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sexta-feira, 3 de julho de 2020

POÇAS DE CUATRO CIÉNEGAS (MÉXICO) REVELADORAS DA EVOLUÇÃO

                        
Um magnífico artigo de divulgação científica de Rodrigo Pérez Ortega revela-nos a riqueza estonteante de vida de poças a uns 1000 km a Norte da Cidade de México (ver também vídeo, aqui). 
Cuatro Ciénegas situa-se numa bacia com poças coloridas no meio do deserto mexicano de Chihuahua.
A microbióloga mexicana Souza Saldívar e seu marido, têm estudado as mais de 300 poças (pozas) espalhadas por cerca de 800 km quadrados entre pântanos e montanhas majestosas. 
As águas destas pozas, cuja química é muito particular, encerram uma população bacteriana extremamente especializada, vivendo há muitos milhões de anos no mesmo local, como se pode confirmar pelos estromatólitos bacterianos que atapetam as partes profundas das mesmas. 


Cada «poza» é um autêntico ecossistema em miniatura, contendo variadíssimas espécies de bactérias, muitas das quais são arquebactérias (um super-reino das bactérias, que poderia estar na origem dos eucariotas, seres com núcleo). Além disso, as várias espécies possuem seus próprios vírus (bactériofagos). Além das espécies bacterianas, existem muitas outras formas de vida, incluindo uma tartaruga que somente se pode encontrar nesta zona. 

                    


O artigo descreve em pormenor a diversidade extraordinária da vida microbiana e seria demasiado longo fazer a sua tradução integral. Mas, vale a pena lê-lo, na revista Science.  

O artigo utiliza a expressão de «Arcas Perdidas» (evocativo de profusão de vida) para descrever estas formações:

Encontram-se em piscinas (ou «pozas») pouco profundas, ricas em minerais e lagoas, com condições análogas aos oceanos antigos, os pontos quentes para a diversidade microbiana. 
As «almofadas flutuantes» («floating matts») de Cuatro Ciénegas estão associadas com as bactérias do Super-Reino Archea; os investigadores chamam-nas «catedrais de arquebactérias».

             
                            [todas as fotos foram retiradas do artigo citado]

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

OS PROGRAMAS DE GUERRA QUÍMICA E BIOLÓGICA DOS EUA



Resultado de imagem para pictures of Biological Warfare Research
  [ Este artigo consiste, essencialmente, numa cronologia. Infelizmente, ela pára antes do final do século XX. No entanto, os que verdadeiramente quiserem saber os desenvolvimentos posteriores poderão aqui encontrar um ponto de partida. Note-se que muitos destes dados são completamente ignorados pelo grande público. Por outro lado, foram-se acumulando dados sobre infracções e foram adicionadas mais evidências nos cerca de vinte anos, desde que foi publicada esta lista*]  
Pergunta -- A operação «Drop Kick» foi uma operação real realizada pelo governo dos EUA e, assim sendo, será que existem outros exemplos do governo proceder a experiências com civis?

Clyde Francis Habeck respondeu em Fevereiro de 2019:
Eis uma lista, interessante e assustadora - devo dizer, para minha protecção – de alegadas acções tomadas pelo governo «Do Povo, Pelo Povo e Para o Povo». Interessante, duma maneira macabra e assustadora, porque quase todas as experiências, senão todas, foram completamente legais.

TÍTULO 50 – GUERRA E DEFESA NACIONAL
CAPÍTULO 32 – PROGRAMA DE ARMAS QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DOS EUA
Sec. 1520. Utilização de sujeitos humanos para experimentação de agentes químicos ou biológicos pelo Departamento da Defesa; reportadas às Comissões do Congresso no que respeita a experimentações e estudos; notificações dos agentes civis locais
(a) No mais tardar, trinta dias depois da aprovação final dentro do Departamento da Defesa, dos planos de qualquer experimentação ou estudo a ser conduzido pelo Departamento da Defesa, quer directamente, quer sob contrato, envolvendo a utilização de seres humanos para testar agentes químicos ou biológicos, o Secretário da Defesa irá fornecer às Comissões dos Serviços Armados do Senado e da Assembleia dos Representantes, uma relação detalhada de tais planos para experiência ou estudo e essa mesma experiência ou estudo só poderá  ser conduzido depois de passar um prazo de trinta dias, a começar pela data em que esse relatório é recebido pelas referidas comissões. 
(b)
(1) O Secretário da Defesa não poderá coordenar quaisquer testes ou experiências envolvendo a utilização de qualquer agente químico ou biológico em populações civis, a não ser que as autoridades civis da área onde o teste ou experiência vai ser conduzida sejam notificadas de antemão de tal teste ou experiência, e esta apenas poderá ser levada a cabo depois de expirado o período de trinta dias, começando pela data da notificação respectiva.
(2) O parágrafo (1) aplica-se a testes e experiências conduzidos por pessoal do Departamento de Defesa e a experiências conduzidas em nome do Departamento da Defesa, por contratantes.
Note-se que não é requerida uma autorização, apenas a aprovação do Departamento de Defesa. Note-se, também que, “a não ser que as autoridades civis da área onde o teste ou experiência vai ser conduzida sejam notificadas de antemão"... não dá definição do que constitui «autoridades civis» ou «da área». Governador, presidente do município, amigos do Departamento da Defesa?


1931 O Dr. Cornelius Rhoads, sob a protecção do Instituto Rockefeller  para a Investigação Médica, infecta seres humanos com células cancerígenas. Mais tarde, estará na origem da criação dos laboratórios para a Guerra Biológica do Exército dos EUA em Maryland, no Utah e no Panamá e é nomeado para a Comissão de Energia Atómica dos EUA. Enquanto permanece neste posto, inicia uma série de experiências com exposição a radiação em soldados e pacientes hospitalares civis.

1932 Inicia-se o Estudo Tuskegee sobre sífilis. 200 homens negros diagnosticados com sífilis, não lhes é nunca revelado o diagnóstico da doença, sendo-lhes negado tratamento da mesma, são usados como cobaias humanas para seguir a progressão dos sintomas da doença. Eles acabam todos por morrer de sífilis e as suas famílias nunca foram informadas de que poderiam ter sido tratados.

1935 O Incidente da Pelagra. Após milhões de mortes de pelagra, no intervalo de duas décadas, o Serviço de Saúde Pública dos EUA, FINALMENTE, ACTIVA-SE para enfrentar a doença. O Director deste serviço admite que tinha conhecimento, pelo menos há vinte anos, de que esta doença, a pelagra,  é causada  por uma deficiência em niacina. Mas não agiu, visto que a maior parte das mortes ocorria em populações negras afectadas pela pobreza.

1940 Quatrocentos presos em Chicago são infectados com malária para estudar os efeitos de novas drogas em experiência para combate à doença. Mais tarde, médicos nazis, durante o julgamento de Nuremberga, citam este estudo americano para defender as suas próprias acções durante o Holocausto.

1942 Os Serviços de Guerra Química iniciam experiências com gás mostarda sobre cerca de  4 mil soldados. As experiências continuam até 1945 e utilizaram membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia que escolheram servir de cobaias humanas, em vez de prestar serviço militar como combatentes.

1943 Em resposta ao programa em pleno desenvolvimento de guerra com micróbios, efectuado pelos japoneses, os EUA iniciam investigações com armas biológicas em Fort Detrick, MD.

1944 A Marinha dos EUA utiliza seres humanos para testar máscaras de gás e roupa. Os indivíduos eram trancados numa câmara com gás e expostos ao gás mostarda e a lewisita (gás tóxico).

1945 Inicia-se o Projecto «Paperclip». O Departamento de Estado dos EUA, os serviços de espionagem militares e a CIA recrutam cientistas nazis, oferecendo-lhe imunidade e identidades forjadas, em troca de trabalho para programas secretos do governo dos EUA.

1945 O "Programa F": é empreendido este programa, pela Comissão da Energia Atómica (AEC). O mesmo consiste num estudo muito extenso sobre os efeitos do fluoreto na saúde, um componente químico chave na produção da bomba nuclear. Sendo um dos químicos mais tóxicos para o Homem, causa efeitos marcados no sistema nervoso central, mas grande parte da informação é suprimida em nome da segurança nacional, porque se temiam processos que viessem comprometer a produção das bombas atómicas.

1946 Nos hospitais de Veteranos do Exército, os pacientes são usados como cobaias para experiências médicas. A fim de eliminar suspeitas, foi dada a ordem de substituir a palavra «experiências» por «investigações» ou «observações», sempre que sejam comunicados estudos médicos realizados num desses hospitais de veteranos.

1947 O Coronel E.E. Kirkpatrick, da Comissão de Energia Atómica dos EUA, produz um documento secreto (Documento 07075001, de 8 de Janeiro 1947 https://ahrp.org/1947-u-s-atomic-energy-commission-begins-radioactive-experiments-on-human-subjects/) que afirma que a agência irá começar a administrar doses intravenosas de substâncias radioactivas em seres humanos.

1947 A CIA inicia o estudo do LSD enquanto arma potencial para ser usada pela espionagem americana. Nele, são usados seres humanos (tanto civis, como militares) com e sem o seu conhecimento.

1950 O Departamento da Defesa começa a fazer detonar armas nucleares em áreas desérticas e a controlar as pessoas que residem no trajecto dos ventos, em relação a problemas médicos e a taxas de mortalidade.

1950 Numa experiência destinada a determinar em que grau uma cidade americana seria susceptível a um ataque biológico, a Marinha dos EUA lança uma nuvem de bactérias sobre San Francisco a partir de um navio. Aparelhos de detecção estão distribuídos pela cidade, para testar a extensão da infecção. Muitos residentes adoecem com sintomas de doença semelhantes a pneumonia.

1951 O Departamento da Defesa inicia testes ao ar livre, usando bactérias e vírus patogénicos. Os testes duram até 1969 e existe o receio de que as pessoas a residir nas zonas limítrofes possam ter ficado expostas. 

1953 Os militares dos EUA espalham nuvens de gás de sulfureto de cádmio e zinco sobre Winnipeg, St. Louis, Minneapolis, Fort Wayne, Monocacy River Valley no Maryland, e Leesburg, Virginia. O seu propósito é determinar a eficiência com que poderão dispersar agentes químicos.

1953 São efectuadas experiências conjuntas do Exército, da Marinha e da CIA, pelas quais dezenas de milhares de pessoas, em Nova Iorque e San Francisco, são expostas a micróbios Serratia marcescens Bacillus glogigii lançados na atmosfera.

1953 A CIA inicia o Projecto MKULTRA. É um programa de investigação desenvolvido durante onze anos e concebido para produzir e testar drogas e agentes biológicos que pudessem ser usados no controlo da mente e na modificação do comportamento humano. Seis dos projetos subordinados implicavam testar estas substâncias em seres humanos, sem o seu conhecimento.

1955 Numa experiência para testar a capacidade de infectar populações humanas com agentes biológicos, a CIA liberta bactérias na baía de Tampa (Florida), retiradas do arsenal de armas biológicas.

1955 O Army Chemical Corps continua a investigação com LSD, estudando o seu uso potencial como agente incapacitante. Mais de 1.000 americanos participam nos testes que continuam até 1958.

1956  Os militares dos EUA libertam mosquitos infectados com o agente da febre amarela em zonas por cima de Savannah, Ga e Avon Park, Fl. Após cada teste, agentes do exército disfarçados de funcionários de saúde pública estudam os efeitos nas vítimas.

1958 O LSD é testado em 95 voluntários, nos Laboratórios da Guerra Química do Exército, para estudo dos seus efeitos sobre a inteligência.

1960 O Chefe Adjunto do Estado-Maior  autoriza testes de campo com LSD, na Europa e no Extremo Oriente. Na Europa, os testes têm o nome de código THIRD CHANCE; os destinados à população asiática, têm o nome de código de DERBY HAT.

1965 A CIA e o Departamento da Defesa iniciam o Projecto MKSEARCH, um programa para desenvolver a capacidade de manipulação do comportamento humano, através de drogas psicotrópicas.

1965 Os prisoneiros  detidos na  Holmesburg State Prison, em  Filadélfia, são sujeitos à dioxina, uma substância química muito tóxica, que faz parte do Agente Laranja usado no Vietname. Os homens são depois estudados em relação ao desenvolvimento de cancros, o que indica que se suspeitava que o Agente Laranja era tido como agente carcinogénico, desde essa época. 

1966 A CIA inicia o projecto MKOFTEN, um programa para testar o efeito toxicológico de certas drogas nos seres humanos e nos animais.

1966 O exército dos EUA distribui por toda a rede de metro da cidade de Nova Iorque o Bacillus subtilis, variante niger. Mais de um milhão de civis ficam expostos, quando os cientistas militares deixam cair lâmpadas com bactérias, dentro dos sistemas de ventilação.

1967 A CIA e o Departamento de Defesa iniciam o projecto MKNAOMI, sucessor do MKULTRA e destinado a manter, armazenar e testar armas biológicas e químicas.

1968  A CIA faz experiências sobre a possibilidade de envenenar a água potável, injectando substâncias químicas no abastecimento de água do FDA  [Food and Drug Administration] em Washington, D.C.

1969 O Dr. Robert MacMahan, do Departamento da Defesa requer ao Congresso 10 milhões de dólares para desenvolver, no prazo de 5 a 10 anos, um agente biológico sintético para o qual não exista imunidade.

1970 O financiamento para o agente biológico sintético é obtido sob a referência H.R. 15090. O projecto, sob supervisão da CIA é levado a cabo pela Divisão de Operações Especiais em Fort Detrick, o laboratório «top secret» do exército para as armas biológicas. Especula-se que teriam sido usadas técnicas de biologia molecular para produzir um retro-vírus do tipo HIV. 

1970 Os Estados Unidos intensificam o seu desenvolvimento de «armas étnicas» (Military Review, Nov., 1970), concebidas para atingir de modo selectivo e eliminar determinados grupos étnicos que sejam susceptíveis devido a diferenças genéticas e variações no seu ADN.
1975 A secção de vírus do Centro de Fort Detrick para a Guerra Biológica é rebaptizada como Centro Fredrick de Investigação em Cancro e colocada sob a supervisão do National Cancer Institute (NCI) . É aqui que o programa especial de vírus cancerígenos é iniciado pela Marinha dos EUA, com a intenção de desenvolver vírus causadores de cancro. É também aqui que os virologistas isolam um vírus para o qual não existe imunidade. Ele será posteriormente designado por HTLV (Human T-cell Leukemia Virus).

1977 A audições do Senado sobre Saúde e Investigação Científica confirmam que 239 áreas povoadas tinham sido contaminadas com agentes biológicos entre 1949 e 1969. Estas incluem San Francisco, Washington, D.C., Key West, Panama City, Minneapolis, e St. Louis.

1978 Ensaios experimentais sobre a vacina contra a Hepatite B, iniciam-se em Nova Iorque, Los Angeles e San Francisco. Os cartazes para procurar pessoas para se submeterem a essas experiências especificam que se pede indivíduos sexualmente promíscuos, homossexuais.

1981 Os primeiros casos de SIDA em homens homossexuais são confirmados em Nova Iorque, Los Angeles e San Francisco, desencadeando a especulação de que a SIDA possa ter sido introduzida aquando da introdução da vacina da hepatite B.

1985 Segundo o jornal Science (227:173-177), os vírus HTLV e VISNA, este um vírus fatal para as ovelhas, são muito semelhantes, indicando uma relação próxima, do ponto de vista taxonómico e evolutivo.

1986 Segundo a revista Proceedings of the National Academy of Sciences (83:4007-4011), HIV e VISNA são muito semelhantes e partilham todos os elementos estruturais, excepto um pequeno segmento que é quase idêntico ao HTLV. Isto tem levado a que se especule que HTLV e VISNA possam ter sido ligados para produzir um novo retro-vírus para o qual não existe imunidade natural.

1986 Um relatório ao Congresso revela que a presente geração de agentes biológicos inclui: vírus modificados, toxinas ocorrendo naturalmente e agentes que foram alterados por engenharia genética, para mudar o seu carácter imunológico e impedir toda a prevenção com as vacinas existentes.

1987 O Departamento da Defesa admite que, apesar do tratado que baniu a investigação e desenvolvimento de agentes biológicos, continua a operar laboratórios de investigação em 127 locais e universidades, nos EUA.

1990 Mais de 1500 bébés de seis meses, de raça negra ou hispânicos, em Los Angeles, receberam uma vacina «experimental» da papeira, que nunca foi licenciada para utilização nos EUA. O CDC, mais tarde, admitiu que os progenitores nunca foram informados de que a vacina - usada nos seus filhos - era experimental. 

1994 Usando a técnica de «despiste de genes» o dr. Nicolson do MD Anderson Cancer Center em Houston, TX descobriu que muitos soldados que voltavam da operação «Desert Storm» estavam infectados com uma estirpe modificada de Mycoplasma incognitus, um micróbio que tem sido usado para produzir armas biológicas. Estavam incorporados, na sua estrutura molecular, uns 40 por cento da proteína de invólucro do HIV, o que indicava que tinha sido fabricado por manipulação genética.
1994 O senador John D. Rockefeller publica um relatório revelando que, pelo menos nos últimos 50 anos, o Departamento de Defesa usou centenas de milhares de  militares em experiências, com seres humanos e com exposição a substâncias perigosas. Os materiais incluem gás mostarda e gás nervoso, radiação ionizante, substâncias psicotrópicas e alucinogénicas, bem como drogas usadas durante a Guerra do Golfo.

1995 O governo dos EUA admite que ofereceu aos criminosos de guerra japoneses e a cientistas que tinham efectuado experiências médicas em seres humanos, salários e imunidade em serem processados, em troca de dados sobre a investigação com armas biológicas.

1995 O Dr. Garth Nicolson descobre provas de que os agentes biológicos usados na Guerra do Golfo tinham sido manufacturados em Houston, TX e em Boca Raton, Fl e testados nos presos do Departamento Correccional do Texas.

1996 O Departamento da Defesa admite que os soldados de Desert Storm estiveram expostos a agentes químicos.

1997 Oitenta e oito membros do Congresso assinam uma carta exigindo a investigação sobre as bio-armas usadas e sobre o síndrome da Guerra do Golfo.


Traduzido por Manuel Banet a partir do original seguinte:

  
(*) Penso que a origem desta lista é esta:

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

DOCUMENTÁRIO - O MUNDO DOS MICRÓBIOS



                                         https://www.youtube.com/watch?v=Jk0-uJbVgsY

Documentário da DW, o canal de rádio e televisão estatal da Alemanha
(falado em Inglês; legendas do texto falado)

Quem estudou microbiologia sabe que este mundo é absolutamente fundamental para a construção do mundo vivo visível; sabe que o modo de vida simbiótico é muito mais habitual, em todos os Reinos, do que jamais foi suspeitado.

Mas, para quem não estudou microbiologia, este maravilhoso universo do invisível a olho nu, surge como uma revelação e como um choque, pois contrasta com a ideia-feita de que micróbios são transmissores de doenças. Claro que alguns o são, mas é tão absurda tal generalização!  É como pensar-se que a sociedade humana é essencialmente composta por assassinos, porque alguns humanos o são.

Delicio-me com este documentário, pois foi feito a pensar no público em geral, mas é totalmente sério e rigoroso, do ponto de vista da ciência biológica.