segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

VARIABILIDADE SOLAR E CLIMA


PARA UMA INTRODUÇÃO GERAL SOBRE CLIMATOLOGIA PELA PROFª. JOANNA D. HAIGH (Física que estuda os registos de temperaturas, a circulação oceânica e o aquecimento global) consulta o video abaixo:


A climatologia é uma ciência complexa, que tem beneficiado dos avanços em astronomia, geologia, em tecnologia de satélites artificiais e noutros domínios associados.

A professora Haigh, do Imperial College, apresenta o básico da sua ciência de modo claro e inteligível para  não iniciados. [Quem entende o inglês falado pode captar bem o que ela diz; a sua dicção é boa.]

domingo, 8 de dezembro de 2019

«A Batalha», centenário: Apresentação de livro sobre Stuart & mesa-redonda

Na próxima terça-feira, 10 de Dezembro, pelas 18 horas, o livro
Renda barata e outros cartoons de Stuart Carvalhais n'A Batalha
será apresentado na Biblioteca Nacional de Portugal, por Nuno Saraiva.

Com concepção gráfica de Joana Pires.

Co-edição A Batalha / Chili Com Carne

PVP: 10€ (8€ para assinantes do jornal)

Pedidos podem ser feitos para o nosso email: jornalabatalha@gmail.com
No mesmo dia, na mesma biblioteca, o plano de festas é o seguinte:

15h00
Abertura
Visita guiada à exposição Centenário do jornal A Batalha

16h00
Mesa-Redonda | Moderação de António Cândido Franco
Imprensa e Edição Libertárias no Portugal de Hoje

jornal A Batalha
revista A Ideia
jornal Mapa
revista Flauta de Luz
revista Erva Rebelde
Portal Anarquista
Projeto Mosca
Barricada de Livros
Letra Livre
Textos Subterrâneos
BOESG
17h00
António Sérgio, o jornal A Batalha e as organizações operárias da Primeira República, por Quintino Lopes

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

CIMEIRA NATO, REFORÇA-SE O PARTIDO DA GUERRA [MANLIO DINUCCI]



                            NATO London summit

Macron falou de "morte cerebral" da NATO, outros definem-na como “moribunda”. Será que estamos, portanto, diante de uma Aliança que, sem uma cabeça pensante, está a desmoronar-se devido a fracturas internas? As brigas na Cimeira de Londres parecem confirmar tal cenário. No entanto, é necessário olhar para o âmago, para os interesses reais em que se fundamentam as relações entre os aliados.
Enquanto, em Londres, Trump e Macron discutem sob o olhar das objectivas, no Níger, sem tanta publicidade, o US Army Africa (Exército dos EUA para a África) transporta nos seus aviões de carga, milhares de soldados franceses e os seus armamentos, para vários postos avançados na África Ocidental e Central, para a Operação Barkhane, em que Paris lança 4.500 soldados, sobretudo das forças especiais, com o apoio das forças especiais dos EUA, também em acções de combate. Ao mesmo tempo, os drones armados Reaper, fornecidos pelos EUA à França, operam a partir da Base Aérea 101, em Niamey (Níger). Da mesma base, levantam voo os Reaper da US Air Force Africa (Força Aérea dos EUA para África), que estão agora redistribuídos na nova base 201, de Agadez, no norte do país, continuando a operar em conjunto com os franceses.
O caso é emblemático. Os Estados Unidos, a França e outras potências europeias, cujos grupos multinacionais competem para conquistar mercados e matérias primas, convergem quando os seus interesses comuns estão em jogo. Por exemplo, aqueles que têm no Sahel, riquíssimo em matérias primas: petróleo, ouro, coltan, diamantes, urânio. Mas agora os seus interesses nesta região, onde as taxas de pobreza estão entre as mais elevadas, estão ameaçados pelos levantamentos populares e pela presença económica chinesa. Daí o Barkhane que, apresentado como uma operação antiterrorista, força os aliados numa guerra de longa duração com drones e forças especiais.
O aglutinador mais forte que mantém a NATO unida é o interesse comum do complexo industrial militar de ambos os lados do Atlântico. Ele sai fortalecido da Cimeira de Londres. A Declaração final fornece a principal motivação para um aumento adicional da despesa militar: “As acções agressivas da Rússia constituem uma ameaça à segurança euro-atlântica”. Os Aliados comprometem-se não só a elevar a sua despesa militar a, pelo menos, 2% do PIB, mas a destinar, no mínimo, 20% dessa verba para a compra de armamentos. Objectivo já alcançado por 16 dos 29 países, entre os quais, a Itália. Os USA investem, para esse fim, mais de 200 biliões de dólares em 2019. Os resultados podem ser vistos. No mesmo dia em que se desenrolava a Cimeira da NATO, a General Dynamics assinou com a US Navy, um contrato de 22,2 biliões de dólares, ajustável a 24 biliões, para o fornecimento de 8 submarinos da classe Virgínia, para operações especiais e missões de ataque com Mísseis Tomahawk, também com ogiva nuclear (40 por submarino).
Acusando a Rússia (sem nenhuma prova) de ter instalado mísseis nucleares de alcance intermédio e de ter, assim, destruído o Tratado INF, a Cimeira decide “o reforço adicional da nossa capacidade de nos defendermos com uma combinação apropriada de capacidades nucleares, convencionais e anti-mísseis, que continuaremos a adaptar: enquanto houver armas nucleares, a NATO permanecerá uma aliança nuclear”. Neste contexto, insere-se o reconhecimento do Espaço como o quinto campo operacional; por outras palavras, anuncia-se um programa espacial militar da Aliança, extremamente caro. É um cheque em branco dado em unanimidade, pelos Aliados, ao complexo industrial militar.
Pela primeira vez, com a Declaração da Cimeira, a NATO fala do “desafio” proveniente da crescente influência e da política internacional da China, sublinhando “a necessidade de enfrentá-la como uma Aliança”. A mensagem é clara: a NATO é mais do que nunca necessária a um Ocidente cuja supremacia está hoje a ser desafiada pela China e pela Rússia. Resultado imediato: o Governo japonês anunciou ter comprado, por 146 milhões de dólares, a ilha desabitada de Mageshima, a 30 km das suas costas, para usá-la como um local de treino de caça-bombardeiros americanos instalados contra a China.

il manifesto, 6 de Dezembro de 2019


Manlio DinucciGeógrafo e geopolitólogo. Livros mais recentes: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018; Premio internazionale per l'analisi geostrategica assegnato il 7 giugno 2019 dal Club dei giornalisti del Messico, A.C.
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

R. DYENS - Versões para guitarra solo de música latina

Nestas versões, Roland Dyens, compositor e interprete (1955-2016), vai criar um ambiente próprio, que não trai, mas é uma recriação, do trecho que é transcrito. Embora seja muito célebre (e com justiça), o seu «Tango em Skai», eu tenho um prazer inesgotável em ouvir as versões para guitarra de...





TANGO EM SKAI DE ROLAND DYENS INTERPRETADO POR YASUJI OHAGI:




FELICIDADE, INTERPRETAÇÃO DE ROLAND DYENS:

                                         


ALFONSINA Y EL MAR, INTERPRETAÇÃO DE ROLAND DYENS:

                                         


BACHIANAS BRASILEIRAS, INTERPRETAÇÃO DE ROLAND DYENS:



quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

PREVISÕES DE SAXO BANK PARA 2020

                             


Estas «Outrageous Predictions» do Saxo Bank são, afinal de contas, um somatório de acontecimentos julgados improváveis mas não impossíveis de acontecer. Caso algum deles se concretizar, deverá ser muito perturbador dos mercados e da economia. 


A previsão nº10, da China lançar uma moeda de reserva que afaste a dependência do sistema monetário internacional do dólar (como se vê na imagem junta) não me parece nada improvável. 

Os bancos centrais da China e da Rússia, nomeadamente, já ensaiam soluções de cripto-moedas controladas pelos bancos respectivos.

Por outro lado, ergueram uma réplica do FMI e do Banco Mundial, o Asian Infrastructure Investment Bank, um banco que tem sido vector essencial no desenvolvimento das Novas Rotas da Seda.

A quantidade de ouro detida pela China não é, de facto, conhecida. Muitos analistas consideram que seja muito maior que a quantidade oficialmente indicada. 

A China lançou recentemente e pretende ver alargada a utilização de seus instrumentos próprios de dívida, a curto e médio prazo, análogos aos bilhetes do tesouro e às obrigações do tesouro dos EUA. 
Serão análogos, só com uma pequena diferença: são remíveis em ouro físico, na bolsa de Xangai. 

Veremos, ao longo de 2020, quais as previsões «extravagantes» do Saxo bank, que se afigurem acertadas...

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

[Manlio Dinucci] CIMEIRA LANÇA NATO NO ESPAÇO


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A Cimeira lança a NATO no Espaço,
custos até às estrelas
Manlio Dinucci


Realiza-se em Londres, em 4 de Dezembro, o Conselho Atlântico Norte dos Chefes de Estado e de Governo, que celebra o 70º aniversário da NATO, definida pelo Secretário Geral, Jens Stoltenberg, como “a aliança mais bem sucedida da História”.

Um “sucesso” inegável. Desde a demolição através da guerra, da Federação Jugoslava, em 1999, a NATO alargou de 16 para 29 países (30, se agora incluir a Macedónia do Norte), expandindo-se para Leste, muito próxima da Rússia. “Pela primeira vez na nossa História - sublinha Stoltenberg - temos tropas prontas para combate no Leste da nossa Aliança”. Mas a Organização do Tratado do Atlântico Norte foi além disso, estendendo as suas operações bélicas às montanhas afegãs, e através dos desertos africanos e do Médio Oriente.

Agora a Grande Aliança ambiciona mais. Na Cimeira de Londres – anuncia, antecipadamente,  Stoltenberg - os dirigentes dos 29 países membros “reconhecerão o Espaço como nosso quinto campo operativo”, que se junta ao terrestre, ao marítimo, ao aéreo e ao ciberespaço. “O Espaço é essencial para o sucesso das nossas operações”, sublinha o Secretário Geral, deixando perceber que a NATO desenvolverá um programa espacial militar. Obviamente, não fornece detalhes, mas informa que a NATO assinou um primeiro contrato de 1 bilião de dólares para modernizar os seus 14 aviões AWACS. Eles não são simples aviões radares, mas centros de comando voadores, produzidos pela Boeing americana, para a gestão da batalha através de sistemas espaciais.

Certamente, quase nenhum dos líderes europeus (para a Itália, o Primeiro Ministro Conte) que, em 4 de Dezembro, “reconhecerão o Espaço como o  nosso quinto campo de operativo”, conhece o programa espacial militar da NATO, preparado pelo Pentágono e pelos altos comandos militares europeus subordinados, juntamente com as principais indústrias aeroespaciais. Muito menos sabem os Parlamentos, como o italiano, que aceitam qualquer decisão da NATO, sob comando USA, sem se preocupar com suas implicações político-militares e económicas.

A NATO é lançada no Espaço no prosseguimento do novo Comando Espacial criado pelo Pentágono, em Agosto passado, com o objectivo, declarado pelo Presidente Trump, de “garantir que o domínio americano do Espaço nunca seja ameaçado”. Trump então anunciou o estabelecimento subsequente da Força Espacial dos Estados Unidos, com a tarefa de “defender os interesses vitais americanos no Espaço, o próximo campo de batalha da guerra”. A Rússia e a China acusam os EUA de abrir caminho para a militarização do Espaço, alertando que têm capacidade para responder. Tudo isso aumenta o perigo de guerra nuclear.

Mesmo que o programa espacial militar da NATO ainda não seja conhecido, uma coisa é certa: será extremamente caro. Na Cimeira, Trump pressionará os aliados europeus para que aumentem as suas despesas militares para 2% ou mais, do PIB. Até agora, fizeram-no oito países: Bulgária (que elevou para 3,25%, um pouco abaixo de 3,42%, dos EUA), Grécia, Grã-Bretanha, Estónia, Roménia, Lituânia, Letónia e Polónia. Os outros, apesar de permanecerem abaixo de 2%, estão empenhados em aumentá-la. Impulsionada pela enorme despesa USA - 730 biliões de dólares em 2019, 10 vezes superior à da Rússia - a despesa militar anual da NATO, segundo dados oficiais, ultrapassa 1 trilião de dólares. Na realidade, é superior à indicado pela NATO, pois que não inclui vários elementos de natureza militar: por exemplo, o das armas nucleares dos EUA, inscrita no orçamento, não do Pentágono, mas do Departamento de Energia.

 A despesa militar italiana, que subiu do 13º para o 11º lugar no mundo, ascende, em termos reais, em cerca de 25 biliões de euros por ano, sempre a aumentar. Em Junho passado, o Governo Conte I adicionou 7,2 biliões de euros, também fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento Económico, para a compra de sistemas de armas. Em Outubro, na reunião com o Secretário Geral da NATO, o governo do Conte II prometeu aumentá-la constantemente em cerca de 7 biliões de euros por ano a partir de 2020 (La Stampa, 11de Outubro de 2019).

Na Cimeira de Londres serão pedidos à Itália mais biliões de dinheiro público, para financiar as operações militares da NATO no Espaço, enquanto não há dinheiro para manter em segurança e reconstruir os viadutos que desabam. 


Il manifesto, 3 Dezembro 2019


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DECLARAÇÃO DE FLORENÇA
Para uma frente internacional NATO EXIT, 
em todos os países europeus da NATO
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO


segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

ALGUNS FACTOS... SOBRE CARTÉIS E LAVAGENS DE DINHEIRO DA DROGA

                                    

[extraído do artigo do Prof. Michel Chossudovsky: «George H. Walker Bush: The Bush Family and the Mexican Drug Cartel»]

ALGUNS FACTOS...

Donald Trump ofereceu-se para intervir no México, isto é, «perseguir os cartéis da droga» no seguimento de «brutal assassínio duma família dos EUA no México». O presidente mexicano declinou a oferta generosa de Trump.
Numa entrevista recente, o presidente Trump confirmou que sua administração está ponderando caracterizar os «cartéis da droga» como «terroristas», semelhantes a Al Qaida (salvo que são «terroristas católicos»).
Eles seriam, daí por diante, designados por Washington como «organizações terroristas estrangeiras».
Qual é o propósito? 
Criar uma «justificação» para operações militares «contra-terroristas» lideradas pelos EUA no interior do México e noutros pontos da América Latina?
Alargar a «Guerra contra o Terrorismo» à América Latina? «Responsabilidade de proteger», confrontar os 'narco-terroristas'...
Algumas verdades não ditas:
1. Al Qaida e organizações terroristas aparentadas (incluíndo a ISIS) no Médio Oriente, África e Sudeste asiático, são criações da CIA.
2. A CIA protege o tráfico multi-bilionário de drogas, assim como os cartéis mexicanos. Além disso, é estimado que 300 biliões de dólares (anualmente) sejam lavados em casinos, em toda a América, incluindo Las Vegas e Atlantic City ... Assim como em Macau. Adivinhe qual é o proprietário de casinos mais rico do mundo...
3. Quer nos EUA, quer na América Latina, são conhecidos políticos com ligações ao tráfico de drogas:
Recuando aos anos de 1990, George H. W. Bush, o papá de Bush Junior, tinha estreitos laços pessoais com Carlos Salinas de Gortari (antigo presidente do México) e com o seu papá Raul Salinas Lozano o qual, de acordo com o Dallas Morning News (27 de Fevereiro de 1997) era «a figura liderando os negócios de narcóticos, que também envolviam o seu filho, Raul Salinas de Gortari» … O mesmo Raul, íntimo amigo de Jeb Bush, (ex-governador da Flórida) e irmão de George W. Bush.  
Além das ligações com a família Salinas de Gortari, a família Bush tinha ligações com a família Bin Laden. 
Será isto relevante?