quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

R. DYENS - Versões para guitarra solo de música latina

Nestas versões, Roland Dyens, compositor e interprete (1955-2016), vai criar um ambiente próprio, que não trai, mas é uma recriação, do trecho que é transcrito. Embora seja muito célebre (e com justiça), o seu «Tango em Skai», eu tenho um prazer inesgotável em ouvir as versões para guitarra de...





TANGO EM SKAI DE ROLAND DYENS INTERPRETADO POR YASUJI OHAGI:




FELICIDADE, INTERPRETAÇÃO DE ROLAND DYENS:

                                         


ALFONSINA Y EL MAR, INTERPRETAÇÃO DE ROLAND DYENS:

                                         


BACHIANAS BRASILEIRAS, INTERPRETAÇÃO DE ROLAND DYENS:



quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

PREVISÕES DE SAXO BANK PARA 2020

                             


Estas «Outrageous Predictions» do Saxo Bank são, afinal de contas, um somatório de acontecimentos julgados improváveis mas não impossíveis de acontecer. Caso algum deles se concretizar, deverá ser muito perturbador dos mercados e da economia. 


A previsão nº10, da China lançar uma moeda de reserva que afaste a dependência do sistema monetário internacional do dólar (como se vê na imagem junta) não me parece nada improvável. 

Os bancos centrais da China e da Rússia, nomeadamente, já ensaiam soluções de cripto-moedas controladas pelos bancos respectivos.

Por outro lado, ergueram uma réplica do FMI e do Banco Mundial, o Asian Infrastructure Investment Bank, um banco que tem sido vector essencial no desenvolvimento das Novas Rotas da Seda.

A quantidade de ouro detida pela China não é, de facto, conhecida. Muitos analistas consideram que seja muito maior que a quantidade oficialmente indicada. 

A China lançou recentemente e pretende ver alargada a utilização de seus instrumentos próprios de dívida, a curto e médio prazo, análogos aos bilhetes do tesouro e às obrigações do tesouro dos EUA. 
Serão análogos, só com uma pequena diferença: são remíveis em ouro físico, na bolsa de Xangai. 

Veremos, ao longo de 2020, quais as previsões «extravagantes» do Saxo bank, que se afigurem acertadas...

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

[Manlio Dinucci] CIMEIRA LANÇA NATO NO ESPAÇO


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A Cimeira lança a NATO no Espaço,
custos até às estrelas
Manlio Dinucci


Realiza-se em Londres, em 4 de Dezembro, o Conselho Atlântico Norte dos Chefes de Estado e de Governo, que celebra o 70º aniversário da NATO, definida pelo Secretário Geral, Jens Stoltenberg, como “a aliança mais bem sucedida da História”.

Um “sucesso” inegável. Desde a demolição através da guerra, da Federação Jugoslava, em 1999, a NATO alargou de 16 para 29 países (30, se agora incluir a Macedónia do Norte), expandindo-se para Leste, muito próxima da Rússia. “Pela primeira vez na nossa História - sublinha Stoltenberg - temos tropas prontas para combate no Leste da nossa Aliança”. Mas a Organização do Tratado do Atlântico Norte foi além disso, estendendo as suas operações bélicas às montanhas afegãs, e através dos desertos africanos e do Médio Oriente.

Agora a Grande Aliança ambiciona mais. Na Cimeira de Londres – anuncia, antecipadamente,  Stoltenberg - os dirigentes dos 29 países membros “reconhecerão o Espaço como nosso quinto campo operativo”, que se junta ao terrestre, ao marítimo, ao aéreo e ao ciberespaço. “O Espaço é essencial para o sucesso das nossas operações”, sublinha o Secretário Geral, deixando perceber que a NATO desenvolverá um programa espacial militar. Obviamente, não fornece detalhes, mas informa que a NATO assinou um primeiro contrato de 1 bilião de dólares para modernizar os seus 14 aviões AWACS. Eles não são simples aviões radares, mas centros de comando voadores, produzidos pela Boeing americana, para a gestão da batalha através de sistemas espaciais.

Certamente, quase nenhum dos líderes europeus (para a Itália, o Primeiro Ministro Conte) que, em 4 de Dezembro, “reconhecerão o Espaço como o  nosso quinto campo de operativo”, conhece o programa espacial militar da NATO, preparado pelo Pentágono e pelos altos comandos militares europeus subordinados, juntamente com as principais indústrias aeroespaciais. Muito menos sabem os Parlamentos, como o italiano, que aceitam qualquer decisão da NATO, sob comando USA, sem se preocupar com suas implicações político-militares e económicas.

A NATO é lançada no Espaço no prosseguimento do novo Comando Espacial criado pelo Pentágono, em Agosto passado, com o objectivo, declarado pelo Presidente Trump, de “garantir que o domínio americano do Espaço nunca seja ameaçado”. Trump então anunciou o estabelecimento subsequente da Força Espacial dos Estados Unidos, com a tarefa de “defender os interesses vitais americanos no Espaço, o próximo campo de batalha da guerra”. A Rússia e a China acusam os EUA de abrir caminho para a militarização do Espaço, alertando que têm capacidade para responder. Tudo isso aumenta o perigo de guerra nuclear.

Mesmo que o programa espacial militar da NATO ainda não seja conhecido, uma coisa é certa: será extremamente caro. Na Cimeira, Trump pressionará os aliados europeus para que aumentem as suas despesas militares para 2% ou mais, do PIB. Até agora, fizeram-no oito países: Bulgária (que elevou para 3,25%, um pouco abaixo de 3,42%, dos EUA), Grécia, Grã-Bretanha, Estónia, Roménia, Lituânia, Letónia e Polónia. Os outros, apesar de permanecerem abaixo de 2%, estão empenhados em aumentá-la. Impulsionada pela enorme despesa USA - 730 biliões de dólares em 2019, 10 vezes superior à da Rússia - a despesa militar anual da NATO, segundo dados oficiais, ultrapassa 1 trilião de dólares. Na realidade, é superior à indicado pela NATO, pois que não inclui vários elementos de natureza militar: por exemplo, o das armas nucleares dos EUA, inscrita no orçamento, não do Pentágono, mas do Departamento de Energia.

 A despesa militar italiana, que subiu do 13º para o 11º lugar no mundo, ascende, em termos reais, em cerca de 25 biliões de euros por ano, sempre a aumentar. Em Junho passado, o Governo Conte I adicionou 7,2 biliões de euros, também fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento Económico, para a compra de sistemas de armas. Em Outubro, na reunião com o Secretário Geral da NATO, o governo do Conte II prometeu aumentá-la constantemente em cerca de 7 biliões de euros por ano a partir de 2020 (La Stampa, 11de Outubro de 2019).

Na Cimeira de Londres serão pedidos à Itália mais biliões de dinheiro público, para financiar as operações militares da NATO no Espaço, enquanto não há dinheiro para manter em segurança e reconstruir os viadutos que desabam. 


Il manifesto, 3 Dezembro 2019


Resultado de imagem para picture of NATO EXIT COMITTATO NO GUERRA NO NATO

DECLARAÇÃO DE FLORENÇA
Para uma frente internacional NATO EXIT, 
em todos os países europeus da NATO
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO


segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

ALGUNS FACTOS... SOBRE CARTÉIS E LAVAGENS DE DINHEIRO DA DROGA

                                    

[extraído do artigo do Prof. Michel Chossudovsky: «George H. Walker Bush: The Bush Family and the Mexican Drug Cartel»]

ALGUNS FACTOS...

Donald Trump ofereceu-se para intervir no México, isto é, «perseguir os cartéis da droga» no seguimento de «brutal assassínio duma família dos EUA no México». O presidente mexicano declinou a oferta generosa de Trump.
Numa entrevista recente, o presidente Trump confirmou que sua administração está ponderando caracterizar os «cartéis da droga» como «terroristas», semelhantes a Al Qaida (salvo que são «terroristas católicos»).
Eles seriam, daí por diante, designados por Washington como «organizações terroristas estrangeiras».
Qual é o propósito? 
Criar uma «justificação» para operações militares «contra-terroristas» lideradas pelos EUA no interior do México e noutros pontos da América Latina?
Alargar a «Guerra contra o Terrorismo» à América Latina? «Responsabilidade de proteger», confrontar os 'narco-terroristas'...
Algumas verdades não ditas:
1. Al Qaida e organizações terroristas aparentadas (incluíndo a ISIS) no Médio Oriente, África e Sudeste asiático, são criações da CIA.
2. A CIA protege o tráfico multi-bilionário de drogas, assim como os cartéis mexicanos. Além disso, é estimado que 300 biliões de dólares (anualmente) sejam lavados em casinos, em toda a América, incluindo Las Vegas e Atlantic City ... Assim como em Macau. Adivinhe qual é o proprietário de casinos mais rico do mundo...
3. Quer nos EUA, quer na América Latina, são conhecidos políticos com ligações ao tráfico de drogas:
Recuando aos anos de 1990, George H. W. Bush, o papá de Bush Junior, tinha estreitos laços pessoais com Carlos Salinas de Gortari (antigo presidente do México) e com o seu papá Raul Salinas Lozano o qual, de acordo com o Dallas Morning News (27 de Fevereiro de 1997) era «a figura liderando os negócios de narcóticos, que também envolviam o seu filho, Raul Salinas de Gortari» … O mesmo Raul, íntimo amigo de Jeb Bush, (ex-governador da Flórida) e irmão de George W. Bush.  
Além das ligações com a família Salinas de Gortari, a família Bush tinha ligações com a família Bin Laden. 
Será isto relevante?

BRAHMS - CONCERTO DUPLO PARA VIOLINO E VIOLONCELO



Johannes Brahms - Double Concerto in A minor, op. 102 (1887)
1. Allegro 2. Andante 3. Vivace non troppo

+ Jean Sibelius - Water Drops, JS 216

 ESTONIAN NATIONAL SYMPHONY ORCHESTRA 
NEEME JÄRVI, conductor 
ANNA-LIISA BEZRODNY, violin 
JAN-ERIK GUSTAFSSON, cello
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Tenho a música deste concerto nos ouvidos e no coração. Embora tenha na memória o disco com Rostropovich/ Oistrakh, não deixo de considerar esta versão como muito refrescante...
Os desempenhos da orquestra e dos 2 solistas equilibram-se bem. Fico impressionado com a segurança, bom gosto e técnica apurada dos executantes, são de elevado nível.

domingo, 1 de dezembro de 2019

PERANTE O DESFILE GROTESCO DA CIMEIRA DA NATO

... EM LONDRES, NOS PRÓXIMOS DIAS; DIVULGAR AO MÁXIMO E, EVENTUALMENTE, APOIAR AS RESOLUÇÕES DA CONTRA-CIMEIRA, APROPRIADAMENTE DESIGNADA, «CONTRA A NOVA DESORDEM MUNDIAL»

                                               

Contra as guerras da NATO, notícias em português e em muitas outras línguas em:

A partir do link abaixo poderás baixar o Programa da Contra-Cimeira:

sábado, 30 de novembro de 2019

ATACAR A FONTE E NÃO O CONTEÚDO: A FALÁCIA MAIS COMUM

                            


No  recente artigo da jornalista independente Caitlin Johnstone,  é dissecada aquela que -porventura- será a falácia mais comum, ou seja, um argumento que, não sendo válido, é apresentado como sendo, numa discussão. Se eu digo que «determinada informação ou opinião é inválida porque foi proferida por X (sendo X uma pessoa, ou uma entidade)» estou, na realidade a fugir a analisar e discutir o conteúdo dessa mesma informação ou opinião, estou desviando a atenção para um julgamento de valor sobre o emissor da mesma: neste exemplo, descreveria X como alguém 'com interesse em fazer a propaganda de um dado ponto de vista', ou X como alguém 'sem qualificações para emitir juízos sobre a matéria em causa', etc...
Este tipo de falácia chama-se «ad hominem», porque vai argumentar contra o emissor da opinião ou argumento, não contra o seu conteúdo. Não precisa ser um insulto, propriamente, pode ser uma recusa simples de discutir algo, só porque vem de determinada pessoa, de determinada fonte, de certo jornal, de certa corrente partidária, etc.
Na realidade, os políticos e as pessoas que passam por opinadores, especialmente neste Portugalzinho de «brandos» costumes,  estão constantemente a fazer esse erro, a cometer esta falácia. Assim, costumam «argumentar», perante a opinião contrária, simplesmente emitindo um juízo de valor sobre quem (a pessoa ou a instituição) a emite: um apontar a dedo, que eles esperam fazer passar por argumento junto dum público apressado e pouco esclarecido nestes «truques». Assim, eles dão, a um certo número na audiência, a ilusão de que estão a debater a sério, seja que assunto for. 
Como aconselha Caitlin Johnstone, a réplica a este tipo de ataques, não consiste em fazer como quem nos ataca desta forma, mas antes desmontar a falácia. 
Mas é necessário que o público, não só os protagonistas, esteja consciente do seguinte: 
Certas pessoas ou entidades, ao fazer passar por argumento, aquilo que na realidade é um ataque «ad hominem» estão a ser extremamente autoritárias, estão a desprezar o outro (como se alguém não tivesse direito a ter seus próprios pontos de vista) e a desprezar a audiência, o público. Com efeito, quem faz esse tipo de falácia nos debates, julga que o público é tão ignorante ou estúpido que engole estas acrobacias verbais, como se fossem argumentos reais e com interesse para o tema em debate.
Nota-se este comportamento em todo o espectro político e ideológico. Nota-se nos canais de media «mainstream» e também, em canais de media «alternativos». 
O facto de ser tão banal, torna esta falácia ainda mais perigosa, pois ela surge como «natural», como «pecadilho». 
Na verdade, não o é: porque, como refiro acima, é autoritária; exclui o debate; torna impossível qualquer diálogo; impossibilita que se vá ao cerne de um assunto; transforma um debate de ideias, num juízo sobre pessoas e virtudes ou pecados das mesmas. No fundo, é uma recusa em dialogar, não explicitamente assumida, uma hipócrita forma de rebaixar eventuais opositores.
 Revela uma grande instabilidade e insegurança por parte de quem assim procede pois, quem está seguro dos argumentos que defende, não teme discuti-los. 
Pelo contrário, quem teme o debate, esconde-se atrás de falácias. A mais corriqueira destas falácias consiste em «por em causa» o portador do argumento e não o argumento em si mesmo.