Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

HIPNOSE DE MASSAS E NARRATIVA DO COVID

Usar CC,  gerador automático de legendas em inglês, para melhor perceber o seu discurso.

NB: Já tinha assinalado a existência de uma hipnose coletiva envolvida na estratégia totalitária, em torno do vírus do COVID. 
No vídeo, o autor Bjorn Andreas, um psicoterapeuta que utilizou hipnose em contexto terapêutico, fala do assunto com sólido fundamento e confirma a minha impressão. Escrevi, a 22 de Junho de 2020* o seguinte:

A saída para esta situação não é individual, como é fácil de compreender. Ela implica que uma grande massa da população, em todos os países, acorde da sideração, da hipnose, em que foi mergulhada.

sábado, 14 de março de 2020

«DEFENDER 2020» da NATO VAI REALIZAR-SE. Saiba porquê...

                Defender-Europe 20, Bremerhaven

Apesar da retirada da Finlândia e da Noruega do exercício Cold Response, o não-adiamento do exercício Defender 2020 da NATO, envolvendo 37 mil soldados, de vários países, dos quais 30 mil dos EUA, mostra que não lhes importa, aos senhores da guerra, a saúde e a segurança dos cidadãos europeus. 
Estão preocupados, apenas, com a venda de armas aos seus vassalos europeus (biliões de dólares):

Caso não haja adiamento, isso significa que os militares americanos da NATO foram - de alguma forma -  imunizados contra o Covid-19, mas não os militares dos países europeus, nem as populações.  
A eficácia dessa protecção será testada no terreno, com as manobras na Europa....
Uma hipótese que escrevi recentemente neste blog:
«Não seria impossível que as investigações envolvam soldados americanos - sem o saberem - injectados antes de partirem para a Europa com uma vacina, ou com um cocktail de anti-corpos contra o coronavírus que tenha uma função semelhante. Lembremos que, no caso da invasão do Iraque em 2003, muitos soldados americanos adoeceram devido ao excesso de estímulo do seu sistema imunitário, causado por vacinas múltiplas, naquilo que foi considerado uma doença misteriosa. Tal como no passado, não deveria surpreender-nos que os EUA se preparem para testar as várias versões de vacina e/ou de soro anti-covid-19. »

                            New Scientist Default Image

Segundo artigo do New Scientist, o mundo já estava avisado da possibilidade de novo coronavírus se espalhar. A utilização de existentes vacinas de SARS ou MERS (outros coronavírus), ou de adaptações destas, seria uma forma expedita de manter imunes - com uma elevada probabilidade - as tropas dos EUA/NATO, face a uma população indefesa.
O «DEFENDER 2020» assemelha-se a um exercício de ocupação de território inimigo infestado com uma  doença viral mortífera, para a qual só as tropas ocupantes possuem imunização.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

MUNDO PERDIDO REVELADO EM ARTEFACTOS E RESTOS HUMANOS NAS COSTAS DO MAR DO NORTE






A imagem mostra uma lâmina translúcida de sílex, fabricada por caçadores recolectores de há cerca de 8 000 anos, recolhida numa praia da Holanda. 

Esta zona «Zandmotor» da costa holandesa não é um sítio banal, na medida em que a investigadora  Willy Van Wingerden já aí recolheu mais de 500 artefactos e mesmo ossos humanos fossilizados de há muitos milhares de anos. 



Com cerca de meio quilómetro de largura, esta praia foi originada pela dragagem do fundo marinho e despejada sobre a costa em 2012. Esta obra tem como finalidade proteger a costa holandesa da subida do mar. 
Esta rica mina de artefactos paleolíticos surgiu a partir de um mundo perdido, que se estendia desde as costas de Inglaterra, Holanda, até às da Escandinávia. No auge da idade do gelo, em que os neandertais eram os únicos humanos presentes, eles foram capazes de atravessar por o que é hoje o canal da Mancha (que não existia) ou outros pontos e alcançar o território do que se tornou depois as Ilhas Britânicas.
Nesta época, o nível do mar estava, em média, 70 metros abaixo do actual. O que é agora o Mar do Norte, foi território de homens modernos ancestrais, neandertais e mesmo de homininos mais antigos. Todo esse território ficou submerso, quando os glaciares se fundiram e fizeram subir o nível do mar, há cerca de 8500 anos.

Hoje em dia é possível datar artefactos com novas técnicas, o que ajuda a classificar os achados que têm sido feitos, na orla desse vasto território submerso.
Os achados permitem reconstituir uma paisagem de floresta e rios, rica em caça. Não era uma área desértica, era talvez a melhor área para caçadas no continente europeu. 
As técnicas de recuperação e sequenciação de ADN antigo podem ser utilizadas, pois as águas frias preservam melhor o ADN que quando ele está exposto ao ar. Outros territórios submersos, como a Beríngia (que ligava o norte da Sibéria ao Alaska) poderão ser também sondados desta maneira, no futuro. Lembremos que a Beríngia foi o território originário das primeiras populações da América. 

As terras submersas, Doggerlands, foram baptizadas segundo a designação duma zona do mar do Norte rica em peixe (Dogger Banks). Há 50 mil anos atrás, a paisagem era bem diversa. 
Esta região estendia-se desde Amesterdão até à Escócia e ao sul da Noruega. Abrangia, pelo menos, 180 mil quilómetros quadrados de terra emersa, quatro vezes maior que a Holanda de hoje. 

                          Picture of Doggerland

Muitas informações estão disponíveis no site do magazine Science, no artigo «Lost world revealed by human, Neandethal relics washed up on North Sea  beaches» (O mundo perdido revelado pelos restos humanos e neandertais encontrados em praias do Mar do Norte) 


 
Arqueólogo Luc segura um artefacto neandertal em sílex, com parte envolvida em «cola» de bétula. 

O pedaço de sílex talhado, encontrado nas praias do Mar do Norte, tem pelo menos 50 mil anos, sendo portanto tecnologia neandertal. Segundo a análise química, esta ponta de sílex era mantida (na ponta de uma lança ou seta) através de uma «cola» feita da resina de bétula. Isto implica tecnologia sofisticada para extrair e processar esta «cola».
Pode-se esperar encontrar restos do Homo antecessor (800 mil anos), cujas pegadas no Reino Unido, datadas no seu contexto geológico, permitem afirmar que estes deambularam aí. 

Os neandertais, há cem mil anos, eram caçadores especializados, adaptados a viver numa região fria como o norte siberiano, de hoje em dia. 
Há 45 mil anos, os homens anatomicamente modernos entraram na Europa (vindos de África) e as áreas de ocupação dos neandertais começaram lentamente a diminuir. Pensa-se que as Doggerlands foram local de ocupação do homem moderno, há cerca de 40 mil anos, quando esta  zona se apresentava como uma estepe gelada. 
Por volta de 20 mil anos, uma vaga de frio trouxe um severo arrefecimento a toda a região, que a tornou demasiado fria para ser habitável. Mas, há 15 mil anos, o reaquecimento trouxe um breve período de abundância, como se pode comprovar por amostras de pólen, de ADN antigo, de madeira fossilizada,  que permitem reconstituir uma paisagem de florestas e de rios, cheia de vida selvagem e de humanos, cujos restos incluem artefactos finamente trabalhados em pedra, em osso e em marfim de rena. 


               
     Maxilar de um adolescente que habitava em zona agora submersa do Mar do Norte.

              
     Calote craniana com 13 mil anos de H. sapiens, «pescada» ao largo de Roterdão

Vale a pena analisar em detalhe o artigo supra-citado, do qual extraí as imagens anteriores.

Nestas costas do Mar do Norte há um manancial de restos arqueológicos por descobrir, que nos permitem traçar uma parte literalmente submersa da aventura humana.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA SAÍDA NÃO NEGOCIADA DO REINO UNIDO DA UE?

                         

A cimeira de Salzburgo, na semana passada, para tentar aplanar problemas na negociação entre o governo britânico e a Comissão europeia, saldaram-se por um fracasso. Pior ainda, Theresa May saiu do encontro com a sensação de que a Comissão europeia não está a tomar a sério a posição do seu governo. 
Por outro lado, observadores com diversas inclinações políticas, apontam incoerências ao governo britânico. 
Embora o governo britânico queira fazer passar a mensagem de que a Comissão europeia não deseja verdadeiramente negociar, isso não é verdade
Esta Comissão propôs que a Grã-Bretanha integrasse o grupo da Área Económica Europeia, grupo que inclui a Noruega e a Islândia. 
A reacção da chefe do governo britânico foi de que isso seria trair o voto do Brexit. 
Seis meses depois, o governo britânico rejeitou outra proposta da Comissão, para um acordo de comércio. De novo, o governo da Grã-Bretanha, recusou pois queria apenas uma livre circulação de mercadorias, não dos serviços e muito menos de pessoas. 

No caso de não haver acordo, a saída acontecerá em Março de 2019, sem que se saiba ao certo como é que os muitos europeus continentais continuarão a trabalhar no Reino Unido. Provavelmente precisarão duma autorização de trabalho. 
-Os bens alimentares, importados em grande parte da União Europeia, sofrerão aumentos bruscos, pois serão aplicadas tarifas da ordem dos 22%, o que originará graves perturbações.
- Outros domínios susceptíveis de perturbação, vão do tráfego aéreo, passando pela comercialização de medicamentos, até às normas do manuseamento e transporte de materiais radioactivos.
- Uma fronteira «rígida» (hard border) poderia ser instalada entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.  
É difícil prever todas as perturbações no sector financeiro, «a City» e como iriam dar continuidade a toda uma série de serviços. 
A ruptura não ordenada iria fazer com que vários negócios, com importante clientela do continente europeu, se retirassem do Reino Unido antes de sofrer (de um e doutro lado) toda uma série de restrições, de impostos e tarifas... 

«Querendo guardar o bolo e comê-lo simultaneamente», ou por outras palavras, querendo que o Reino Unido usufrua de privilégios e não sofra contrapartidas, o governo britânico tem estado a negociar da pior maneira possível, arrastando o seu país para uma crise.

No curto prazo, quem ganhará com isso será o dólar e Wall Street. A libra esterlina e o euro sofrerão inevitavelmente. Em termos de captação de negócios tanto a City, como Frankfurt e outras praças financeiras do continente, ficarão a perder. 

Se o governo britânico der o dito por não dito, desautoriza-se perante a ala mais dura dos Tories e do eleitorado conservador. Se teimar com as mesmas posturas até ao final das negociações, arrisca uma saída sem acordo e todas as consequências acima apontadas. 

 É provável que, perante tão grande inabilidade ou casmurrice, financeiros e grandes industriais do Reino Unido queiram afastar May da chefia do governo.

Se houver eleições antecipadas em Novembro, isso não quer dizer que prevaleceu a vontade de Theresa May, antes o contrário: de que foi pressionada no interior do seu partido e pelo sector dos negócios (sobretudo o sector financeiro) e não lhe deram outra escolha. Assim, isso será a maneira de provocar a saída do desastroso governo Tory.