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sexta-feira, 14 de julho de 2023

EIS PORQUE A REBELIÃO NA RÚSSIA FOI UM NÃO-EVENTO ... E O QUE ISSO SIGNIFICA [Chris MacIntosch]


«Here's Why the Sudden "Rebellion" in Russia was a NothingBurger... And What it Really Means» 

por Chris MacIntosh

[Copiado de Doug Casey's International Man <service@internationalman.com> ]

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Ok, vamos lá à grande notícia das últimas semanas.

O colapso iminente da Rússia. A rebelião pelas tropas do Grupo Wagner, seguida pela igualmente súbita não-rebelião que pôs a media de massas a rodar em parafuso. O mais interessante e hilariante era observar essa media de massas passar de "Os mercenários Wagner estão assassinando ucranianos", a "Os mercenários Wagner vão libertar-nos da tirania de Putin". E depois, claro, o silêncio. Em boa verdade, o melhor que eles têm a fazer é ficarem calados. Fico simplesmente estarrecido, que alguém continue a ouvir estes palhaços que, ou vomitam propaganda, ou simplesmente não têm a mínima ideia do que se está a passar mas sentem necessidade de dizer... bem, qualquer coisa. Com certeza, devem sentir humilhação, nesta altura?

Em qualquer caso, estão aqui alguns pensamentos e questões que tive, depois de ter digerido aquilo que suponho ter ocorrido.

Eu observei a media de massas vir com múltiplas (Eu contei 7 e depois deixei de contar mais) reportagens, saindo no Sábado de manhã. O facto de termos um dilúvio de reportagens num intervalo de tempo tão curto, pareceu-me estranho. Veja-se que o «motim» tinha literalmente começado umas horas antes. Horas!

Depois, soube que as agências de segurança tinham informado o Congresso dos EUA mais cedo, nessa semana, sobre a insurreição prevista. Mais cedo, nessa semana? Então os cérebros da CIA e o Congresso sabiam isto de antemão. O que significa que a media corporativa também soube isto antecipadamente. O que explica como conseguiram fazer sair literalmente dúzias de artigos em poucas horas. Eles redigiram com antecedência a narrativa da  Guerra Civil Russa!

O que levanta a questão seguinte: Como é que os serviços de segurança sabiam deste facto, em desenvolvimento, antes dele ocorrer, se não estavam envolvidos no caso? Terão tentado um "golpe de Maidan 2.0"?

Se isto é verdade, sabem o que significa? Significa que os EUA atacaram diretamente a Rússia. Trata-se dum ato de guerra.

Estas conclusões talvez levem as pessoas a pensar que «talvez», somente «talvez», a CIA tenha estado envolvida num país estrangeiro, numa tentativa de derrubar seu governo. É chocante, eu sei, pois isto teria sido um ato de guerra cometido pelos EUA contra a Rússia. Mas, estou certo que não. Eu estou certo de que o grupo Wagner ficou muito zangado com Putin e tentou retirá-lo do poder; estou igualmente seguro que - depois de avançar e de NÃO encontrar qualquer resistência, o grupo Wagner mudou de ideias e decidiu fazer um desvio até à Bielorrússia e tomar uma cerveja com Lukashenko. Isto faz todo o sentido. Sabe qual a temperatura na Rússia, durante esse fim-de-semana? 26°C. Bem, podem pensar que não é particularmente quente, mas eu desafio-vos a vestir roupa militar e carregar com todo o equipamento durante várias horas, sob este Sol; depois dir-me-ão se iriam desprezar uma cerveja gelada. Então, foi assim que aconteceu e que o golpe foi encerrado. Num fim-de-semana, apenas. Agora, se houve dinheiro que REALMENTE mudou de mãos entre a CIA e Wagner, bem, esse intervalo de tempo deve ter sido o suficiente para a transferência ser concluída. Só por dizer...

Pense numa situação hipotética, em que a CIA realmente oferece uns biliões, branqueados através da Ucrânia, com o objetivo de fomentar uma «revolução colorida» na Rússia. Agora, imagine que Você fosse um desses «moscóvios»; um tipo como, digamos, Prigozhin. Tem, a meu ver, três opções:

  1. Aceitar e arriscar o pescoço tentando derrubar Putin, arrastando consigo o Exército Russo (Wagner é cerca de 20% dos efetivos em combate)
  2. Recusar e dizer aos seus inimigos que «vão cavar batatas», o que significa que eles ficam com o dinheiro e que você continua a combater.
  3. Ou diz-lhes, "claro que sim", toma o dinheiro e representa um programa de «psyops» (= operação psicológica), durante o fim-de-semana e - no fim de contas - continua a combater do lado russo. Assim tem o melhor dos dois mundos.

Então, o que vai ser? Deixo-o decidir qual o cenário mais provável. O que penso, é que se torna evidente para todos - exceto para os mais limitados da cabeça - perceberem que aquilo que nos dizem é, com certeza, incorreto.

Há também um outro pequeno pormenor a considerar. Iria pensar que, aquando do golpe de Estado, a fuga de capitais para fora da Rússia seria extremada e que  se veria isso -imediatamente- no mercado mundial de divisas.


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Curiosamente, o rublo não deixou de fortalecer-se, quer em relação ao dólar, quer ao euro, ou à libra esterlina. Quanto a mim, isto prova que os «moscóvios» são uns estúpidos.

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                                             Mercenários do Grupo Wagner

PS1: «A Marcha sobre o Kremlin» por Israel Shamir.
Leia o excelente artigo, bem informado, sobre a longa guerra de Prigozhin com o ministro da defesa russo Shoigu, assim como com certos generais, mais preocupados com as suas prerrogativas e privilégios, do que com o eficaz apoio às suas tropas.

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Chris Hedges: HAITI - A INSURREIÇÃO IGNORADA E DIFAMADA

 


sábado, 16 de outubro de 2021

GRANDE ENTREVISTA de J.-J. SEYMOUR a PIERRE JOVANOVIC (em francês)


 A NÃO PERDER ...

Fala da prostituição da media,

Da dependência do presidente Macron em relação aos sauditas

Do facto do mediático Bernard Henry Lévy ser estipendiado pelo Qatar

Da campanha incessante contra Erdogan

Dos motivos da CIA para fazerem a guerra encoberta à Turquia

Do papel fundamental do Bósforo no comércio mundial

Das perspetivas florescentes da Turquia e Ásia Central,

Da saúde económica e financeira da Turquia

Do contraste com a Europa, principalmente a do Euro

Do endividamento da banca francesa e europeia

Do desequilíbrio causado pelo Euro, a favor da Alemanha

Da liberdade de indumentária e da segurança nas ruas de Istambul

E muito mais. 

Um vídeo recheado de informação!


Vista panorâmica do Bósforo. O canal de Istambul, previsto para 2023, irá duplicar a capacidade e permitir melhor circulação dos navios.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

ESPECIAL VENEZUELA



O golpe militar tentado pelos EUA, nos dias 29-30 de Abril do corrente ano foi derrotado. As forças militares venezuelanas continuaram fiéis ao presidente Maduro. Porém, este episódio mostra como as forças pilotadas à distância pelo Departamento de Estado, pela CIA e por outras agências dos EUA, no terreno, estão posicionadas para desencadear a guerra civil, neste país tão rico e tão sacrificado. Sem dúvida, que este processo é criminoso e a sua condução mostra até que ponto os defensores de Guaidó e outros fantoches dos americanos desprezam o próprio povo que dizem representar. Com efeito, a maioria do povo apoia consistentemente o governo Maduro e demonstrou esse apoio, agora mesmo, juntando-se muitos milhares, em torno do palácio presidencial. Lembremos que foi o povo que derrotou o golpe de 2002 contra Chavez. O então Chefe de Estado teve de ser solto, depois de ter sido preso pelos golpistas, devido ao facto da pressão popular ser demasiado forte. 
Aos inimigos da Venezuela e do seu povo, só restam a continuação do cerco económico, a constante propaganda com que inundam os media controlados por eles, a fabricação de uma oposição golpista. Pois eles sabem que a utilização directa da força militar dos EUA, mesmo que esteja maquilhada em operação para «restaurar a democracia na Venezuela», iria custar demasiado caro em homens e colocaria uma espécie de vulcão junto da «sua porta das traseiras». 
A guerra dos EUA na Venezuela é um exemplo de guerra híbrida e assimétrica, assistindo-se, ao longo de duas décadas, a uma escalada dos meios e da violência, tal como tem sido planeada pelos estrategas do Pentágono, da CIA e do Departamento de Estado. 
Nesta fase do processo, já se podem traçar duas conclusões, cujo significado ultrapassa o aspecto regional: 
- Primeiro, os EUA estão, de facto, a enterrar todo o edifício da legalidade internacional, penosamente erguido pelos diversos países dos dois lados da Guerra Fria Nº1. Esta deriva é longa, pois já ocorre desde a transformação da NATO num instrumento de agressão, em 1999 na ex-Jugoslávia. Não é fruto da política de Trump, especificamente. Embora Trump, acossado pelas facções contrárias internas que o acusam de ser um «peão» dos russos, tenha usado a política internacional como trunfo para se manter internamente fora do alcance dos seus opositores, que queriam a sua destituição. Ele, para evitar isso e para ter as mãos livres noutros aspectos da sua política, fez um «deal»: dava uma fatia substancial do poder no plano internacional aos neocons e ao aparelho do partido democrata, para - em troca - ter oportunidade de avançar com a reestruturação da economia americana.  
- Segundo, os aliados europeus dos EUA mantêm-se obedientes, em relação aos assuntos da América Latina. Efectivamente, seguem uma política externa do tipo «Monroe»: os assuntos do Continente Americano são essencialmente deixados à discrição do «Tio Sam». Aquilo que têm feito em relação à Venezuela, mais não é do que uma negação grosseira dos princípios elementares das relações de Estado a Estado, uma violação das normas internacionais da diplomacia, com o reconhecimento de Guaidó como o presidente legítimo, quando nem sequer foi candidato ao cargo, assim como um atentado às regras dos negócios internacionais quando retêm ou capturam a propriedade do Estado venezuelano, quer sob forma de ouro retido no Banco de Inglaterra, quer sob forma das contas bancárias com os pagamentos do petróleo venezuelano. Para eles, isso não lhe importa muito, pois os seus princípios são ajustáveis às conveniências: na medida em que se mostrem vassalos obedientes dos EUA, talvez beneficiem de um comportamento benevolente do hiper-império... 

Assim, como corolário destes dois aspectos acima,  o golpe em marcha na Venezuela não poderá ter um desenlace pacífico, que se traduziria pela negociação entre as diversas oposições e o regime, a não ser que houvesse uma mudança substancial no panorama internacional. Esta mudança teria de implicar um acordo entre EUA, Rússia e China, de partilha de esferas de influência (uma espécie de Ialta nº2), mas isto não está no horizonte. 
Veremos, mas parece-me que a evolução dos acontecimentos coloca como mais provável um cenário de guerra civil, o que seria péssimo para o povo venezuelano.

quarta-feira, 13 de março de 2019

SAÍDA DE PESSOAL DIPLOMÁTICO DOS EUA, DA VENEZUELA, É UM MAU SINAL



                         

Ontem, Michael Pompeo, o Secretário do Governo Trump, decretou a retirada de todo o pessoal diplomático da Venezuela. Não creio que isso inclua os operacionais da CIA e das outras agências que estão apoiando as forças de oposição ao governo Maduro. Este é um sinal muito mau, em termos de perspectiva de uma actuação militar, em grande escala e com possibilidade de muitos mortos, como um bombardeio de Caracas, por exemplo. Numa circunstância dessas, o governo dos EUA não iria ter a possibilidade efectiva de garantir a segurança dos seus funcionários.
A agressão sob todas as formas, contra o governo legítimo de Maduro, atingiu o patamar mais elevado, com a sabotagem da rede eléctrica, cujo significado é muito claro; pretendem assim tornar a vida impossível aos milhões de cidadãos, pretendem propiciar o saque a supermercados e comércios, por forma a que a vida de todos os dias seja impossível, dado os comerciantes se irem embora; pretendem sobretudo, mostrar que têm capacidade em sabotar do interior as estruturas vitais de um país, mensagem sobretudo endereçada a um todo-poderoso exército, que se tem mantido do lado da legalidade, mas poderá (como no Chile!) bascular para o lado dos golpistas.
    
                  Blackout shuts down Venezuela’s oil exports
                  Acima: Uma artéria de Caracas durante o «apagão» 

A estratégia do imperialismo em relação à Venezuela tem sido clara:

  • Criar uma série de obstáculos através de sanções económicas e outras, sem porém cortar relações diplomáticas (fase do processo que tem já mais de uma dezena de anos).
  • Estrangular economicamente a Venezuela através de embargos de todo o género de mercadorias, desde material com uso militar até artigos de medicina e alimentos.
  • Fomentar o mercado negro desses produtos, que somente poderão ser adquiridos a troco de dólares. Assim, colocam em ruptura o abastecimento normal do país, infelizmente demasiado dependente de compras ao exterior, para toda a espécie de bens e mesmo de alimentos. Por outro lado, o desenvolvimento do mercado negro provoca a descida acelerada do Bolivar – a divisa do país – e inicia-se a fase de híper inflação.
  • A oposição, constantemente apoiada e financiada, exige eleições; estas têm lugar, mas a mesma oposição boicota-as, alegando que não são «democráticas». Isto passou-se assim, apesar dos observadores declararem que as eleições tinham sido regulares e de – aliás – ter havido uma candidatura de oposição, que se apresentou a escrutínio.
  • Uma campanha internacional insistente para deslegitimar o governo do presidente Maduro, em paralelo com o fomentar de manifestações de rua, cada vez mais violentas.
  • A declaração, em perfeita coordenação com Michael Pence, vice-presidente dos EUA, de que Guaidó – que fortuitamente, era presidente do parlamento- seria, daqui por diante, o Presidente-interino da Venezuela. Esta manobra tinha como objectivo criar um movimento de deslegitimação de Maduro, pelos acólitos dos EUA (dignamente, a Itália recusou).
  • A política de sanções e de guerra económica atinge o cúmulo, com o roubo de mais de 20 biliões de dólares, pertencentes ao Estado Venezuelano, assim como a recusa pelo Banco de Inglaterra em autorizar o repatriamento de ouro venezuelano, do qual tem a custódia. Estes actos são tipicamente pirataria económica, são actos totalmente ilegais face à lei internacional.
  • A recente sabotagem da rede eléctrica pública da Venezuela, mostra como os imperialistas dispõem de meios de sabotagem, que poderão ser ainda mais gravosos e instaurarem o caos. O que fizeram agora tem a seguinte mensagem explícita: «Ou derrubam Maduro, ou nós fazemos ainda mais e pior, tornando a Venezuela um inferno ingovernável». Esta mensagem dirige-se sobretudo à casta militar.
  • A ordem de saída de todo o pessoal diplomático da Venezuela, por Pompeo, surge como preparação para uma invasão ou um ataque militar aéreo ou algo semelhante, em preparação e na eminência de ser executado. Retiram o seu pessoal diplomático – também- para evitar que este possa servir como refém, se a guerra com tiros e bombas rebentar.


sábado, 26 de janeiro de 2019

VENEZUELA: FABRICAÇÃO DO «INEVITÁVEL» GOLPE...


Começaram por fazer um boicote a todos os meios de subsistência da Venezuela. Lembram-se da «campanha do papel higiénico»? O boicote económico implicava que apenas se conseguiam coisas essenciais à custa de dólares e estes obtidos no mercado negro, a um valor múltiplas vezes superior ao câmbio legal. Foi assim que começaram a desencadear o ciclo infernal da hiperinflação. 
A Venezuela estava bem exposta a esse tipo de sabotagem, na medida em que - devido à bonança do petróleo - as pessoas recebiam ajudas do governo para praticamente tudo, o qual governo se abastecia de dólares no mercado petrolífero, distribuindo esses dólares aos comerciantes que os usavam na importação de bens de consumo. A partir de determinado momento, os comerciantes começaram a guardar os dólares, muitos deles, com certeza, fora do país, em vez de os trocar por mercadorias. Organizou-se a escassez, que levou à inflação e depois à hiperinflação.

A CIA esteve desde sempre associada na Venezuela com todo o tipo de contestação, desde a mais «política», à mais terrorista, à sabotagem económica, que culminou com uma série de sanções cada vez mais abrangentes, do governo dos EUA contra o Estado Venezuelano.
A guerra económica era apenas uma etapa para o golpe, para a substituição de Maduro por um Juan Guaido fiel e submisso aos seus patrões dos EUA: com 35 anos, preside ao parlamento, membro da oposição, não tem direito constitucional de tomar o cargo de presidente, visto que Maduro ganhou as eleições presidenciais, de forma totalmente legal, como foi decretado pelos juízes, que avaliaram (e descartaram) as queixas sobre o referido processo eleitoral.  
A utilização de países da América Latina (e do Canadá) como apoiantes do golpe, mostra claramente quais estão ao serviço do imperialismo, por sinal os que já tinham sido largamente favorecidos pelo «maná» vindo de Washington. 
Logo que se trata de subverter um processo democrático que escapa ao seu controlo, estes fantásticos «democratas» esquecem logo certos factos, relegados a «pormenores sem relevância» como, nomeadamente, de que uma grande maioria do povo venezuelano votou em eleições consideradas livres e legítimas e elegeu Nicolas Maduro.

É lamentável ver a falta de coragem de uma certa esquerda, sendo que as personagens que nos EUA realmente colocam as coisas em termos factuais são Paul Craig Roberts e Ron Paul.



Caitlin Johnstone trouxe ao nosso conhecimento o acto corajoso de Medea Benjamin, que realmente diz as coisas que os presidentes da Organização dos Estados Americanos não gostaram de ouvir, mas totalmente certas:


Fazer um golpe de Estado, não é solução, além de que é criminoso; é o caminho mais certo para desencadear uma guerra civil, uma tragédia. 
Apoiar um golpe de Estado é uma cobardia; quem sofre as consequências é o povo desse país, não os presidentes que nas suas poltronas lançam uns contra os outros e promovem o caos.


quinta-feira, 27 de abril de 2017

RETORNO SOBRE MAIDAN (Outra História da UCRÂNIA)


Um inquérito aprofundado de «Maidan», que não será analizado pela media «mainstream» ocidental.

Muito «politicamente incorrecto»...


                                  






... mas muito correcto em termos de validação de investigação histórica. 

sábado, 28 de janeiro de 2017

UMA «REVOLUÇÃO COLORIDA» ESTÁ EM CURSO, DESTA VEZ NOS EUA?

A violenta e incessante campanha, em todas as frentes, para deslegitimar Donald Trump, como 45º presidente dos EUA, está em curso, desde o momento da sua eleição e continua agora, para além da sua tomada de posse.
Como de costume, nas «revoluções coloridas» anteriores, as massas são manipuladas pelas ONGs ao serviço de interesses ocultos, financiadas discretamente por fundações Soros e outras. A própria CIA tem uma postura sediciosa, ao tomar a iniciativa de investigar pessoas altamente colocadas, da confiança do actual presidente. 
Não ficaria surpreendido se Donald Trump fosse deposto por um golpe palaciano. Não sei, de facto, qual o processo que irão utilizar, irão recorrer a todos os artifícios para fazer valer um «impeachment». 
Lamento o que acontece. Não por ter alguma simpatia pela política ou pela personagem de Trump. Mas porque sei que os neo-cons - instalados no «Estado profundo»-  estão interessados em verem-se livres de Trump para levar a cabo a sua política criminosa, belicista, e que irá fatalmente desembocar numa guerra mundial.
Esta realidade é obscurecida pela enorme onda de propaganda que serve sobretudo para neutralizar as massas de «esquerda». Elas estão a ser usadas como massa de manobra para alcançar objectivos dos quais não têm a mínima consciência
Foi assim, aliás, que muitos ucranianos fartos da corrupção no seu país, foram utilizados como massa de manobra para o golpe levado a cabo por neo-fascistas, em Kiev, com o apoio ativo de serviços secretos ocidentais.
A inteligência é não nos deixarmos embarcar por campanhas políticas de uns e de outros. 
As facções políticas conseguem fazer os seus golpes e manobras sujas, graças à inconsciência e impreparação de muitas pessoas generosas, mas iludidas, incapazes de ver o que se passa por detrás dos panos de cena.

Oxalá eu me engane, mas tenho tido lucidez bastante para prever, em textos anteriores a 2008, a ascenção da extrema-direita e a desagração das esquerdas, transformadas em meros peões dos grandes interesses corporativos. 
Também tive a lucidez para ver que a «Obama-mania»,  desde a sua primeira eleição, era completamente vazia de fundamento, sendo o «reinado» do anterior presidente o mais anti-paz no mundo que jamais existiu, nem sequer sendo favorável aos pobres do seu país, que ficaram em desemprego ou emprego precário, enquanto o seu mandato foi uma benesse para os muito ricos.
Previ, contra todos os vaticínios à minha volta, que o referendo pela saída do Reino Unido iria ser uma enorme derrota para o establishment britânico e da União Europeia. 
Por fim, devido a ter compreendido o porquê da campanha mediática contra Trump, estimei que este tinha reais hipóteses de ser eleito e disse-o em várias ocasiões.
Posso estar errado, mas parece-me que na Europa também, uma «esquerda pós-moderna» arrimada a um modelo de ativismo segundo «campanhas» identitárias, completamente divorciada das classes laboriosas, vai cair na mesma armadilha que a esquerda dos EUA, preparando o terreno para que Marine Le Pen e seus adeptos vençam as eleições.

Se assim fôr, o mais certo é que seremos nós a sofrer na pele as consequências da estupidez de outros!



quinta-feira, 1 de setembro de 2016

«LIBERTANGO» - TATYANA RYZHKOVA (À QUARTA POTÊNCIA!)


Dedico esta postagem à corajosa Dilma Rousseff e ao povo brasileiro, que tiveram e terão de lutar para arrancar o seu país das garras dos golpistas... A Tatyana Ryzhkova é excelente e realizou aqui um trabalho «em quarteto», a não perder!