quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

A PAZ DOS CEMITÉRIOS



                             

Tive uma estranha sensação, há alguns anos, quando visitei o cemitério da ONU, na Coreia do Sul, local onde estão depositadas as cinzas dos soldados que se bateram na guerra da Coreia sob a bandeira da ONU. É que, ao percorrer as alas de campas, estavam lá as bandeiras das nações que enviaram tropas do lado dos EUA/Coreia do Sul, mas não do lado oposto. 

Nem na morte, nem sob a bandeira da ONU (supostamente, organização unificadora de todos os países) havia um tratamento igual. Seriam estes mortos mais, ou exclusivos «merecedores» da nossa memória? Não seria isso perpetuar a guerra, mesmo pretendendo defender a paz? 

Afinal, qual o papel desta grande organização internacional? Será de palco para diálogos frutíferos entre regimes diferentes, em prol da paz... ou de conveniente capa, para «justificar» a actuação duma nação super-potência, que quer sujeitar todas as outras, mesmo as aliadas?

Igual também seria a minha tristeza, se tivesse ocasião de visitar o cemitério militar britânico, onde, como nos conta John Pilger, são homenageados militares e civis que perderam a vida em quadros de guerra até hoje, mesmo que em guerra não-declarada, mesmo nos atentados terroristas, em operações especiais, secretas e encobertas. 

Porém, onde estão homenageadas as que foram vítimas dos britânicos, incluído as numerosas vítimas civis da fria e impiedosa máquina de matar, mesmo quando accionada por outras mãos, que não britânicas, mas usando material feito e vendido pelo Reino Unido? Onde está o «humanismo», a nação «civilizada», que discrimina - mesmo na morte - contra os que caíram em luta, mas que estavam do lado «errado»? E os chamados «danos colaterais», as centenas de milhares de inocentes, civis de todas as idades, credos e condições, sacrificados aos deuses da guerra?

O Mahatma Gandhi respondeu o seguinte a um jornalista que lhe perguntou qual a sua avaliação da civilização ocidental: «Civilização ocidental? Uma excelente ideia! Oxalá que a venham a por em prática... ».... Esta réplica veio-me à memória, no momento presente.
Neste momento, a propaganda da media e dos mercadores de canhões, juntamente com a das marionetes que - de Washington a Berlim, passando pelo quartel-general da NATO em Bruxelas- querem convencer-nos da «necessidade» e «justeza» de guerra contra povos (como o russo ou o chinês, ou ainda o iraniano), cujos governos estão em situação defensiva, mas são pintados como grandes ameaças contra as nações ocidentais e seu modo de vida... 

E, não estou a falar de guerra futura, mas sim, presente: da guerra híbrida onde sanções, golpes orquestrados, actos de sabotagem, assassinatos, provocações e ataques de falsa-bandeira, fazem tantas ou mais vítimas (sobretudo, civis inocentes) do que uma guerra declarada, usando exércitos e toda a parafrenália militar. 

Tal como nos meses que antecederam as duas guerras mundiais, vão aumentando os orçamentos de «defesa», acumulando os instrumentos de morte, colocando estes próximo das fronteiras do «inimigo»; vão-se deixando caducar ou denunciam-se tratados cujo objectivo era diminuir a hipótese de confronto entre potências; intensificam-se bloqueios e sanções, totalmente ilegais face à legalidade internacional, que dizem respeitar. 
Sobretudo, vai-se intensificando a retórica belicista, com dois objectivos: 
1º O condicionamento massivo da opinião pública dos países do «eixo ocidental», para assim calar toda a dissidência, criminalizar todo o discurso de paz, de bom-senso ...
2º Obrigar os países que querem permanecer neutrais a escolher o campo «ocidental», sob ameaça de também eles serem sujeitos ao mesmo tratamento que os designados por «maus da fita»...

Não há solução para uma situação assim, enquanto as pessoas comuns não acordarem, enquanto não perceberem que terão de reagir de forma enérgica, pondo em cheque os planos mortíferos dos governos e das «alianças militares». 

Senão, estão destinadas a ser carne-para-canhão, porque a guerra é um óptimo meio, que têm os poderosos, para subjugar, tanto os povos «inimigos», como os nossos e de nossos aliados.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

UM SACO CHEIO DE NADA

                     

Para Klaus Schwab e seus epígonos, as pessoas deviam estar felizes por não possuir nada. Como devem ser infelizes estes multimilionários, com seus milhares de acções cotadas em bolsa, suas centenas de milhões de investimentos financeiros, nas suas casas apalaçadas! 

Devem ter uma vida muito triste! 

Talvez se consolem pelo facto de arcarem com a responsabilidade de gerir esses bens. 

Ao fim e ao cabo, embora nós não tenhamos compreendido, eles são o supra-sumo do humanitarismo, os benfeitores da Humanidade. 

Sabia que Bill Gates tem advogado que as vacinações dos 7 mil milhões de seres humanos, seriam muito benéficas para a humanidade em geral, pois calculava que isso permitiria uns «15% de redução da população mundial» ? E que Melinda Gates afirmou recentemente «que não previra que houvesse tantas consequências sociais desagradáveis (para os outros, não para ela) dos lockdowns»? 

- Pois, nós humanos, somos uns ingratos, não sabemos estar agradecidos a estes grandes filantropos. Sem a sua filantropia, onde iria parar a indústria farmacêutica? Onde iriam os doentes obter medicamentos e os médicos, como poderiam tratar os pacientes? Pois, realmente as farmacêuticas merecem os biliões que ganham com as suas vacinas. São muito bem entregues a estas instituições, que não têm outros propósitos, senão nos dar saúde! 

- Enfim, o que querem? Não se pode - simultaneamente - pagar com dinheiro do orçamento, vacinas por um lado e, por outro, camas de cuidados intensivos, nos hospitais. Não se podem - simultaneamente - fornecer ajudas aos industriais, para não despedirem face à paralisia da produção (causada pelos governos) e garantir o preenchimento das vagas de pessoal do Serviço Nacional de Saúde, médicos, auxiliares, enfermeiros e técnicos especialistas ...  

- E se as vacinas não funcionam? Se causam mais mal do que a doença que iriam prevenir? Não se deve ser alarmista, deve-se considerar que tudo vai correr pelo melhor, no melhor dos mundos possíveis. As pessoas que colocam quaisquer objecções são SEMPRE incompetentes, malévolas e fanáticas anti-vacinas... enfim, o pior!

-  Aliás, pensa-se que as pessoas vão ser periodicamente vacinadas, pois a imunidade ao COVID se esvai passados poucos meses e tanto melhor. Assim, aprenderão a ter seu «carnet de imunidade» em dia. Este, claro, ficará associado a um micro-chip, inserido de forma invisível e indelével no braço. Assim, as pessoas não poderão tentar fazer-se passar por vacinadas, quando não o foram. 

- Tudo está muito bem programado, não fossem os nossos benfeitores competentes e diligentes. Eles até se prepararam num exercício, para uma pandemia causada por um vírus (diferente, mas parecido com o SARS-Cov-2). Teve lugar nos finais de 2019 (Out-Nov.) e chamou-se Event 201

- Este evento e outros, como ID2020 (da Fundação Rockfeller, de 2010), para o qual foram convidados muitos dirigentes, de farmacêuticas, da saúde, de governos, de empresas e da media, permitiram que ficassem preparados para o que iria - sem dúvida - acontecer. Apenas, não se sabia exactamente em qual data.

Agora, estamos a meio do «Great Reset» financeiro, em que metade das empresas de pequena e média dimensão estão falidas, em todo o Mundo dito desenvolvido, preparando assim a era da digitalização total dos serviços e do próprio dinheiro. 

- Este será uma cripto-moeda, mas não uma independente, feita por pessoas privadas. Serão cripto-moedas emitidas pelos bancos centrais: em breve, será a única moeda admitida. Mas isto apenas será um passo em direcção à integração vertical das economias, sob a direcção global de instituições totalmente desinteressadas, como o Fórum Económico de Davos, o FMI, a ONU, etc, etc... 

- Por fim, as pessoas acordarão e verão que a «Nova Ordem Mundial», que espíritos mesquinhos e pessimistas anunciavam como uma espécie de «fascismo global», nada mais é que a evolução natural das sociedades ... 

Todas as regras preparadas pelos governantes para a nossa consoada e outras reuniões de Natal e Réveillon do Ano Novo, são obviamente (!) para o nosso bem, para não haver a disseminação de horrorosos vírus, especialmente os vírus da solidariedade humana, da fraternidade, do pensamento crítico e da discussão livre.

Quanto a prendas, meninos e meninas, «um saco cheio de nada»!

... E aprendam a fazer como o jovem que aparece no site de Davos: sorri, enquanto verifica que nada possui... afinal é «feliz». 

sábado, 12 de dezembro de 2020

A CRISE MUNDIAL DE CORONA ...E «GREAT RESET» UM LIVRO POR MICHEL CHOSSUDOVSKY

Esta caricatura por Large + JIPÉM  explica a nossa situação:

Rato No 1: “Vais Fazer-te Vacinar?”,

Rato No. 2: «Estás Doida, Eles Nem Acabaram os Testes nos Humanos»

Chamo a atenção no meu blog para este livro, na esperança que seja lido por um máximo de pessoas interessadas em compreender a difícil situação  mundial em que estamos.

Link para o livro:

The 2020 Worldwide Corona Crisis: Destroying Civil Society, Engineered Economic Depression, Global Coup d’État and the “Great Reset”

Global Research E-Book, Centre for Research on Globalization (CRG)


Um pequeno excerto do livro:

COVID-19 is Déjà Vu. Lets not be taken in again. 

There are important lessons to be learnt from the 2009 H1N1 Pandemic

The COVID-19 “pandemic” is far more serious and diabolical than the 2009 H1N1. The COV-19 pandemic has provided a pretext and a justification for destabilizing the economies of entire countries, impoverishing large sectors of the World population. Unprecedented in modern history.

And it is important that we act cohesively and in solidarity with those who are victims of this crisis.

People’s lives are in a freefall and their purchasing power has been destroyed.

What kind of twisted social structure awaits us in the wake of the lockdown?

Can we trust the World Health Organization (WHO) and the powerful economic interest groups behind it. The answer is obvious.

Can we trust the main actors behind the multibillion dollar global vaccination project?

Can we trust the Western media which has led the fear campaign?

Disinformation sustains the lies and fabrications.

Can we trust our “corrupt” governments? Our national economy has been devastated.

In recent developments, the Covid vaccine is being implemented in number of countries.

Dr. Wolfgang Wodarg who revealed the fraud behind H1N1 is actively involved together with Dr. Michael Yeadon in the campaign against the Covid-19.


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Ver video apresentando queixa criminal contra X para esclarecer a questão das vacinas contra o COVID: https://www.youtube.com/watch?v=U6rCJgIqOeA


sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

[Daniel Estulin] O FMI e o Consenso de Washington



 Neste vídeo, Estulin descreve as políticas do chamado «consenso de Washington», particularmente dirigidas à ex-URSS. Estas políticas provocaram a destruição da economia, submetendo-a à hegemonia do dólar, de modo a arregimentar totalmente a Rússia ao capitalismo financeiro. 
Neste processo, houve uma hecatombe dos mais pobres na Rússia (a esperança de vida desceu de modo acentuado), enquanto Wall Street se enchia dos despojos deste riquíssimo país. 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

CORRUPÇÃO SISTÉMICA e o IMPÉRIO de ISABEL DOS SANTOS

                       


Uma série de investigações internacionais, levadas a cabo pelo International Consortium of Investigative Journalists, em Janeiro deste ano, revelou ao público internacional a rede de conivências que permitira durante decénios a construção, consolidação e expansão do Império de Isabel dos Santos, filha do ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos. 
Eduardo dos Santos presidiu em Luanda a um Estado corrupto, enfeudado à ex-URSS enquanto ela existiu e, rapidamente virando, para a protecção dos EUA, depois da desintegração do regime soviético. 
Este Estado angolano, lutando durante décadas, após a independência de Portugal, com um grupo de guerrilha dissidente (e pró-ocidental), a UNITA, de Jonas Savimbi, acabou por se tornar não só uma ditadura (corrupta como todas o são), mas uma ditadura onde os militares, em todos os assuntos tinham um papel muito grande. 
Assim, os contratos no âmbito da exploração do petróleo (em Cabina), os que diziam respeito à extracção de diamantes (na Lunda) e outros, desde extracção de minerais e  matérias-primas à banca, passavam por complexas e opacas redes de influência, no centro das quais se encontrava Isabel dos Santos, com acesso directo ao poder, influenciando decisões, inclusive tendo contratos talhados para favorecer suas empresas e grupos de negócios.
Neste conjunto de negócios, que se poderiam caracterizar como rede mafiosa, extraindo rendimentos chorudos à custa do Estado angolano e dos seus recursos, havia negócios em Portugal. 
Não eram poucos: desde participações em bancos (BIC, BPI), empresas (ex.: a empresa com projecção internacional EFACEC), a um conjunto de participações, como na GALP (petróleos e refinação) e numa série de outras fontes de rendimento. 
Esta vasta rede de interesses, tinha a apoiá-la gabinetes de consultoria, gabinetes de advocacia e vários políticos das diversas forças partidárias, que ajudavam Isabel dos Santos nos seus negócios, não apenas portugueses, mas internacionais. 
Para quem conhece bem Portugal, não surpreende o que está explicitado na longa investigação do International Consortium of Investigative Journalism. 
É verdade que, além da justiça angolana, a justiça portuguesa, assim como a doutros países, tomaram medidas. 
Porém, o aspecto chocante é que as conivências óbvias de que Isabel dos Santos beneficiou e que não eram segredo para ninguém, não têm - aparentemente - sofrido qualquer incómodo. 
Mas, se gabinetes de advogados, políticos, membros da administração de bancos, altos funcionários do Estado... colaboraram na estratégia de Isabel dos Santos, de fuga organizada aos impostos para «paraísos fiscais» e múltiplas outras operações de duvidosa legalidade, como é possível estes não serem indiciados
Como não se abre investigação para desvendar o seu grau de colaboração, se houve ou não conivência nos crimes que Isabel dos Santos efectuou? 
Mesmo que sejam crimes relevantes somente para o Estado de Angola e para o seu povo, sem consequências gravosas para Portugal, um criminoso é sempre um criminoso e alguém cúmplice dum crime tem uma quota-parte de responsabilidade criminal no assunto.  

Portugal, nominalmente um Estado de Direito, na prática é uma espécie de paraíso para criminosos das altas esferas financeiras, para a criminalidade económica. 
Isso é bem claro para muitos. Quem tiver interesse em aprofundar o assunto, aconselho o livro «Corrupção» do jornalista Eduardo Dâmaso. Ele retraça a história da corrupção em Portugal, no pós 25 de Abril de 74. Neste livro, percebe-se que a impunidade deste tipo de crimes foi planeada, a legislação teve sempre «alçapões» através dos quais era fácil escapar às malhas das justiça. Houve sempre impotência - mantida intencionalmente - da polícia e dos tribunais em operacionalizar a investigação deste tipo de crimes. 
É, porventura, esta característica que atraiu «Isabel e seu gang» a Portugal, mais que pelo facto de ser o país ex-colonial, ou pelos laços de afinidade, de língua, etc... 
Sobressai, na escolha de Isabel e dos seus acólitos, o facto de Portugal ser o país da impunidade, em termos de criminalidade financeira. 

Penso que o universo de pessoas envolvidas nas redes mafiosas que extraíam milhares de milhões, ao longo dos anos, ao Estado angolano e os investiram em lucrativos negócios em Portugal e em todo o mundo, deve ser grande. 
Mas, infelizmente, muitas são pessoas consideradas «intocáveis», que possuem alavancas suficientes no Estado, para conseguir que não sejam inquietadas. Se o forem, sabem como desviar os golpes, eventualmente fazendo a vida negra ao polícia atrevido ou ao juiz insolente, que ousou questionar a sua «integridade». 
De resto, escasseiam pessoas com coragem para desmascarar e acusar, com fundamento, aqueles que têm o poder.

Portugal é um país com corrupção sistémica. Isso já era bem conhecido há longo tempo. Mas, pondo-se a nu toda a rede criminosa de Isabel dos Santos, veio corroborar o que já se sabia. Veio também mostrar que esta corrupção endémica e sistémica persiste, até aos dias de hoje.

 As pessoas têm de tomar conhecimento de que, na fraude e corrupção, este país do extremo ocidental da Europa, se assemelha mais aos países do chamado Terceiro-Mundo, do que aos seus parceiros da União Europeia. 

ILHAS / RECIFES DE CORAIS EM CRESCIMENTO, SEGUNDO ESTUDO NEOZELANDÊS

 


Não apenas os alarmistas do clima estavam totalmente errados quanto à possibilidade de ilhas serem «comidas» pelo mar, como a degradação irreversível dos recifes de corais não se verifica, mas antes o contrário (pelo menos, nos casos noticiados).

Se isto não o/a convence que nos andam a manipular com notícias alarmistas sobre o clima, desde há mais de 20 anos, com os mesmos falsos exemplos e com ar muito sério, como se fossem dados absolutamente seguros...então, eu tenho um óptimo negócio para si, de uma ponte, belíssima, que pode ser sua!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

MÉTODO CIENTÍFICO ; «SER CIENTÍFICO NO DIA A DIA»

 Neste mundo, em que estão constantemente a atirar-nos à cara com o «veredicto da ciência» e quem o faz são - geralmente- pessoas completamente falhas de experiência científica verdadeira, meros manipuladores da opinião pública, torna-se indispensável compreender realmente o que é e o que não é ciência.

Por exemplo, quando vos dizem «provado cientificamente», lembrem-se que a ciência nunca prova nada (Gregory Bateson):

Com efeito o caminhar da ciência, não é o do matemático demonstrando que A= B, ou seja, mostrando que é verdadeira uma equação. Isso é possível em Matemática, essa meta-ciência, que apenas lida com símbolos, com teoremas, etc. Mas, mesmo isso afinal, é válido apenas dentro de um conjunto de axiomas. Não é válida a afirmação de que duas rectas paralelas nunca se encontram, senão dentro dos postulados (axiomas) da geometria euclidiana.Na geometria riemanniana (de B. Riemann), isso simplesmente não é válido. Ao fim e ao cabo, em Matemática, usa-se o termo «demonstração», sabendo-se perfeitamente que é dentro de um conjunto de axiomas (ou postulados). Quando se diz que tal solução «é verdadeira», subentende-se «...dentro do sistema axiomático no qual a demonstração é efectuada».

Mas, ao contrário da Matemática, todas as ciências físicas e naturais, são relativas ao mundo real, a objectos do mundo real.

A «experiência científica» não é uma experiência vivencial comum. Nós todos - seja qual for a nossa situação - «experimentamos», num certo sentido. A linguagem é polissémica, é ambígua e o significado de uma palavra, de uma frase, muda completamente, consoante o contexto em que é proferida. 

Se eu disser que experimentei ou que testemunhei, que vi ou que presenciei algo, isso não quer dizer necessariamente que estive a fazer uma experiência científica, válida segundo as metodologias adequadas para determinado ramo das ciências. Pode ser que sim, mas apenas num contexto muito particular. Só nesse contexto particular e explícito,  meu interlocutor perceberá que eu quero comunicar o resultado de experiência ou observação, cientificamente válida.  

Os aldrabões que enxameiam os media, sejam eles do «mainstream» ou «alternativos», não têm preocupações nenhumas em veicular as informações com rigor. Se, eventualmente, vêem ou ouvem algo, que confira uma aparência de verdade à sua tese, estão logo prontos a afirmar taxativamente que têm a «prova» de que A é a «verdade científica» e que B está totalmente invalidado...

A isto se chama propaganda, uso manipulador de teorias ou de hipóteses:  podem ser  - em si mesmas - válidas cientificamente, mas o que eles fazem é distorcer, truncar, enfeitar, algo que até pode ser respeitável no seu âmbito. 

O caso conhecido e com consequências por vezes trágicas, é o constante apelo à teoria da Evolução, mas não a um verdadeiro raciocínio de ciência evolutiva, antes à utilização de chavões e ideias-feitas, completamente alheias a Darwin ou outros eminentes cientistas, passados ou presentes.  Digo que esse uso da ciência da Teoria da Evolução para fins de propagar uma ideologia tem consequências trágicas, pois os colonialistas a usaram para perpetuar seu domínio sobre povos colonizados, fazendo valer o pseudo facto que eles eram como «crianças», que estavam num estádio de evolução atrasado, que o homem branco tinha a responsabilidade de os «guiar» para a civilização.  

                    Visão europeia sobre rituais «selvagens»

Igualmente, o racismo mais desabrido dos nazis, os levou ao genocídio de judeus e de ciganos...Mas, note-se, que infelizmente, numa forma mais ou menos diluída, esta ideologia racista foi «apanágio» de todas as sociedades «civilizadas» (ou seja europeias, ou de origem europeia) durante mais de um século. 

No presente, usa-se a capa da ciência para impor uma visão absurda, tanto no domínio climático, como no domínio da epidemiologia.

No domínio da climatologia, sabemos que as oscilações mais ou menos profundas da temperatura do globo são caracterizadas pela conjunção de fenómenos astronómicos, como a influência de planetas sobre a excentricidade do movimento de translação terrestre (ciclos de Milankovic), ou os ciclos nas manchas solares, irradiando mais energia em certas ocasiões em relação  a outras, etc. 

                      Influência dos ciclos sobre rotação da Terra

Inclusive, o tão propalado efeito de estufa, o qual é real (nenhum cientista veio jamais negar a sua existência), tem como característica que muito do excesso do dióxido de carbono libertado para a atmosfera provém de mudanças nas correntes submarinas, ainda mal compreendidas, com ciclos de longa duração, da ordem das várias centenas e não de dezenas de anos. 

Na utilização da ciência climática (tal como no caso da Evolução), os propagandistas têm apenas apresentado alguns dados, muitos deles derivados de modelos computacionais, fazendo com que o público seja induzido a pensar que «esteja provado» que o CO2 antropogénico é o factor principal (senão mesmo o único!) no aquecimento global. 

Mas, este esforço ideológico não corresponde a nenhum verdadeiro comprometimento com uma transformação das actividades produtivas no sentido de mais respeito pelos ecossistemas e não por em cheque a sustentabilidade da vida no planeta. 

Não! Isso é apenas a capa com que querem levar as pessoas a aceitar um retrocesso da sua qualidade de vida, enquanto a elite se mantém usufruindo de bens colectivos sem qualquer preocupação senão se perpetuar a ela própria e seu estilo de vida de privilégio. 

Desde a Conferência do Rio (1992) que andam a propalar os mesmos alertas, os mesmos figurões de sempre. Nem sequer são cientistas de profissão, em geral: são, maioritariamente, homens e mulheres de negócios, dos media ou políticos...Mas reparem que os orçamentos militares das grandes potências continuam a crescer assustadoramente, a utilização de aviões a jacto (muitos deles militares) continua em crescendo, as descargas poluentes - que matam rios, lagos, mares e oceanos - continuam, as desflorestações para produção de soja e outras forragens, nunca pararam de crescer... etc...

Outra patranha é a do recente episódio do coronavírus, que foi aproveitado pela mesma «elite» para fazer de nós todos «cobaias». Sendo o pior de tudo, o modo como a população dos mais diversos países, aterrada, se submeteu quase sem resistência, à tirania imposta pelos governos, inclusive aos confinamentos, ao recolher obrigatório e a todo o cortejo de restrições absurdas*. 

                       Iluminura do tempo da peste bubónica

Com isso, trataram de anular, na prática, a liberdade e os meios de subsistência de milhões de pessoas. 

Pois esta grande «experiência», por parte da oligarquia destina-se a avaliar até que ponto a população se conformará, nos tempos conturbados de crise económica sistémica, que todos os economistas anunciam, significando isso despedimentos, falências e seus corolários de fome, de revoltas e insurreções ... 

A ciência consiste numa metodologia que pode ser colocada ao serviço do comum dos mortais, enquanto instrumento crítico de análise. Como método para não cairmos nas armadilhas da propaganda disfarçada. 

Com efeito, se te contam algo, deves ter cuidado em não aceitá-lo «de chapa», mesmo que venha aparentemente de fonte «insuspeita». Mesmo com as melhores intenções, as pessoas enganam-se e - sem qualquer intuito maligno - enganam por sua vez os outros. O espírito crítico deve exercer-se, mesmo e talvez sobretudo, quando os que propagam determinada ideia nos pareçam confiáveis. Ou, quando a ideia, em si mesma, nos pareça sedutora, próxima do nosso sentir, das nossas convicções...

Depois, perante um conjunto de informações e leituras sobre determinado tópico, constatarás que existem várias interpretações dos dados. Haverá pessoas e correntes a afirmarem determinada coisa como evidência  e outras a descartarem ou negarem a veracidade de tal coisa. 

Naturalmente, acabas por te inclinar a favor de uma hipótese, mais do que das outras. Isto, em si mesmo, não é nefasto. Só é nefasto se - rigidamente - te colares/fixares nessa hipótese. Se a tal hipótese for vista como provisória e susceptível de revisão ou até, no limite, como susceptível de ser descartada, então manterás os olhos do espírito abertos para novos dados e novas interpretações. 

Assim, estás realmente a aplicar o espírito científico ao quotidiano, minimizando as hipóteses de seres levado pela propaganda disfarçada, que te dá uma impressão de «ciência» e, afinal, mais não é que uma hábil maneira de te convencer de algo. 

Quando alguém te vem falar de «consenso científico»,  lembra-te: na ciência não há consenso; há teorias discordantes, hipóteses diversas, há debate (e por vezes, até polémica) constante entre especialistas. Se houvesse «consenso científico» como critério de verdade... 

... ainda pensaríamos que a Terra está no centro do Universo: o consenso científico na época, era contrário às teorias de Galileu.

... que a relatividade é uma fantasia: quando Albert Einstein emitiu a sua teoria da relatividade, os cientistas achavam que a física de Newton era o quadro definitivo da realidade.

...etc, etc. 

Certas pessoas são muito poderosas, capazes de influenciar instituições como a ONU ou a OMS. Graças a esta última, eles têm influência sobre  os Estados para lhes  sugerir estratégias e inclusive impor vacinas sem qualquer garantia nem de eficácia, nem de inocuidade, contra o SARS-Cov-2.

Tal como os governos, esses muito ricos (bilionários) não nos dizem o que os move, não são sinceros. Para ler a sua agenda é preciso compreender a sua trajectória, vermos os seus «feitos», não os discursos, sabermos quais os valores deles (o globalismo, o eugenismo, o elitismo). 

A partir daí, devemos enquadrar com o que se passa  para compreendermos globalmente.

         Querem convencer-nos de que as vacinas são a «única» salvação

A minha intenção não é induzir-te a pensar assim ou assado. A missão dum espírito livre, sem preconceitos de qualquer espécie, é científica na sua essência. Com efeito, no mundo real, temos sempre um número de dados restrito ao nosso dispor. Mas, para avançar temos de dar como válido, provisoriamente, aquele conjunto de dados de que dispomos. Se formos flexíveis, à medida que se avança, que os acontecimentos se desenrolam, vão surgir - necessariamente - dados novos, que permitem refinar ou modificar nossa visão das coisas. 

É isso que chamo ser científico no dia a dia.


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O Prof. Didier Raoult, em entrevista recente, considerava as medidas de gestão da crise do COVID - confinamentos, quarentenas, etc. - PIORES que as práticas da IDADE MÉDIA

Ver também a recente invalidação dos artigos científicos que estiveram na base do uso do teste PCR para o Covid.