domingo, 25 de junho de 2023

MARTIN ARMSTRONG: A CONJURA PARA SE APODERAREM DA RÚSSIA

 Retirado do blog de Martin Armstrong : https://www.armstrongeconomics.com/blog/

Abaixo, tradução da notícia do blog sobre o livro, por Manuel Banet:

A segunda edição da obra de Martin Armstrong “The Plot to Seize Russia – The Untold History” está agora disponível na Amazon e em Barnes and Noble. O e-livro estará disponível em breve.

Descrição do conteúdo do livro:

“Tome conta da Rússia,” disse Boris Yeltsin enquanto transmitia a presidência, em Agosto de 1999. Estas palavras eram dirigidas ao atual Presidente russo, Vladimir Putin. Yeltsin escolheu especificamente Putin como seu sucessor, para prevenir a tomada e destruição da Rússia.

Então, contra quem estava Yeltsin a avisar do perigo? Documentos recentemente desclassificados, da Administração Clinton, provam que existia uma conjura para falsear as eleições na Rússia, em 2000. Estes documentos - nunca antes vistos do público - confirmam numerosos casos de implementação de políticas pró-ocidentais, utilizando a oligarquia russa liderada por Boris Berezovsky.

Do outro lado, estavam os comunistas que desejavam um retorno aos dias gloriosos da União Soviética. Enquanto gestor de um dos maiores fundos de investimentos internacionais, o autor Martin Armstrong, esteve no meio do que foi, talvez, o maior caso de espionagem e de tentativa de mudança do regime na Rússia, na História moderna.

«A Conjura para se Apoderarem da Rússia» abre a cortina para expor a tentativa mais extraordinária de tomada de poder na História moderna, mas usando a caneta, em vez das armas. Estes documentos desclassificados revelam a conspiração que alterou a nossa maneira de pensar as relações entre os Estados Unidos e a Rússia. A sede de poder transparece a cada linha destes documentos que alteram a nossa perceção da realidade, mudam o curso da História e ameaçam lançar-nos numa IIIª Guerra Mundial.

sábado, 24 de junho de 2023

ONDE ESTÁ A INDIGNAÇÃO DOS OCIDENTAIS SOBRE GONZALO LIRA?


                      Gonzalo Lira, preso por exprimir a sua opinião, desde o início de Maio de 2023

 

DEIXAR O PASSADO MORRER? [OBRAS DE MANUEL BANET ]

 

                           Detalhe de quadro de Salvador Dali «Persistência»




Há quem diga, «deixa o passado morrer»

Mas, este estribilho não tem sentido

Além de afundar mais e mais a pessoa

Numa perplexa e obscura ignorância


Eu digo, «somos todos feitos do nosso passado»

Ele habita connosco e assim será até morrermos

Mesmo depois da nossa morte, 

Venha lá o que vier, o passado não se apaga. 


Permanece neste mundo como

Entalhe ou relevo do real

Esquecer o passado é como

Apagar a tua personalidade


Eu gosto do passado, porque ele

Tem a ver comigo e com os meus

Os falecidos também vivem em mim

Sem eles, o que seria eu?


Compreendo que não se deva ficar 

Agarrado ao passado, cismando

Por aquilo que não pode voltar

Mas não devemos recalcá-lo


O relegar as memórias 

Para um poço sem fundo

É um exercício violento

Destruidor da psique


Mais sensato é pegar nas recordações

Boas e más, conversar com elas

Dar-lhes espaço para respirarem


Transmutando os momentos

Maus, em lições de vida

E os momentos bons, em alegria

Recorrente.


Nunca sigas falsos sábios, feirantes,

Chupadores de sangue, que nos querem

Transformar em zombies e nos dominar



Busca sabedoria nos grandes sábios do passado,

Nos verdadeiros valores do presente...

E ouve o teu coração:

Ele te dirá, melhor que ninguém,

O que deves fazer e como ...


Murtal, Parede (24-06-2023)

 

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Descobertas gravuras atribuídas a Neandertais, com 57 mil anos

 https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0286568


               thumbnail

Acima, um dos painéis com traçados de dedos; em baixo, o desenho esquemático da mesma gravura da gruta de La Roche-Cotard

[Ler o artigo, clicando no link acima; o meu comentário parte do princípio que os leitores tomaram conhecimento do seu conteúdo primeiro]



Comentário

Os Neandertais têm estado por cá (em toda a Europa, desde a Península Ibérica ao limite oriental dos Urais e, para além destes, na Sibéria; no Médio Oriente, desde o Levante/Israel, até ao Iraque) nos últimos 200 mil anos, tendo saído de África muito antes do «Homem Moderno Antigo» (ou seja, a nossa espécie Homo sapiens). Eles conseguiram sobreviver a períodos de glaciação, a modificações acentuadas do habitat e tiveram tempo de se adaptar a climas de um frio extremo, como mostram a sua anatomia entroncada, muito musculosa, o seu nariz grande (para aquecer o ar inspirado), etc. 

Segundo os padrões de beleza contemporâneos (e da antiguidade clássica) eles não seriam elegantes. Foram classificados como «sub-humanos» por arqueólogos e paleontólogos do século XIX, que estavam muito mais preocupados em encontrar «o elo perdido» entre o homem e o macaco, do que em avaliar objetivamente os restos fossilizados e as culturas que correspondiam aos Neandertais. 

O facto de que os homens nessa zona da Europa, na época em causa ( -57 mil anos) só podiam ser Neandertais tem a ver com a extrema dificuldade dos H. sapiens conseguirem colonizar o continente Euro-asiático. Com efeito, sabe-se hoje, que o «Homem Moderno Antigo», embora surgido primeiro em África, por volta de 300 mil anos atrás,  não ocupou definitivamente a Europa senão vários milénios após a referida data de 57 mil anos antes do presente. Porém, tinha havido 2 colonizações anteriores, do continente euroasiático pelo H. sapiens, que não deixaram continuidade. Eles tomaram o caminho do Mar Vermelho e não do Mediterrâneo.

Os vestígios europeus mais antigos de arte parietal, como na Gruta de Chauvet, atribuídas ao Homo sapiens, datam de 35 mil anos. No Norte da Espanha, na Gruta del Castillo, existem pinturas parietais datadas com mais de 40 mil anos; pensa-se que, nessa época, somente neandertais aí habitavam. Noutros pontos da Península Ibérica, são abundantes sítios arqueológicos, com artefactos e restos fossilizados de neandertais, que revelam a sua grande difusão nesta península. Mas, também são conhecidos exemplares de neandertais na Sibéria e noutros pontos distantes.

Este estudo - agora publicado - vem na sequência de trabalhos anteriores, que já tinham revelado muitos elementos de cultura neandertal. Pessoalmente estou convencido que estas descobertas  [que se vêm juntar às de misteriosas pinturas parietais em vários pontos da Península Ibérica e com indícios de ornamentação corporal, como conchas com vestígios de ocre (para pintar o corpo) assim como restos fossilizados de penas (de aves de grande porte, como águias e abutres) ] obrigam a comunidade científica a alargar o conceito de arte paleolítica.

A arte - em geral - pode ser vista segundo dois prismas, essencialmente: 

 ou é vista como representação do real. Isto inclui o sobrenatural, pois ele é considerado real pelo artista que o representa.

ou é vista como signo, como sinal, como mensagem codificada; a pertença a um clã, a uma tribo, será identificável com os sinais exclusivos desse clã ou tribo. 

Isso existe na nossa espécie o Homem Moderno, desde o princípio, visto que as grutas decoradas do paleolítico, estão cheias de sinais «abstratos» , mas que não são arbitrários, pois se repetem (alguns, apresentam-se em locais distantes, no tempo e no espaço). 

Na espécie nossa estreita parente, Homo neanderthalensis, suas condições de vida foram muito mais rudes, durante boa parte da sua existência no continente europeu. Não é difícil compreender que estavam forçados pela natureza do clima (de tipo peri-ártico; de tundra) a deambularem de sítio para sítio, ficando em cavernas ou abrigos temporários, sem continuidade, quanto muito visitando, ano após ano, determinados locais.  Lembro também que os locais mais ricos em imagens e gravuras no paleolítico superior (ex. Na gruta Chauvet), estão nos locais mais recônditos das grutas. Por vezes, são quase inacessíveis: seria uma prova tremenda se aventurar no seu interior, segurando apenas lamparinas com gordura, para se iluminarem. 

A representação não é - de qualquer modo - um critério para se avaliar o grau de desenvolvimento duma cultura. Basta lembrar que existem tabus (proibições religiosas) em sociedades como as islâmicas, em representar figuras de humanos ou de animais. Evidentemente, estas sociedades não estão num «estádio menos avançado» de desenvolvimento, por comparação com aquelas onde a representação do humano não é tabu. 

Analogamente, a «superioridade» do Homo sapiens sobre o neanderthalensis é apenas um efeito de nos projetarmos a nós próprios no cume, a realização máxima da Evolução. Como biólogo, estou consciente de que houve um conjunto muito diferente de circunstâncias, nomeadamente para as duas espécies: Um clima peri-ártico do habitat dos neandertais e um clima tropical ou de savana africana, nos sapiens que migraram para a Europa. 

O que se pode esperar em populações longamente separadas, submetidas a diferentes pressões ambientais, senão que divirjam como consequência da sua adaptação e tenham portanto traços anatómicos próprios e também comportamentos, incluindo tradições culturais? Homo neanderthalensis e H. sapiens viveram em quase total separação entre -300 mil anos (a data aproximada de aparecimento do homem moderno, em África) e cerca de -45 mil anos (aproximadamente, o  encontro das duas populações no Levante). São 255 mil anos de separação, no mínimo, ou seja, cem vezes o intervalo temporal desde a antiguidade*, aos nossos dias.

Espero que as pessoas se interessem pela Paleoantropologia, ela dá uma perspetiva de como viemos de longe e de como sabemos pouco, demasiado pouco, sobre nós próprios!!

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* Contando a partir da idade de ouro da civilização grega antiga, cerca 2550 anos antes da atualidade.


quinta-feira, 22 de junho de 2023

UMA GUERRA PARA DOMINAR O MUNDO (Jeffrey Sachs em Viena, Austria)


 

IA, O HOMEM & DEUS - Prof. John Lennox

 Uma conversa do prof. Lennox com John Anderson bastante interessante, porque coloca as questões num plano ético ou moral, em vez de se extasiar com as maravilhas da tecnologia. Ainda mais relevante, quanto a mim, é o facto dele não situar o «Admirável Mundo Novo» da Inteligência Artificial no futuro, mas no presente.

https://www.youtube.com/watch?v=17bzlWIGH3g



quarta-feira, 21 de junho de 2023

Biografia de Luísa Todi (1753-1833)


                                Imagem:  Luísa Todi (autor não identificado)

[Abaixo, um excerto do CD com árias cantadas por Luísa Todi, de compositores seus contemporâneos]  


David Perez (1711-1779), "Demoofonte" (Dircea - Porto,1772)

1 "In te spero, o sposo amato"

Soprano Joana Seara
Direcção musical de Marcos Magalhães


A cantora de ópera portuguesa Luísa Todi*

Lucas Brandão


Luísa Todi (1753-1833)
Nascida no século XVIII e falecida no século XIX, Luísa Todi foi das poucas portuguesas a conseguir singrar no mundo da música erudita nesse período. Em muito vincado por nomes, como Beethoven ou Mozart, a setubalense viria a percorrer mundo e a conseguir granjear um prestígio notável, tornando-se próxima dos palcos onde os maiores nomes atuavam e deslumbravam. Foi de Portugal que partiu, mas foi, assim, longe dele que se tornou uma música de excelência, com uma história de vida repleta de aventura e de conquistas.

Luísa Rosa de Aguiar nasceu em Setúbal, no dia 9 de janeiro de 1753, falecendo aos 80 anos de idade, a 1 de outubro de 1833, na cidade de Lisboa. Todi cresceria na cidade de Setúbal até aos doze anos, idade com a qual passou a viver em Lisboa, por força do trabalho do seu pai, mestre de música. Aliás, seria esta ligação à cultura por via do seu pai que a faria contactar, pela primeira vez, com os palcos, precisamente ao lado do seu pai e de três dos seus irmãos, no Teatro do Bairro Alto, situado no Palácio dos Condes de Soure. Corria o ano de 1763 e tinha Todi a idade de 10 anos. Inicialmente, no papel de atriz, encarnando personagens de “O Tartufo”, a célebre peça do francês Molière, para além de outras peças que puxassem à musicalidade e ao cómico, com uma grande propensão para as óperas. Com somente 16 anos, na Igreja das Mercês, casaria com o violinista napolitano Francesco Saverio Todi, ele que seria determinante para a sua entrada no mundo da música. Aliás, seria através dele que conheceria David Perez, compositor italiano que era o mestre de capela da corte portuguesa, que lhe daria aulas de canto. Aulas essas que poria em prática nesse Teatro do Bairro Alto, onde começou a demonstrar os seus dotes, cruzando os ensinamentos com os que recebia em casa, com o seu marido; mas também a começar a aparecer na corte de futuros reis, como Maria I.

Em 1772, aos dezanove anos, passaria a viver no Porto, cidade onde esteve durante cinco anos e onde continuou a exprimir essa sua voz, para além de dar essas aulas que havia recebido há tão pouco tempo. No entanto, o futuro fá-la-ia sair do território português e viajar pela Europa. O primeiro ponto de passagem com notoriedade foi o King’s Theatre, em Londres, onde teria uma prestação imaculada e descobridora de horizontes. Em França, na sua capital, seria uma das protagonistas dos Concerts Spirituels, uma série de concertos que a cidade recebia de forma a entreter os seus cidadãos, enquanto os restantes espetáculos estavam fechados. Aliás, seria em França que se fixaria durante algum tempo, continuando a embevecer quem a ouvia, que a considerava a melhor cantora estrangeira de Paris, em conjunto com a alemã Gertrud Elisabeth Mara, com quem também partilhou as honras no palco. Após o ano de 1780, começou a atuar fora do país, seguindo para Itália (incluindo o prestigiado Teatro Regio, em Turim), Alemanha e Áustria, em tantas e tão diversas cidades, entre reinos, ducados e repúblicas.

A sua família (marido e filhos, seis ao todo) acompanhavam-na para onde ela fosse e assim foi quando partiu para a Rússia, em 1784, com 31 anos de idade. Seriam acarinhados em São Petersburgo, cidade que os acolheu e que se deslumbrou com a sua interpretação de uma ópera do compositor Giuseppe Sarti. Aliás, a própria imperatriz, Catarina, a Grande, ficaria, de tal modo, impressionada ao ponto de lhe ofertar duas pulseiras feitas com diamantes. A gratidão do casal seria materializada numa ópera que ambos compuseram e dedicaram à imperatriz, de título “Pollinia”, que estrearia com Todi ao lado do cantor italiano Luigi Marchesi, com quem começou a desenvolver uma relação de tensão e até de inveja, da parte dele em relação a ela. Porém, a cantora havia caído nas boas graças da imperatriz, que a apontaria como professora de canto da corte russa e como uma artista merecedora de todo o seu carinho.

Todi ficaria na Rússia até 1788, quando partiu para a Prússia, juntando-se à corte do rei Frederico Guilherme II, onde usufruiu de aposentos no próprio palácio real do rei e de uma carruagem. Foi uma fugaz passagem, que a viu regressar a Paris logo no ano seguinte, onde continuou onde havia parado nos Concerts Spirituels, não deixando de cativar quem a assistia. Foi deambulando entre a França e o território alemão, chegando a cantar, na cidade de Bona, para o consagrado Ludwig van Beethoven. Regressaria a Itália, em 1790, onde atuaria em Veneza, no seu Teatro San Samuele, ornamentada com acessórios que lhe tinham sido dados pela imperatriz Catarina. A cidade recebê-la-ia durante o período de um ano, que tanto a mimou, mesmo num período em que a cantora sentia problemas de visão e que a colocaram de parte dos palcos durante alguns meses. Foi um ano que, apesar do revés, foi sensacional no assinalar do seu prestígio numa cidade tão relevante no panorama cultural.
Dos grandes países do continente europeu, só faltava deslumbrar em Espanha e foi isso que fez durante quatro anos, entre 1792 e 96, na cidade de Madrid, no seu Teatro de los Caños del Peral. Aproveitando a vizinhança do país em relação à sua casa, regressou a Portugal, num país que era, ironicamente, o único que lhe impunha restrições nos palcos e que não lhe reconhecia os dotes tão propalados por essa Europa fora. Aliás, a sua atuação de comemoração do nascimento do futuro rei D. João VI não seria assistida pela família real, para além de lhe ser imposta uma autorização para atuar publicamente, por ser mulher e isso ser proibido no reino. Porém, e após um breve período na cidade de Nápoles, Todi viria para ficar em Portugal, fixando-se, agora, na cidade do Porto. Foi nesta cidade que o seu marido viria a falecer, dois anos depois do regresso, em 1803. Viúva, sentiria as agruras das invasões napoleónicas na cidade, sendo obrigada a fugir (no célebre desastre da Ponte das Barcas) e a deixar para trás muitos dos seus pertences, incluindo os bens que a imperadora Catarina lhe havia dado. Mesmo sendo presa, acabaria por, graças ao prestígio que havia consumado em França, escapar ilesa das forças francesas.

Era tempo de voltar à cidade onde havia começado a sua carreira, Lisboa. Para aí voltou aos 58 anos e onde passou o resto da sua vida, assim como o período em que desenvolveu cegueira total. No entanto, seria um acidente vascular cerebral que a viria a encaminhar para a morte três meses depois deste incidente. Seria sepultada num antigo cemitério, o da Igreja da Encarnação, e, apesar deste ter sido extinto, permanece nas suas imediações, sem o reconhecimento dos seus restos. Não obstante, o seu legado seria imortalizado na cidade que a viu nascer – dá o nome ao seu Fórum Municipal, assim como a uma das suas principais avenidas -, para além de ter, em Lisboa, uma rua com o seu nome. Seria o reconhecimento de uma mulher que, dominando os mais relevantes idiomas europeus – o alemão, o italiano, o francês, o alemão -, conquistou toda essa Europa, fazendo valer a sua voz e a sua sensibilidade como atriz para ser uma manifestação de emoção e de poder musical e artístico.

Luísa Todi foi, assim, uma celebridade no panorama cultural europeu, numa fragmentação continental que ainda torna mais meritória a sua presença unificadora. Todas as realidades geopolíticas no continente renderam-se aos talentos e à graciosidade de Todi, que partilhou o palco com vultos da maior importância no contexto da música erudita, inclusive com Beethoven. Destes seus méritos, Portugal só a viria a honrar e a estimar verdadeiramente numa fase de decadência física, em que já não estava no auge das suas faculdades físicas e musicais. Não obstante, a sua presença e a sua fama, tanto nos méritos vocais como, até, composicionais, seriam uma nova força na presença das mulheres como protagonistas em espaços de tão premente masculinidade; e em que Todi faria maravilhar o todo.