sexta-feira, 10 de abril de 2020

J. P. SWEELINCK - «Mein junges Leben hat ein End»

                                         https://www.youtube.com/watch?v=18E6DhWRIS0

O Prof. Börsing interpreta a peça num órgão Noorlander Valotti.

                        


Jan Peterson Sweelinck (1562-1621) é o músico mais conhecido e importante nos Países Baixos, da época do final do Renascimento e dos princípios do Barroco, época designada por Maneirismo.
A sua influência ultrapassou muito as fronteiras do seu país, pois teve como discípulos distintos músicos da Alemanha do Norte e do Centro, assim como de Inglaterra e França. 
O português Manuel Rodrigues Coelho e o castelhano Hernando de Cabezón (filho de António de Cabezón), embora não se possam considerar seus discípulos, têm traços estilísticos, nalgumas peças, que revelam influência do mestre neerlandês.

Esta é uma série de variações sobre a canção que dá título. Neste tipo de peça - tema com variações - o tema, seja ele profano ou sacro, irá sofrer transformações, onde a linha melódica pode ser mais ou menos alterada e ornamentada, fala-se aqui de «glosa» ou de «divisão». Também existem variações que incidem sobre o acompanhamento, a harmonia ou o ritmo. 
As variações são uma importante base para o desenvolvimento histórico da música instrumental, iniciada um século antes da peça aqui apresentada, como se pode verificar pelo reportório ibérico da primeira metade do século XVI: numerosas canções foram transpostas para instrumentos de tecla, vihuela (uma forma de alaúde tipicamente ibérica) ou harpa. 
As variações sobre obras vocais (profanas ou sacras) tornaram-se, assim, parte do reportório específico para os instrumentos de tecla (órgão, clavicórdio, cravo). 
Enquanto a peça polifónica vocal (que fornece a base) é apresentada no início sem «floreados», mais ou menos como era cantada por pequenos conjuntos vocais, as variações vão incidindo sobre vários aspectos, superficiais e/ou estruturais da canção. 
Nesta procura de surpresa e de exibição da habilidade de tanger, desenvolveram-se técnicas e linguagens específicas para os diversos instrumentos de tecla.


quarta-feira, 8 de abril de 2020

terça-feira, 7 de abril de 2020

AVALON JAZZ BAND: «DON'T GET AROUND MUCH ANY MORE» (Corona vírus edition!)

Um bem conhecido standard do jazz «remis au goût du jour»! 



E uma pequena surpresa extra, o romântico «Bésame mucho»!



[ Manlio Dinucci] A NATO PEGA EM ARMAS PARA «COMBATER O CORONAVÍRUS»


                                


Os 30 Ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO (Luigi Di Maio, em representação da Itália), que se reuniram, em 2 de Abril, por videoconferência (1) encarregaram o General norte-americano Tod Wolters, Comandante Supremo Aliado na Europa, de “coordenar o apoio militar necessário para combater a crise do coronavírus”.
É o mesmo general que, no Senado dos Estados Unidos, em 25 de Fevereiro passado, declarou que “as forças nucleares apoiam todas as operações militares USA, na Europa” e que ele é “um defensor de uma política flexível do primeiro uso” de armas nucleares, ou seja do, ataque nuclear de surpresa. (2) (“ O Doutor Strangelove cuida da nossa saúde", il manifesto, 24 de Março). (3)
O General Wolters é o Comandante Supremo da NATO, na qualidade de Chefe do Comando Europeu dos Estados Unidos, portanto, faz parte da cadeia de comando do Pentágono, que tem prioridade absoluta. Quais são as suas regras rígidas, confirma-o um episódio recente: o Capitão do porta-aviões Roosevelt, Brett Crozier, foi afastado do comando porque, perante a propagação do coronavírus a bordo, violou o segredo militar ao solicitar o envio de ajuda. (4)
Para “combater a crise do coronavírus”, o General Wolters tem “corredores preferenciais para vôos militares através do espaço aéreo europeu”, onde os vôos civis quase desapareceram. Os corredores preferenciais também são usados pelos bombardeiros americanos do ataque nuclear B2-Spirit: em 20 de Março, decolaram de Fairford, em Inglaterra, juntamente com caças noruegueses F-16, rumo ao Árctico, em direcção ao território russo (5). Deste modo - explica o General Basham, da Força Aérea dos EUA na Europa – “podemos responder, rápida e eficazmente, às ameaças na região, demonstrando a nossa determinação em levar o nosso poder de combate para qualquer lugar do mundo”. (6
Enquanto a NATO está comprometida em “combater o coronavírus” na Europa, dois dos principais aliados europeus, a França e a Grã-Bretanha, enviam os seus navios de guerra para as Caraíbas. O navio de ataque anfíbio Dixmund partiu de Toulon para a Guiana Francesa, em 3 de Abril, para o que o Presidente Macron define como “uma operação militar sem precedentes”, denominada «Resiliência» no contexto da «guerra ao coronavírus». (7) O Dixmund pode desempenhar a função secundária de navio hospitalar com 69 camas, 7 das quais para terapia intensiva. O papel principal deste navio enorme, de 200 m de comprimento e com uma ponte de voo de 5000 m2, é o de ataque anfíbio: ao aproximar-se da costa inimiga, ataca com dezenas de helicópteros e meios de desembarque que transportam tropas e veículos blindados. Características semelhantes, embora em menor escala, tem o navio britânico RFA Argus, que zarpou, em 2 de Abril, para a Guiana Britânica (8
Os dois navios europeus posicionar-se-ão, nas mesmas águas das Caraíbas, perto da Venezuela, onde está a chegar a frota de guerra - com os mais modernos navios de combate costeiro (construídos, também, pela Leonardo italiana, para a Marinha dos EUA) e milhares de fuzileiros navais - enviados oficialmente pelo Presidente Trump para impedir o tráfico de drogas. Ele acusa o Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, “de se aproveitar da crise do coronavírus para aumentar o narcotráfico com o qual ele financia o seu narco-Estado". (9)
O objectivo da operação, apoiada pela NATO, é fortalecer o aperto do embargo para estrangular economicamente a Venezuela (um país com as maiores reservas de petróleo do mundo), cuja situação é agravada pelo coronavírus que começou a espalhar-se. O objectivo é depor o Presidente Maduro, eleito regularmente (sobre cuja cabeça os USA colocaram uma recompensa de 15 milhões de dólares) (10) e instaurar um governo que conduza o país para a esfera de domínio USA. Não se pode excluir que possa ser provocado um incidente que sirva de pretexto para a invasão da Venezuela.
A crise do coronavírus cria condições internacionais favoráveis a uma operação deste tipo, talvez apresentada como “humanitária”.
Manlio Dinuci

il manifesto, 7 de Abril de 2020



(9) https://nypost.com/2020/04/02/us-to-deploy-navy-near-venezuela-to-stop-drug-trade 



COMMUNIQUÉ ON THE CONFERENCE OF 25 APRIL









DECLARAÇÃO DE FLORENÇA
Para uma frente internacional NATO EXIT, 
em todos os países europeus da NATO


Manlio DinucciGeógrafo e geopolitólogo. Livros mais recentes: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018; Premio internazionale per l'analisi geostrategica assegnato il 7 giugno 2019 dal Club dei giornalisti del Messico, A.C.

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO

segunda-feira, 6 de abril de 2020

MALONEY PREVIU A CATÁSTROFE QUE SE ABATE SOBRE A ECONOMIA

Mike Maloney é um excelente divulgador e educador de noções básicas sobre economia, finança e políticas monetárias. 
Tenho acompanhado desde há anos seus vídeos e artigos. 
Caso não o conheça, ainda é tempo de o conhecer:

                                   https://www.youtube.com/watch?v=E7r7nTVmdLc&t=396s



                                         https://www.youtube.com/watch?v=P4_1pwsm5LY