro (29)
    • ►  novembro (25)
    • ►  outubro (26)
    • ►  setembro (22)
    • ►  agosto (19)
    • ►  julho (35)
    • ►  junho (26)
    • ►  maio (31)
    • ►  abril (22)
    • ►  março (26)
    • ►  fevereiro (28)
    • ►  janeiro (32)
  • ►  2016 (160)
    • ►  dezembro (24)
    • ►  novembro (22)
    • ►  outubro (17)
    • ►  setembro (17)
    • ►  agosto (20)
    • ►  julho (16)
    • ►  junho (22)
    • ►  maio (22)

PÁGINAS

  • Aviso ao leitor
  • CRÓNICAS DA IIIª GUERRA MUNDIAL
  • OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA
  • PROPAGANDA 21 - condicionamento de massas no séc. XXI
  • MITOLOGIAS
  • Segundas-feiras musicais (início: Maio 2024)
  • NO PAÍS DOS SONHOS
  • OPUS VOL. I (2016-2021)
  • OPUS VOL. II. (2022 - 2023)
  • OPUS VOL. III (2024)
  • Postfácio

MÚSICA NO BLOG

  • ATUAÇÕES AO VIVO
  • BACH & VIVALDI
  • HAENDEL
  • FROBERGER
  • JEAN-PHILIPE RAMEAU
  • CARLOS SEIXAS
  • AZNAVOUR
  • CHANSONS DE JACQUES BREL
  • GEORGES BRASSENS
  • FRANÇOISE HARDY - ULTIME HOMMAGE
  • Billie Holiday
  • Sarah Vaughan, the immortal
  • JAZZ SINGERS ANTHOLOGY [1]
  • JAZZ SINGERS ANTHOLOGY [2]
  • MEMÓRIAS - POP & ROCK
  • Dylan Originals
  • Dylan Songs Covers
  • TALENTOS LATINO-AMERICANOS
  • GUITARRA CLÁSSICA

Acerca de mim

A minha foto
Manuel Baptista
Ver o meu perfil completo

Número total de visualizações de páginas

I refuse to join any club that would have me as a member (Groucho Marx)
Tema Viagens. Com tecnologia do Blogger.