ARTIGO RETIRADO
DE https://ogmfp.wordpress.com/
Jeffrey
Epstein não era, com certeza, alguém por quem se possa sentir espontaneamente
compaixão. Compreende-se que o pedófilo amigo das altas esferas do poder dos
Estados Unidos, tenha posto voluntariamente fim à vida, na cela da sua prisão
para não enfrentar o julgamento e os possíveis 45 anos de sentença, o
equivalente para ele (com 66 anos) a uma pena até ao fim da vida. Porém, muitos
são os pormenores que não colam, na narrativa do seu «suicídio» , de autoria
de uma fonte anónima relatada pelo NYT.
Com
efeito, multiplicam-se os indícios de que Jeffrey Epstein não era apenas um
homem de negócios muito rico com apetite sexual insaciável por adolescentes.
Ele tinha laços muito estreitos com os circuitos de poder, mais ainda do que
com os de grandes fortunas.
Diz-se que o pai da amante e comparsa Ghislaine
Maxwell, esteve envolvido profundamente nos primeiros tempos do Mossad
(serviços secretos de Israel). Além do facto de Epstein ser judeu, pode-se
reparar no círculo de pessoas que são alegadas terem participado no círculo de
pedofilia por ele e sua comparsa organizado e alimentado que são personagens
muito favoráveis a Israel.
A impunidade de Epstein, durante todos estes anos,
não se explica apenas pelas relações privilegiadas que mantinha com os
poderosos, incluindo Bill Clinton, senadores, governadores e outros políticos
destacados.
Igualmente, a sua fortuna, nunca devidamente explicada, pois não se
conhecia exactamente a natureza dos negócios em que esta teria sido adquirida,
deixa as maiores dúvidas.
Epstein
poderia ter, a partir de vídeos e fotos comprometedoras, um meio eficaz de
fazer chantagem com toda a espécie de políticos e pessoas influentes (incluindo
políticos franceses e ingleses, segundo uma das suas acusadoras).
Note-se que
eles sabiam bem que tal actividade sexual – mesmo que tivesse o aparente
consentimento das menores – era um crime à luz da lei, além de ser considerado
moralmente repelente pelos concidadãos, incluindo seus eleitores. A revelação
de tais relações traria inevitavelmente uma «sentença de morte» política e uma
provável pena de prisão.
Mas as
suas possibilidades em fazer dinheiro com tal esquema estariam multiplicadas
por um factor dez ou mais, caso ele fosse encaminhado por agentes de serviços
secretos, para fazer cair na armadilha certos políticos muito poderosos e
influentes.
De facto, esta é a hipótese colocada por Kim Iversen, uma analista
política americana, que se identifica com a esquerda do partido democrático (VER VÍDEO ACIMA).
Com efeito, alguns conhecidos clientes de Epstein, muitos dos quais pertenciam
a altas esferas do establishment, mudaram repentinamente de posição em
relação a Israel, a partir de certo momento.
Por outro lado, as relações de
Epstein eram nos meios democratas, onde era possível encontrar nos anos
oitenta, tendências críticas à política israelita. Isto é mera especulação, mas
tem como base uma série de factos que se justapõem e permitem construir um
quadro bastante preciso dos meios onde ele se movia e quem eram afinal os seus
clientes.
Agora,
as alegadas vítimas de Epstein não poderão ver reconhecido em tribunal que
foram efectivamente vítimas.
Mas também não haverá lugar para inquérito aos
numerosos nomes sonantes, que têm sido ventilados na media, em declarações das
referidas vítimas.
Isto, junto com todas as circunstâncias estranhas rodeando a
prisão e «suicídio» de Epstein, permite que se coloque a hipótese de assassínio
disfarçado, para calar um personagem incómodo que poderia estar disposto a contar o que sabia.
Talvez
este seja um dos casos mais emblemáticos do sórdido na política nos Estados
Unidos e de alguns dos seus aliados.