Queda de neve em Roma, em Fevereiro de 2018
Na politizada, mediatizada, demagógica algazarra em torno das alterações climáticas, tudo tem servido como «arma de arremesso» dos defensores do «culto do efeito de estufa», causado pela poluição de origem humana.
Já aqui denunciei a fabricação de um falso consenso, pois consenso verdadeiro é quando toda a gente na comunidade científica concorda com a verdade de uma teoria, facto ou interpretação... O que não é o caso, pois um número significativo de cientistas do clima tem opinião de que o factor primário na alteração do clima são os ciclos solares, os quais se reflectem numa diferente distribuição, espessura e composição das neves, assim como a composição em isótopos nas bolhas de ar, as quais ficam conservadas em sucessivas camadas compactadas, ao longo de séculos e milénios, nos gelos da Antárctica ou da Gronelândia.
A dificuldade de muita gente em compreender fenómenos que - na sua génese - são cíclicos, como é tipicamente o caso das alterações climáticas, existe porque o modo de pensamento ocidental se foi constituindo dando ênfase às relações lineares, a modelos que se podem traduzir em gráficos dentro de eixos de coordenadas cartesianas.
O pensamento oriental, por contraste, sempre assumiu naturalmente um modelo do Cosmos como não-linear e cíclico, desde a religião indiana, expressa nos antiquíssimos Vedas, passando pelo pensamento de Lao Tzu ou Confúcio, até aos nossos dias.
Não vou reproduzir neste artigo os dados que Martin Armstrong fornece no seu interessante artigo, aqui (1), no seu blog.
Vou apenas dizer que a questão climática é demasiado séria para se fazer política de baixo nível, em torno dela. Têm sido mobilizadas as energias das mais diversas pessoas, imbuídas de um desejo genuíno de preservar o nosso Planeta, mas estas pessoas têm sido vítimas de um aproveitamento e de uma ilusão.
Os propagandistas da causa da «culpa do carbono» têm sistematicamente atribuído todos os desvios das temperaturas médias, para cima ou para baixo, às chamadas alterações ou mudanças climáticas antropogénicas. De facto, não é difícil atribuir alguma mudança pontual a um aquecimento ou arrefecimento do clima no longo prazo. É tão desonesto, como dizer-se de um relógio parado, que dá as horas exactas duas vezes em 24h!
O clima é intrinsecamente variável, existem ciclos de aquecimento e de arrefecimento. Dentro de ambos há movimentos contra-cíclicos, que podem ter expressão significativa para a vida humana.
Há efeitos pontuais, que podem acentuar ou atenuar uma tendência longa. Por exemplo, existe um excesso de emissão de poeiras para a atmosfera nos períodos em que se dão violentas erupções vulcânicas...Estas poeiras interceptam e reflectem, num certo grau, os raios solares. Isso provoca um arrefecimento temporário do clima.
O aquecimento climático antropogénico é uma hipótese, não é uma teoria comprovada e demonstrada cientificamente.
A argumentação a favor desta hipótese, quanto a mim, sofre de muitas deficiências. O debate científico é contaminado, especialmente neste caso, pelas agendas políticas de uns e de outros.
Os grandes grupos económicos conseguiram impor a sua estratégia das «taxas carbono», que são afinal um meio de continuarem eles próprios (globalistas) ao comando da finança internacional. Ao fim e ao cabo, o sistema por eles instaurado implica toda uma burocracia para determinar se determinado país excedeu (ou não) o teor de emissões carbono que lhe tinha sido atribuído. As colectas de impostos internas para esses impostos carbono das nações, fazem-se pelas «taxas carbono», pagas pelos cidadãos, a propósito de tudo: não apenas o combustível dos carros, mas também o consumo de electricidade ou gás de cidade, etc....
Os países que emitem menos carbono podem colocar «no mercado global» os seus direitos de «poluição térmica», para serem comprados pelos países com vigorosa actividade industrial, os quais poderão assim continuar a emitir um «excesso» de carbono para atmosfera, em relação ao que tinham direito. Mas, no fim de contas, estas bolsas de carbono vão ser controladas pelos consórcios de grandes bancos, os quais daí tirarão vantagens: A própria manipulação destas somas enormes, dá uma clara vantagem à grande banca internacional.
Além disso, como se vai determinar se sim ou não determinado país tem este ou aquele nível de emissões? Imagine-se a complexidade e conflitualidade dos mecanismos que será preciso instalar, assim como das instâncias reguladoras internacionais, a propósito dos níveis de emissões...
A elite globalista imaginou este estratagema das «taxas carbono» nos anos noventa, como forma de manter o controlo sobre os recursos naturais, principalmente dos países em vias de desenvolvimento. Isso implica igualmente um controlo do sistema financeiro internacional, indispensável para a implementação de tal esquema (o Protocolo de Quioto) que ELES inventaram e quiseram impor a todas as nações, a todos os governos.
Não digo que não se deva pressionar para uma reconversão das indústrias poluentes. Elas, actualmente, só são rentáveis porque fazem suportar ao ambiente e aos contribuintes os custos da degradação ambiental que provocam. Os poderes instituem a hipocrisia, de tal modo que o lema «poluidor-pagador» nunca seja respeitado!
Mas, até mesmo o objectivo louvável e necessário da reconversão de indústrias poluentes, tem sido prejudicado pela ênfase dada ao suposto efeito de estufa antropogénico, em detrimento da atenção que deveria ser dada em prioridade a questões de grande gravidade como a utilização de plásticos e sua dispersão nos diversos ecossistemas e cadeias alimentares, a destruição massiva de habitats para satisfazer a gula do consumismo desenfreado, etc.
Não tenho soluções «na algibeira» para os problemas de poluição e reconversão industrial. Mas, isso não me impede de ver a manipulação a que são sujeitas muitas pessoas, iludidas por um falso paradigma, construído para manter o domínio de uma classe muito rica, a oligarquia globalista.
Se quiserem, podem dizer que meus escritos são típicos das «teorias da conspiração»*.
Não tenho dúvidas de que existe a CONSPIRAÇÃO GLOBAL DA OLIGARQUIA para se manter no poder.
(*) termo inventado pela CIA, para descredibilizar os que punham em dúvida a versão oficial do assassinato do presidente Kennedy.
(1) https://www.armstrongeconomics.com/international-news/nature/winter-arrived-snowing-in-rome-climatic-change-events-result-historically-in-an-increase-in-violence/
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