A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

A GRANDE CONJURA CRIMINOSA DA «POLÍTICA ZERO CARBONO»


Autor: F. William Engdahl*


O  globalista Fórum Económico Mundial de Davos tem proclamado a necessidade de alcançar um objectivo mundial de  “zero carbono, líquido” cerca de 2050. Isto para muitos soa como distante no futuro e tem sido largamente ignorado. Porém, as transformações em curso, da Alemanha aos EUA, assim como inúmeras outras economias, estão a marcar o cenário da criação do que - nos anos 70 - era designado como a Nova Ordem Económica Internacional.
Na realidade, trata-se do modelo para um corporativismo global,  tecnocrático e totalitário, o qual promoverá um enorme desemprego, desindustrialização e colapso económico, intencionalmente. Tenhamos em conta algo do pano de fundo.
 Klaus Schwab do Fórum Económico Mundial (WEF), tem estado a promover o seu tema favorito, o Grande Reiniciar (Great Reset) da economia mundial. A chave para o que os globalistas entendem por isso, é compreender o que eles querem dizer pela política de Zero Carbono Líquido em 2050.
A UE está no pelotão da frente, com um audacioso plano para se tornar o primeiro continente «neutral em carbono» em 2050 e em reduzir as suas emissões de CO2 por, pelo menos 55%, em 2030.
Num artigo do seu blog de Agosto de 2020, o auto-proclamado czar das vacinações globais,  Bill Gates, escrevia sobre a crise climática futura:

Por muito horrível que a pandemia seja, a mudança climática será bem pior… O relativo declínio em emissões neste ano torna uma coisa clara: Não chegaremos ao objectivo de zero emissões simplesmente – ou mesmo, principalmente – por voar e conduzir menos.

Com um monopólio virtual, tanto na media corporativa, como na media social, o «lobby» do Aquecimento Global tem conseguido levar grande parte  do mundo a assumir que o melhor para a humanidade é eliminar os hidrocarbonetos, incluindo o petróleo, gás natural, carvão e – mesmo - a energia «livre de carbono» electricidade nuclear em 2050, para haver esperança de evitar um aumento médio da temperatura mundial de 1,5 a 2 graus centígrados. Há apenas um problema com isto. É que se trata de uma diabólica capa  para uma agenda mais vasta.

Origens do ‘Aquecimento Global’


Muitos esqueceram a tese inicial, avançada para justificar a mudança radical nas nossas fontes de energia. Não se tratava de «mudança climática». O clima da Terra está em constante mudança, correlacionando esta com as erupções de energia solar, ou ciclos de manchas solares, que afectam o clima terrestre.
Por volta da viragem do milénio, o  aquecimento provocado pelo Sol deixou de ser evidente; Al Gore e outros mudaram a narrativa num passe de magia verbal para «Alterações Climáticas», em vez de «Aquecimento Global». Agora, a narrativa destinada a causar medo, tornou-se tão absurda que qualquer evento climático insólito é tratado como «crise climática». Cada furacão, ou tempestade de inverno, é apresentado como prova de que os Deuses do Clima estão a punir os humanos, pecadores, por estes emitirem CO2.
Mas espere. A razão verdadeira da transição para fontes alternativas de energia, tais como solar ou eólica e o abandono de fontes de energia carbonadas, é a afirmação de que o CO2, de algum modo, sobe para a atmosfera e ali forma um lençol que, supostamente, aquece a Terra por baixo – o Aquecimento Global. As emissões de gases de estufa, de acordo com a Agência para Protecção Ambiental (EUA), vêm sobretudo do CO2. Daí o enfoque nas «pegadas de carbono». 
Aquilo que quase nunca é dito é que o CO2 não pode ascender pela atmosfera acima, a partir do escape dos carros ou de fábricas usando carvão, ou de outras fontes originadas pelos humanos.  O Dióxido de Carbono não é carbono, ou fuligem. É um gás invisível, inodoro, essencial para a fotossíntese e para todas as formas de vida na Terra,  nós incluídos. O CO2 tem um peso molecular de cerca de 44, enquanto o ar (sobretudo oxigénio e azoto) tem um peso molecular de apenas 29. 
A gravidade específica do CO2 é cerca de 1,5 vezes a do ar. Isto sugere que os gases de escape dos veículos, ou das centrais térmicas a carvão não irão subir pela atmosfera, a 12 milhas ou mais acima do solo terrestre, formando o temido efeito de estufa.

Maurice Strong

Para se avaliar qual a acção criminal que se está desenvolvendo em torno de Gates, Schwab e os demais defensores de uma economia mundial «sustentável», devemos recuar a 1968 quando David Rockefeller e amigos criaram o movimento em torno da ideia de que o consumo humano e o crescimento populacional eram o problema maior. Rockefeller, cuja fortuna estava baseada no petróleo, criou o Clube de Roma, neo-malthusiano, na villa dele em Bellagio, Itália. O seu primeiro projecto foi o de financiar um estudo no MIT, chamado Limites do Crescimento, em  1972.
Um organizador chave do programa de Rockefeller de «Crescimento Zero» no início dos anos 1970 foi o seu amigo de longa data, um canadiano dos petróleos, chamado Maurice Strong, também membro do Clube de Roma. Em 1971, Strong foi nomeado subsecretário das Nações Unidas e Secretário geral da conferência do Dia da Terra de 1972 em Stockolm. Ele também era membro da direcção da Fundação Rockefeller.
Maurice Strong foi o principal propagador da teoria, sem fundamento científico, de que as emissões de veículos de transporte, de centrais a carvão e da agricultura, eram causadoras dum dramático e acelerado aumento da temperatura global, que ameaça a civilização; o dito Aquecimento Global. Foi o inventor do termo elástico «crescimento sustentável».
Na qualidade de presidente da Conferência da ONU do Dia da Terra de 1972, Strong promoveu a redução populacional e o abaixamento dos níveis de vida em todo o mundo para «salvar o ambiente». Eis o que - alguns anos depois - Strong afirmou:

Não será a única esperança para o planeta que as civilizações industriais colapsem? Não será nossa responsabilidade fazer com que isso aconteça?

Esta é a agenda, hoje conhecida como Grande Reiniciação (Great Reset) ou Agenda da ONU 2030. Strong foi mais além, criando o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU [Inter-governmental Panel on Climate Change (IPCC)], um corpo político que adianta afirmações, não provadas, de que a produção de CO2 de origem humana esteja a levar o mundo para uma catástrofe ecológica irreversível.
O Dr Alexander King, co-fundador do Clube de Roma, admitiu a fraude essencial da agenda ambiental deste clube, anos depois, no seu livro The First Global Revolution (A Primeira Revolução Global). Citando:

«Em busca de um novo inimigo que nos unisse, avançámos com a ideia de que a poluição, a ameaça do aquecimento global, a escassez de água, as fomes e coisas do género seriam adequadas para tal fim … Todos esses perigos são causados por intervenção humana e apenas através de uma mudança de comportamento poderão ser evitadas. O verdadeiro inimigo é a própria humanidade.»
 
King admitiu que a «ameaça do aquecimento global» era apenas um estratagema para justificar um ataque sobre a «própria humanidade». Este ataque está agora a desenrolar-se sob os nomes de Grande Reiniciação (Great Reset) e de Zero Carbono Líquido (Net Zero Carbon).


                         Merkel e os painéis
                         
O desastre da Energia Alternativa

Em 2011, agindo sob conselho de Joachim Schnellnhuber, do Instituto de Potsdam de Investigação sobre o Impacto do Clima, Angela Merkel e o governo alemão impuseram o banimento total da electricidade produzida por energia nuclear a partir de 2022, como parte da estratégia governamental de 2001, designada por Energiewende ou Mudança Energética, para se basear na energia solar, eólica e noutras energias «renováveis». O objectivo era fazer da Alemanha o primeiro país industrializado «carbono neutro.»
A estratégia tem sido uma catástrofe económica. Partiu de uma das redes de electricidade mais estáveis e de mais baixo custo ao nível mundial, para hoje ser o sistema gerador de energia eléctrica mais caro do mundo.  De acordo com a Associação de Indústria de Energia Alemã, no mais tardar em 2023, quando a última central de energia nuclear fechar, a Alemanha irá enfrentar falhas de energia. 
Em simultâneo, o carvão, a maior fonte de energia eléctrica, será progressivamente reduzida para se atingir o Zero Carbono Líquido. As indústrias que têm uso intensivo de energia, como as do aço, do vidro, química, do papel e do cimento, estão a enfrentar custos crescentes e perspectiva-se o seu encerramento ou transposição para o exterior (offshoring), com perda de milhões de postos de trabalho. A Energia eólica ou solar hoje, custa uns 7 a 9 vezes mais  que o gás.
A Alemanha tem pouco sol, comparada com países tropicais, portanto o vento tem sido a principal fonte de para energia verde. Há um investimento enorme em cimento e alumínio, necessários para instalações de energia solar ou eólica. Isto implica energia barata – energia a partir de gás ou carvão- para o produzir. O custo torna-se proibitivo, mesmo sem a adição de «taxas carbono».
A Alemanha já possui cerca de 30 mil turbinas eólicas, mais do que em qualquer outra parte da UE. As turbinas gigantes causam sérios danos de saúde, pelo ruído ou por infra-sons, nos residentes das proximidades, causando também acidentes com as aves. Calcula-se que, em 2025, 25% das eólicas alemãs vão precisar de ser substituídas e isto é um problema colossal. As companhias estão a ser processadas, à medida que os cidadãos se vão apercebendo dos malefícios. Para alcançar os objectivos em 2030, o  Deutsche Bank recentemente admitiu que o Estado teria de criar uma “ditadura ecológica.”
Neste tempo, na Alemanha, há uma corrida para acabar com veículos a gasolina e gasóleo em 2035, a favor dos e-veículos (veículos eléctricos), o que destrói a maior e mais rentável indústria alemã, o sector automóvel, com perda de milhões de empregos. Os veículos com baterias de Lítio têm uma «pegada carbono» maior,  quando somados os efeitos da mineração do Lítio e a produção de todas as partes incluídas, à dos veículos a diesel.
E a quantidade de aumento de electricidade necessária para uma Alemanha com zero carbono em 2050 seria bem mais que hoje, visto que milhões de carregadores de baterias precisarão de electricidade da rede. Agora, a Alemanha e a UE começaram a impor “taxas carbono”, alegadamente para financiar a transição para zero carbono. As taxas irão apenas tornar a energia eléctrica ainda mais cara, o que garantirá um colapso mais rápido da indústria alemã. 

Despovoamento

De acordo com os que promovem a agenda de Zero Carbono, é isso mesmo que eles desejam: a desindustrialização das economias mais avançadas, uma estratégia calculada para décadas, tal como Maurice Strong dissera, para provocar o colapso das civilizações industrializadas. 
Fazerem voltar atrás a actual economia mundial, para uma utopia reaccionária de madeira-combustível e moinhos-de-vento, em que as falhas de electricidade se tornam norma, como é agora o caso na Califórnia, é parte essencial da transformação do «Great Reset» e o «Condensado Global para a Sustentabilidade» da Agenda 2030 da ONU  [Agenda 2030: UN Global Compact for Sustainability].
O conselheiro de Merkel para o clima, Joachim Schnellnhuber, apresentou em 2015 a agenda verde radical do Papa Francisco, a carta encíclica, «Laudato Si» , aquando da nomeação pelo mesmo, para a Academia de Ciência Pontíficia. Ele deu conselhos à UE na sua agenda verde. Numa entrevista de 2015, Schnellnhuber declarou que a «ciência» tinha agora determinado que a capacidade de máxima para uma população humana «sustentável», era de menos seis milhares de milhões de pessoas:

De modo muito cínico, é um triunfo para a ciência porque, por fim, conseguimos estabilizar algo – nomeadamente as estimativas para a capacidade de sustentação do planeta, nomeadamente abaixo de 1 milhar de milhões de pessoas.

Para fazer isso, o mundo industrializado tem de ser desmantelado. Christiana Figueres, Contribuidora para a Agenda do Fórum Económico  e ex-secretária executiva para a Convenção Sobre Mudança Climática da ONU, revelou o verdadeiro âmbito da agenda climática da ONU, durante uma conferência de imprensa em Bruxelas, em que dizia: 
 “Pela primeira vez, na história humana, estamos a atribuir a nós próprios a tarefa de mudar intencionalmente o modelo de desenvolvimento económico que vigora desde a Revolução Industrial.
As afirmações de Figueres de 2015 têm agora um eco, com o Presidente francês Macron, em Janeiro de 2021, no Fórum Económico Mundial, «Agenda de Davos», em que afirmou que “nas presentes circunstâncias, o modelo capitalista e uma economia aberta já não são possíveis.” Macron, ex- empregado do banco Rothschild, dizia que “a única via para nós sairmos desta epidemia é criar uma economia mais centrada na eliminação do fosso entre ricos e pobres.” Merkel, Macron, Gates, Schwab e amigos irão fazer isso, baixando os níveis de bem-estar da Alemanha e dos países da OCDE, até aos níveis da Etiópia ou do Sudão. Esta é a sua distopia de «zero carbono». Limitação severa das viagens de avião, de automóvel, do movimento das pessoas, fecho as indústrias «poluentes», tudo para reduzir o CO2. Curioso, como a pandemia de coronavírus serve para implementar o «Great Reset» e a Agenda 2030 da ONU de «Zero Carbono Líquido» [UN Agenda 2030 Net Zero Carbon].

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*F. William Engdahl é consultor de risco estratégico e docente, diplomado de política da universidade de Princeton e é um autor de livros «best-sellers» sobre petróleo e geopolítica, escrevendo em exclusivo para o magazine “New Eastern Outlook”  onde este artigo foi originalmente publicado. 
Ele é investigador do «Centre for Research on Globalization» 
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PS1: Foto do deserto, que mostra como tem havido nas temperaturas uma «subida» (do lado negativo do termómetro!):

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

O TOTALITARISMO - TERROR, VIOLÊNCIA, CENSURA UNIVERSAL NOS MEDIA


 


Entrevista com o Prof. Perrone (censurada)




F. William Engdahl descreve, no artigo abaixo, toda a corrupção e experimentação com humanos como se fossem «cobaias». Indispensável!


O artigo seguinte do Dr. John Hunt MD desmonta as aplicações abusivas dos testes de detecção de COVID:
 
COVID Tests Gone Wild—An Epidemic of COVID Positive Tests
by John Hunt, MD

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Editor’s Note: In the setting of COVID-19, almost every country in the world closed its borders, locked down its citizens, and forced businesses to close. Today, most governments still restrict travel, economic activity, and social gatherings.

The justification for these unprecedented measures has been a growing number of COVID-19 cases. This has unleashed an epidemic of COVID testing—with PCR and rapid antigen tests as the means of identifying positive COVID cases. Our very own Dr. John Hunt examines the science behind COVID testing, whether the testing paradigms are effective, and the rationality behind government response to the virus.

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What COVID tests mean and don’t mean

RT-PCR tests can be designed to be highly sensitive to the presence of the original viral RNA in a clinical sample. But a highly sensitive test risks poor specificity for actual infectious disease.

Rapid antigen tests are different. They measure viral protein. They do so by reacting a clinical sample with one or two lab-created antibodies that are labeled with a measurable marker. These antigen tests are often poorly specific, meaning they can show as positive in the absence of any actual viral protein or any COVID disease.

For a lab test, what does it mean to be sensitive? What does it mean to be specific?

I’ll use COVID to help explain these terms. In order to do this correctly, we need to avoid using the language of the media and government because those institutions tend to mislead us via language manipulation. For example, they’ve wrongly taught us that a COVID-positive test is synonymous with COVID- disease. It isn’t, as you will soon see.

So for this article, I will use the term "Relevant Infectious COVID Disease" to mean a condition, caused by COVID-19, in which a patient is sickened by the virus or has (in their airways) living replicating virus capable of being transmitted to others. This seems a fair definition of what we should be caring about in this disease. If the patient isn’t sick and isn’t capable of transmitting the disease, then any COVID RNA or protein that may appear in a test is not relevant, nor infectious, and therefore of little to no consequence.

You can think of a test’s sensitivity like this: In a group of 100 people who absolutely have Relevant Infectious COVID Disease, how many people does the test actually report as "positive?" For a test that is 95% sensitive, 95 of these 100 patients with the true disease will be reported by the test as COVID positive and 5 will be missed.

Specificity: In a group of 100 people who absolutely do not have Relevant Infectious COVID Disease, how many will be reported by the test as "negative?" For a test that is 95% specific, 95 of these healthy people will be reported as COVID-negative and 5 will be incorrectly reported as COVID-positive.

Sensitivity and Specificity are inherent characteristics of a test, not of a patient, not of a disease, and not of a population. These terms are very different than Positive Predictive Value (PPV) and Negative Predictive Value (NPV). PPV and NPV are affected not only by the test’s sensitivity and specificity but also by the characteristics of the people chosen to be tested and, particularly, the patients’ underlying likelihood of actually having true Relevant Infectious COVID Disease. The Positive Predictive Value—the chance a positive test actually indicates a true disease—is greatly improved if you test people who are likely to have COVID, and, importantly, avoid testing people unlikely to have COVID.

If you do a COVID test with 95% sensitivity and 95% specificity in 1,000 patients who are feverish, have snot pouring out of their noses, are coughing profusely, and are short of breath, then you are using that test as a diagnostic test in people who currently have a reasonable up-front chance of having Relevant Infectious COVID Disease. Let’s say 500 of them do actually have Relevant Infectious COVID Disease, and the others have a common cold. This 95% sensitive test will correctly identify 475 of these people who are truly ill with COVID as being COVID-positive, and it will miss 25 of them. This same test is also 95% specific, which means it will falsely label 25 of the 500 non-COVID patients as COVID-positive. Although the test isn’t perfect it has a Positive Predictive Value of 95% in this group of people, and is a pretty good test overall.

But what if you run this very same COVID test on everyone in the population? Let’s guesstimate that the up-front chance of having Relevant Infectious COVID in the US at this moment is about 0.5% (suggesting that 5 out of 1000 people currently have the actual transmittable disease right now, which is a high estimate). How does this same 95% sensitive/95% specific test work in this screening setting? The good news is that this test will likely identify the 5 people out of every 1000 with Relevant Infectious COVID! Yay! The bad news is that, out of every 1000 people, it will also falsely label 50 people as COVID-positive who don’t have Relevant Infectious COVID. Out of 55 people with positive tests in each group of 1000 people, 5 actually have the disease. 50 of the tests are false positives. With a Positive Predictive Value of only 9%, one could say that's a pretty lousy test. It’s far lousier if you test only people with no symptoms (such as screening a school, jobsite, or college), in whom the up-front likelihood of having Relevant Infectious COVID Disease is substantially lower.

The very same test that is pretty good when testing people who are actually ill or at risk is lousy when screening people who aren’t.

diagnostic test is used to diagnose a patient the doctor thinks has a reasonable chance of having the disease (having symptoms like fever, cough, a snotty nose, and shortness of breath during a viral season).In the first scenario (with symptoms), the test is being used correctly for diagnosis. In the second scenario (no symptoms), the test is being used wrongly for screening.

screening test is used to check for the presence of a disease in a person without symptoms and no heightened risk of having the disease.

A screening test may be appropriate to use when it has very high specificity (99% or more), when the prevalence of the disease in the population is pretty high, and when there is something we can do about the disease if we identify it. However, if the prevalence of a disease is low (as is the case for Relevant Infectious COVID) and the test isn’t adequately specific (as is the case with PCR and rapid antigen tests for the COVID virus), then using such a test as a screening measure in healthy people is forcing the test to be lousy. The more it is used wrongly, the more misinformation ensues.

Our health authorities are recommending more testing of asymptomatic people. In other words, they are encouraging the wrong and lousy application of these tests. Our health officials are doing what a first-year medical student should know better than to do. It’s enough of a concerning error that it leaves two likely conclusions: 1) that our leading government health officials are truly incompetent and/or 2) that we, as a nation, are being intentionally gaslighted/manipulated. Or it could be both. (Another conclusion you should consider is that my analysis of these tests is incorrect. I’m open to a challenge.)

So what if you, as an individual, get a positive PCR test result (one that has 95% specificity) without having symptoms of COVID-19 or recent exposure to a true Relevant Infectious COVID Disease patient? What do you do? Well, with that positive test, your risk of having COVID has just increased from less than 5 in 1,000 (the general population risk) to about somewhere perhaps 5 in 55 (the risk of actual Relevant Infectious COVID Disease in asymptomatic people with a COVID-19-positive test). That’s an 18-fold increase in risk, amounting to a 9% risk of you having Relevant Infectious COVID Disease (or a 91% chance of you being totally healthy). That may be a relevant increase in risk in your mind, enough that you choose to avoid exposing your friends and family to your higher risk compared to the general population. But if the government spends resources to contact-trace you, then they are contact-tracing 91% of people uselessly. And they are deciding whether to lock us down based on the wrong notion that COVID-positive tests in healthy people are epidemiologically accurate when indeed they are mostly wrong.

For the 50 asymptomatic low-risk people falsely popping positive out of each group of 1,000, what makes them pop positive? For a rapid antigen test, it is because the test is never meant for use as a screening test in healthy asymptomatic people because it’s not specific enough. For a PCR test, positivity confidently means that there was COVID RNA in that sample, sure, but your nose or mouth very likely just filtered some dead bits of viral debris from the dust particles in the air as you walked through CVS to get the test before you learned you were supposed to use the drive-through. PCR can be way too sensitive.

A few strands of RNA are irrelevant. Even a few hundred fully intact viral particles are not likely to infect or cause disease. Humans aren’t that wimpy. But keep in mind that there is a very small chance that the test popped positive because you are about to get sick with COVID-19, and the test caught you, by pure luck, just before you are to become sick.

On top of this wrong use of diagnostic tests as screening tests, the government has been subsidizing hospitals for taking care of COVID-19-positive patients. Let’s say a hospital performs a COVID test 4 times during a hospital stay as a screening test in a patient who has no symptoms of COVID. If that test pops positive once and negative three times, the hospital will report that patient as having COVID-19, even though the one positive result is highly likely to have been a false positive. Why do hospitals do this testing so much? In part, because they’ll get $14,000 more from the government for each patient they declare has COVID-19.

When we see statistics of COVID-19 deaths, we should recognize that some substantial percentage of them should be called "Deaths with a COVID-19-positive test." When we see reports of case numbers rising, we should know that they are defining "case" as anyone with a COVID-19-positive test, which, as you might now realize, is really a garbage number.

Summary: 

  1. We have an epidemic of COVID-positive tests that is substantially larger than the epidemic of identified Relevant Infectious COVID Disease. In contrast, people with actual, mild cases of COVID-disease aren’t all getting tested. So the data, on which lockdowns are supposedly justified, are lousy.
  2. The data on COVID hospitalizations and deaths in the US are exaggerated by a government subsidization scheme that incentivizes the improper use of tests in people without particular risk of the disease.
  3. Avoid getting tested for COVID unless you are symptomatic yourself, have had exposure to someone who was both symptomatic and tested positive for COVID, or have some other personal reason that makes sense.
  4. Know that getting tested before traveling abroad puts you at a modest risk of getting a false-positive test result, which will assuredly screw up your trip. It’s a new political risk of travel.
  5. There is a lot more to this viral testing game, and there are a lot of weird incentives. There are gray areas and room for debate.
  6. Yes, the COVID disease can kill people. But a positive test won’t kill anybody. Sadly, every COVID-positive test empowers those politicians and bureaucrats who have a natural bent to control people—the sociopaths and their ilk.

John Hunt, MD is a pediatric pulmonologist/allergist/immunologist, a former tenured Associate Professor and academic medical researcher, who has extensive experience and publications involving PCR, antigen testing, and analysis of respiratory fluid. He is internationally recognized as an expert in aerosol/respiratory droplet collection and analysis. He’s also Doug Casey’s coauthor for the High Ground novels Speculator, Drug Lord, and the just-released Assassin, and he is a founding member of the LLC that owns International Man.

Editor's Note: The ripple effects of the government lockdown are only starting to take shape.



quinta-feira, 21 de novembro de 2019

CHINA, EUA E GEOPOLÍTICA DO LÍTIO [F. William Engdahl]

                       


Nos últimos anos, desde o avanço global para desenvolver Veículos Eléctricos (VEs) numa escala massiva, o elemento Lítio tem vindo a ser considerado um metal estratégico. A procura é enorme na China, nos EUA, na UE, no presente; a garantia do controlo do fornecimento de lítio desenvolve-se numa luta geopolítica própria, o que não deixa de evocar a do controlo do petróleo.





A China Joga para Assegurar Fornecimento



Para a China, que estabeleceu entre os principais objectivos tornar-se o principal produtor mundial de VEs, desenvolver os materiais das baterias a lítio é uma prioridade para o 13º Plano Quinquenal (2016-20). Embora a China possua as suas próprias reservas de lítio, a capacidade de recuperação é limitada, levando-a a assegurar direitos de mineração de lítio no estrangeiro.


Na Austrália, a companhia Chinesa Talison Lithium, controlada por Tianqi, faz mineração e possui as reservas maiores do mundo e de maior teor em Greenbushes, na Austrália Oeste, perto de Perth.


O maior produtor primário de lítio mundial é a Talison Lithium Inc. A mina de Greenbushes na Austrália, produz hoje cerca de 75% do consumo chinês em lítio e cerca de 40% do consumo mundial. Isto, assim como outras matérias-primas australianas, fez com que as relações com a Austrália, um aliado firme dos EUA, assumissem importância estratégia para Pequim. Igualmente, a China tornou-se o maior parceiro comercial da Austrália.


No entanto, a influência crescente da China na economia do Pacífico, em torno da Austrália, levou o primeiro-ministro Scott Morrison a enviar uma mensagem de aviso no sentido da China não se imiscuir nesta região estratégica para a Austrália. Em finais de 2017, a Austrália, crescentemente preocupada com a expansão chinesa na região, retomou a cooperação com aquilo que se designa informalmente o «Quad», com os EUA, a Índia e o Japão, ressuscitando uma tentativa anterior de pôr em cheque a influência da China no Pacífico Sul. A Austrália, também recentemente, avançou com empréstimos a nações insulares do Pacífico para contrabalançar os empréstimos da China. Tudo isto torna claro o imperativo da China em ir à procura globalmente doutras fontes para assegurar abastecimento em lítio, de modo a se tornar o agente principal da economia emergente dos VE, na próxima década.


Assim que o desenvolvimento dos veículos eléctricos se tornou uma prioridade na planificação económica chinesa, a procura de fonte segura de lítio levou-a a virar-se para o Chile, outra das principais fontes de lítio. Aqui, a empresa chinesa Tianqi é detentora duma participação importante da Sociedad Quimica Y Minera (SQM) chilena, um dos maiores produtores mundiais de lítio. Se a empresa chinesa Tianqi conseguir ganhar o controlo da SQM, isso irá mudar a geopolítica do controlo do lítio, segundo as notícias da indústria mineira.

O fornecimento global de metais de lítio, uma componente estratégica das baterias a iões lítio utilizadas para os veículos eléctricos (VEs), está concentrado em muito poucos países.

Para se ter uma ideia da procura potencial de lítio, a bateria para o Modelo S da Tesla, requer 63 quilogramas de carbonato de lítio, o suficiente para cerca de 10 000 baterias de telefones celulares. Numa notícia recente, o banco Goldman Sachs designou o carbonato de lítio como a nova gasolina. Apenas 1 por cento de aumento na produção de veículos eléctricos, poderia aumentar a procura de lítio em mais de 40% da produção global actual, de acordo com Goldman Sachs. Com tantos governos a exigir menores emissões de CO2, a indústria automóvel global está a expandir os seus planos para produção em massa de VEs na próxima década, o que torna o lítio potencialmente tão estratégico como hoje o petróleo. 

Qual é a «Arábia Saudita» do Lítio?

A Bolívia, cujo lítio é de longe mais complicado de se extrair, também tem sido alvo de interesse de Pequim, nos anos mais recentes. Algumas estimativas geológicas consideram a Bolívia como a detentora das maiores reservas mundiais. Apenas nos depósitos salinos de Salar de Uyuni, estima-se que haja nove milhões de toneladas de lítio.


Desde 2015, a companhia mineira chinesa CAMC Engineering Company, tem vindo a operar uma grande fábrica na Bolívia, para produzir Cloreto de Potássio como fertilizante. A CAMC é discreta quanto ao facto de que, sob o cloreto de potássio, se encontram as maiores reservas de lítio conhecidas no mundo, nos depósitos salinos de Salar de Uyuni, um dos 22 depósitos salinos da Bolívia. A empresa chinesa Linyi Dake Trade em 2014 construiu uma fábrica piloto de baterias de lítio, nesta mesma localização.


Depois disso, em Fevereiro de 2019, o governo de Morales assinou outro acordo de exploração do lítio, desta vez com o grupo chinês do Xinjiang, TBEA Group Co Ltd, que terá uma posição de 49% de participação na companhia estatal boliviana YLB. Este acordo destina-se a produzir lítio e outros materiais, a partir das salinas de Coipasa e de Pastos Grandes, com um custo estimado em 2,3 biliões de dólares.


Em termos de lítio, a China está actualmente a dominar o Novo Grande Jogo global pelo controlo de recursos. As entidades chinesas controlam agora quase metade da produção de lítio mundial e 60% da capacidade de produção de baterias eléctricas a lítio. Dentro duma década, prediz a Goldman Sachs, a China poderia fornecer 60% das baterias para os VEs no mundo inteiro. Em resumo, o lítio é uma prioridade estratégica para Pequim.


EUA/China Rivalidade pelo Lítio?


O outro actor principal no mundo da mineração do lítio, hoje, é os EUA. A companhia Albemarle, de Charlotte, Carolina do Norte, com um impressionante conselho de directores, tem participações mineiras principais na Austrália e no Chile, nomeadamente, tal como tem a China. Em 2015 a Albemarle tornou-se um factor dominante no mundo da mineração do lítio, quando comprou a companhia dos EUA, Rockwood Holdings. Significativamente, a Rockwood Lithium estava operando no Chile, no Salar de Atacama e na acima citada mina de Greenbushes da Austrália, onde o grupo industrial chinês Tianqi possui 51%. Isto dava a Albemarle 49% de participação no vasto projecto de lítio australiano, em parceria com a China.


O que começa a tornar-se claro é que as tensões sino-americanas no plano económico, também incluem provavelmente a contenção da influência chinesa no controlo das reservas estratégicas de lítio. O recente golpe militar que forçou Evo Morales a ir para o exílio  no México mostrou, desde logo, as impressões digitais de Washington. A entrada da presidente interina Jeanine Áñez, uma cristã direitista e do milionário direitista, Luis Fernando Camacho, assinalam um nefasto virar à direita, no futuro político deste país, com um claro apoio de Washington. Será crucial, entre outras questões, verificar se um futuro governo irá anular os acordos de mineração de lítio com as companhias chinesas.


Igualmente, a anulação do encontro da APEC de 16 de Novembro no Chile, que iria ser palco duma cimeira sobre comércio, entre Trump e Xi Jinping, adquire outro significado. O encontro também seria ocasião para concluir acordos de comércio entre a China e o Chile, de acordo com o «South China Morning Post». A delegação prevista do lado de Xi, incluía 150 chefes de empresa e tinha planos para assinar acordos económicos importantes, aumentando ainda mais os laços económicos China-Chile, algo que os EUA recentemente desaconselharam.


A erupção de protestos de massas em todo o Chile, opondo-se ao aumento dos bilhetes de transportes públicos, mostra sinais semelhantes a outras causas económicas desencadeando distúrbios, no início de Revoluções Coloridas. Os protestos tiveram o efeito de cancelar a cimeira da APEC no Chile. O papel activo de ONGs financiadas pelos EUA nos protestos do Chile, não foi confirmado, mas as relações económicas crescentes entre o Chile e a China, realmente não podem ser vistas como positivas por Washington. A exploração de lítio no Chile pela China é, neste ponto, um factor estratégico e geopolítico pouco discutido, e que poderia ser alvo das intervenções de Washington, apesar do presente governo chileno ter uma orientação económica de mercado livre.

Nesta confluência, torna-se clara a existência de uma batalha global pela dominação do mercado de baterias de VEs, onde o controlo do lítio tem um lugar central.

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F. William Engdahl é um consultor de risco estratégico e conferencista, possui um diploma em política da universidade de Princeton; é um autor de «best-sellers» sobre petróleo e geopolítica; o artigo acima foi primeiro publicado em inglês no magazine online “New Eastern Outlook.”

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

A DESDOLARIZAÇÃO JÁ TEM EFEITOS TANGÍVEIS

                


Que relação poderá existir entre:
- a recente crise de liquidez no mercado «ovenight» ou REPO* que obrigou a intervenção da FED, acorrendo com centenas de biliões, para garantir que este mercado se mantinha líquido,
- a intensa venda de treasuries (obrigações do tesouro americano) por parte de competidores mundiais dos EUA, como Rússia e China, 
- a aceitação de moedas outras que não o dólar em pagamento do petróleo, por vários países, incluindo certos emiratos do Golfo
-  a existência de uma indústria do petróleo e gás de xisto nos EUA, cuja produção actual ultrapassa a da Arábia Saudita, mas que tem um défice estrutural, pois a obtenção de cada litro desse petróleo faz-se com prejuízo em dólares, apenas colmatado com o constante bombear de dinheiro por Wall Street

Bem, tudo o que está descrito acima tem-se verificado, significando que o petro-dólar está nas suas últimas. Significa também que não tardará o dia em que os produtores de matérias-primas e de produtos industriais torcerão o nariz a pagamentos em dólares e dirão «não aceitamos pagamento com dólares US».
Para que funcione o sistema do petro-dólar, o qual é o fundamento do domínio financeiro dos EUA sobre o mundo, é necessário que haja uma constante demanda de dólares nos mercados. É assim que o dólar mantém a sua cotação, é assim que existem compradores para as obrigações do tesouro denominadas em dólares, etc. 
O sistema do petro-dólar tem funcionado, visto que há uma demanda constante no comércio internacional, nomeadamente por causa da exclusividade de cotação em dólares do petróleo (acordo de 1973 entre Nixon/Kissinger e Arábia Saudita, depois alargado a toda a OPEP).
Mas, ultimamente,  vimos a Rússia desfazer-se das suas reservas, sob forma de «treasuries» (obrigações do tesouro USA), vimos alguns produtores importantes de petróleo como o Irão, a Venezuela e a Rússia a aceitarem outras divisas - que não o dólar - em pagamento do seu «crude». 
Vemos também que a desconfiança de muitos investidores, incluindo gestores de fundos bilionários, em relação ao sistema do dólar tem aumentado e se exprime na compra (publicitada) de ouro e metais preciosos, com o objectivo de salvaguardar valor do capital, em face da crise sistémica vindoura, anunciada por muitos.
Por outro lado, a grande banca, sobretudo nos EUA, está realmente em grandes dificuldades, pois não consegue já ocultar que a sua rentabilidade mergulhou, que está cada vez mais exposta a investimentos tóxicos, nos quais se incluem os derivados, assim como outros investimentos não rentáveis. 
Entre estes, encontra-se a indústria do «fracking». Desde o primeiro dia desta indústria, o seu funcionamento e viabilidade dependia, não tanto da cotação do barril de petróleo ao nível internacional, como da capacidade dos bancos e entidades financeiras, atraírem dinheiro para a financiar. 
Assim, os pequenos investidores e os investidores institucionais (como seguradoras, fundos de pensões, etc...) foram atraídos a investirem numa indústria que nunca foi rentável, que acumulou sempre perdas. No final, os pequenos vão ficar «depenados», salvando-se os grandes magnates...  
Se a FED e o Tesouro (através do seu fundo financeiro de intervenção) precisam de intervir, baixando as taxas de juro, «imprimindo» dólares, comprando «treasuries», isto vai, obviamente, no sentido de aumentar a quantidade de dólares em circulação. Estes dólares não causam inflação, porque são «enterrados» em dois grandes «poços de dinheiro»: 
- as indústrias bélicas e as guerras, directamente ou por intermediários, pelo mundo fora.
- a indústria do fracking nos EUA, que dá a ilusão de uma grande autonomia energética, mas é sustentada de forma artificial pelo constante colectar de «capital fresco», junto dos investidores que procuram uma maior rendibilidade, a todo o custo**.

Por um lado, o dólar não pode estar em excesso nos mercados mundiais, senão ele vai perder cotação, face a outras moedas e face ao ouro.  
Mas, por outro lado, não podem os bancos (nomeadamente os grandes, que estão no centro do mercado REPO ou «overnight») ficar com falta de liquidez. 
A subida dos juros do «overnight» (nalguns casos, atingiu os 10%, quando o valor «normal» era em torno dos 2%) assinala ao mundo que é difícil obter financiamento, que há falta de liquidez (como aconteceu no desencadear da crise de 2007/2008). 
Daí a injecção de centenas de biliões nesse mercado, por parte da FED. Agora, a FED quer servir-se do pretexto de assegurar a liquidez no mercado REPO, para fazer novo QE (Quantative easing) envergonhado.

Esta «engenharia financeira» global, apenas pode funcionar por algum tempo. 
Assim que existam alternativas viáveis ao dólar, tais como as notas de crédito para pagamento de combustíveis em Yuan, é só uma questão de tempo até o mundo reconhecer que o sistema do dólar já não oferece nenhuma garantia, porque seu valor é mantido artificialmente. 
A força bruta, o poder militar, não podem estar em todo o lado, simultaneamente e em força. 
Não pode o Império do Dólar coagir tudo e todos a usarem a sua moeda, quase em exclusivo, nas relações comerciais e financeiras internacionais, como aconteceu no passado, durante largas décadas, nem manter uma hiper-valorização artificial dos «bonds» americanos, com rentabilidade bem acima das dos bonds de  muitos países, cujas obrigações soberanas oferecem um juro menor e, portanto, são menos atraentes para os investidores.
É só uma questão de tempo, até o império do dólar se desmoronar**. 
Pode ser uma experiência muito dolorosa para o mundo, pois os EUA têm tido a habilidade de «exportar» a sua crise para outros parceiros, nomeadamente, o Japão e a UE. 
Outros países, ditos em desenvolvimento, poderão ficar com as suas economias seriamente afectadas. Por exemplo, muitos países endividaram-se em dólares quando o juro dessa dívida era mais atraente e sobretudo  quando o dólar estava «barato» em relação a outras divisas. Depois, o dólar subiu e manteve-se alto, o que obrigou esses países a fazer um esforço maior no pagamento dos juros e do capital em dívida. 

Penso que os bancos centrais de muitas regiões do mundo, não apenas das «super-potências competidoras» China e Rússia, mas também de muitos outros países, incluindo aliados dos EUA, estão a tomar precauções face a uma enorme crise financeira, que está à vista. 
Não é por acaso que os bancos centrais de vários países  alinhados com os EUA e membros da NATO, como a Turquia ou a Polónia, estão a comprar grandes quantidades de ouro; é porque vêem «o que está escrito na parede»...
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Notas:

* O «REPO» é um mercado de empréstimo dos bancos entre si, de curta duração (por isso o termo overnight): um banco pode precisar de liquidez momentaneamente, sendo normalmente oferecido (a juro baixo) o empréstimo necessário, mediante colateral. Este normalmente, o colateral é sob forma de algo com cotação «triplo A» como obrigações do tesouro dos EUA ou equivalente...

**Ler W. Engdahl «The New American Oil Empire Built on Sand» em: 

*** Para maior esclarecimento, pode-se consultar o recente vídeo de entrevista de Greg Hunter a Rob Kirby: 
https://www.youtube.com/watch?v=xAF6_9_WS8g&t=1227s

sábado, 31 de agosto de 2019

AMAZÓNIA... PARAÍSO COBIÇADO


                              

Segundo o ministro brasileiro do ambiente, Ricardo Salles, o que esteve em jogo na vaga de fogos de floresta na Amazónia foi uma conjugação de factores climáticos: «o tempo seco, vento e calor». Mas, as evidências amontoam-se de que esta crise tem relação directa com a crescente desflorestação, que tem ocorrido em resultado da política pró-liberalização, do governo do presidente Jair Bolsonaro.
As zonas incendiadas surgem com os padrões típicos do desbaste pelo fogo, para obtenção de terras de cultivo. Esta constatação é feita por Paulo Artaxo físico da atmosfera da Universidade de São Paulo. 
As moto-serras vão à frente, seguidas pelas chamas e, por fim, o gado. «Não há dúvida de que este crescimento em incêndios está associado ao crescimento acentuado da desflorestação», disse ele. 

Neste assunto, tem havido imensa exploração mediática, mas muito pouca objectividade em explicar os fenómenos que estão ocorrendo, ocultando a verdadeira responsabilidade dos grandes fazendeiros. 
É preciso compreender - antes de mais - o que são 5,1 milhões de quilómetros quadrados de «Amazónia Legal», dos quais são brasileiros cerca de 4,2 milhões de quilómetros quadrados (uma área equivalente à Europa ocidental: Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha...). Esta vastíssima área tem uma densidade populacional muito baixa e sobretudo uma população muito pobre, pois as condições económicas dos habitantes nos vários Estados englobados são das piores do Brasil: Cobrindo... «61% do território brasileiro, tem menos de 13% da população e corresponde a menos de 8% do PIB do país».
A questão do desenvolvimento desta vastíssima área não pode ser vista, nem tratada, com demagogia. 
Não se trata de entregá-la à voragem do agro-negócio e das explorações minerais e de madeira, obviamente, mas - igualmente - não se pode aceitar que, em nome de uma natureza divinizada, as cerca de 25 milhões de pessoas, que aí habitam, sejam condenadas a um perpétuo subdesenvolvimento... 
Um desenvolvimento sustentável é necessário e imprescindível. É a melhor solução, tanto em termos de  preservação de riquezas naturais, como do bem-estar das populações, que deveriam alcançar padrões de qualidade de vida decentes. 
Agora, verifica-se que é dada luz verde (incondicional) para uma exploração insustentável da Amazónia. Isto é falsamente equiparado a «desenvolvimento», quando deveria estar claramente caracterizado como depredação. 
Muitos disparates científicos são ditos - com ares muito doutos - por políticos e por pseudo-ecologistas, como denuncia Geraldo Luís Lino, um geólogo brasileiro, num artigo recente de «Global Research»

Os  interesses reais, a médio e longo prazo, das populações são convergentes com a preservação dos ecossistemasEstes interesses não são defendidos, longe disso, na política-espectáculo da globalização: 
- Enquanto ocorriam as devastações dos incêndios na Amazónia, os chefes de Estado e de governo do G7, reunidos em Biarritz (França), faziam declarações ribombantes e ocas para disfarçar sua absoluta incapacidade em fazer algo de positivo, tanto no que respeita à Amazónia, como em relação à economia mundial. Com efeito, esta começou a entrar em recessão, em parte devido à crise sistémica do capital, mas ela tem sido agravada pelas suas intervenções. 

Como vivemos numa bolha mediática, também «celebridades» e outras nulidades se sentiram na «obrigação» de fazer declarações bombásticas, juntando até fotos aos seus tweets que nada tinham que ver com os fogos na Amazónia, mas de outros locais do mundo e tiradas há anos atrás!

A dramatização é incentivada pela media, que prefere ocultar factos científicos que a contradigam, como expõe William Engdahl
As narrativas globalistas não toleram a contradição; são como dogmas religiosos. Porém, revestem-nas de uma «capa» de ciência. Estas narrativas, veiculadas incessantemente pelos media, postulam que o «Homem é responsável pelo aquecimento global» e que «o efeito de estufa, acentuado pela emissão de CO2 pela indústria humana, está a mudar rapidamente o clima» (são hipóteses não provadas, no melhor dos casos). 
Simplesmente, outras interpretações dos dados, ou outros dados diferentes e contraditórios, e que eles nos ocultam, são arredados sem serem seriamente considerados, sob a (falsa) etiqueta de «anti-científicos e ao serviço das indústrias poluidoras»! Tenho exposto, há vários anos, esta fraude, apresentando dados e teorias demonstradas.
Porém, tudo lhes serve para deitar mais achas para a fogueira (!), alimentando a histeria mediática e política, que nos quer empurrar para uma política dita «verde», mas afinal, cujo «verde» é o das notas de dólar, não o verde da fotossíntese!