A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).
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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Apelo internacional de 1100 escritores para boicote das editoras de Israel

 Notícia de 28 de Outubro 2024, de que praticamente não se fala em Portugal e na União Europeia. Quem quiser estar informado, tem de obter informações de fontes estrangeiras, não censuradas. 

Denúncia internacional do genocídio em Gaza

Apelo de mais de 1100 autores de todo o mundo.

Muitos dos signatários do apelo são autores bem conhecidos nos países ocidentais. 

Eles recusam ser cúmplices pelo silêncio com as atrocidades cometidas pelo regime de Natanyahou, o contínuo genocídio da população de Gaza, a limpeza étnica dos palestinianos da Cisjordânia com vista à anexação de seus territórios, a guerra de agressão contra o Líbano.



quarta-feira, 13 de março de 2019

SAÍDA DE PESSOAL DIPLOMÁTICO DOS EUA, DA VENEZUELA, É UM MAU SINAL



                         

Ontem, Michael Pompeo, o Secretário do Governo Trump, decretou a retirada de todo o pessoal diplomático da Venezuela. Não creio que isso inclua os operacionais da CIA e das outras agências que estão apoiando as forças de oposição ao governo Maduro. Este é um sinal muito mau, em termos de perspectiva de uma actuação militar, em grande escala e com possibilidade de muitos mortos, como um bombardeio de Caracas, por exemplo. Numa circunstância dessas, o governo dos EUA não iria ter a possibilidade efectiva de garantir a segurança dos seus funcionários.
A agressão sob todas as formas, contra o governo legítimo de Maduro, atingiu o patamar mais elevado, com a sabotagem da rede eléctrica, cujo significado é muito claro; pretendem assim tornar a vida impossível aos milhões de cidadãos, pretendem propiciar o saque a supermercados e comércios, por forma a que a vida de todos os dias seja impossível, dado os comerciantes se irem embora; pretendem sobretudo, mostrar que têm capacidade em sabotar do interior as estruturas vitais de um país, mensagem sobretudo endereçada a um todo-poderoso exército, que se tem mantido do lado da legalidade, mas poderá (como no Chile!) bascular para o lado dos golpistas.
    
                  Blackout shuts down Venezuela’s oil exports
                  Acima: Uma artéria de Caracas durante o «apagão» 

A estratégia do imperialismo em relação à Venezuela tem sido clara:

  • Criar uma série de obstáculos através de sanções económicas e outras, sem porém cortar relações diplomáticas (fase do processo que tem já mais de uma dezena de anos).
  • Estrangular economicamente a Venezuela através de embargos de todo o género de mercadorias, desde material com uso militar até artigos de medicina e alimentos.
  • Fomentar o mercado negro desses produtos, que somente poderão ser adquiridos a troco de dólares. Assim, colocam em ruptura o abastecimento normal do país, infelizmente demasiado dependente de compras ao exterior, para toda a espécie de bens e mesmo de alimentos. Por outro lado, o desenvolvimento do mercado negro provoca a descida acelerada do Bolivar – a divisa do país – e inicia-se a fase de híper inflação.
  • A oposição, constantemente apoiada e financiada, exige eleições; estas têm lugar, mas a mesma oposição boicota-as, alegando que não são «democráticas». Isto passou-se assim, apesar dos observadores declararem que as eleições tinham sido regulares e de – aliás – ter havido uma candidatura de oposição, que se apresentou a escrutínio.
  • Uma campanha internacional insistente para deslegitimar o governo do presidente Maduro, em paralelo com o fomentar de manifestações de rua, cada vez mais violentas.
  • A declaração, em perfeita coordenação com Michael Pence, vice-presidente dos EUA, de que Guaidó – que fortuitamente, era presidente do parlamento- seria, daqui por diante, o Presidente-interino da Venezuela. Esta manobra tinha como objectivo criar um movimento de deslegitimação de Maduro, pelos acólitos dos EUA (dignamente, a Itália recusou).
  • A política de sanções e de guerra económica atinge o cúmulo, com o roubo de mais de 20 biliões de dólares, pertencentes ao Estado Venezuelano, assim como a recusa pelo Banco de Inglaterra em autorizar o repatriamento de ouro venezuelano, do qual tem a custódia. Estes actos são tipicamente pirataria económica, são actos totalmente ilegais face à lei internacional.
  • A recente sabotagem da rede eléctrica pública da Venezuela, mostra como os imperialistas dispõem de meios de sabotagem, que poderão ser ainda mais gravosos e instaurarem o caos. O que fizeram agora tem a seguinte mensagem explícita: «Ou derrubam Maduro, ou nós fazemos ainda mais e pior, tornando a Venezuela um inferno ingovernável». Esta mensagem dirige-se sobretudo à casta militar.
  • A ordem de saída de todo o pessoal diplomático da Venezuela, por Pompeo, surge como preparação para uma invasão ou um ataque militar aéreo ou algo semelhante, em preparação e na eminência de ser executado. Retiram o seu pessoal diplomático – também- para evitar que este possa servir como refém, se a guerra com tiros e bombas rebentar.