terça-feira, 11 de novembro de 2025
NOVE SENTENÇAS [OBRAS DE MANUEL BANET]
quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
Os bem-pensantes e o totalitarismo da nova normalidade
O Autor deste audio percorre o tema da «servidão voluntária», em especial, nas chamadas «democracias». Aborda o tema, através da descrição do modo de pensar dos bem-pensantes: Os bem-pensantes são os que se inserem dentro da multidão, alinham-se em função da moral dominante. Os que se alinham dentro do rebanho consideram que «pensam bem» e que estão «no campo do moral».
O totalitarismo desta sociedade manifesta-se na ditadura do «wokismo», as políticas identitárias, a «cancel culture», etc. O wokismo é a forma atual de negação violenta da liberdade de expressão.
Relacionado:
Etienne de La Boétie e o «Discurso da Servidão Voluntária»
segunda-feira, 18 de março de 2024
OPUS. VOL. III 7. VIVER É SOFRER
Mas a maior parte das pessoas
Está tão ocupada com a simples sobrevivência
Que não tem possibilidade de filosofar
A vida é sofrimento, sente-se de vários modos:
Com o corpo e com a mente
Em várias circunstâncias
A ausência de sofrimento é assimilado
Ao bem-estar, ao prazer
Mas tal não é assim;
Seria antes o sofrimento
A reinar sobre nós
Como tortura sobre o corpo
E o espírito.
Os sofrimentos materiais e morais
São menos intensos, não desaparecem
Mas podem ser esquecidos
Por instantes.
É nessas ocasiões que nos iludimos
E acreditamos que somos «felizes».
Além disto, quero dizer-vos
Que a ideia de que existem afortunados
Que não sofrem, ou sofrem pouco,
Porque são ricos, poderosos, inteligentes ...
É falsa. Não existe correlação entre o poder
E evitar o sofrimento.
Quem aguenta o sofrimento
e não fica tão traumatizado
Como os outros, tem maior resistência
Ou resiliência, a capacidade de enfrentar
As coisas duras da vida.
Não procuro sofrer. O sofrimento
Não me trouxe paz, trouxe-me
Um início de sabedoria
A vontade de evitar sofrimentos
Inúteis, em mim e nos outros.
Sei que soa a demasiado pouco
Mas, este evitar ou menorizar
Da dor e do sofrimento
É ensinamento de séculos e séculos
Da filosofia e da educação moral
quinta-feira, 20 de abril de 2023
DMITRY ORLOV - Lúcido diagnóstico de doença terminal dos EUA
Abaixo, link de artigo de Dmitry Orlov (em francês):
Artigo original, em inglês:
https://cluborlov.wordpress.com/2023/04/10/the-futility-of-american-protest/
COMENTÁRIO
A minha impressão depois de ler o artigo acima, é que as sociedades da Europa Ocidental estão de tal maneira colonizadas mentalmente (e de todas as maneiras) pelos EUA, que têm vindo a adotar - inconscientemente - a visão americana do mundo e da sociedade, que lhes era totalmente estranha. A mentalidade que se desenvolveu e prevalece nos EUA, é tipicamente derivada do protestantismo de raiz calvinista, na sua vertente mais fundamentalista (puritana). Essa mentalidade acaba por se entranhar nos diversos estratos da população, pois esta tem sido incessantemente matraqueada durante séculos, por igrejas, sistemas de educação, instituições públicas, empresas, publicidade e cultura de massas.
Para mim, uma grande diferença de mentalidades entre um americano típico e um europeu típico, é que o primeiro está convencido de que «God is on our side», leia-se: do lado da América e do povo americano. Ora, esta é uma crença religiosa: Está na essência do calvinismo e também do sionismo, ao fazer distinção entre «eleitos» (Deus está ao seu lado), e os outros (estão perdidos, são pecadores, são perdedores...). É um sistema religioso (a teologia calvinista), que está na base dessa ideologia do «povo indispensável». É aí que radica a lógica das igrejas protestantes fundamentalistas, serem as mais intransigentes apoiantes de Israel, como se o estado sionista, racista e colonial, instalado na Palestina, fosse a «vanguarda» do Reino de Deus na Terra.
No que toca à relação das pessoas com o dinheiro, aos aspetos psicológicos desta relação, como muito bem sublinhou Orlov: Nos EUA, o dinheiro é o critério de tudo.
Em países de raiz católica, como são os países latinos do sul da Europa, a relação ao dinheiro e à riqueza é (ou era) diferente da relação que têm os cidadãos dos EUA:
- Tradicionalmente, na Europa do Sul, o facto de alguém ser rico, é compatível com ser-se pessoa de bem, se tiver adquirido a riqueza por meios lícitos e morais. Mas não é automático; os cidadãos estão atentos aos casos de enriquecimento à custa de processos nada limpos.
Na Europa, uma pessoa rica pode SER, OU NÃO SER, considerada virtuosa. Mas, nos EUA a riqueza só pode ser sinónimo de virtude.
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PS 1: Uma sociedade em decomposição é aquilo que se pode ver, mas não é noticiado nos media mainstream do lado de cá do Atlântico:
https://www.armstrongeconomics.com/international-news/north_america/chicago-is-a-blue-warzone/
domingo, 16 de abril de 2023
CASO ASSANGE: AUTORIDADE MORAL DOS EUA ESTÁ MORTA E ENTERRADA
https://caitlinjohnstone.com/2023/04/16/us-moral-authority-is-dead-and-buried/
Excerto do artigo de Caitlin Johnstone
« A questão não é que a perseguição movida a Assange faz os EUA parecerem mal, mas antes que a perseguição prova que os EUA são o mal.
E, claro, não precisávamos da perseguição a Assange para chegarmos por nós próprios a esta conclusão. Os EUA são o único governo na Terra que gastou o século 21 a matar pessoas aos milhões em guerras pelo domínio geoestratégico, que tem condenado populações à fome em consequência das sanções e bloqueios, em todo o mundo. A única potência que envolve o Planeta com centenas de bases militares, com o objetivo de domínio global e tem estado a aumentar constantemente o risco de catástrofe nuclear com a escalada das suas agendas, orientadas para manter sua hegemonia unipolar. O caso de Assange, apenas faz com que a completa ausência de moral do governo dos EUA sobressaia muito mais claramente.»
Leia o artigo completo AQUI:
terça-feira, 14 de junho de 2022
Madrid 29 de Junho: CIMEIRA DA NATO E IMPERIALISMO
sábado, 17 de agosto de 2019
A AUSÊNCIA DE EMPATIA E O DOMÍNIO DE UMA CASTA
Pelo contrário, os países que souberam integrar a modernidade, sem descurar seus próprios valores e a sabedoria ancestral, são mais felizes, mais pacíficos, mais auto-confiantes.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
AS OVELHAS E O LOBO
Vem esta introdução em jeito de fábula ou de parábola, para comentar a enorme estranheza que causa verificar que um número considerável de cidadãos se deixam iludir (comprar?) pelas sereias do poder fascista totalitário globalista que domina as instituições internacionais (ONU, OMC, FMI, etc.) e cujo o verdadeiro esteio do poder está nas corporações capitalistas multinacionais:
- os bancos ditos «sistémicos» (uns cinco dos EUA, um pequeno número no espaço europeu...),
- as grandes firmas de tecnologia (Apple, Facebook, Google, Amazon...),
- os produtores de hardware e software
- os construtores de máquinas de guerra, os Raytheon, Lockhead Martin, Bombardier, etc.
Existem outras empresas, com um valor de negócio comparativamente mais baixo que as acima, que desempenham porém um papel crítico no empurrar dos governos para a guerra ou para subversão do poder de governos estrangeiros. Estou a pensar nas empresas de mercenários, por exemplo, a «Academi» que antes se chamava «Blackwater» e muitas outras, que conseguem obter contratos para fazer aquilo que politicamente é inconveniente fazer por exércitos de Estados, sujeitos estes a códigos de conduta e sob observação da cidadania e da media.
Assim, para mim, é perfeitamente claro que existem «lobos» no meio dos cordeiros, existem pessoas e organizações que têm vantagens materiais e de carreira em desencadear e alimentar conflitos armados, guerras entre Estados, ou guerras civis, alimentadas por guerrilhas, que se vão abastecer de armas nos mesmos fornecedores...
O meu espanto não reside na constatação acima, porém: fico espantado pela mistura de ignorância e de auto-sugestão, de uma boa parte dos meus concidadãos, irmãos e irmãs, que têm tudo a ganhar em abrir os olhos, quanto mais não seja para não caírem no logro em que estes lobbies militares e afins costumam encerrar a população.
Muitos são aqueles que se consideram «sábios» por ignorar as grandes questões do nosso tempo, a ameaça que pesa sobre todos e cada um. Deixámos , durante demasiado tempo, que os instrumentos de poder ficassem nas mãos de criminosos, de sociopatas e de psicopatas.
Face a isto, há pessoas que, conscientemente, se coloquem numa postura de boicote de toda a «civilização» destrutiva, que está a levar o Planeta e o Homem ao nível de extinção.
Mas, esses são muito raros e não podemos dá-los como exemplo a seguir: nem toda a gente tem estrutura para isso ou considera aceitável, em nome da sua «pureza», abandonar outros (familiares idosos, ou crianças) à sua sorte.
O que preconizo como atitude geral, tenho eu próprio que o assumir, sob pena de estar a ser hipócrita. Desde que me conheço tenho adoptado uma atitude crítica em relação aos poderes, que se exercem sobre as pessoas e os povos.
Tenho observado que os que são escolhidos (por meios ditos democráticos, ou por outros) para chefiar os outros são - muitas vezes - pessoas muito pouco apropriadas, pelo perfil psicológico: pessoas que têm ânsia do poder, que se consideram uns iluminados, personalidades narcisistas...
Assim, não admira que o seu modo de «resolver» os problemas não seja do meu agrado.
Não digo que umas escolhas, feitas com base em deliberações horizontais, estejam automaticamente isentas de erro. Mas, as que efectivamente são erros, são susceptíveis de ser corrigidas mais depressa e melhor, do que as que foram tomadas por algum «chefe». O próprio princípio do poder hierárquico implica que um indivíduo possa tomar decisões de modo discricionário, sem dar contas a ninguém: assim, apenas e tão somente, o apontar dum erro já será considerado «crime de lesa majestade».
Algumas pessoas, assumem que a organização hierárquica é inevitável. Dizem que a sociedade contemporânea é de uma imensa complexidade. Porém, a sociedade de há um século atrás, não era «muito mais simples». A minha resposta, é que o ser humano tem uma capacidade de se organizar de modo maleável, tendo em conta as circunstâncias em que está vivendo.
Iludidos pelas tecnologias de comunicação, fazemos «de conta» sobre as coisas que realmente contam. Estas, são coisas demasiado profundas, não podem ser descartadas como se fossem «velharias».
Nem têm que ver com o suporte informacional onde assenta a mensagem: a mentira é uma mentira, quer seja propalada oralmente, por um texto manuscrito num papiro, por telemóvel, ou ...etc.
A atitude inteligente e adulta tem de ser crítica, prudente, racional, pedagógica em relação aos nossos semelhantes, ou seja, a grande maioria das pessoas.
Não é difícil os «lobos» meterem «a cunha» entre pessoas, até mesmo amigas, até mesmo com grande afinidade de ideais: o facto é que a nossa civilização decadente tem hipertrofiado o indivíduo, endeusado o ego, o que tem sido muito eficaz para controlar as «massas», reduzidas a entidades nucleares, isoladas, totalmente alienadas e ignorantes de que o são...
Trabalhar no sentido oposto é privilegiar a troca directa, a entre-ajuda, a não competição, a audição permanente do outro, a construção de algo em comum, a vários níveis.
Ao fim e ao cabo, necessitamos de estar conscientes da «regra de ouro» veiculada, desde tempos imemoriais pelas religiões e pela sabedoria dos povos: «Trata os outros como gostarias de ser tratado/a» ou, na sua formulação negativa: «Não faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem a ti».
Porque, se formos até ao fim da nossa reflexão e quisermos mesmo cumprir a regra, teremos de ser conscientes, amáveis, abertos, solidários, responsáveis, confiáveis...
Todas as pessoas no nosso entorno acabarão por sentir a transformação. Podemos ter a certeza que - a partir desse momento - haverá correspondência, não em todas as pessoas, mas nalgumas, com certeza.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
CONFERÊNCIA POR ROGER SCRUTON - «O VERDADEIRO, O BOM E O BELO»
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
UMA QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA
Cabe a cada leitor escolher o seu lado, aceitar ou não o meu ponto de vista.
