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quinta-feira, 5 de junho de 2025

O OCIDENTE E A SÍNDROMA DE NEGAÇÃO DA REALIDADE

Na guerra híbrida que os países da OTAN têm constantemente levado a cabo contra a Rússia, sobressaem as ações desestabilizadoras nos países  fronteiriços. Esta desestabilização conduziu à situação presente da Ucrânia. Esta ingerência antecedeu de 8  anos, pelo menos, a invasão russa de 2022. Desde o golpe de «Maidan» em 2014 (e até muito antes), a OTAN tem fomentado a guerra contra a Rússia. Não esqueçamos que os países da OTAN promoveram a «revolução colorida» em 2005, a qual levou ao poder Julia Timochenko, chefe do governo mais fanaticamente anti-russa. As raízes deste ódio são complexas e têm que ver com a história conturbada da Ucrânia no século passado. Mas, a situação foi aproveitada por agentes da CIA e do MI6, para a desestabilização deste país, na era pós-soviética. 

Este fanatismo anti-russo não é um mero «nacionalismo», como é designado por muitos, na media corporativa: Tem muita relação com  os elementos «banderitas». Lembremos que Stepan Bandera foi erigido em herói pelo atual regime de Kiev. Durante a IIª Guerra Mundial, o movimento que ele liderou foi aliado das tropas hitlerianas que invadiram a URSS. Ele ordenou chacinas de dezenas de milhares de judeus, polacos e russos. Vários elementos banderitas mantiveram-se ativos, na clandestinidade ou no exílio, durante o período pós IIª Guerra Mundial. Vários trabalharam para a Rádio Voz da América, ou Rádio Liberdade, ou enquanto agentes da CIA. 

O «sonho molhado» dos imperialistas anglo-americanos e dos políticos europeus alinhados com os neoconservadores de Washington, é o de desmebrar a Federação Russa. Supostamente, ela seria uma «ameaça para os ex-Estados soviéticos», que se tornaram independentes após a dissolução da URSS em 1991. Não existe o menor desejo de Putin ou de qualquer força política atual na Rússia, de «reconquista» das ex-repúblicas soviéticas. É mais uma das falsidades repetidas nos media ocidentais apostados em diabolizar o presidente russo e o seu governo. Todos sabem, na Rússia, que uma tal expansão só traria problemas, e sem qualquer vantagem. Mas, pelo contrário, a Rússia está perante uma longa guerra híbrida, levada a cabo pelo Ocidente, de conquista e «balcanização» da Rússia, para se apoderar dos recursos naturais abundantes, que ela encerra. 

Estes políticos do Ocidente estão na origem da guerra russo-ucraniana e do seu prolongamento. Eles servem-se de Zelensky como de um fantoche. Hoje, é claro para todos que a continuação desta guerra não favorece a população ucraniana. Aliás a guerra, desde o início, recebeu o apoio de toda a ordem (financiamento, equipamentos, armas, apoio logístico, treinos, tropas especiais no terreno para operarem mísseis...) dos governos Norte-Americanos e Europeus, da OTAN. 

Mas, estes não souberam avaliar a situação concreta. Talvez tenham acreditado na sua própria propaganda: De que o governo de Putin estava numa situação frágil, que ele iria confrontar-se com o descontentamento popular crescente, perante as dificuldades económicas originadas pelas sanções e guerra económica levadas a cabo pelos países do Ocidente coletivo. 

De facto, as coisas não se passaram como tinham previsto os atlantistas.  Os governos dos países da OTAN são os máximos responsáveis pelas desgraças do povo ucraniano. São os piores inimigos deste povo. Eles não querem saber do futuro da Ucrânia e da sua população; só lhes interessa que ela desempenhe o papel de «ariete» contra a Rússia, como eles próprios afirmam. Mas, a realidade, queiram ou não, é totalmente outra. 

As referências abaixo, ajudam-nos a compreendeer o enorme atoleiro em que foram metidos os países da OTAN e da U.E. pelos seus belicosos dirigentes.

Leia o artigo abaixo:

https://www.moonofalabama.org/2025/06/the-defeat-of-the-west-and-its-dislocation.html#more 

 E consulte os links com análises por Emmanuel Todd,  John Mearsheimer   Alastair Crooke 



(Caricatura de 1812, ilustrando a retirada da Rússia de Napoleão, em que este dita um boletim completamente fantasista da situação)


PS1: O embaixador Chas Freeman é reformado, mas muito lúcido: infelizmente, o establishment - tanto de Joe Biden , como de Donald Trump - não o ouve, não o compreende. Estamos num momento de «não-diplomacia», na altura mais perigosa das relações internacionais, com um crescendo de risco de deriva nesta IIIª Guerra Mundial. Pode haver uma generalização incluindo a guerra nuclear: https://www.youtube.com/watch?v=9t2zZBKOmcU&t=2421s