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domingo, 16 de abril de 2023

CASO ASSANGE: AUTORIDADE MORAL DOS EUA ESTÁ MORTA E ENTERRADA



               https://caitlinjohnstone.com/2023/04/16/us-moral-authority-is-dead-and-buried/

Excerto do artigo de Caitlin Johnstone

« A questão não é que a perseguição movida a Assange faz os EUA parecerem mal, mas antes que a perseguição prova que os EUA são o mal.

E, claro, não precisávamos da perseguição a Assange para chegarmos por nós próprios a esta conclusão. Os EUA são o único governo na Terra que gastou o século 21 a matar pessoas aos milhões em guerras pelo domínio geoestratégico, que tem condenado populações à fome em consequência das sanções e bloqueios, em todo o mundo. A única potência que envolve o Planeta com centenas de bases militares, com o objetivo de domínio global e tem estado a aumentar constantemente o risco de catástrofe nuclear com a escalada das suas agendas, orientadas para manter sua hegemonia unipolar. O caso de Assange, apenas faz com que a completa ausência de moral do governo dos EUA sobressaia muito mais claramente.»

Leia o artigo completo AQUI:

 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

PAZ AGORA, POSSÍVEL E DESEJÁVEL

 Desde sempre que sou a favor da paz. Numa guerra, de parte e de outra, há  sempre argumentos válidos ou considerados como tais, para continuar e mesmo intensificar as ações bélicas. Mas, sob nenhum prisma, conseguem convencer-me. Tudo o que invocam os generais de poltrona, resume-se a dois falsos argumentos ou falácias:

1) Falácia do "ou eles, ou nós": se não formos nós a infligir uma derrota sem apelo, serão eles a fazer isso mesmo. Esta aparente necessidade "lógica" deixou de fazer sentido, quando sabemos que um inimigo poderoso, em vias de ser derrotado militarmente, pode ter a tentação de recorrer às armas nucleares. Mas, o argumento também vai contra a realidade histórica, visto que muitas guerras se resolveram através de diplomacia, de negociações para a paz. 

2) Falácia d' "os bons versus os maus": Que eu saiba, as guerras são sempre produto de seres humanos. Nunca nenhum lado tem 100% de razão. Os dirigentes políticos, os governantes de um e doutro lado, tiveram oportunidade de resolver o conflito por meios pacíficos, antes de recorrer a meios militares. Se não conseguiram fazê-lo, isso não significa que fosse impossível, mas que não houve empenho suficiente para encontrar um acordo. Os dirigentes e os propagandistas dirão sempre que a culpa, a falta de boa-fé, veio do lado contrário. De facto, os povos de ambos os lados é que são as vítimas, quase todas inocentes, de tudo o que de perverso, cruel, soberbo ou louco, os seus dirigentes congeminaram. 

Não existe qualquer desculpa para as partes em conflito não negociarem um cessar-fogo, verificado por entidades neutrais, como primeiro passo para as negociações de paz.

A passividade das pessoas, ou sua tomada de partido irracional por um dos lados, em detrimento do outro, tem permitido que os elementos belicistas, de um e de outro lado, pressionem os respetivos governos. Porém, qualquer pessoa culta, com conhecimentos de política, história e diplomacia, sabe que qualquer guerra tem, como desfecho, negociações. Nos casos em que não existiu um acordo de paz, as sociedades continuaram a viver no medo do reacender da guerra.

Se qualquer guerra tem de se concluir por negociações de paz, sabendo nós os incontáveis sofrimentos humanos, sabendo também a imensa destruição e empobrecimento geral, além dos perigos reais de confrontação nuclear, só loucos ou criminosos sociopatas não colocam como primeira prioridade o fim desta guerra e negociações para uma paz duradoura.

Na verdade, quem viu com seus próprios olhos uma guerra, sabe que não existe nada mais próximo do  "inferno na Terra", que isso. Mas, não é indispensável ter-se estado numa situação de guerra para se perceber e sentir verdadeira compaixão pelas vítimas, civis ou militares.

A paz agora é possível e desejável, cabe a cada um de nós fazer o seu melhor para apressar essa solução. A cada momento que passa, nas operações militares em curso, morrem pessoas, quase todas inocentes, mesmo as que vestem uniforme. A melhor maneira de parar uma guerra, é recusar embarcar na lógica falsa que acima apontei e demonstrar - por todos meios - que os povos não querem a guerra, e que os governos têm de trabalhar para a paz.