sábado, 16 de novembro de 2024
AFRICA: 20 MIL MILHÕES USD EM DÍVIDA, PERDOADOS PELOS BRICS
quarta-feira, 25 de outubro de 2023
NOVAS REALIDADES EM ÁFRICA
Muitas vezes, os noticiários na Europa deixam de lado notícias relativas ao Continente Africano. Mas, o facto é que sem a África, a Europa (a ocidental, sobretudo) não seria aquilo que é.
Com efeito, já não falando dos longos séculos de depredação e exploração colonial em África, que certas potências europeias levaram a cabo, do século XVI ao século XX, sob forma de colónias, é de notar que muitas independências africanas foram apenas nominais, ou seja, passou uma elite dos respectivos Estados recém-independentes a governar esses países, mas - na verdade - continuaram sujeitos à ex-potência colonial.
Exemplo flagrante desta situação, é o das ex-colónias da França na África central. Elas mantiveram múltiplos laços, para além da língua francesa e doutros aspetos culturais: Estes países têm estado ligados à ex-metrópole através do sistema do «Franc CFA», que perpetuou a dependência, visto que a moeda utilizada em cada país africano era emitida pela Banque de France. Estes países não podiam realizar operações de câmbio com outras divisas diretamente, sem passar pelo Banco Central do Estado francês.
Muitos recursos minerais e agrícolas foram extraídos, nas décadas após a era colonial, de tal maneira que os países africanos ficavam com uma parte diminuta, sendo o grosso do lucro recolhido pelas multinacionais, que exploravam e exportavam estas matérias-primas. Além do aspeto direto de rapina económica, acrescentava-se a dependência - cada vez maior - em relação à importação dos bens de consumo correntes, incluindo os alimentares, sendo as importações sistemáticas devidas ao não desenvolvimento de projetos autónomos de agricultura destinada ao consumo local, ou de indústrias que permitissem o aproveitamento dos recursos locais, agrícolas, minerais e energéticos. Este atraso provocou a dependência crónica em relação ao exterior e um défice constante na balança comercial em muitos países africanos, mesmo nos considerados «ricos». Tal défice era colmatado por empréstimos, negociados com o FMI ou Banco Mundial. Estes impunham condições: Determinado comportamento na economia, na administração pública e, em particular, na adoção de programas de privatização ou de «ajustamento estrutural», para «rentabilizar» os setores produtivos mas, na realidade, para as multinacionais vorazes se apropriarem dos mais interessantes. Assim, a dependência tem sido perpetuada, com a conivência dos vários atores, quer sejam as empresas multinacionais, os Estados ex-potências colonizadoras, as instituições financeiras multilaterais, ou os consórcios de bancos europeus e norte-americanos.
A situação neocolonial destes países - sobretudo na África central ao Sul do Sahara, na região do Sahel - foi-se perpetuando. As condições de sobrevivência dos povos foi-se deteriorando, a desertificação progredindo. Os solos, demasiado frágeis, tornaram-se estéreis, tem havido miséria e fome nestas zonas, às quais se vieram acrescentar guerrilhas, muitas das quais, de grupos islamistas radicais.
Foram desencadeadas guerras civis entre várias facções das Forças Armadas, pelo controlo do exército e do aparelho de Estado. Estes golpes são, muitas vezes, instrumentalizados por uma potência não-africana (EUA, França, Reino Unido, Rússia, China, etc.), interessada em manter ou derrubar determinada facção, para obter (ou manter) acesso a valiosos recursos minerais.
quinta-feira, 6 de abril de 2023
A ÁFRICA ESTÁ A EMANCIPAR-SE DO JUGO NEOCOLONIAL
A África é um continente jovem, com o número de jovens, em relação à população total, mais elevado.
É, também, o continente mais antigo no sentido de, em África, a espécie humana ter tido o seu berço.
Infelizmente, este continente foi dilacerado e dominado pelas potências coloniais (entre as quais Portugal, além de muitos outros países da Europa).
O neocolonialismo foi a «esperteza» dos americanos; eles fizeram-se passar por auxiliadores das lutas anticoloniais.
Por exemplo, em Angola, foram os EUA suportes ativos de Holden Roberto, o fundador e dirigente da FNLA.
Esta política americana foi desenvolvida em vários países africanos para neutralizar a influência soviética.
Mais recentemente, o poder imperial deixou cair a máscara, quando - com Obama, o primeiro presidente negro - arrasou a Líbia, transformando-a num «não-Estado», sob pretextos falsos, que Obama e Hillary bem sabiam sê-lo.
Mas a sabedoria milenar dos povos africanos encontra agora, com a ajuda da China, uma saída para o ciclo de dominação neocolonial.
O que se joga no continente africano é fundamental, não apenas para os africanos, como para o mundo.
Veja e oiça o vídeo seguinte:
quarta-feira, 15 de julho de 2020
DOCUMENTO REVELA CONSPIRAÇÃO NA BASE DA «PANDEMIA» E DA IMPOSIÇÃO DE VACINA CONTRA O CORONAVIRUS
quarta-feira, 17 de junho de 2020
[Manlio Dinucci] O FACEBOOK CIRCUNDA A ÁFRICA
ITALIANO PORTUGUÊS
il manifesto, 16 de Junho de 2020
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Webpage: NO GUERRA NO NATO
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
sábado, 26 de outubro de 2019
CRIMINALIDADE: A FACE ESCONDIDA DA GLOBALIZAÇÃO
Xavier Raufer é criminólogo: esta entrevista, em francês, está centrada sobre o seu livro.
Fala na entrevista seguinte - em especial - nos terroristas djihadistas do Estado Islâmico: https://www.youtube.com/watch?v=YE6eTOJMKB4
segunda-feira, 4 de março de 2019
BASES POR TODO O LADO, EXCEPTO NO RELATÓRIO DO PENTÁGONO
https://ogmfp.wordpress.com/2019/03/03/bases-por-todo-o-lado-excepto-no-relatorio-do-pentagono/
Oficialmente, o Departamento da Defesa mantém 4.775 «locais», espalhados por todos os 50 Estados, por oito territórios dos EUA e por 45 países estrangeiros. Um total de 514 destes postos avançados estão localizados no estrangeiro, de acordo com o Catálogo mundial do Pentágono. Apenas para mencionar alguns da longa lista, estão nela incluídas as bases no Oceano Índico de Diego Garcia, de Djibouti, no Corno de África, tal como no Perú e em Portugal, nos Emiratos Árabes Unidos e no Reino Unido. Mas a versão mais actualizada do catálogo, emitida em 2018 e designada como «Relatório das Estruturas de Bases» (BSR), não inclui a base de al-Tanf. Ou qualquer outra das bases na Síria ou no Iraque, ou outros locais onde se saiba que tais acampamentos militares existem e, ao contrário da Síria, estejam em expansão.
De acordo com David Vine, autor de “Uma Nação de Bases: Como é que as Bases Militares dos EUA no Estrangeiro Afectam a América e o Mundo,” pode haver centenas de bases semelhantes, fora dos registos oficiais, em todo o mundo. «Os locais ausentes são um reflexo da falta de transparência do sistema do que considero serem as 800 bases dos EUA fora dos 50 Estados e de Washington, D.C., que têm pontilhado o globo desde a IIª Guerra Mundial» afirma Vine, que é também membro fundador da recém criada Coalição Pelo Rearranjo e Fechamento das Bases no Estrangeiro, um grupo de analistas em assuntos militares, que atravessa o espectro ideológico e advoga a redução da «pegada global» dos militares dos EUA.