quinta-feira, 13 de outubro de 2016

FILOSOFIA NATURAL?




A filosofia sempre me fascinou. Embora não me considere um filósofo, tenho alguma formação e, sobretudo, tenho-me interrogado sobre os processos cognitivos, sobre os afetos também, quer como biólogo, como professor ou como pessoa que interage e troca com os outros, seus semelhantes. 



Mas, desdenho as abordagens demasiado estruturadas, codificadas, em linguagem hermética. Não que seja impossível compreendê-las. Porém, as mais das vezes, faz-se um esforço para compreender o que o autor de um «sizudo» tratado filosófico quer dizer... e chega-se à conclusão de que o resultado não merecia o esforço. Igualmente, os filósofos de «modo de vida», que aparentam possuir afinidades com o meu pensamento, na maior parte dos casos não as possuem, pois se limitam a reforçar os lugares-comuns das massas, tendo assim venda assegurada dos seus livros. 

Mas é verdade que precisamos de filosofia como de «pão para o pensamento». Sem ela, será realmente impossível aprofundar as coisas importantes da vida - a própria vida, o amor, a amizade, o poder, a justiça, o espírito... 

Muitas vezes encontro mais poesia nos textos ou imagens que não têm a pretensão de ser «poéticos». O mesmo se passa em relação á filosofia.
Por exemplo,  Alvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro, junto com Fernando Pessoa, formam um quarteto de poesia filosófica, onde nos podemos sempre nutrir, onde nos podemos refrescar e curar das banalidades que invadem o nosso universo mediatizado.

A filosofia natural é praticada, estudada e aprofundada em múltiplas sociedades, épocas e civilizações. Porém, não é reconhecida sempre como tal. Por exemplo, a corrente conhecida por Taoismo é mais uma filosofia do que uma religião; tem como pontos centrais um estar dentro dos processos naturais, aceitar o mundo tal como ele é, não desprezar as energias que moldam o Universo, mas fazer tudo em obediência com esse Todo. 
A Filosofia Natural do Ocidente surgida, em grande parte, no seio das correntes materialistas dos séculos XVI-XVIII, mas também das correntes espirituais, deu-nos muita abertura para pensar o Mundo em moldes não estáticos, em dar o primado da experiência na busca da verdade, por fim reconhecendo na Natureza uma Mestra, que se deve seguir, por Ela nos dar as melhores soluções para os nossos problemas. 

A Filosofia Naturalista opõe-se ao racionalismo puro e duro, que deriva tudo de proposições matemáticas, chegando ao ponto de demonstrações da existência de Deus e outros absurdos. Não que seja absurdo postular a existência de Deus, entendamo-nos. Considero absurdo uma DEMONSTRAÇÃO dessa existência. 

No século XXI multiplicam-se os sinais de um renovo da Filosofia Natural, colocando a tónica numa filosofia como base e guia para a sabedoria. A vocação da filosofia está mais do lado da sabedoria do que do conhecimento científico, embora seja indispensável uma reflexão filosófica no âmago da pesquisa científica e uma reflexão sobre os resultados dessa pesquisa. 
A Filosofia Natural pode e deve estar em harmonia com os conhecimentos científicos, não os repudia, não os pretende «superar». 
Ela apenas tenta compreender a Natureza por dentro, na esperança de encontrar aí um guia para como conduzir a vida do próprio ser pensante. 
Pragmaticamente, pode ir buscar inspiração à Natureza para soluções tecnológicas que são aplicadas neste ou naquele domínio prático. 
Mas a filosofia da natureza vai muito além dessa «cópia» do natural, vai tentar estar em harmonia com a Natureza, vai tentar inserir-se harmoniosamente nos ciclos naturais.

O culto da Divina Natureza é, por vezes, algo limitado a Ela própria, como não existindo nada para além Dela (versão materialista) ou por vezes, é encarado como a expressão duma Divindade Cósmica, duma manifestação ou expressão da Divindade, mesmo como corporização do Divino.

Em ambos os casos, tem-se uma atitude de respeito para com o Mundo Natural e que, quanto mais não seja, se torna essencial para salvaguarda da vida e da saúde do nosso Planeta.

Sabemos como é frágil o ecossistema global, como o ser humano tem inflingido terríveis golpes nos equilíbrios naturais, mas ainda sem afetar de forma irreversível a possibilidade da recuperação da saúde do Planeta e dos Humanos que nele habitam. 



A Filosofia da Natureza, em todas as suas variantes, constitui um caminho sensato, pois se revela indispensável à sobrevivência de todos nós.


terça-feira, 4 de outubro de 2016

O QUE TENHO EU A VER COM O «DEUTSCHE BANK»???

- DEUTCHE BANK EM DIFICULDADES E PROVAVELMENTE INSOLVENTE... 
O QUE É QUE EU TENHO A VER COM ISSO? EU NÃO TENHO NEM UM CÊNTIMO NO «DB»! JÁ ESTOU A OUVIR AS VOZES DALGUNS, TENTANDO TRANQUILIZAR-SE E FAZEREM FIGURA DE «VALENTÕES», QUANDO SE LHES ANUNCIA QUE ESTA ECONOMIA DE CASINO ESTÁ À BEIRA DO COLAPSO.
PORÉM, ELES NÃO TÊM NENHUMA RAZÃO PARA SE VANGLORIAR, POIS O CENÁRIO DE UMA DERROCADA COMPLETA DO SISTEMA BANCÁRIO EUROPEU E MUNDIAL É MAIS DO QUE UMA HIPÓTESE. JÁ ENTROU NO DOMÍNIO DAS CERTEZAS MATEMÁTICAS, DEPOIS DE DEIXAR DE FIGURAR NO ÂMBITO DAS CONJETURAS.

- O QUE TEM O «DB» A VER COMIGO? POIS TEM TUDO, VISTO QUE É O MAIOR BANCO EUROPEU. ELE DESDOBRA OS SEUS TENTÁCULOS EM MÚLTIPLAS DIREÇÕES, SENDO CONTRAPARTIDA, ATRAVÉS DE DERIVATIVOS, DE ALGO COMO DEZANOVE VEZES O PIB DA ALEMANHA
A IMAGEM DO CASTELO DE CARTAS NÃO PODIA SER MAIS APROPRIADA. 
O «BD» FOI SALVO DA DERROCADA IMEDIATA, NA SEMANA PASSADA, ATRAVÉS DE UM BOATO LANÇADO A PARTIR DO TWITTER, SEM BASE ABSOLUTAMENTE NENHUMA. ESTRANHAMENTE -OU TALVEZ NÃO - ESSE BOATO FOI ACRITICAMENTE RETOMADO NOS SITES E JORNAIS FINANCEIROS «RESPEITÁVEIS». 
UM COLAPSO DAS AÇÕES DO «BD» DE MAIS DE 10% NO ESPAÇO DE MINUTOS FOI ASSIM REVERTIDO IN EXTREMIS. É POSSÍVEL QUE TAL MANOBRA TENHA SERVIDO PARA RESGATAR AÇÕES DE «HEDGE FUNDS», OU DE OUTROS GRANDES INVESTIDORES. O CERTO É QUE A SITUAÇÃO INCERTA DO «BD» ESTÁ A MINAR TODO O TECIDO DA FINANÇA MUNDIAL, QUE NÃO TEM ILUSÃO SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA FALÊNCIA DO GIGANTE. AS FRASES TRANQUILIZADORAS E AS DECLARAÇÕES DE MERKEL EM COMO «NÃO HÁ LUGAR PARA UM RESGATE», APENAS ESCONDEM O DESESPERO DE UMA CASTA POLÍTICA, ALIADA A UMA CASTA FINANCEIRA, AMBAS SEM A MÍNIMA IDEIA SOBRE O QUE FAZER PARA INVERTER O CAMINHO DE DEPRESSÃO PROFUNDA EM QUE SE ENCONTRA A ECONOMIA EUROPEIA E MUNDIAL. 
AS PESSOAS DEVEM TOMAR MEDIDAS AGORA, PORQUE UM PÂNICO NOS MERCADOS FINANCEIROS SERÁ SEGUIDO, DE IMEDIATO, POR UM CONGELAMENTO DE TODA A ESPÉCIE DE OPERAÇÕES BANCÁRIAS. HÁ INDICAÇÕES DE QUE EXISTE POR DETRÁS DA CENA UM «BANK RUN», MAS DO QUAL NÃO SE NOTA NADA AO NÍVEL DA «RUA», POIS VERIFICA-SE APENAS UMA RETIRADA MASSIÇA DO GRANDE CAPITAL, INVESTIDO EM DIVERSOS ATIVOS FINANCEIROS MAIS EXPOSTOS. ELES IRÃO FAZER TODO O POSSÍVEL PARA MANTER ADORMECIDAS AS MASSAS, ATÉ ESTAREM COM O SEU DINHEIRO EM «PORTOS SEGUROS» E ENTÃO, DEIXARÃO IMPLODIR O MONSTRO, DEPOIS DE LHE TEREM EXTRAÍDO GRANDE PARTE DAS ENTRANHAS.
APROVEITARÃO ESTA OCASIÃO PARA CRIAREM  UMA SITUAÇÃO DE «ESTADO DE SÍTIO», EM QUE NÃO HAVERÁ POSSIBILIDADE DE O COMUM DOS MORTAIS MOVIMENTAR AS SUAS CONTAS BANCÁRIAS MAIS OU MENOS LIVREMENTE, ONDE SERÁ RACIONADO O ACESSO AO DINHEIRO FÍSICO ATRAVÉS DE CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO DE NOTAS (COMO FIZERAM NA GRÉCIA E EM CHIPRE).
APÓS ESTA FASE DE CHOQUE, IRÃO IMPOR UM NOVO SISTEMA MONETÁRIO, DESENHADO POR ELES E FAZENDO COM QUE NÓS, OS CONTRIBUINTES, SEJAMOS POSTOS A CONTRIBUIR FORÇADAMENTE, ATRAVÉS DUMA DESVALORIZAÇÃO (DE 20 A 50%) EFETIVA DA MOEDA (DÓLARES, EUROS, LIBRAS, ETC...), PARA QUE SEJA INSTAURADO O NOVO PADRÃO MONETÁRIO. ENTRETANTO, E GRAÇAS A ESTE «RESET», UMA SÉRIE DE DÍVIDAS SERÃO APAGADAS - COMO QUE POR ENCANTO-  E ISSO SERÁ UM ALÍVIO PARA GRANDES DEVEDORES. ENTRE ELES, OS ESTADOS, RAZÃO PELA QUAL ELES ESTÃO DE ALMA E CORAÇÃO CONIVENTES NO TAL «GREAT RESET». 
AS REFORMAS DOS PENSIONISTAS E OS ORDENADOS DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NÃO ESTARÃO NUNCA «EM RISCO», SOMENTE O PODER DE COMPRA DE AMBOS FICARÁ REDUZIDO NA PERCENTAGEM QUE FOR PRECISO, PARA AS GRANDES FORTUNAS E OS ESTADOS QUE NOS OPRIMEM PODEREM CONTINUAR A FAZÊ-LO.

ESTE É O CENÁRIO PROVÁVEL, COM MAIOR OU MENOR VARIAÇÃO  NO PORMENOR. 

É ESTE O SIGNIFICADO DE UM COLAPSO DO «DB». SE SOUBER QUE JÁ TERÁ OCORRIDO, QUANDO ESTIVER A LER ESTA NOTÍCIA DE BLOG, ISSO SIGNIFICA QUE, NESSE MOMENTO, JÁ SERÁ TARDE DEMAIS.

QUAL É O PROPÓSITO DA VIDA?


Muitas pessoas devem ter sofrido quando se interrogaram sobre o propósito de sua vida, tal como eu me interroguei, durante décadas…
Uma pergunta aparentemente tão simples, mas capaz de confundir as pessoas porque elas teriam de esmiuçar tudo o que pode ser relevante numa resposta exaustiva, ou, pelo contrário, apenas encontrar uma palavra, um conceito mágico, que exprima a essência do que seria o propósito da sua vida.
Mas eu libertei-me dessa questão, não me deixarei jamais encerrar na armadilha retórica.  
Talvez este problema não vos afete, de modo nenhum, leitor. Neste caso, apenas tereis de ler este texto como algo curioso que descreve fenómenos psíquicos noutros seres humanos. Tenho de felicitá-lo pelo feito, porém. 
Até agora, todas as pessoas que tenho tido oportunidade de conhecer a um nível mais profundo que o superficial, sentem-se incompletas, sentem-se não realizadas, sentem que haverá algo como uma misteriosa missão que devem cumprir para ficarem em paz.
Mas… se fosse tudo uma espécie de imposição autoritária do nosso super ego? Se elas fossem arrastadas a pensar que tinham de ter objetivos pela simples razão de que as pessoas comuns se «entretêm» com isso e aceitam a escravidão assalariada (ou outra) de bom grado, pois aí encontram o tal propósito? Será que nós somos feitos para desempenhar este ou aquele papel na sociedade, aquele que corresponderia à nossa «vocação»? Ou seremos antes seres com um imenso campo de possíveis, o qual se vai estreitando ao longo da vida, desde muito cedo, para que, por fim, nos pareça razoável ou mesmo lógico que nos entusiasmemos com determinada rotina que nos impõem ou que impomos a nós próprios, convencidos de que escolhemos, de que fazemos –nós- o próprio destino, etc.?
É incómodo e politicamente incorreto dizer-se que afinal, não temos objetivos, propósito, metas, fins a alcançar; que viver é um ato sem necessidade de justificação. Ele justifica-se a si próprio. Por que razão precisamos de nos convencer de que existimos para nós próprios? Deve-se compreender «nós próprios» como não-delimitado pela fronteira da nossa pele. É muito arbitrário estabelecer aí os limites, como se o nosso ser existisse a partir de e para dentro dessa fronteira da pele. Aquilo que chamamos «nós», inclui a teia das nossas relações sociais, a própria organização social mais vasta, sem a qual não poderíamos subsistir.
Quem nos quer inculcar essa ideia peregrina de «objetivo», de «propósito» na vida, talvez esteja cheio de boas intenções, porém está a fazer o jogo dos que nos dominam e nos exploram. Estes é que beneficiam das algemas que colocamos a nós próprios. Tal coisa só se torna possível como um mecanismo de denegação. Recorremos à dissonância cognitiva permanente para nos mantermos sempre dentro do medíocre emprego que nos proporciona o «pão quotidiano». Não sabemos esconder de nós próprios, de outro modo, a infelicidade: damos um propósito mais ou menos «nobre» à escravatura do trabalho, até fingindo prazer, satisfação, realização pessoal, para não sermos confrontados com uma realidade demasiado deprimente.
Eu percebo agora que não é necessário o homem livre ter qualquer projeto de vida ou propósito ou vocação. Ele determina-se a fazer algo, quer no momento, quer no médio ou longo prazo, somente de acordo com a sua vontade. Ele está ciente da realidade e a sua existência: confronta-se com a realidade, não a esconde e não se submete passivamente. Se ele estiver nesta postura, não será sempre feliz, mas terá momentos de plenitude, pois será capaz de se autodeterminar e de alcançar o que deseja. Caso não o consiga, está capaz de avaliar as razões de não ter obtido o resultado pretendido e modificar-se a vários níveis, modificando assim também as condições do seu entorno.
Esta pergunta «qual é o propósito da vida?» é bastante trivial afinal de contas. Deve ser desconstruída, pois nós sabemos que a vida vale por si própria; que os seres vivos são todos dotados de instinto vital; que, portanto, a vida é a finalidade última dela própria… não precisamos de falar de busca da felicidade, nem de harmonia, ou de plenitude… Basta dizermos que o próprio viver é que se autojustifica.
Julgo ter demonstrado a inutilidade de toda a infelicidade e angústia associadas a esta questão. Não apenas a questão costuma ser mal colocada, como nos distrai do que conta verdadeiramente.

Quais são os nossos valores legítimos, aqueles que nós próprios construímos, que assumimos como integrando a nossa ética? Essas sim, são questões relevantes para a condução da nossa vida, que nós devemos colocar e responder tentativamente nas várias etapas da nossa existência. São perguntas cuja resposta obriga o indivíduo a situar-se no campo dos valores. Valores esses que a si próprio atribui, conscientemente, como escolha amadurecida. No ambiente social que o rodeia poderá haver concordância ou não com esses valores, porém a sua autodeterminação prevalece, não se deixará subjugar pelos tiques e pelas modas que observa nos outros. Um indivíduo assim é rico interiormente, independentemente de sua riqueza material. Como é dono de si próprio, não será subjugado completamente, mesmo que tenha de sujeitar-se a algum sacrifício para poder sobreviver. Poderá mesmo assim ser escravo, talvez, mas com uma consciência de homem livre. Um homem assim, não será inteiramente escravizado e não perderá a oportunidade de romper as grilhetas da sua sujeição.  

domingo, 2 de outubro de 2016

PUBLICIDADE, UNIVERSO SIMBÓLICO E «ADBUSTERS»



                          Este vídeo é uma palestra virtual para III Jornada de Psicologia: saúde mental e práticas profissionais, promovida pelo curso de Psicologia da Faculdade Guaicará, em Guarapuava, no Paraná.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

DEBATE «25 ANOS DA QUEDA DA URSS» NA FÁBRICA DE ALTERNATIVAS

                  25 Anos da queda da URSS

Pelas 18:30 de Sábado, dia 1 de  Oubruro de 2016. 

Entrada livre. 

Haverá um jantar vegetariano a seguir [inscrição para o jantar até 30-09]

 email: fabrica.de.alternativas@gmail.com 


A Fábrica de Alternativas já é conhecida de muitos pela qualidade de seu trabalho em prol de uma cultura descomprometida com os poderes, feita em autogestão e cooperação entre todos os elementos da comunidade e aberta a todas as boas-vontades, independente - portanto-  de agendas partidárias e políticas. 

Penso que este conjunto de características permitirá um debate sereno e rico sobre assunto da mais vasta consequência na História contemporânea, com repercussões nas vidas de todos nós, até ao presente. 
Podemos debater sem preconceitos, nem desejos de afirmação dos egos, apenas com a vontade de partilhar e escutar. Assim também estaremos todos construindo uma cultura de diálogo e tolerância. Todas as opiniões são livres de se exprimir, desde que se exprimam dentro dos limites da cortesia e do civismo. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

[Joan Baez] There But For Fortune + So We'll Go No More A-Roving



... E surgiu uma voz que iluminou os palcos, mas sobretudo os espaços livres, os espaços públicos.
Era uma voz aguda, cristalina, sem afetação, com a segurança e expressividade de alguém com perfeita formação vocal. 
Em 1964-65 era simplesmente outra coisa, não era folk, não era clássico, não era blues, nem pop. Era simplesmente Joan Baez. 

Surgiu, como por encanto, na minha vida, como na vida de muitos milhares de jovens dos anos sessenta. Sempre me acompanhou na minha vida, o disco agora reproduzido; pelo menos, na minha memória auditiva. 



[Fui buscar à Poetry Foundation a  balada de Lord Byron, parece-me que é uma versão ligeiramente diferente da cantada pela Joan Baez, mas gosto de ambas!]

So We'll Go No More a Roving

Related Poem Content Details

So, we'll go no more a roving 
   So late into the night, 
Though the heart be still as loving, 
   And the moon be still as bright. 

For the sword outwears its sheath, 
   And the soul wears out the breast, 
And the heart must pause to breathe, 
   And love itself have rest. 

Though the night was made for loving, 
   And the day returns too soon, 
Yet we'll go no more a roving 
   By the light of the moon.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

CÂNTICO DO OUTONO

Tchaikovsky autumn song
                                     

Era uma vez no Outono e a erva estava húmida. 

Os pássaros cantavam, mas o canto já se fazia tímido, como que sabendo do invernal frio vindouro.

Quando despertei dentro da toca - enganado pelos odores do bosque - era outono e não primavera...

A luz tamisada pela folhagem oferecia-me poeira d'ouro manchado de ruivo 

E, nas manhãs, serenas e tristes, arrastavam-se nuvens pelo horizonte vermelho e chumbo.