quarta-feira, 14 de agosto de 2019
terça-feira, 13 de agosto de 2019
O «SUICÍDIO» CONVENIENTE DE UM PEDÓFILO
ARTIGO RETIRADO
DE https://ogmfp.wordpress.com/
Jeffrey
Epstein não era, com certeza, alguém por quem se possa sentir espontaneamente
compaixão. Compreende-se que o pedófilo amigo das altas esferas do poder dos
Estados Unidos, tenha posto voluntariamente fim à vida, na cela da sua prisão
para não enfrentar o julgamento e os possíveis 45 anos de sentença, o
equivalente para ele (com 66 anos) a uma pena até ao fim da vida. Porém, muitos
são os pormenores que não colam, na narrativa do seu «suicídio» , de autoria
de uma fonte anónima relatada pelo NYT.
Com
efeito, multiplicam-se os indícios de que Jeffrey Epstein não era apenas um
homem de negócios muito rico com apetite sexual insaciável por adolescentes.
Ele tinha laços muito estreitos com os circuitos de poder, mais ainda do que
com os de grandes fortunas.
Diz-se que o pai da amante e comparsa Ghislaine
Maxwell, esteve envolvido profundamente nos primeiros tempos do Mossad
(serviços secretos de Israel). Além do facto de Epstein ser judeu, pode-se
reparar no círculo de pessoas que são alegadas terem participado no círculo de
pedofilia por ele e sua comparsa organizado e alimentado que são personagens
muito favoráveis a Israel.
A impunidade de Epstein, durante todos estes anos,
não se explica apenas pelas relações privilegiadas que mantinha com os
poderosos, incluindo Bill Clinton, senadores, governadores e outros políticos
destacados.
Igualmente, a sua fortuna, nunca devidamente explicada, pois não se
conhecia exactamente a natureza dos negócios em que esta teria sido adquirida,
deixa as maiores dúvidas.
Epstein
poderia ter, a partir de vídeos e fotos comprometedoras, um meio eficaz de
fazer chantagem com toda a espécie de políticos e pessoas influentes (incluindo
políticos franceses e ingleses, segundo uma das suas acusadoras).
Note-se que
eles sabiam bem que tal actividade sexual – mesmo que tivesse o aparente
consentimento das menores – era um crime à luz da lei, além de ser considerado
moralmente repelente pelos concidadãos, incluindo seus eleitores. A revelação
de tais relações traria inevitavelmente uma «sentença de morte» política e uma
provável pena de prisão.
Mas as
suas possibilidades em fazer dinheiro com tal esquema estariam multiplicadas
por um factor dez ou mais, caso ele fosse encaminhado por agentes de serviços
secretos, para fazer cair na armadilha certos políticos muito poderosos e
influentes.
De facto, esta é a hipótese colocada por Kim Iversen, uma analista
política americana, que se identifica com a esquerda do partido democrático (VER VÍDEO ACIMA).
Com efeito, alguns conhecidos clientes de Epstein, muitos dos quais pertenciam
a altas esferas do establishment, mudaram repentinamente de posição em
relação a Israel, a partir de certo momento.
Por outro lado, as relações de
Epstein eram nos meios democratas, onde era possível encontrar nos anos
oitenta, tendências críticas à política israelita. Isto é mera especulação, mas
tem como base uma série de factos que se justapõem e permitem construir um
quadro bastante preciso dos meios onde ele se movia e quem eram afinal os seus
clientes.
Agora,
as alegadas vítimas de Epstein não poderão ver reconhecido em tribunal que
foram efectivamente vítimas.
Mas também não haverá lugar para inquérito aos
numerosos nomes sonantes, que têm sido ventilados na media, em declarações das
referidas vítimas.
Isto, junto com todas as circunstâncias estranhas rodeando a
prisão e «suicídio» de Epstein, permite que se coloque a hipótese de assassínio
disfarçado, para calar um personagem incómodo que poderia estar disposto a contar o que sabia.
Talvez
este seja um dos casos mais emblemáticos do sórdido na política nos Estados
Unidos e de alguns dos seus aliados.
EM HONG-KONG PROTESTOS SOBEM DE TOM, ENQUANTO PODER ESTÁ HESITANTE
NOTÍCIA DE MANUEL BAPTISTA PARA OBSERVATÓRIO DA GUERRA E MILITARISMO
Síntese baseada nas notícias seguintes:
Há meses que se desenrola uma revolta popular, protagonizada sobretudo por jovens, a propósito da tentativa de fazer passar uma lei, pela Assembleia Legislativa local, que permitiria a extradição de criminosos em fuga presentes no território de Hong-Kong para o território em que o crime foi cometido.
Esta iniciativa legislativa partiu da governadora de Hong-Kong Carry Lam, a qual tomou como pretexto o caso de um criminoso comum, acusado de homicídio em Taiwan, que se refugiara em Hong-Kong. Segundo a legislação corrente, o poder judicial de Hong-Kong não tem autoridade para julgar o caso. Daí, a proposta de lei de extradição. Note-se que as autoridades de Taiwan vieram afirmar que a hipotética extradição do criminoso para Taiwan nem sequer se poderia concretizar, visto não existir reconhecimento do governo de Taiwan por parte das autoridades de Hong-Kong e vice-versa.
Os manifestantes viram na manobra o desejo das autoridades de Hong-Kong em tornar possível a extradição para a China continental de criminosos, mas também de dissidentes políticos do regime da República Popular da China, que se tenham refugiado em Hong-Kong.
Recordemos que o território beneficia de estatuto especial ao nível Legislativo e de Governo, com instituições estabelecidas antes da passagem deste território para soberania chinesa em 1997. Este estatuto só estará caducado em 2049, quando ocorrer o completar do período de transição, ou devolução, de Hong-Kong à China.
No início, o movimento massivo conseguiu que o governo de Hong-Kong suspendesse o processo legislativo em curso para aprovação da polémica lei. Porém, os protestos continuaram porque eles pensam que o poder político apenas quer recuar um passo, mas mantendo em «banho Maria» a referida legislação sobre extradição. Além disso, os manifestantes consideram que o governo de Hong-Kong é uma marionete de Pequim.
No Domingo passado, os manifestantes invadiram o aeroporto de Hong-Kong, causando uma interrupção dos voos, que se repercutiu até Segunda-Feira (12 de Agosto). O motivo desta invasão foi protestar contra a lesão grave no rosto e num olho, de uma manifestante, por um polícia de choque que usou bala de borracha a uma pequena distância. A irmã da vítima diz que ela não fez nada, apenas se inclinou para olhar, numa paragem de autocarro.
O poder político em Hong-Kong tem estado paralisado face à onda de protestos, por vezes muito violentos, usando tácticas de guerrilha urbana, com cocktails molotov, além de pedras e outros objectos lançados por manifestantes com cara tapada, que se deslocam rapidamente e investem de surpresa contra símbolos do poder, incluindo comissariados de polícia.
O South China Morning Post, que se publica em Hong-Kong, um dos mais prestigiados quotidianos de língua inglesa da região, tem dado um pormenorizado relato dos acontecimentos. Num editorial, a redacção considera que o governo de Hong-Kong tem de compreender que precisa de tomar decisões políticas, que a acção policial, por si só, não será capaz de resolver o problema.
Provavelmente, existem influências dos EUA e países ocidentais insuflando estes protestos, mas o facto é que a problemática que os desencadeou e a forma desastrada como a crise tem sido gerida pelo poder político de Hong-Kong são aspectos absolutamente locais e não importados.
Pequim está em apuros porque está sob pressão económica, devido à guerra comercial com os EUA, tendo sido forçado diminuir o valor do Yuan para defender as exportações.
Manuel Baptista
domingo, 11 de agosto de 2019
UM IMPÉRIO EM COLAPSO
Imaginemos um império em colapso: quais os principais sintomas desse colapso?
Abaixo, uma lista sucinta, mas que ainda assim, possa ser reveladora (fornecer um diagnóstico):
- O desmoronar dos valores morais que estavam na base da legitimação do poder.
Pode continuar a produzir uma retórica oca, porém já é patente que a retórica não cola com a realidade dos actos. A corrupção torna-se o motor principal dos actores no teatro do poder.
- Um acentuar da componente militar, quer ao nível doméstico, quer multiplicando as bases e postos avançados aos quatro cantos do mundo.
A utilização de forças militares, está associada à despesa colossal com equipamento e tropas.
- A incapacidade de subjugar militarmente inimigos e súbditos rebeldes.
Os fracassos sucedem-se; a ocupação de vastos territórios traduz-se em gastos humanos e materiais, sem que o império alcance os objectivos políticos dessas acções militares.
- Incapacidade de impor universalmente a sua própria moeda como divisa padrão nas trocas internacionais.
Surgem novos tipos de moedas, como formas de troca e conservação de valor. São montados sistemas de intercâmbio nas transacções financeiras e comerciais internacionais, que não passam pelo uso da moeda dominante.
- A dependência a outros países, para seu abastecimento.
Desde matérias-primas, a produtos manufacturados; da alimentação, aos componentes tecnológicos (micro-processadores, por exemplo).
- A utilização da força e da ameaça da força, sem recurso a uma verdadeira diplomacia.
O estabelecer relações de respeito e interesse mútuo é visto pelo poder como «cedência» do seu lugar hegemónico.
- As contradições constantes, no discurso e na prática.
A vontade da potência dominante tem de ser «lei», pode portanto mudar de acordo com suas conveniências. Não podem existir lei internacional, direito internacional e os tratados e acordos só comprometem os outros, não o poder imperial.
- Propaganda constante e massiva, dirigida tanto a amigos como inimigos, tanto interna como externa.
As narrativas dum poder democrático, de respeito pela lei, de igualdade de direitos, etc. estão em contradição patente com os factos. Daí, o designar de inimigos externos como responsáveis por todos os males domésticos.
Pode-se citar muitos outros aspectos semelhantes ou que são englobáveis nos exemplos acima, sendo estes vistos, não de uma forma pontual, mas em todas as suas ramificações.
A inspiração para esta listagem veio-me da leitura e audição das seguintes 3 excelentes fontes:
- Um editorial da Strategic Culture Foundation -
- Um editorial do blog The Saker -
- Um vídeo de entrevista a Diego Fusaro (em italiano) -
sábado, 10 de agosto de 2019
[DIEGO FUSARO] A QUARTA GUERRA MUNDIAL
Uma exposição genial e condensada deste jovem filósofo da política italiano, sobre os desafios do século vinte e um.
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sexta-feira, 9 de agosto de 2019
JEFFREY EPSTEIN - O ESCÂNDALO DO TRÁFICO SEXUAL FORNECENDO OS MUITO RICOS
Algo bem mais grave e chocante do que mexericos dos tablóides: todos deveriam ver isto!
A media corporativa faz um quase black out, pelo menos em Portugal. Porém, o assunto tem ramificações muito graves com os corredores do poder, sejam do poder político, sejam dos empresários.
Aquilo que a Dra. Harriet Fraad nos conta é praticamente certo que nós não teríamos conhecimento através de fontes mainstream.
Mais informações detalhadas em:
https://www.thedailybeast.com/the-biggest-bombshells-in-newly-unsealed-jeffrey-epstein-documents?ref=scroll
Actualização de 10-08-2019: Jeffrey Epstein foi hoje encontrado morto na sua cela às 07.30 da manhã. Ele já tinha feito uma tentativa de suicídio no mês passado. Não estava sujeito a vigilância especial para suicidários. A sua morte pode evitar que importantes personagens da política e negócios americanos sejam inculpados. Ele tinha ameaçado com revelações...
As vítimas de abusos e de escravatura tinham vindo, há algum tempo (2017), processar Epstein e sua comparsa (Ghislaine Maxwell) e fornecer evidências em tribunal, sem que a media mainstream, subserviente, desse qualquer relevo a isso.
Mais informações detalhadas em:
https://www.thedailybeast.com/the-biggest-bombshells-in-newly-unsealed-jeffrey-epstein-documents?ref=scroll
Actualização de 10-08-2019: Jeffrey Epstein foi hoje encontrado morto na sua cela às 07.30 da manhã. Ele já tinha feito uma tentativa de suicídio no mês passado. Não estava sujeito a vigilância especial para suicidários. A sua morte pode evitar que importantes personagens da política e negócios americanos sejam inculpados. Ele tinha ameaçado com revelações...
As vítimas de abusos e de escravatura tinham vindo, há algum tempo (2017), processar Epstein e sua comparsa (Ghislaine Maxwell) e fornecer evidências em tribunal, sem que a media mainstream, subserviente, desse qualquer relevo a isso.
quinta-feira, 8 de agosto de 2019
A EXTREMA-DIREITA DOS EUA E A «NATIONAL SECURITY»
O recente massacre em massa de El Paso, veio lembrar aos americanos que estes têm muito maiores probabilidades de serem alvejados - no seu país - por um elemento da extrema-direita branca e racista, do que por qualquer fanático islâmico radical.
Porém, a simples noção de que a segurança nacional estaria posta em causa por elementos brancos, nacionais dos EUA e radicalizados em grupos de «patriotas», treinando com armas de guerra... ainda não penetrou no subconsciente das pessoas.
Com efeito, o conceito de «Segurança Nacional» foi construído nos alvores da guerra-fria, sendo expandido como significando lutar contra qualquer ameaça à hegemonia americana no mundo, algo a ser «tratado» pela CIA, a NSA e pelas outras agências de «segurança», que levaram a guerra contra o «comunismo», ou qualquer tipo de ameaça ao «american way of life», aos quatro cantos do mundo. Basta recordar a «Operação Condor» na América do Sul ou as «redes Gládio», na Europa, com suas ligações à extrema direita...
O facto de que a segurança nacional dos EUA esteja a ser posta em causa por grupos de brancos americanos e fanáticos da bandeira e simbologia nacionais, nunca foi realmente equacionado.
Timothy Mc Veigh, o bombista responsável pela morte de 168 pessoas em 1995, em Oklahoma City, foi visto como um «terrorista isolado», como uma «aberração».
No subjectivismo do público e, pior ainda, nas mentes dos políticos e das forças policiais que deveriam estar genuinamente preocupados com a segurança do seu povo, Mc Veigh «tinha» que ser um caso isolado, psicopático...
Outros casos de assassinos em massa de extrema-direita têm sido tratados da mesma maneira, ao logo destes quase 25 anos, desde os atentados de Oklahoma: em parte, porque a «guerra ao terror» se tem desenvolvido contra países e ideologias islâmicas, o que é visto como sinónimo de pessoas «de cor». Isto, embora o Islão - em si mesmo - não tenha nenhuma conotação rácica ou nacional, mas é assim que o grande público o percepciona.
Só para se ter uma ideia do grau de ignorância e estupidez de alguns fanáticos, logo após os atentados do 11 de Setembro de 2001 muitos homens da comunidade Sikh foram perseguidos e agredidos por causa do turbante que usam, confundidos com «árabes», pelas pessoas ignorantes.
Está aqui em jogo o problema seguinte: a verdadeira ameaça interna, as verdadeiras forças de desagregação, de subversão e de crime organizado nos EUA, têm ficado impunes, não têm sido criminalizadas, porque a mentalidade instituída com a Guerra Fria e depois, com a «guerra ao terror», veio designar, respectivamente, como inimigos o «comunismo» e o «islamismo radical».
As gerações sucessivas, sujeitas a lavagem ao cérebro, incluem - evidentemente - os próprios políticos e as forças do aparato de segurança. Estes têm sido responsáveis pela difusão dessa crença de que uma determinada ideologia e os seus adeptos são inimigos dos EUA e que é dever «patriótico» persegui-los, em qualquer parte do mundo.
Para grande parte do público americano de hoje, foi disso que se tratou, quando as forças americanas intervieram na Coreia, no Vietname, na Jugoslávia, no Afeganistão, no Iraque, etc...
Para grande parte do público americano de hoje, foi disso que se tratou, quando as forças americanas intervieram na Coreia, no Vietname, na Jugoslávia, no Afeganistão, no Iraque, etc...
A incapacidade de tomar a sério a ameaça das milícias de extrema-direita «patrióticas», que desenvolvem as suas actividades sem dificuldade alguma, tem a ver com a forma como o conceito de «segurança nacional» foi construído ao longo de mais de 70 anos.
A Europa, até mesmo a parte mais alinhada com os EUA, não tem tal insensibilidade ao fenómeno da criminalidade política de extrema-direita.
Muitos países europeus foram sujeitos a regimes deste tipo, as ditaduras de Salazar (Portugal), de Franco (Espanha), de Hitler (Alemanha) e Mussolini (Itália) ou outros países, que tiveram regimes inspirados e aliados destes. Existe uma memória colectiva dos fascismos, embora esteja em vias de se perder e cheia de equívocos.
Nos EUA porém, nada disso ocorre, pois os fascismos foram sempre fenómenos exteriores, até mesmo aqueles instalados pelos próprios EUA, na sequência de golpes na América Latina.
Podemos, no entanto, compreender o extensivo fracasso dos poderes dos EUA, que controlam as forças militar, policial e de espionagem / contra-espionagem. Na verdadeira defesa do povo americano, têm falhado repetidamente, por mais que o disfarcem!
A razão principal de tal falhanço está à vista: trata-se da ideologia de «segurança nacional», que impregnou de anti-comunismo as instituições a seguir à 2ª Guerra Mundial, assim como da «cruzada» anti-islâmica e anti-árabe após o 11 de Setembro 2001.
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