Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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terça-feira, 28 de setembro de 2021

[Yuja Wang] «Gretchen am Spinnrade» de Schubert / Liszt (e outras peças)

Esta transcrição pianística de Liszt, sobre um Lied muito célebre de Schubert, deve ser escutada no contexto literário que enforma a peça. Sobretudo, deve-se ler a versão original, com os versos do «Fausto» de Goethe, uma passagem em que Margarida (Gretchen) está na roda de fiar (Spinnrade).
Em cada peça [Gretchen am Spinnrade, Auf dem Wasser zu singen, Erlkönig] apresentada neste vídeo, Yuja Wang dá-nos uma interpretação leve, expressiva e totalmente adequada ao contexto emotivo/musical.



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

YUJA WANG INTERPRETA SCHERZO DE RACHMANINOV


                                      

Neste Scherzo, Rachmaninov transcreve para o piano a abertura (para orquestra) do «Sonho de uma Noite de Verão» de Mendelssohn 


A beleza da interpretação de Yuja Wang  é máxima, a meu ver. Os trechos interpretados por ela são como uma revelação. 

domingo, 26 de março de 2023

UM BANHO DE BELEZA

Também é importante, mesmo no meio de um mundo que está no estertor do colapso, de ancorarmos a nossa mente nas coisas belas que tem a vida. Estou a ouvir o 2º concerto para piano de Rachmaninov, interpretado magistralmente por Yuja Wang.

Para mim, é a perfeição na interpretação.
Os céus deram-nos tantas maravilhas, neste universo, que me deixa espantado, a estupidez dos humanos em não se satisfazerem com aquilo que há de belo, elevado, perfeito, quer na Arte, quer na Natureza.
Não vou fazer glosas sobre a estupidez e o desejo insaciável de alguns, de sempre mais poder e riquezas. Não vou insistir neste ponto.
Aqui quero que prevaleça a beleza pura, aquela que oferece o êxtase, ao ouvinte verdadeiro. Não é preciso ter feito estudos muito avançados em música, nem noutra arte, para apreciar a obra monumental deste concerto, em si mesmo.


Mas, este monumento sonoro é apenas mais um, de um número interminável de obras que nos legou o passado. Este passado revive magicamente sob os dedos de Yuja Wang.


Ao falar desta interprete e desta obra, não quero esquecer todas as horas de puro prazer que usufrui com outros interpretes e músicas: Posso voltar a elas com facilidade, graças à sofisticada técnica contemporânea de captação e reprodução do som.

Porém, tenho receio da técnica, pois ela nos pode dar instrumentos de morte, cada vez mais eficazes, mas por outro lado, é a técnica e a ciência que estão na base da reprodução fiel da música e da imagem; isso é também algo que não é suficientemente valorizado pelas pessoas, sobretudo as mais jovens.

Elas vivem num mundo maravilhoso, embora ameaçado pelas guerras e pelas catástrofes ambientais, mas não se apercebem plenamente, julgo eu, do maravilhamento de que falo.

Isto, porque eu pertenço a uma geração suficientemente antiga para se contentar com o gira-discos estéreo (grande maravilha!) e os discos de vinil. Em que os telefones eram objetos fixos, ligados a um fio (grande invenção!) e eram a única maneira prática de nos comunicarmos verbalmente à distância. Neste universo, a cor das imagens do cinema, não se tinha ainda vertido no écran do televisor.

Vivi num mundo onde - se quiseres saber algo do que se passa pelo mundo - tens poucas opções, o jornal e a rádio, e mesmo nos mais «livres» países, tinhas muito pouca variabilidade, sempre o mesmo espectro de opiniões políticas.

Agora, não digo que seja melhor, mas é tudo diferente. Os marcos dessa época são caducos, tão caducos como os da época de Beethoven, só para dar um exemplo.

Mas, existem constantes; existem aspetos profundos da mente, da psicologia, que se mantêm. Por isso, nós podemos encontrar sabedoria e «insight» psicológico em autores cujo quotidiano era totalmente diferente do nosso.

Pensemos em Balzac, Dostoievski, Eça de Queiroz, Charles Dickens e outros, muitos outros. Não é possível, nem interessa, ser exaustivo na lista da grande literatura mundial, mas é preciso incluir nela os países e as civilizações muito diferentes de onde vivemos.

Quando eu era criança deliciava-me com as obras de literatura que havia nas bibliotecas dos meus pais e das minhas avós. Lá encontrava-se todo o tipo de literatura, mas sobretudo o romance. Eu absorvia essas obras, com uma gula insaciável. Não me lembro de todos os autores e títulos de romances que li. Muito pouco ficou na minha memória.

No entanto, descobri (há poucos anos) que a transposição de uma obra da literatura, para o cinema ou televisão, era um empobrecimento, não apenas porque teria sempre de se cortar cenas e mesmo capítulos inteiros da obra escrita, como -sobretudo - porque nós, ao vermos as imagens, ouvirmos os diálogos, estamos a condicionar a mente a «ver» tal e tal personagem, tal e tal conteúdo, à maneira do realizador do filme. Não estamos a ver a obra em si mesma, mas uma leitura, que pode até ser genial, do conteúdo dessa obra.

Muitas imagens mentais que se formam no cérebro quando se lê um romance ou outra obra de ficção, são muito especiais, pois não estão apenas descritas no próprio texto, resultam também da reconstrução mental que o leitor faz daquele pedaço de literatura.

O universo mental é ainda mais rico do que aquilo que nos é dado perceber do mundo exterior, pelos sentidos.

É -sobretudo - infinitamente diversificado, varia de pessoa para pessoa e, mesmo na mesma pessoa, evolui, transforma-se ao sabor dos anos e das diversas leituras que se podem fazer.

Deixo-vos com uma belíssima voz, interpretando «Vocalise» de Serguei Rachmaninov









quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

YUJA WANG hoje, 25 Janeiro NA GULBENKIAN


A MELHOR PIANISTA MUNDIAL  


YUJA WANG é solista num concerto NA GULBENKIAN. Irá interpretar o concerto nº5 de Sergei Prokofiev com a orquestra Gulbenkian dirigida por Lionel Bringuier.

Sobre as obras do referido concerto, consultar: aqui

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

CONCERTO Nº3 DE RACHMANINOFF (AO PIANO, YUJA WANG)


                                  
                                  https://www.youtube.com/watch?v=FArWq5aBNfo

Yuja Wang oferece-nos a frescura duma interpretação original. Ela faz-nos descobrir novas maravilhas neste 3º concerto para piano de Rachmaninoff, o mestre absoluto do piano no século XX. 
A orquestra da Staatskapelle de Dresden, acrescenta o apoio inteligente indispensável, sob a direcção de Xian Zhang. 

sexta-feira, 22 de março de 2024

CONCERTO PARA PIANO Nº1 DE FRANZ LISZT

 

Martha Argerich, no máximo da criatividade expressiva. Tenho dificuldade em descolar desta interpretação, embora conheça outras, de qualidade.

As análises valem o que valem, os juízos de valor idem; podeis ler muitas e diversas opiniões, consultando a Internet.
Para mim, este concerto tem algo de revigorante. Tem a capacidade de me fazer olhar para as coisas com otimismo e com o sentido do relativo, devido ao seu efeito humorístico.
Como é humorística, de facto, a moldagem da matéria sonora, nesta obra! Há uma sucessão rápida de temas, no primeiro andamento, mas isso não me soa a extravagante, ou a demasiado extrovertido.
Imagine, o leitor, que estivesse a assistir a um filme*: A atenção do auditor é desviada de um para outro plano, de um naipe da orquestra para o solo de piano, e vice-versa. O mais espantoso, afinal, é que não se trata de um mero exercício virtuosístico.
Diz-se que a grande arte é a que parece muito «fácil»: É, de facto, o caso deste concerto, um condensado de energia telúrica, de otimismo e surpresa, do princípio ao fim. Liszt escreveu este concerto ao longo de 19 anos, só o dando a conhecer ao público na estreia,em 1855.
Portanto, não se deixe distrair: Oiça os cerca de vinte minutos deste concerto, com concentração total. É um bom tónico, excelente para relaxar músculos demasiado tensos, para infundir otimismo e afastar ideias deprimentes!
____
*
 Liszt compôs esta obra várias décadas antes do aparecimento do cinema.

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Algumas obras de Liszt, neste blog:




segunda-feira, 16 de outubro de 2023

ELEGIA DE RACHMANINOFF (piano - YUJA WANG )




 A Elegia de Rachmaninoff é a música que se apresenta à minha memória, agora, que tenho diante dos olhos a destruição, causada pela estupidez humana. 

 
O seu tranquilo pathos penetra nos poros do espírito e pode aliviar - um pouco - o sofrimento da pessoa sensível. Quem ama verdadeiramente a música, deve sentir compaixão pelo sofrimento alheio. Quem vê a tragédia e se revolta, é alguém que conservou a sua humanidade.
Mas a humanidade estará em extinção? Eu não creio estarmos perante isso, embora estejamos a viver momentos negros da História humana, tal como muitos outros, infelizmente.
Acredito na beleza e no seu efeito no coração dos que tiveram a coragem de afirmar a fidelidade aos valores éticos, por cima dos interesses e das ambições mesquinhas. 

quinta-feira, 21 de março de 2019

MESTRE DOMENICO SCARLATTI COMPÔS...

A MÚSICA SUBLIME PRECISA DOS MELHORES INTERPRETES

                   K 27 - Sonata in B minor                                   Harpsichord: Scott Ross



                   K466 - Sonata F minor

                   Piano: Yuja Wang



                                         

                   K11 - Sonata C minor 

                   Guitar: Andres Segovia

                                          

quinta-feira, 29 de junho de 2023

CONCERTO PARA PIANO Nº1 DE MENDELSSOHN - YEOL EUM SON

                                                  
                                               https://www.youtube.com/watch?v=RLHIbskboxo


Yeol Eum Son realiza uma proeza de virtuosismo ao vivo, na execução deste concerto, com a leveza incrível, que faz da audição um fluxo constante de prazer. 

Mendelssohn compôs este concerto, assim como a 1º Sinfonia (Italiana), com apenas 22 anos.  O otimismo, a energia e o humor desta peça têm sempre, em mim, um efeito tonificante. Não sendo destituído de subtileza, nem de momentos de nostalgia é -no seu todo- uma espécie de «hino triunfal» à vida!


PS: Há um vídeo com a interpretação de Yuja Wang . Os leitores poderão ouvir e comparar, para escolherem a interpretação que mais lhes agrada

sábado, 25 de agosto de 2018

ELEGIA DE RACHMANINOFF


Elegie Op.3, nº1 em Mi bemol menor


             Yuja Wang, performance inexcedível, perfeita! 

O próprio Rachmaninoff deixou-nos uma gravação desta peça. 
Vale a pena ouvir... boa qualidade do som!




sexta-feira, 5 de maio de 2017

WANG, MENDELSSOHN, TALEB E O «DAR O CORPINHO AO MANIFESTO*»

(*HAVING YOUR SKIN IN THE GAME)

Eis um ponto muito importante, a razão pela qual eu não tenho a mínima consideração por certas pessoas, que se arvoram em defensoras de ideias... as quais, nalguns casos, até compartilho!
... é que elas não dão o corpinho ao manifesto, como explica Taleb, aplicando esta noção aos intervencionistas...


Seja-me permitido ilustrar o assunto dando o exemplo contrário:




 Yuja Wang, o maestro e os músicos da orquestra que interpretaram magistralmente este concerto para piano de Mendelssohn e o próprio compositor... deram o corpinho ao manifesto:


 Com efeito, como poderiam eles fazer de outro modo? Expõem-se à critica, aos aplausos ou pateada do público, estão vitalmente dependentes do que fazem e de como o fazem. 



Não tenho nenhuma hesitação em dizer que os admiro e respeito muito acima de outros contemporâneos: políticos, opinadores, académicos, generais, «CEOs», etc. Mesmo os artistas com talento bem mais modesto que os exemplos aqui escolhidos são superiores, moralmente, aos que - desde um lugar seguro - comandam as tropas, no sentido próprio ou figurado.