Nesta gravação do Prelúdio e Fuga em Dó menor BWV 847, do 1º livro do Cravo Bem Temperado, ouvimos uma interpretação, que eu considero muito «clássica», por András Schiff.
O que me agrada mais nesta interpretação é que «não tem pressa de chegar ao fim».
O que me agrada mais nesta interpretação é que «não tem pressa de chegar ao fim».
Fizeram desta peça uma espécie de teste de velocidade, de corrida desenfreada... Apesar da expressividade, tão evidente em Bach, ficar perdida na correria!
No tempo de Bach (e mesmo depois), a humanidade não podia ter uma experiência sensorial de deslocar-se a maior velocidade que a do cavalo a galope. Este, porém, nunca podia dar sua máxima velocidade durante longo tempo, estando limitado pela sua biologia.
Assim, as pessoas podiam desenvolver uma técnica de dedos permitindo-lhes correr no teclado a grande velocidade, mas tal não significa que as composições tivessem de ser interpretadas na velocidade máxima possível. Com efeito, as interpretações ultra-rápidas parecem mecânicas, sem calor humano, vazias.
No presente, tenho verificado que a rapidez de execução é tomada como coisa excelente, quando deveria antes ser a escolha do andamento certo e apropriado para uma dada peça.
No tempo de Bach (e mesmo depois), a humanidade não podia ter uma experiência sensorial de deslocar-se a maior velocidade que a do cavalo a galope. Este, porém, nunca podia dar sua máxima velocidade durante longo tempo, estando limitado pela sua biologia.
Assim, as pessoas podiam desenvolver uma técnica de dedos permitindo-lhes correr no teclado a grande velocidade, mas tal não significa que as composições tivessem de ser interpretadas na velocidade máxima possível. Com efeito, as interpretações ultra-rápidas parecem mecânicas, sem calor humano, vazias.
No presente, tenho verificado que a rapidez de execução é tomada como coisa excelente, quando deveria antes ser a escolha do andamento certo e apropriado para uma dada peça.