A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).
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domingo, 16 de abril de 2023

CASO ASSANGE: AUTORIDADE MORAL DOS EUA ESTÁ MORTA E ENTERRADA



               https://caitlinjohnstone.com/2023/04/16/us-moral-authority-is-dead-and-buried/

Excerto do artigo de Caitlin Johnstone

« A questão não é que a perseguição movida a Assange faz os EUA parecerem mal, mas antes que a perseguição prova que os EUA são o mal.

E, claro, não precisávamos da perseguição a Assange para chegarmos por nós próprios a esta conclusão. Os EUA são o único governo na Terra que gastou o século 21 a matar pessoas aos milhões em guerras pelo domínio geoestratégico, que tem condenado populações à fome em consequência das sanções e bloqueios, em todo o mundo. A única potência que envolve o Planeta com centenas de bases militares, com o objetivo de domínio global e tem estado a aumentar constantemente o risco de catástrofe nuclear com a escalada das suas agendas, orientadas para manter sua hegemonia unipolar. O caso de Assange, apenas faz com que a completa ausência de moral do governo dos EUA sobressaia muito mais claramente.»

Leia o artigo completo AQUI:

 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

PAZ AGORA, POSSÍVEL E DESEJÁVEL

 Desde sempre que sou a favor da paz. Numa guerra, de parte e de outra, há  sempre argumentos válidos ou considerados como tais, para continuar e mesmo intensificar as ações bélicas. Mas, sob nenhum prisma, conseguem convencer-me. Tudo o que invocam os generais de poltrona, resume-se a dois falsos argumentos ou falácias:

1) Falácia do "ou eles, ou nós": se não formos nós a infligir uma derrota sem apelo, serão eles a fazer isso mesmo. Esta aparente necessidade "lógica" deixou de fazer sentido, quando sabemos que um inimigo poderoso, em vias de ser derrotado militarmente, pode ter a tentação de recorrer às armas nucleares. Mas, o argumento também vai contra a realidade histórica, visto que muitas guerras se resolveram através de diplomacia, de negociações para a paz. 

2) Falácia d' "os bons versus os maus": Que eu saiba, as guerras são sempre produto de seres humanos. Nunca nenhum lado tem 100% de razão. Os dirigentes políticos, os governantes de um e doutro lado, tiveram oportunidade de resolver o conflito por meios pacíficos, antes de recorrer a meios militares. Se não conseguiram fazê-lo, isso não significa que fosse impossível, mas que não houve empenho suficiente para encontrar um acordo. Os dirigentes e os propagandistas dirão sempre que a culpa, a falta de boa-fé, veio do lado contrário. De facto, os povos de ambos os lados é que são as vítimas, quase todas inocentes, de tudo o que de perverso, cruel, soberbo ou louco, os seus dirigentes congeminaram. 

Não existe qualquer desculpa para as partes em conflito não negociarem um cessar-fogo, verificado por entidades neutrais, como primeiro passo para as negociações de paz.

A passividade das pessoas, ou sua tomada de partido irracional por um dos lados, em detrimento do outro, tem permitido que os elementos belicistas, de um e de outro lado, pressionem os respetivos governos. Porém, qualquer pessoa culta, com conhecimentos de política, história e diplomacia, sabe que qualquer guerra tem, como desfecho, negociações. Nos casos em que não existiu um acordo de paz, as sociedades continuaram a viver no medo do reacender da guerra.

Se qualquer guerra tem de se concluir por negociações de paz, sabendo nós os incontáveis sofrimentos humanos, sabendo também a imensa destruição e empobrecimento geral, além dos perigos reais de confrontação nuclear, só loucos ou criminosos sociopatas não colocam como primeira prioridade o fim desta guerra e negociações para uma paz duradoura.

Na verdade, quem viu com seus próprios olhos uma guerra, sabe que não existe nada mais próximo do  "inferno na Terra", que isso. Mas, não é indispensável ter-se estado numa situação de guerra para se perceber e sentir verdadeira compaixão pelas vítimas, civis ou militares.

A paz agora é possível e desejável, cabe a cada um de nós fazer o seu melhor para apressar essa solução. A cada momento que passa, nas operações militares em curso, morrem pessoas, quase todas inocentes, mesmo as que vestem uniforme. A melhor maneira de parar uma guerra, é recusar embarcar na lógica falsa que acima apontei e demonstrar - por todos meios - que os povos não querem a guerra, e que os governos têm de trabalhar para a paz.